Anata Dekinai Watashi Wa Wasureru escrita por MaryHigurashi


Capítulo 3
Buscando um Sonho


Notas iniciais do capítulo

Bom gente hoje eu atrasei um pouquinho era pra ter postado ás 18:00, agora são quase 21:00, mas eu realmente tive imprevistos no trabalho, perdão pessoal.



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Os aldeões encaravam as duas figuras paradas á frente com receio, muitos houshis• andavam visitando aquela aldeia, mas nenhum deles havia conseguido exterminar o grande youkai que os atormentava. Um houshi acompanhando de um hanyou era algo inusitado e os causava ainda mais desconfiança. Os homens cercavam os rapazes com olhos duvidosos, e expressões desconfiadas.

- Houshi-Sama• aceitamos sua ajuda, mas não queremos esse hanyou andando por aqui. – Declarou o chefe da aldeia encarando Inuyasha com desdém.

- Meu amigo é inofensivo e veio apenas para ajudá-los. – Argumentou Miroku observando Inuyasha que prosseguia com os braços cruzados, e os olhos fixos ao topo da montanha que repousava sobre o horizonte. Em outros tempos a reação do hanyou seria completamente diferente. Miroku sentia falta de seu amigo, aquele que gritaria enfurecido contra o aldeão, mas sabia que o amigo mantido em suas lembranças se fora no momento em que Kagome perdeu-se no Honekui no Ido.

- Afastem-se. – Ordenou Inuyasha voltando-se aos aldeões.

- Está perto. – Declarou Miroku concentrando o olhar em direção á montanha. Os homens correram de forma veloz afugentando-se em suas casas, e trancando as portas com grossas barras de ferro, enquanto Inuyasha e Miroku se colocaram em posição de ataque. O hanyou continuava parado quando sentiu um golpe acertar seu estômago.

- De onde veio? – Questionou Inuyasha passando os olhos ao redor sem encontrar o inimigo.

- É um Me-ni-mienai-youkai•, não conseguirá vê-lo. – Alertou Miroku.

- Noroi•! – Esbravejou o hanyou recebendo mais um ataque em seu rosto.

- Seibai•! – Atacou Miroku lançando alguns pequenos pergaminhos sobre o vento. O ataque de Miroku causou uma explosão que revelou um youkai com presas assustadoras, olhos demoníacos, e garras afiadas. Seu corpo assemelhava-se ás aves, e era coberto por plumas azuis cintilantes.

- Então resolveu aparecer... – Comentou Inuyasha acercando-se ao youkai calmamente. – Kase no Kisu•! – Atacou o hanyou sacando sua katana• e a apontando para o youkai. O vento era conduzido pela katana de forma harmoniosa, aos poucos uma luz dourada a envolveu e liberou-se em direção ao youkai que foi reduzido á minúsculos pedaços.

- Como nos velhos tempos. – Analisou Miroku contemplando a cena enquanto o passado voltava á sua mente.

- Vamos embora. – Determinou Inuyasha guardando a katana na bainha. Miroku não perdera tempo e correu até os aldeões em busca de sua recompensa, mais do que nunca precisava daquilo, afinal agora tinha uma família para sustentar.

De repente o rumo da historia da jovem Taijiya mudara drasticamente. Seus sonhos e objetivos mudaram quando o Houshi dos modos duvidosos e atos comprometedores cruzou seu caminho. Já não queria lutar contra youkais, muito menos colocar-se em situações perigosas, abandonou seu legado Taijiya-youkai para viver ao lado de Miroku e da linda família que construíram. Os olhos negros de Sango fitavam com doçura as crianças que brincavam livremente pelo vilarejo, enquanto seus lábios formavam um sorriso, Sango sentia-se plena e feliz. Não tinha muitas certezas, mas de uma coisa estava segura, queria passar o resto da vida ao lado de Miroku.

- Olá é aqui que mora o Houshi-Sama? – Questionou uma jovem acercando-se de Sango e a tirando de suas reflexões.

- Sim. Quem é você? – Interrogou Sango encarando a moça esguia que possuía belos olhos verdes em contraste com cabelos dourados, lábios carnudos, e feições angelicais.

- Hime• Yoko, a noiva do Houshi-Sama. – Contou a moça retirando alguns fios de cabelos que cobriam sua face.

- Noiva? – Repetiu Sango pausadamente.

- E você, quem é? Criada do Houshi-Sama? – Perguntou Yoko percorrendo cada detalhe de Sango com seus olhos curiosos.

- Eu... Entre... O Houshi-Sama chegará em breve. – Determinou Sango indicando a casa detrás de si, e contendo-se para não assassinar a garota á sua frente. Sango continuou fora de sua casa, esperaria pelo marido, ele tinha muito que explicar.

O houshi carregava com dificuldade as inúmeras coisas que arrecadara na aldeia, enquanto Inuyasha caminhava á frente silencioso.

- Será que pode me ajudar á carregar essas coisas? – Questionou Miroku alcançando o hanyou por fim.

- Quem mandou extorquir os aldeões? Carregue sozinho. – Concluiu Inuyasha, sem a ironia que cativava á todos, era um tom sério e frio.

- Quanto tempo pretende ficar assim? Já faz cinco anos... – Começou Miroku.

- Não sei sobre o que está falando. – Finalizou o rapaz das longas madeixas prateadas começando á correr em meio á pulos velozes, perdendo-se da visão do houshi.

- Você sempre foge... – Reclamou Miroku. Toda vez que alguém tentava tocar naquele assunto Inuyasha recuava, era como se não pudesse dividir o que sentia com ninguém. O hanyou corria, mas já sabia onde seus passos o levariam, o Honekui no Ido tornou-se seu refugio. O rapaz nem sabia como havia chegado ali tão depressa, mas seus pensamentos confusos apenas o diziam para pular. Inuyasha subiu nas bordas do poço, pulou até o fundo de forma veloz, e fechou os olhos, mas ao os abrir novamente percebeu que continuava na Sengoku Jidai.

- Noroi! – Esbravejava o jovem pulando para fora do poço. Não era a primeira vez que tentava ir á era de Kagome, mas todas as suas tentativas eram falhas. Estava disposto á deixa-la viver em sua própria era, mas as palavras não proferidas por ele continuavam entaladas em sua garganta, não podia seguir vivendo daquela maneira, precisava encontrá-la, nem que fosse apenas para dizer adeus. Inuyasha caminhava em direção ao vilarejo parando repentinamente na frente da Goshin Boku•.

- Talvez fosse melhor se eu continuasse lacrado... Baka•! Por que retirou aquela flecha? – Questionava o hanyou encarando a arvore com rancor. O rapaz prosseguiu caminhando, já não podia agüentar aquilo sozinho.

Miroku caminhou por horas, estava exausto, mas saber que Sango e seus filhos aguardavam seu retorno era a razão para que continuasse caminhando.

- Miroku! – Exclamou Sango vendo o jovem houshi aproximar-se do vilarejo. Sempre que Miroku retornava de uma viagem a Taijiya recebia o marido com um beijo caloroso, mas dessa vez apenas ficou o observando se aproximar.

- Sango! Estava com saudades. – Confessou o houshi depositando as coisas que segurava ao chão e aproximando a face de sua esposa que recuou de forma agressiva.

- Miroku! Como você tem coragem? – Esbravejava Sango estapeando o marido, enquanto o rapaz apenas recuava assustado.

- Mas do que está falando? – Indagou Miroku segurando as mãos de Sango tentando contê-la.

- Jura que não sabe? Seu houshi pervertido! Não sei onde estava com a cabeça quando me casei com você! – Prosseguia Sango com fúria.

- Será que pode ao menos esclarecer o que eu fiz? – Pediu o rapaz encarando os olhos da esposa. Sango não respondeu apenas começou á caminhar em direção á casa onde moravam, entrando na mesma com irritação, era a casa mais bela do vilarejo, o houshi esforçou-se ao máximo para construir um belo lar para sua família. Miroku seguiu a esposa confuso, ao entrar em casa através da grande porta dupla, deparou-se com uma jovem com lindos cabelos dourados, sentada em um pequeno banquinho feito de madeira. O houshi paralisou por um tempo contemplando a beleza da moça á sua frente, enquanto Sango o encarava enfurecida.

- Houshi-Sama! Finalmente o encontrei! – Declarou Yoko abraçando o rapaz que tentava recuar.

- O que está acontecendo aqui? – Questionou Miroku se voltando á Sango.

- Não sabe? – Esbravejou Sango o acertando com um cascudo certeiro, e o separando da garota.

- Não... – Confirmou Miroku aproximando-se de sua esposa.

- Houshi-Sama, você prometeu que se casaria comigo, agora que finalmente o encontro você finge que não me conhece? Depois de todas aquelas noites que passamos juntos... Como pode? – Indagava a garota indignada.

- Mas eu não conheço você... Ou não me lembro... Não sei dizer. – Ponderava Miroku.

- Nos vimos á duas semanas... Como pode ter esquecido? – Continuou Yoko.

- Eu... Eu... – Gaguejava Miroku vendo a face de Sango fechar-se de forma agressiva enquanto caminhava de um lado para o outro enquanto balançava a cabeça de forma negativa.

- Quando nos casamos você prometeu... – Começou Sango se acercando de Miroku com as mãos cerradas, pronta para atacá-lo.

- Mas eu não conheço essa moça! – Cortou o houshi segurando os ombros da esposa.

- Eu... Eu posso explicar... – Começou um youkai baixinho, rechonchudo, com orelhas pontudas e olhos esbugalhados, entrando na casa com receio.

- Tanuki! – Exclamaram Sango e Miroku ao mesmo tempo, com um misto de alivio e fúria, tudo estava esclarecido.

- Que bicho feio é esse? Estou tão assustada. – Declarou a garota refugiando-se nos braços de Miroku.

- Não deveria ficar assustada, pois foi com ele que passou todas 'aquelas' noites. – Contou Miroku calmamente.

- Nani? – Indagou a moça assustada.

- Ele tem a maldita mania de tomar a minha aparência. – Completou Miroku vendo a jovem enfurecer-se.

- Kuso•! – Sussurrou Yoko correndo em direção á Tanuki pronta para estapeá-lo. Tanuki correu de forma veloz enquanto a moça o seguia

O casal ficou á sós por fim. Sango desviava o olhar de seu marido que á fitava com doçura.

- Desculpe. – Desculpou-se Sango, foi a única palavra que conseguiu proferir.

- Tudo bem. – Tranqüilizou o houshi abraçando a esposa.

- Eu duvidei de você. – Continuou a Taijiya encarando os olhos doces de Miroku.

- Eu já dei motivos... Mas agora você é a única pra mim. – Declarava Miroku segurando o rosto de Sango entre suas mãos e selando seus lábios lentamente. As mãos de Sango percorriam o tórax do houshi, enquanto Miroku aprofundava o beijo com sua língua insana que desvendava cada parte da boca de Sango.

- Chichi-ue•! – Exclamou uma linda garotinha com um sorriso adorável puxando o longo kimono de Miroku fazendo o casal cessar o beijo.

- Chieko! O papai sentiu saudades, onde estão Hana e Kotaro? – Questionou Miroku pegando a pequena garota em seus braços.

- Lá fora. – Contou a menina sorrindo. Os olhos, os cabelos e principalmente o sorriso de Chieko eram idênticos aos de Sango. O casal acompanhado da garotinha caminhou para fora da casa e ficaram contemplando as crianças que brincavam livres entre as arvores, eles haviam construído uma linda família.

- Vocês são tudo o que eu preciso. – Sussurrou Miroku ao ouvido de Sango que sorriu. Chieko correu ao encontro dos irmãos após Miroku colocá-la ao chão.

- Hana, Kotaro... O chichi-ue voltou! – Contava Chieko aos irmãos com alegria. Hana e Chieko eram gêmeas, tinham a mesma fisionomia, mas desde tão pequenas mostravam ter personalidades diferentes. Chieko era uma criança alegre e espontânea, já Hana era tímida. Kotaro ainda descobria seus primeiros passos e seguia as irmãs á todo lado. Por mais que as meninas ainda tivessem quatro anos e Kotaro estivesse aprendendo á caminhar Sango já começara á treina-los para que um dia fossem Taijiyas poderosos e prosseguissem o legado de sua família junto de Kohaku. Sango foi ao encontro das crianças com Miroku ao seu lado. Sentaram-se á grama enquanto o sol despedia-se dando espaço á lua que começava á iluminar o céu.

- Chieko, não morde o nariz da sua irmã! – Repreendia o houshi tentando conter as meninas.

- Okãsan• a Hana disse que eu não sei lutar! – Protestava Chieko.

- Chichi-ue... Ela quem disse que eu tenho medo de youkais. – Retrucava Hana.

- Aba... Ba... – Balbuciava o pequeno Kotaro participando da discussão, seguindo com uma gargalhada escandalosa.

- Chega! – Determinou Sango levantando-se.

- Todos já pra casa. – Completou Miroku vendo as meninas indo em direção á casa em meio á protesto enquanto Kotaro cambaleava alegremente.

- Isso cansa. – Reclamou Sango.

- Baka! Quem mandou se casar com um houshi pervertido? – Intrometeu-se Inuyasha emergindo entre as árvores.

- Inuyasha, desde quando está ai? – Questionou Sango surpresa em ver o hanyou no vilarejo, ele sempre ficava isolado ao pé da Goshin Boku.

- Á que devemos a honra da sua visita? – Interrogou Miroku com sarcasmo.

- Não sei. – Confessou Inuyasha voltando o olhar para o chão repleto de folhas que se desprendiam das arvores, o outono na Sengoku Jidai chegara mais cedo.

- Quer conversar? – Ofereceu Miroku. Anos de convivência o ajudou á decifrar o hanyou, finalmente estava na hora de desabafar.

- Aa.• - Respondeu Inuyasha caminhando em direção á floresta, enquanto Sango e Miroku o acompanhavam já sabendo o destino que os passos de Inuyasha os levavam. O hanyou caminhava lentamente, por mais que detestasse falar de seus sentimentos já não podia carregar tanto sofrimento sozinho.

- Eu sinto... Falta... Dela... – Começou Inuyasha de forma desajeitada enquanto a Taijiya e o Houshi o escutavam atentos vendo o rapaz parar de caminhar e sentar-se ao lado do Honekui no Ido.

- Isso todo mundo já sabe! Agora fala a parte que interessa. – Ordenou Shippou aparecendo repentinamente enquanto flutuava na sua forma de balão.

- Shippou-Chan•... Quando voltou? – Questionou Sango puxando a espalhafatosa calda do Kitsune-Youkai• e o fazendo voltar á sua forma real.

- Ontem, voltei pra contar que eu consegui o primeiro lugar no Ranking dos Kitsune-Youkais. – Gabava-se Shippou sorrindo.

- Shippou estávamos no meio de uma conversa. – Cortou Miroku acercando-se ao garoto. Por mais que Shippou estivesse mais velho continuava á ser o pequeno youkai de sempre, apenas estava mais convencido que nunca.

- Já sei tudo que ele vai dizer... "Eu amo a Kagome, minha vida sem ela não faz..." – Começou Shippou imitando a voz do hanyou e sendo interrompido por uma série de cascudos que Inuyasha distribuía com afinco.

- Inuyasha continue, você dizia que sente falta dela... – Incentivou Sango. Os minutos passaram silenciosos até que a voz rouca do hanyou cortou o silencio.

- Eu quero vê-la, uma ultima vez. – Confessou Inuyasha percebendo os olhares atentos de seus amigos. – Não vão dizer nada? – Questionou o rapaz começando á perder a paciência.

- Mas por que agora? Você escolheu que seria melhor... – Analisava Miroku.

- Eu sei que foi pelo bem dela! Sei que eu escolhi assim... Mas simplesmente nunca mais serei o mesmo sem ela. – Esbravejou o rapaz.

- Sabe que o poço não funciona mais. – Advertiu Sango.

- Li Kara!•, mas se pudesse vê-la uma última vez... Dizer tudo o que eu não disse... – Confessava Inuyasha sem perceber que dissera tais palavras de forma audível.

- Se isso fosse possível... Se pudesse vê-la uma ultima vez, você seguiria em frente? – Indagou Kaede se juntando ao grupo, ela observava a cena desde o inicio.

- Talvez... Você pode me levar até ela mais uma vez? – Perguntou o jovem com um sorriso involuntário nos lábios, já não podia esconder que tudo o que desejava se resumia em Kagome.

- Não tenho certeza, mas vou tentar... Você precisa me prometer... Quando despedir-se dela seguirá em frente? – Propôs Kaede.

- Aa! – Concordou Inuyasha prontamente. Kaede retirou de dentro de seu bolso uma pequena correntinha com um pingente em forma de coração, e depositou na mão do Hanyou que se colocava estendida.

- Pensei que tinha perdido isso... Onde encontrou? – Indagou o hanyou contemplando o pequeno objeto. Era a mesma correntinha que Kagome o dera uma vez, o coração que continha as fotos tiradas entre uma briga idiota dentro de uma máquina estranha.

- Certa vez você á deixou cair quando foi atrás de Kikyou. – Contou Kaede vendo o olhar de Inuyasha cair em direção ao chão. – Esse objeto veio da era de Kagome, talvez ainda possa criar um portal entre os dois mundos, leve isso também. – Coordenava Kaede entregando uma pequena erva para o hanyou. – Pule no Honekui no Ido e mentalize Kagome desejando vê-la... Não perca essa erva nem o colar, pois precisará deles para voltar. – Alertou Kaede.

- Isso funciona? – Questionou o hanyou desconfiado.

- Sim, mas só funcionará uma vez. – Respondeu Kaede segura do que dizia.

- Essa erva se chama "Muso-ka"•, segundo as mikos, pode realizar sonhos, desde que sejam puros. Estando combinado com um objeto da era de Kagome terá um efeito maior. – Informava Miroku sereno.

Inuyasha segurava a erva em uma mão, enquanto o colar envolvia seu pescoço.

- Diga á ela que sinto saudades. – Recomendava Shippou.

- Não enche. – Retrucou o rapaz sem esconder a ansiedade.

- Não esqueça será a última vez que irá vê-la. – Lembrava Kaede vendo o rapaz sumir no poço. Todos temiam pelas conseqüências da volta de Inuyasha ao mundo de Kagome, mas já não suportavam vê-lo sofrer, era a hora de dizer um adeus definitivo e seguir em frente.

Inuyasha não podia crer, depois de tanto tempo por fim conseguira voltar á era de Kagome. O rapaz abriu as portas e fitou o templo por alguns instantes, tudo parecia diferente e não sentia o cheiro de Kagome, mas ainda conseguia relembrar de cada instante que passara ao lado dela naquele lugar. O hanyou caminhou até a entrada da casa e viu um rapaz aproximando-se com um sorriso débil nos lábios.

- Inuyasha? É você mesmo? – Perguntava o jovem dos cabelos negros, olhos ternos, e sorriso radiante, seus olhos eram semelhantes aos de Kagome.

- Você me conhece? – Surpreendeu-se o hanyou sem reconhecer o rapaz que o recebera de forma tão animada.

- Sou eu... Souta! – Informou o outro sorrindo.

- Você está diferente... – Analisou Inuyasha reparando em cada detalhe do garoto á sua frente, ele estava mais alto, e já havia perdido suas feições infantis.

- Já faz cinco anos. – Advertiu o menino encarando o hanyou.

- É verdade... A Kagome também mudou muito? – Interessou-se Inuyasha curioso.

- Não sei dizer, a Kagome se foi á dois anos... – Contou o outro vendo o sorriso de Inuyasha desaparecer e seus olhos dourados ficaram marejados. O rapaz permaneceu estático, as palavras de Souta pareciam ter perfurado a alma de Inuyasha que já não conseguia se prender no que os lábios do garoto proferiam, seus pensamentos se voltavam apenas á Kagome. Lembrava-se de bons momentos, onde a sua Kagome sempre estava ao seu lado.

- Kagome está morta? Doush´te•? Eu fui um baka! Não devia permitido que ela voltasse, eu deveria ter ficado ao lado dela a protegendo. – Esbravejou Inuyasha alcançando o chão e esmurrando o mesmo, que logo rachou-se.

- Chotto Matte• a Onee-chan não morreu apenas não mora mais aqui. – Informou Souta recebendo um cascudo de Inuyasha que logo se converteu em um galo.

- Gaki•! Não diga coisas que confundam. – Reclamou o rapaz da Sengoku Jidai.

- Você que não me deixou explicar. A Kagome está na França. – Concluiu Souta.

- Doko ni•? –Interrogou Inuyasha impaciente.

- França... Ela se mudou pra lá á dois anos, ficar aqui era muito doloroso para ela. – Narrava o menino.

- Doloroso? – Repetiu o hanyou completamente confuso.

- Sim, tudo aqui á fazia lembrar de você, ela não suportou. – Finalizou o garoto.

- Entendo, mas onde fica a França? Como chego até lá? – Insistiu o rapaz.

- É muito longe... – Estimava Souta.

- Não importa! Eu vou até ela. – Determinou o hanyou seguro. Não importava que Kagome estivesse no fim do mundo, iria encontrá-la.


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Notas finais do capítulo

Dicionário:
Houshis = Monges
Houshi-Sama= Senhor Monge
Me-ni-mienai-youkai = Demônio Invisível
Noroi= Maldição
Seibai= Julgamento
Kase no Kisu= Ferida do vento
Katana= Espada
Taijiya - Exterminador
Taijiya-youkai = Exterminador de Demônios
Hime = Princesa
Goshin Boku = Árvore Sagrada
Baka = Idiota
Kuso = Maldito
Chichi-ue= Papai
Okãsan = Mamãe
Aa = Sim
Shippou-Chan= Chan é equivalente ao diminutivo, então significa Shippouzinho.
Kitsune-Youkai= Demônio Raposa
Li Kara= Já sei!
Muso-ka= Sonhos puros
Doush´te= Por quê?
Chotto Matte= Espera ai
Gaki= Pirralho
Doko ni= Onde Está?
Espero que gostem do capítulo, e espero ansiosa pelos comentários, os capítulos deram uma esticada, mas realmente espero que gostem. E mais uma vez obrigado á todos pelo apoio. Próximo capitulo: "Sentimentos confusos" Terça (20/09) ás 20:00.
BeeijoOS



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