A Profecia- Mudando O Futuro escrita por Holliday


Capítulo 16
Destruidora


Notas iniciais do capítulo

ME DESCULPEM!! Sério mesmo, MIL desculpas pela demora em atualizar essa fanfic. Eu sei que eu demorei séculos ~e bem no último capítulo~ mas não é por mau, de verdade. Esse é o lado ruim de escrever uma história, você nunca sabe quando o bloqueio vai vir. E acreditem, eu reescrevi esse capítulo umas vinte vezes, e só agora fiquei contente com ele, apesar de saber que 99,9% das leitoras vão procurar meu endereço e me matar, isso claro se alguém ainda estiver lendo. Mas mil perdões, eu JURO que não foi intencional! Inclusive, estava morrendo de saudades



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"Um vento forte fazia com que meu cabelo chicoteasse contra meu rosto. A água do lago balançava violentamente, ameaçadora. A terra tremia debaixo de meus pés, capaz de rachar a qualquer instante. Em breve a tempestade que se formava no céu iria despencar sem piedade contra o mundo. E eu estaria de pé, erguida orgulhosamente contra aquele que matou quem eu mais prezava. Stone, agora meu sobrenome fazia sentido. A antiga família elementar, então os contos eram verdadeiros."

Eu estava desperta antes mesmo que o sol iluminasse o meu quarto. Através da janela ainda podia observar o rastro suave das estrelas.

Em breve o sol surgirá e o brilho das estrelas será ofuscado, simples assim. Uma vida poderia sumir tão facilmente quanto as estrelas, mas eu tenho coragem suficiente para isso?

Mesmo que essa vida represente tortura e destruição, eu teria coragem de acabar com ela e todas as suas possibilidades?

Eu estava suando, os lençóis estavam encharcados. Balancei a cabeça. Com o que eu estava sonhando mesmo?

Tudo estava tão silencioso. Era como um último e profundo suspiro antes da batalha final. E eu não sei se estou pronta para deixar esse suspiro partir tão facilmente.

Girei o anel no meu dedo indicador, talvez por horas. Não queria ter de levantar e aceitar uma realidade incerta.

Eu não nasci para ser corajosa ou nobre, e não sei o que poderia me incentivar a matar uma pessoa.

Eu nem mesmo sei se Voldemort teria ganhado a batalha de Hogwarts. Deixei que meus pensamentos me levassem para longe, para aquele dia sombrio e cheio de medo e cheio de mortes, que eu poderia evitar.

Mas não quero ter sangue em minhas mãos, não quero ser essa pessoa.

Meu corpo estava tremendo, e não era de frio. Era de pavor.

Fechei meus olhos tentando me transportar para um mundo melhor, meu próprio mundo. Mas minha mente estava repleta demais de terror e tudo o que eu conseguia ver era minha mão, pingando sangue, e minha vida em seu trágico fim, e Tom Riddle, morto.

Abri os olhos.

Já estava mais do que na hora de levantar.

Quando desci para a Sala Comunal pude reconhecer ao longe os fios de cabelo dourado de Abraxas.

Ele estava sentado em frente à lareira, parecia pensativo.

Tentei passar por ele como se fosse invisível, mas a velha porta da passagem sempre rangia para abrir e ele me avistou.

Saí correndo pelo corredor, mas logo pude ouvir seus passos somados aos meus.

Não demorou em que eu sentisse sua mão tocar em meu pulso, me virando para si.

Seus olhos, tão azuis e encantadores, aparentavam tristeza e preocupação.

— Por que você está me evitando? — era sua única pergunta. Uma pergunta que eu não queria responder.

Olhei para os lados, aflita. Eu abria e fechava minha boca, mas nenhum som saia dela, pois eu não fazia ideia do que dizer.

Olhei dentro de seus olhos e então percebi. Ele tem o direito de saber, se alguém tem que saber de tudo, esse alguém é ele.

Respirei fundo, antes de sussurrar:

— Precisamos ir para um lugar mais calmo.

— Tudo bem então, venha.

Ele entrelaçou os seus dedos aos meus, e de repente era quase como se tudo tivesse voltado ao normal. Eu não tinha percebido o quanto precisava dele.

Seus passos eram apressados, difíceis de acompanhar.

Estávamos parados em frente à parede vazia que, eu sabia em breve se transformaria em uma porta para a sala precisa.

Entramos na sala e a porta fechou-se atrás de nós.

Ela estaria completamente vazia não fosse por um sofá ao canto.

Abraxas me levou até ele. Quando já estávamos sentados o silêncio preencheu a enorme sala.

Não sabia por onde começar, mas o começo me parecia adequado.

— Eu não sou quem você pensa que eu sou — eu murmurei olhando para as minhas mãos. Talvez ele nem tenha me escutado.

— O que quer dizer com isso? — ele balançou a cabeça, confuso.

— Eu não pertenço a este lugar, não sou desse tempo. Eu vim do futuro.

Seus olhos estavam perplexos, tentavam digerir a informação.

— O quão do futuro?

— Bem, você teria idade para ser meu avô, ou para já estar morto.

Ele passou as mãos pelo cabelo, sem acreditar.

— Eu sempre soube que havia algo de diferente em você, mas... Mas... Como? — ele dizia palavras a esmo, mais para si mesmo do que para mim.

Eu coloquei uma mão em seu ombro e o fiz olhar para mim.

— Eu não tenho motivos para voltar, esse não é o problema.

Ele me fitou, esperando que eu dissesse mais alguma coisa, mas eu não queria dizer mais nada. Essa seria a parte mais difícil.

— Eu fui trazida para o passado para tentar mudar o futuro de todo o mundo bruxo.

— Como assim? Por que iriam querer mudar tudo?

— Porque quem conhecemos como Tom Riddle um dia irá se tornar o maior bruxo das trevas, e com ele trará o maior pesadelo de todos, não só para o mundo bruxo, mas para o trouxa também.

E você de alguma forma fez parte disso, era a parte que eu estava omitindo, pois não queria pensar como um garoto tão gentil como ele pôde se alistar ao exército de Voldemort.

Abraxas mais uma vez despenteou o cabelo, estava incrédulo.

— Isso é horrível, certo, mas... O que você poderia fazer para impedir isso?

Pisquei muitas vezes antes de responder:

— Matá-lo.

Abraxas prendeu a respiração. Eu sentia seus olhos me queimando.

— Há uma profecia que diz que hoje será o dia da "batalha final" e um de nós irá morrer. Isso poderá mudar todo um futuro de sofrimento Abraxas.

— Mas também poderá te matar, e eu me recuso a perdê-la.

Ele ergueu meu queixo, me fazendo olhar dentro de seus olhos. Não foi difícil perceber que ele falava muito sério.

— Você não entrou na minha vida para sair assim tão de repente.

Eu já estava sentindo meus olhos marejando. Não achei que pudesse ser tão difícil dizer adeus. Pois no fundo eu sabia que seria um adeus, de qualquer forma.

— Prometa.

— Prometer o que Abraxas?

— Prometa que não irá enfrentá-lo, que ficará comigo, em segurança.

Ninguém ficará em segurança se ninguém detê-lo foi o que pensei, mas decidi ficar quieta.

— Mas a profecia...

— Profecias podem ser mudadas. Se você ficar aqui não terá de lutar com ele, nada vai te acontecer... Prometa — Abraxas segurou meu rosto com as duas mãos. Parecia desesperado pela promessa.

— Tudo bem, eu prometo.

Então ele começou a chorar e eu não soube o que fazer, pois eu sou quem deveria estar chorando.

Ele deitou em meu colo e apertou minha cintura. Nenhum de nós dois queria conversar no momento.

— Eu te amo — ele sussurrou com a voz fraca.

Nesse momento meu coração foi despedaçado em milhares de pequenos pedaços.

— Eu também te amo... Muito!

Abraxas me apertou ainda mais forte. Inclinou sua cabeça em minha direção e não demorou a que eu sentisse o toque de seus lábios nos meus.

Eles eram ternos e carinhosos, e me davam uma falsa sensação de segurança.

Suas mãos passeavam por meu corpo, deixando rastros quentes e arrepios.

— Vamos apenas ficar aqui até que o dia termine.

Ele apoiou a cabeça em meu peito e ficamos em silêncio, abraçados um ao outro como se o fim pudesse nos atingir a qualquer momento. E atingiria.

Tive a sensação de ficar horas deitada sendo aquecida pelo calor de Abraxas com os olhos extremamente abertos, refletindo. A verdade é que deve ter passado apenas minutos.

Abraxas estava dormindo tranquilamente, como se nada estivesse acontecendo. Eu queria poder acreditar nisso.

Observando seu rosto, percebi. Percebi que havia um motivo sim para eu destruir Tom Riddle. Eu quero que Abraxas possa ter um futuro, um futuro digno.

Olhei para o anel em meu dedo indicador uma vez mais. O diamante parecia estar brilhando ainda mais, isso se possível. Tirei-o de meu dedo e coloquei perto da mão de Abraxas.

Se eu vou enfrentar Tom Riddle, o futuro Voldemort, vou fazer isso por conta própria.

Lentamente, para que Abraxas não acordasse, eu levantei do sofá. Tomei o maior cuidado para que o som do meu salto não ecoasse pela sala, e corri o mais rápido que pude para longe da Sala Precisa.

Não sabia onde eu encontraria Tom, mas quando o encontrasse terminaríamos logo com isso.

Eu deixava pessoas para trás enquanto corria apressadamente pelos corredores. Meu cabelo esvoaçava em meu rosto, mas eu não me importava.

Empurrei com força as portas que me levariam para o jardim e o vi. E então soube. Soube principalmente pelo seu olhar. Ele também estava me procurando. Ele também estava me esperando.

Ele estava perto da beirada do Lago Negro. Não havia nenhum estudante ao redor para testemunhar o seu fim, ou o meu.

Apertei minha varinha com mais força. Minha mão estava escorregadia, minhas pernas tremiam de leve.

Fiquei mais ereta e, com orgulho, caminhei em sua direção. Seus olhos frios me avaliavam atentamente, mas não me desprezavam. Caminhei mais rápido.

Tenho agora uma chance de salvar muitas vidas e muitos finais infelizes. Se não puder detê-lo, vou morrer tentando.

Eu já estava perto o suficiente dele para que ele conseguisse me lançar um feitiço. Eu não ousava me aproximar mais. Nós dois estávamos com a mão da varinha tensa, pronta para reagir.

Mas eu não reagi. Foi tão de repente, tão fora do meu controle. Eu senti o gramado úmido quando atingi o chão. Havia um rasgo enorme em minha bochecha que pingava sangue.

Um feitiço mudo é claro. O que eu estava pensando quando deixei o anel para trás?

Levantei rapidamente, tentando conter o reflexo de tocar no machucado.

Tom estava sorrindo de lado, um sorriso de maníaco.

— Você é realmente uma tola em achar que pode me vencer.

Ele lançou mais um feitiço mudo contra mim, que dessa vez foi bloqueado. Devia ser um feitiço muito forte, pois eu senti o meu braço latejar com o impacto do feitiço.

O corte em minha bochecha estava ardendo violentamente, mas eu tinha que ignorá-lo por enquanto.

Tentei estuporá-lo, mas foi em vão. Ele me acertou com o mesmo feitiço mudo, dessa vez na região do meu peito.

O corte era mais profundo, meu corpo estava em chamas. Senti as lágrimas ameaçando escorrer pelos meus olhos quando eu percebi que não havia qualquer chance contra Tom Riddle.

Eu iria morrer e da forma mais dolorosa possível. Eu seria torturada até meu último suspiro.

— JANE! VOCÊ ME PROMETEU! — virei para trás, surpresa.

Abraxas corria em nossa direção. Uma mão fechada em punho e a outra segurando a varinha com firmeza.

Seus olhos estavam inchados de chorar.

Quando ele já estava perto abriu a mão de repente, soltando uma exclamação. O anel de diamante rolou até meus pés. A prata estava avermelhada, como se estivesse queimando.

A mão de Abraxas estava com uma queimadura. Peguei o anel em minhas mãos, de repente esquecendo a situação na qual me encontrava. Não sabia o que o anel queria de mim, mas era certo que queria alguma coisa.

De repente eu estava deitada no chão, me contorcendo e gritando e sufocando e morrendo e rezando para que Abraxas ficasse bem. Então tudo parou e minha visão estava turva, e eu só podia identificar a voz de Abraxas gritando com Tom.

— Não se atreva a machucá-la — ele berrou apontando a varinha para Tom.

— Tsc tsc. Eu infelizmente costumava pensar que você teria um futuro promissório. Obviamente estava enganado. Então por que não eliminá-lo de uma vez?

Tom apontou sua varinha para Abraxas, e eu tinha certeza de que estava enganada. Ele não poderia ter gritado "Avada Kedavra". O corpo de Abraxas não podia estar caído ao meu lado, petrificado para sempre, não podia.

Rastejei até ele, minhas mãos tremendo incontrolavelmente. Já não havia barreira forte o suficiente para conter minhas lágrimas.

Os olhos de Abraxas estavam parados em um ponto fixo qualquer, não havia mais vida em seu corpo, não havia mais sua alma dentro dele. Abraxas Malfoy já não mais existia.

E eu gritei, gritei o mais forte que pude. E quis gritar ainda mais quando ouvi Tom Riddle gargalhar, porque ele estava me amando me ver sofrer, estava amando a sensação de ter matado Abraxas.

Qual era o meu objetivo senão dar uma vida digna para Abraxas? Tom Riddle me tirou isso, então eu tiraria sua vida.

Meu sangue pingava no corpo sem vida de Abraxas e minhas lágrimas salgadas se misturavam ao sangue. Isso só deixava a realidade ainda mais assustadora.

Levantei lentamente, afastando os olhos de seu corpo, e tomando o devido cuidado para que os meus joelhos não fraquejassem.

De repente meu corpo estava inundado de ódio. Era tanto tanto ódio e eu precisava libertá-lo.

Havia algo na forma como eu estava encarando Tom que o deixou ainda mais ávido por sangue. Mas dessa vez eu também estava ávida.

Não tinha mais dúvidas quanto à morte, quanto ao assassinato. Eu o mataria, não importa o que tivesse que fazer. Então eu soube de supetão, o que tinha que fazer.

Coloquei novamente o anel em meu dedo indicador e dessa vez, pronta para sua mágica, eu pude sentir a minha energia elementar que precisava ser descarregada. Tanto ódio, tanta raiva, tanta tristeza.

Tudo acumulado procurando por uma brecha, a menor que fosse.

Abri meus braços e senti a ponta dos meus dedos latejarem enquanto o gramado ao meu redor queimava, queimando também o corpo de Abraxas, e minhas roupas, mas não minha pele.

Tom conjurava feitiços para não ser atingido pela ira das chamas, pelo beijo da morte que elas queriam dá-lo.

Respirei fundo antes de gritar e ouvir a água do lago se agitar atrás de Tom. Ouvia passos atrás de mim. Pessoas assustadas, horrorizadas, com medo demais para chegar perto e fazer alguma coisa.

Não havia mais sol, apenas nuvens negras e relâmpagos ensurdecedores. A terra tremia compartilhando de minha agonia, minha perda.

Havia fogo e fumaça e cinzas demais ao meu redor para que Tom conseguisse jogar qualquer feitiço em mim. E, de qualquer forma, havia outras coisas com as quais ele devia se preocupar ao seu redor.

As chamas estavam cada vez mais incontroláveis cada vez mais próximas.

Relâmpagos atingiam o chão por todos os lados. Alunos entravam correndo no castelo. Eu não me importava com a destruição que estava causando, eu gostava. Eu queria ver o sangue de Tom Riddle ser derramado, eu queria sentir a sensação da vingança percorrendo por minhas veias.

Quando percebi que Tom já estava desesperado demais, assustado demais, deixei as chamas ao meu redor serem extintas.

— Expelliarmus! — gritei e a varinha de Tom foi jogada para longe, engolida pela água traiçoeira do Lago Negro.

Lentamente me aproximei dele, um sorriso estampado em meu rosto.

— Por favor... — ele sussurrou e era como música para os meus ouvidos, do tipo mais melodiosa. Vê-lo tão vulnerável era prazeroso.

— Pode implorar, até se ajoelhar, mas eu não terei piedade.

Dei um soco em seu rosto. Deixei minha varinha rolar para longe.

O puxei pelo cabelo e o fiz olhar em meus olhos.

— Esses são os olhos que você verá antes de morrer. Por acaso Abraxas olhou para os seus antes de partir?

Joguei seu corpo no chão e o chutei com toda a força possível. Joguei-me em cima de seu corpo e o soquei de novo, e de novo, e tantas vezes que minhas articulações estavam doendo.

Seu rosto sangrava deixando o gramado ao redor com um tom de vermelho escuro. As chamas já estavam novamente ao nosso redor, ela já sufocava Tom Riddle.

— Implore por sua vida! Deixe-me ouvi-lo sendo patético!

Mas Tom Riddle mal tinha forças para respirar. Puxei seu cabelo novamente e bati sua cabeça com força contra o chão.

Uma adaga pontiaguda de gelo surgiu em minha mão. Cravei-a no peito de Tom.

— Quem é... — arranquei a adaga de seu peito e a cravei em seu abdômen — A garota... — cravei a adaga em seu pescoço e seu sangue respingou em meu rosto — Tola?

Seu corpo tremeu embaixo de meu peso por alguns segundos. Ele vomitou sangue, e depois nada. Seu corpo estava inerte, Tom Riddle estava morto.

Mas eu ainda estava com ódio, eu não poderia recuperar quem para mim mais importava.

— Já chega senhorita! — ouvi a voz de Dumbledore atrás de mim.

Meus olhos faiscaram em sua direção. Eu estava louca.

— Você já o derrotou, não há necessidade disso!

— Não há? Eu perdi Abraxas!

— E olhe o que a senhorita mesma fez com o corpo dele.

Engoli em seco, com medo demais de virar o meu rosto.

Desabei uma vez mais quando percebi o que fiz. Abraxas estava repleto de bolhas e queimaduras.

Corri meio tropeçando até ele.

— Por favor, me perdoe, me perdoe! — implorei, mesmo sabendo que ele não me ouviria. Puxei seu rosto para o meu colo.

Um garoto que horas atrás era adorável, agora estava destruído.

— Sabe por que sua família foi praticamente extinta? — Dumbledore perguntou, mas eu não respondi — Ninguém nunca conseguia controlar os poderes depois que os descobria. Você quer ser como eles?

Mas já era tarde demais, eu não tinha mais opção. Eu já era como ele. Olhei para o caos ao meu redor, que eu não conseguia mais cessar, olhei para minhas mãos sujas de sangue, e lembrei-me da sensação prazerosa que senti ao fazer Tom sangrar da forma mais violenta.

Por fim, olhei para Abraxas. Oh Abraxas, o que foi que eu fiz? Eu já estou perdida, talvez sempre tenha estado.

Olhei para a adaga de gelo, ainda presa em minha mão direita. Qual seria o sentido de viver, se eu viverei com esse ódio, essa culpa esses poderes desenfreados?

Eu não hesitei em cravá-la em meu peito. De repente o caos ao meu redor cessou. Deixei meu peso cair no corpo de Abraxas. Minha visão estava turva, mas eu estava em paz.

Abraxas estava certo. Profecias podem ser mudadas, pois eu estava morrendo, mas Tom já estava morto e meu amor também...

Sim, eu verei Abraxas novamente, e eu sei que ele irá me perdoar.

Sim, já posso vê-lo. Sem me arrepender de minha escolha, fechei meus olhos pela última vez.


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Notas finais do capítulo

Ok, não me matem, sério, por favor.
Só posso dizer que estou me debulhando em lágrimas aqui, porque odeio terminar uma fanfic, ao mesmo tempo em que amo. E eu sempre me apego tanto aos personagens, e essa é a única fanfic minha com o Abraxas, então... sei lá... Estou de luto...
Apesar de todos os pesares, espero mesmo que tenham gostado!
Beijos, eu vou MORRER de saudades dessa fic e dos leitores