Rubian foi avistada do alto enquanto eles viajavam em formação, pousaram próxima a ponte que os levaria até a cidadela, que ficava no alto da montanha mais alta quase no céu, as nuvens pareciam mais próximas e a altitude era bastante alta.

Os dragões se afastaram um a um evaporando para dentro das gemas. Todos sofriam os efeitos da raridade do ar, menos Serena que andava naturalmente sem sentir os pulmões comprometidos. No alto da montanha o tempo era imprevisível, a tempestade de neve se formou e caiu.

O Trio correu para dentro da caverna, na verdade, ela parecia ser toda de gelo, as paredes refletiam as suas imagens como se fosse um espelho. O tempo passava lentamente enquanto eles esperavam a tempestade amainar e precisaram se unir para aquecer seus corpos.

Talvez pela junção dos corpos as gemas começaram a brilhar formando um pequeno arco-íris, eles se entreolharam, o brilho apontava para a saída e não foi surpresa quando uma sombra apareceu trazendo um brilho avermelhado.

- Você? – Serena fitou incrédula. – Como conseguiu essa gema?

- Dessa forma pequena sereia... – Hugo se juntou a eles e as informações foram passadas através das imagens sem necessidade de palavras. – Acho que agora será obrigada a me aceitar.

Serena não teve tempo para responder, pois as gemas brilharam novamente, iluminando a caverna de forma intensa e estranha. Eólia se levantou quando viu a imagem refletida da mãe nas paredes da caverna e as lágrimas rolaram quentes de saudade.

- Mãe! – acariciou a parede como se pudesse tocá-la – Mãe...

- Guerreiros de Centurian! – a Senhora da Luz parecia preocupada – Eólia nada é o que parece ser... Não! Morphilus, por favor... Deixe-me...

-Não! Deixe-a em paz... – Eólia batia na parede com toda a força.

A última imagem que viram foi dos olhos suplicantes de Lyan Dragonnis e sal voz suplicando: - Ajude-nos!

Hugo reconfortou Eólia em seus braços, ele sabia a verdade, os olhos da Senhora da Luz estavam cravados em sua mente, as palavras pareciam ter sido ditas para ele, como contar a verdade sem magoar Eólia, sem perder a confiança antes mesmo de conquistá-la, tinha esperança de ser importante em sua vida e nada o demoveria disso.

- Agora estamos todos juntos! – ele quis acalmá-la. – Tudo será mais fácil, sua mãe estará bem.