Os anos passaram, nunca mais vi meus amigos, meus grandes amigos... Fomos morar para Londres, e tinha apenas uma lembrança deles: Aquela caixinha de Clara. Eu sempre chorava quando a via, mas de emoção, sabe? Eles foram os melhores, cometeram alguns deslizes? Claro, todos cometem, mas eles sim foram os melhores...

Anos se passaram, eu e Lucas estávamos bem velhinhos, mas felizes por nossos filhos estarem com 20 anos, empregados, a menina, Anna, era modelo e atriz internacional, e Leanndro era um ótimo engenheiro químico. Estavam casados, e felizes, Anna e a esposa de Leanndro, Alinne, estavam grávidas, que emoção, somos avós !!

Mas tudo isso acabou, quando nossos filhos chegaram em casa e eu encostada com a cabeça no ombro de Lucas e ele com a cabeça apoiada na minha, enquanto nossos braços e mãos se entrelaçavam. Não piscávamos, não respirávamos. Apenas estávamos sorrindo, enquanto eles choravam e liam um papel, que dizia "Não chore porque acabou, sorria porque aconteceu", e nosso caixão era em formato de coração, com a caixinha de Clara, e muitas fotos minhas, do Lucas, dos meus filhos, nossa família e dos meus amigos no meio, e nos rodeando.

"Puxa, que história linda" Disse Alberto "Pois é, e foi assim que eu e Lucas chegamos aqui" Eu disse.

Sim, eu apenas narrei a "minha" história para um homem que já havia morrido, quando cheguei no céu, agora o que farei no céu? Passarei a eternidade com Lucas. "Porque?" Lucas disse, ironicamente brincando "Porque sou Eternamente Sua" Disse, fazendo biquinho e o beijando.