POV Bella

Acordei sentindo uma tontura, uma coisa meio estranha, com uma música alta tocando, um tipo de rock, sei lá, deve ser o doente do Edward, é melhor ignorar. Passei a mão nos cabelos, mas senti algo diferente, meu cabelo tá curto? O que é que tá acontecendo? Que lugar é esse, onde é que eu tô? Isso não é o meu quarto. Comecei a me desesperar, olhei em volta procurando algo familiar, mas não achei. Me levantei e fui em direção ao espelho no guarda roupa mas meu cérebro não conseguia processar a imagem a minha frente. Eu, eu...

Eu me transformei em EDWARD CULLEN.

-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHH, isso não pode tá acontecendo, o que é que tá havendo comigo? Meu Deus, só pode ser um sonho, ou melhor, um pesadelo, é isso, é um pesadelo. – Falava comigo mesma tentando me acalmar e me conscientizar de que não era possível que isso estivesse realmente acontecendo, quando escuto gritos vindo da casa vizinha.

- NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOOOOOOO

Ah Meu Deus, não, não, isso não é real, é só um sonho, só um sonho – tentei me concentrar em repetir isso pra mim mesma, mas eu sabia que não estava sonhando. Decidi lidar com isso de uma maneira adulta.

A quem eu estou tentando enganar eu tô em pânico.

De repente escuto batidas na porta.

- Filho tá tudo bem? Ouvi gritos.

- Tá tudo bem sim, deve ser algum louco gritando na rua, aqui tá tudo ótimo. – Respondi tentando passar alguma verdade, mas eu estava tremendo.

- Ótimo, então desça pra tomar o café ou vai se atrasar pra escola. – Disse a sra. Cullen

- Já vou. – Disse, tentando pensar no que fazer, peguei uma roupa qualquer e foi nessa hora que realmente caiu a ficha, eu sou Edward Cullen. Fechei os olhos e vesti a roupa que eu tinha separado, desci tentando parecer normal, mas acho que não me sai muito bem.

- Bom dia filho, tá tudo bem? - Perguntou o sr. Cullen.

- Tá sim... pai. – Ah eu não acredito, como isso é possível?? Isso não tá acontecendo, não, não, o que eu fiz pra merecer isso?

- Preparei o seu café da manhã favorito, bacon com ovos. – Disse a sra. Cullen toda sorridente.

- Hm... Obrigada? – A frase soou mais como uma pergunta do que como uma afirmação. – Quer dizer, obrigado mãe. – Disse com mais firmeza. Quem come isso no café da manhã? Me fazia essa pergunta mentalmente, esse cara tá tentando se matar? A quantidade de gordura que tem nesse prato é a de um dia todo, se ele tiver um infarto tá ai a causa. Que nojo.

Comi um pouco, e sai rápido dizendo que estava atrasada, e assim que boto o pé fora de casa, dou de cara com o idiota do Jacob. Como se eu já não tivesse problemas suficientes.

- E aí brother, pronto pro jogo?

-Tô, claro – respondi tentando parecer o Edward.

-Sobe aí cara. – Disse ele apontando pro banco do carona.

Tentei abrir a porta do conversível sem sucesso então pulei pra dentro, da maneira mais desajeitada possível, Jake reparou.

- Tá tudo bem contigo cara?

-Tá tudo ótimo – Respondi enquanto ele pisava no acelerador em direção à escola. 

PDV EDWARD

Acordei meio zonzo com o despertador tocando uma música clássica. Passei a mão nos cabelos, mania, meu cabelo tá comprido, que porra é essa? O que é que tá acontecendo, ainda tomado pelo sono resolvi tomar banho, segui em direção ao banheiro, com a estranha sensação de que o mundo tinha ficado maior.

Tirei a roupa e ao passar em frente ao espelho dou de cara com a imagem de Isabella Swan, eu tô ficando louco só pode. Mas ao olhar pro meu corpo tive a pior revelação da minha vida.

Eu tinha me transformado em Isabella Swan.

- NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOOOOOOO. – Gritei entrando em pânico. – O que é que tá acontecendo comigo, eu nem bebi nada. Não é possível, isso não pode ser real, você tá delirando Edward, é isso.

Caralho, como eu vou viver assim, meu Deus, socorro. Eu devo ter sido muito ruim em outra vida não tem outra explicação, o que é isso? Não é possível que uma coisa dessas esteja acontecendo, é muito absurdo.

Eu estava em estado de choque, meu cérebro não aceitava, a única coisa em que eu conseguia pensar era: Isso não tá acontecendo comigo.

De repente, escuto alguém batendo na porta.

- Querida, está tudo bem aí? – Perguntou o sr. Swan - Achei ter ouvido gritos.

- Tá tudo de boa, foi só a música aqui. – Respondi tentando ser convincente pra que ele me deixasse em paz.

 - Certo, então desça para tomarmos o café da manhã, sua mãe já está esperando, e você sabe que ela não gosta de atrasos.

- Tô indo. – Respondi secamente.

Tomei um banho rápido, na verdade liguei o chuveiro e fiquei em baixo dele alguns minutos. Depois arranjei uma roupa qualquer no guarda roupa da Swan e desci.

- Oi filha, bom dia. – Disse a sra. Swan

- Oi. – Respondi tentando me livrar daquela situação.

- Sente-se vamos tomar café.

-Claro. – Droga.

-Então, preparada para a entrevista? Semana que vêm não é? – Perguntou Charlie interessado.

- Tô sim, claro. – Respondi tentando passar confiança, mas que raio de entrevista era essa?

Sentei e decidi comer o mais rápido que pudesse e ir atrás de mim, quer dizer da Isabella. Mas quem disse que alguém conseguia engolir aquela comida, acho que ração de cachorro é melhor, meu Deus esse povo quer se matar, só pode.

- Esse é o cereal que você gosta querida. Coma. – Disse a sra. Swan

- Aham – Murmurei sem muita convicção, comi mais algumas colheres, mas não deu pra descer mais. Disse que estava sem fome e que comeria qualquer coisa na escola e sai.

Assim que coloco o pé na rua vejo a Swan já longe com Jake. Tinha esquecido esse detalhe: não tenho mais carona, que merda.

Não bastasse tudo isso, chega a amiga esquisitinha da Swan, toda animada e saltitante.

- Bom diaaa, Belinha, dormiu bem?

-Não, essa foi a pior noite de toda a minha vida. – Respondi falando com sinceridade.

-Hm...Então tenho uma missão hoje, fazer com que essa noite seja a melhor, festinha do pijama lá em casa hoje.

-Não, acho que não é pra tanto. – Só me faltava essa agora, festinha do pijama.

-Nem pensar Bella, sem desculpas, você me prometeu. – Falou a baixinha fazendo uma carinha de gatinho do Shrek.

-Tá bom. – Respondi me dando por vencido.

-Ebaaaaa. – A louca começou a pular e me abraçou. – Vem, agora nós temos que ir pra aula se não vamos chegar super atrasadas.

- Pelo visto, o dia promete hoje.  – Falei entrando em pânico de novo.