PDV Edward

Cheguei em casa procurando alguma coisa pra me distrair e foi meio complicado já que não tinha nada de bom na tv, mesmo assim continuei mudando os canais, como se de uma hora pra outra eu fosse encontrar algum programa que me interessasse. Estava completamente sem paciência, resolvi fazer alguma coisa pra comer, apesar de tudo, a comida que eu fazia era bem comível, diria até gostosa. Nunca fui muito bom em tarefas domesticas, obviamente, mas cozinhando eu me garanto. Essa é uma das qualidades que as mulheres mais gostam nos homens.

Quase fui esganado pela cozinheira, mas consegui convencê-la a me deixar fazer a comida, essa sempre foi uma habilidade muito útil, já ganhei muitas mulheres com jantarzinhos românticos...

Deixando isso pra lá, tenho que me concentrar no jantar, sai da minha casa, depois da conversa até amigável com a Is...Bella e já não via o problema tão ruim como o enxergava horas atrás, parecia que um peso havia sido tirado das minhas costas, agradeci mentalmente a ela por ter entendido meu lado e ter concordado com esse momento de trégua, se não fosse isso acho que acabaria enlouquecendo.

Decidi fazer uma macarronada, um prato simples, mas era um dos meus favoritos e também uma das minhas especialidades. A todo o momento apesar da atenção que eu dedicava a comida, vez ou outra me pegava pensando em todos os momentos coma Bella. As brigas, que não foram poucas, e aos momentos mais recentes, como por exemplo, aquele beijo...

Não sei porque, mas algo estava me incomodando, não sei bem o que era, algo estranho, uma sensação de algo ruim iria acontecer. Melhor deixar pra lá, concentra na comida Edward, na comida.

(...)

Já estava quase tudo pronto, quando Renée aparece na cozinha.

– Filha, o que está fazendo? – Perguntou ela surpresa.

– Ah, estou só cozinhando. – Respondi na cara de pau, não tinha me passado pela cabeça que a Bella podia não saber cozinhar. – Tô testando uma receita nova que aprendi.

– Hm...Que bom, não vejo a hora de experimentar. – Ela falou, tentando parecer animada, mas não conseguiu sua expressão demonstrava receio.

Não quero nem pensar no que a Bella podia ter feito pra causar essa reação pelo simples fato de eu estar na cozinha. Fingi que não percebi a ponta de receio na voz dela, e continuei a preparar o jantar animadamente, é uma das coisas que eu realmente gosto fazer, só perde pro futebol, mas é melhor nem pensar nisso agora.

Terminei o jantar, e subi pra tomar um banho, precisava relaxar. Liguei o chuveiro e deixei que a água quente caísse livremente pelo “meu corpo”. Era realmente relaxante, por onde passava a água fazia com que os músculos que estavam tensos se relaxassem e a sensação é realmente muito agradável, queria não ter que sair daqui nunca mais, mas o mundo lá fora me espera.

Vesti uma roupa qualquer e desci pra jantar. Charlie e Renée já estavam sentados à mesa, e me aguardavam para o jantar, Renée me olhava com uma expressão reprovadora.

– Isabella. – Ih, já vem problema, quando ela chama assim... – Você sabe que não gosto de atrasos, nem que seja para as refeições, espero que isso não se repita.

Sério? Eu ouvi isso? Essa mulher só pode ser pirada, quem ia se incomodar, eu não demorei nem tanto assim e além de tudo, EU fiz o jantar.

– Pode deixar, isso não vai mais acontecer. – Respondi calmamente.

Agora que eu comecei a analisar esses dias que estou aqui, descobri de onde veio esse jeito da Bella, é tudo culpa da casa, cheia de regras e frescuras, por isso ela era tão certinha. Renée era muito conservadora, Charlie não é tanto, mas mesmo assim não se opõe e concorda com tudo que a mulher diz.

Quem aguenta isso? Decidi ignorar e comer, tava morrendo de fome.

Não passou nem 5 minutos e lá vem ela com outra crítica.

– Filha, esses não são modos de uma moça à mesa, esqueceu tudo o que eu lhe ensinei. – Ela falou em um tom reprovador.

– Ah, foi mal. Tava com tanta fome que não lembrei. – Era a mais pura verdade, estava com fome e louco pra experimentar minha comida, apesar de saber que estava excelente como sempre.

– Não é “foi mal” Isabella, é me desculpe, e bons modos ninguém esquece. – Ela estava começando a me irritar.

– Tudo bem. Quer saber nem estou mesmo com muita fome, vou pro meu quarto. Com licença. – Certo, eu tava morto de fome, mas minha paciência não tá dando pra isso.

Já estava me dirigindo a escada quando ouço a voz de Charlie bem próxima.

– Querida, não ligue pra tudo que a sua mãe fala, ela é assim mesmo. Você já devia ter se acostumado. – Ele falou pacientemente.

Será que alguém consegue se acostumar com isso?

– É verdade, isso não vai mais me incomodar, obrigada. – Falei, mas mesmo assim não iria voltar pra mesa.

– À proposito o jantar está delicioso, parabéns, não sabia que tinha melhorado tanto assim na cozinha. – Ele falou alegre.

– É, era uma receita bem fácil. Agora com licença. – Disse já me dirigindo ao quarto.

(...)

Passaram se horas e cada vez eu estava com mais fome, pra me distrair decidi explorar aquele quarto. Olhei os vários CDs organizados em uma estante, a maioria era de músicas clássicas e sem graça, mas achei um que podia ser aproveitado. Retirei o CD da estante e comecei a ouvi-lo, a banda era ótima, Muse, uma das minhas favoritas. Não sabia que a Bella gostava de alguma coisa assim.

“I want to satisfy the undisclosed desires in your heart.”

PDV Bella

UHULLL nunca me diverti tanto em toda a minha vida, minha mente tá meio louca não estou conseguindo raciocinar direito, mas quem se importa? Já perdi as contas de quantos copos já foram e não estou com a menor vontade de parar agora.

– CARA, TÁ MÔ LOCO AQUI UHUUUUULL. - Jacob ria descontroladamente e eu o acompanhava apesar de nem saber qual o motivo. Ele gritava e continuávamos bebendo com os outros caras do time.

– ISSO É MUITO BOOOM, POR QUE EU NUNCA FIZ ISSO ANTES??? – Gritei e quanto mais alguém falava mais nós riamos, nada fazia sentido.

(...)

Não tinha ideia de que horas eram e nem de quem estava dirigindo o carro, só vi que Jacob estava ao meu lado no banco de trás do carro, mas nem isso eu podia afirmar com certeza, minha cabeça rodava e eu estava prestes a vomitar.

Não passou muito tempo quando o carro parou em frente à uma casa que eu não reconhecia, e o homem que dirigia desceu e acordou Jacob que dormia feito uma pedra, e o colocou no portão de casa, ele mal se segurava em pé, mas continuava rindo e gritando coisas que eu não conseguia entender. O homem estranho voltou ao carro e continuou por outro caminho, estava tão louca que nenhum pensamento fazia sentido, eu só queria rir cada vez mais.

Chegamos a uma rua conhecida, acho que era a minha rua, não sei bem. O homem parou o carro novamente e me ajudou a sair de lá. Me deixou em frente ao portão e falou alguma coisa que eu não consegui entender direito.

–... Esses jovens de hoje... – Alguma coisa assim.

PDV Edward

Eram mais ou menos três horas da manhã, ainda não tinha conseguido dormir e a fome me consumia, decidi descer para comer alguma coisa não ia morrer de fome, peguei um suco e preparei um sanduiche simples, quando me dirigia de volta ao quarto, ouvi o barulho de um carro parando em frente a casa vizinha, à minha casa. O que será que aconteceu?

Olhei pela fresta da janela e vi um policial carregando o meu corpo, para a porta da casa. O que essa louca apontou dessa vez? Ela mal se segurava em pé, e ria feito louca, não tinha nem a capacidade de destrancar o portão de casa.

Não podia deixar que ela ali naquele estado, coitado do meu corpinho lindo. Decidi ajudá-la.

N/A: Próximo capítulo, 12 comentários.