Trust Me. escrita por PeterGeneHernandez


Capítulo 9
Capítulo 9. Motivos.




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Capítulo 9. Motivos.


Pov. Marília.

Meu pai me colocou no chão e nós começamos a andar devagar pelo Olimpo. Ele passou o braço pelos meus ombros e foi me guiando pelas ruas. O mesmo não havia dito nada, me parecia estar escolhendo as palavras certas, mas aquele silencio estava me corroendo por dentro.

– Eu só quero saber qual foi o motivo do acordo de vocês. – disse por fim.

– É mais complicado do que você imagina. Não foi bem um acordo que nós fizemos. – ele falava passando a mão na nuca. – O quanto exatamente você sabe?

– Minha mãe me contou tudo que aconteceu pra vocês se conhecerem, o que aconteceu com o irmão dela. E me disse que não sabe o que você e Deméter combinaram. – falei o olhando.

– Foi o seguinte. – começou pensativo. - Depois que Deméter descobriu que sua mãe estava grávida, surtou. Ela saiu descontando a raiva que sentia nas pessoas que vinham falar com ela, ela até bateu no Ares.

Nós estávamos passando por um tipo de praça que tinha uma enorme fonte, com cupidos cuspindo água e fazendo um coração com os arcos, que eram cortados por duas flechas, no centro. A volta era rodeada de árvores e flores. Muitos sátiros e ninfas passavam por lá, na maioria das vezes correndo.

– Eu nunca entendi o porquê dela ser tão indiferente com a sua mãe, ambas são orgulhosas o suficiente para não ligarem para a opinião alheia. Mas alguma coisa em Cléo incomodava Deméter. – meu pai falava olhando para o nada, franzindo o cenho.

– Pai. – falei o tirando do transe. – Não adianta me enrolar. Você vai me contar o que vocês combinaram ou não? – completei cruzando os braços.

– Se eu não contar, você desencana? – tentou me encarando com as sobrancelhas arqueadas.

– De jeito nenhum. – retruquei também arqueando as sobrancelhas para ele.

– Quando cheguei ao Olimpo, após o primeiro surto dela. A mesma pediu para que conversássemos a sós. Assim que acabou a reunião Olimpiana, na qual Deméter não apareceu, fui direto para seu templo, checar o que ela queria.

“Eu não sabia exatamente do que se tratava, mas tinha uma idéia pelo o que me falaram na reunião. No templo ela estava sentada sobre seu trono e a luz fraca da tarde iluminava um pouco o ambiente.”

Meu pai contava como se o flashback da conversa passe por seus olhos como se estivesse acontecendo aqui nesse momento.

– Ela me perguntou no tom mais ameaçador que conseguia o porquê eu havia me intimidado tanto com sua mãe. Eu disse que não sabia como tinha acontecido, mas tirando o lado psicopata da sua mãe, eu me sentia bem com ela. – um sorrisinho surgiu no canto dos lábios dele. – Foi suficiente para ela surtar de novo. A mesma só parou de jogar vasos em mim quando eles acabaram. Deméter me xingava, me acusava de traidor e que me arrependeria do que estava fazendo.

“Saindo de lá eu fui direto falar com a sua mãe e ela me disse para que eu tentasse falar com Deméter civilizadamente e entrasse em um acordo. No dia seguinte fui até o templo da deusa e fiz o que Cléo tinha me aconselhado, só que dessa vez armado. Mas ela já tinha tomado uma decisão. – nesse momento da história meu pai hesitou. - Tem certeza que você quer saber o que aconteceu?

– Absoluta. – eu falei o encorajando.

– Ela me falou que você iria passar por tudo que sua mãe passou. Quando me contou eu pensei em Percy. Vocês dois não podiam pagar por uma rixa idiota que Deméter tem com a sua mãe. Então eu resolvi criar esse colar que você tanto usa, foi criado pra te proteger dos monstros. Ele também protege quem esta perto de você e se for meio-sangue absorve os poderes e também fica protegido. Fiz isso pensando em evitar que o pior acontecesse.

Quando me dei conta estávamos chegando a um templo enorme, na cor branca, me parecendo ser mármore. A entrada era suspensa por gigantescas pilastras. As portas, também num tamanho absurdo, eram de um mármore mais escuro, parecido com creme.

– É a Sala dos Tronos? – perguntei pegando em meu pingente.

– É sim. – meu pai respondeu suspirando.

– Obrigada. – falei com um sorriso pequeno.

Ele não e disse nada. Só sorriu de volta para mim e me abraçou. Nós andamos até a entrada da sala e nos sentamos na escadaria à frente.

– Quem é que construiu tudo isso. – falei admirando as construções.

– Annabeth. – ele me respondeu somente.

– Ah! Foi depois que salvaram o Olimpo?

– É, como você sabe?

– Eu estava conversando com ela antes de vir para cá. – respondi e ele assentiu com a cabeça.

Estávamos de frente para uma esquina e vi Kate e Jacob virarem a mesma e virem até nós. Jake parecia sem fôlego e Kate saltitava pela rua sorrindo feliz da vida, como se estivesse em êxtase

Chegando até nós Jake se sentou aos pés do meu pai e Kate só faltava pular no lugar de tanta felicidade.

– O que é que deu nela? – disse franzindo cenho e apontando para ela.

– Sei lá. – Jake me respondeu dando de ombros. – Do nada ela ficou assim.

– Seu cabelo é dessa cor mesmo? – meu pai falou apontando para a ruiva.

Eu e Jacob olhamos para ele franzindo o cenho e estranhando tamanha burrice.

– É mesmo, - comecei caindo na real. – pra mim todos os filhos de Apolo tinham cabelos loiros.

– Por quê? O que você quer com eles? – meu pai começou enciumado.

– Xii, não começa com ciúmes não. – falei erguendo a mão em protesto. – Eu nem gosto de loiro.

– Acho bom. – ele falou satisfeito. – É bom você também esquecer os outro homens também.

– Você quer que ela vire lésbica? – Jacob falou indignado.

– Não. – meu pai retrucou. – Quero que ela faça um voto de castidade, pelo menos até depois do casamento.

– E depois o que? Que eu vire freira? – Disse e ele assentiu. – Sai dessa vida! E eu não vou fazer voto de castidade nenhum, muito menos até o casamento.

– Afinal Kate, por que seu cabelo é dessa cor, antes que esses dois comecem a se estapear. – Jake nos interrompeu.

– Num começa moleque. – meu pai falou batendo na cabeça dele. – Eu estou de olho em você. – completou e Jacob só riu.

– É por que eu adoro cupcake de morango, e essa é a cor exata do glacê. – ela disse mexendo no cabelo.

– Por que é que nós estamos esperando aqui fora? – falei depois que, finalmente, pensei.

– Zeus esta “conversando” com Hera. – Jake falou “conversando” com sarcasmo.

– Por que meu pai sempre me manda ficar quietinha? – Kate falou fazendo o cabelo de bigode. Todos nós resolvemos ignorar a pergunta.

– Nossa, - meu pai falou tapando os olhos. – É agora que acaba nossa diversão. – ele falou olhando para frente em direção a uma loira que caminhava até nós.


O->

Mais um capítulo (Ava!), prix comentem. B’.aah.



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