Trust Me. escrita por PeterGeneHernandez


Capítulo 4
Capítulo 4. Negada.




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Capítulo 4. Negada.


Pov. Percy.


–Esperai! – eu disse abraçando mais forte Annie. – Se a Marília tem 16 anos e é filha de Poseidon, por que é que ela não apareceu quando o Olimpo estava em perigo?

– Eu estava falando sobre isso com a Rachel. – Annabeth falou apontando para a ruiva. – Ela me disse que talvez já estivesse proferido que Marília não seria o herói.

– Talvez. – Quíron disse concordando.

– Mas como é que você não chegou aqui antes? – Thalia disse se virando para minha irmã. – Tipo, nenhum monstro te atacou antes? Por que, fala sério, você tem 16 anos e sobreviveu lá fora sem treinamento nenhum.

– Não faço idéia. – Marília respondeu. – Eu sempre andei por ai e nada me atacou antes, aquela empousa, foi à primeira vez. – ela completou franzindo o cenho e olhando os tênis All Star.

Só reparei quando vi um feixe de luz atingir o pescoço da garota. Era um colar dourado que estava em seu pescoço. Da distancia em que estava me parecia ser ouro e tinha a forma de um ‘M’ desenhado em “letra de mão”.

– Quem te deu esse pingente, Marília? – Quíron falou, também notando a jóia.

– Minha mãe diz que foi meu pai quem me deu quando eu era recém-nascida. –ela disse segurando sua inicial. – Eu nunca tiro.

– Eu posso ver, por favor? – Quíron disse estendendo a mão. A garota assentiu e lhe entregou o colar.

Ele segurou as pontas da corrente de forma que o pingente ficasse pendurado. O centauro virava a jóia de um lado para o outro nas mãos e a observava franzindo o cenho como se fosse algo muito especial.

– Se não me engano. – ele começou a falar colocando a mão no queixo. – Essa jóia é o motivo da sua tranqüilidade lá fora.

– Então quer dizer que Poseidon teve um motivo para escondê-la? – Rachel falou pensativa.

– Provavelmente. – o centauro respondeu. - Como se chamam seus pais? – ele completou.

– Minha mãe se chama Cléo Carter e meu pai Malcon. – dada a resposta de minha irmã Quíron arregalou os olhos de preocupação.

– Poseidon teve um ótimo motivo para te proteger. – Quíron respondeu apreensivo.

– Qual? – Annie disse curiosa, franzindo o cenho para ele.

– Marília você conhece a história de seus pais? – Quíron.

– Qual deles? – a garota respondeu. – Poseidon e Cléo ou Malcon e Cléo?

– Dos três.

– Não. – respondeu rapidamente. – Me conta? – ela disse com os olhos brilhando.

– Sua mãe é uma, pode se dizer... Semideusa. – Quíron falou sério.

– Impossível. – Marília teimou. – Nós nunca fomos atacados por monstros.

– É possível sim. – Quíron começou a contar. – Ela era filha de Deméter, mas a única que não se parecia com a mãe. Ela não admitia ouvir que só porque era filha da deusa da agricultura, tinha de gostar do campo, amar cereais, ou até mesmo que as mulheres tinham que ser tratadas como damas.

– Como assim ela não gostava de ser tratada como uma dama? – Rachel falou se sentando ao lado de Thalia.

– Ela diz que as mulheres não precisam de homens, eles é que precisam delas. – Marília começou a explicar. - Minha mãe sempre me influenciou a ser independente e nunca a depender de ninguém. Sempre me falou que as mulheres vivem sem os homens muito bem, eles é que precisam de nós. E ela vê que o jeito de ser tratada como uma dama é como se nós precisássemos dos homens pra tudo, como se fossemos posse deles.

– Tenho dó do seu padrasto. – disse sem querer ofende-la.

– Ela o faz de gato e sapato, mas da pra ver que ambos se amam.

–Deméter nunca gostou dela. Sempre que as duas se viam discutiam por horas e tinham que ser separadas, todos evitavam ao máximo que as duas se encontrassem. – Quíron contou. – Até que um dia Cléo deu um basta e decidiu que Deméter não era mais sua mãe, que seria como se as duas nunca tivesse se conhecido, como se ela fosse uma mortal normal.

– Que horror! – Annie falou. – Ela negou a própria mãe.

– Deméter aparentou ter concordado com a decisão da filha, mas todos sabiam que no fundo ela estava destruída por ter sido negada por uma de suas filhas. – Quíron terminou.

– Então é por isso que ela nunca me contou sobre sua mãe biológica. – Marília falou. – Sempre que eu tocava no assunto ela me dizia que sua mãe era minha avó Méridite, sua madrasta, pois foi a mesma que a criou.

– Esse deve ser um assunto muito delicado para ambas. – Annie comentou.

– Mas e meu pai e meu padrasto?

– Seu padrasto também é um semideus filho de Apolo, o mesmo sempre se relacionou muito bem com a sua mãe. Após sua mãe ter tomado a decisão, ela começou uma ‘amizade’ com seu pai. – Quíron foi irônico quando mencionou sobre a amizade. – E, num descuido, é o que eles dizem, você nasceu.

– Ótimo nasci de uma amizade colorida, – Marília comentou batendo a mão na testa. - Era só o que me faltava.

– Quando Cléo estava no sexto mês de gestação, seus pais ainda se viam e ansiavam por seu nascimento, mas Deméter fez algo, que só ela e Poseidon sabem, e eles tiveram que parar de se ver. – Quíron completou.

– A discutição entre elas era feia mesmo. – Rachel interrompeu.

– Poseidon foi quem pediu para que Malcon cuidasse de você e Cléo. O garoto começou a se aproximar, mais ainda, de sua mãe e Afrodite fez com que ambos se apaixonassem. – Quíron terminou.

– Own, que fofo. – Annie e Rachel falaram em coro o que fez com que Thalia revirasse os olhos, eu e Marília só rimos da garota.


Pov. Marília.

- Senhor Quíron. – uma garota esverdeada apareceu na porta após bater.

– Sim? – o centauro respondeu se virando para encara - lá.

– Os filhos de Hefestos e Ares estão discutindo novamente. – A garota respondeu abrindo mais a porta para que o centauro passasse.

– Annabeth, mostre o acampamento para Marília. – O centauro nos disse. – Thalia e Percy vão atrás de Grouver e tomem cuidado, o procurem até que o anoiteça, mesmo que não o achem, voltem, não quero que fiquem andando por ai até que certas coisas se acertem. – completou e saiu da sala.

– Tudo bem. - Annie respondeu.

Annabeth se virou e pediu para que Percy e Thalia tomassem cuidado e voltassem logo. Nós duas saímos da Casa Grande e fomos indo em direção aos Campos de Morangos.

– Você se dá bem com seu padrasto? – a loira me perguntou admirando os morangos.

– Muito. Eu até o chamo de pai. – falei sem conseguir conter o sorriso.

– Sério? – Annie falou incrédula. – Eu não me relaciono bem com minha madrasta não. – não me contive e ri da garota.

– Ele me criou desde sempre. Não acho justo que eu não o chame assim, além do mais, pai é quem cria.

– Você sente raiva de Poseidon? – ela me perguntou receosa.

– Nunca consegui. Sempre que perguntava sobre meu pai biológico para minha mãe, ela me dizia que ele não podia ficar perto de mim, como o Malcon fazia, mas sempre estava por perto quando podia e um dia eu o conheceria. – falei segurando meu colar.

– Normalmente, os semideuses odeiam os pais divinos por não os terem por perto e correm risco de vida a cada segundo do dia. – Annie falou achando graça.

– Eu já tentei sentir, nem que fosse uma pontinha de raiva dele, mas nunca consegui, mesmo sem saber direito essa história, eu sempre acreditei em minha mãe, que ele não estava comigo por que queria.

– Tenho certeza que ele deve ter um ótimo motivo para te esconder do jeito que fez.

– Você, Percy e Thalia são filhos de quem? – perguntei curiosa.

– Atena. Percy é seu irmão e Thalia é filha de Zeus.

– Nunca fui muito fã de Zeus. – disse depois de bufar.

– Nem Thalia. – Annie me respondeu rindo. – Seus pais têm outros filhos?

– Sim, ela tem cinco anos. No começo eu até achei que meus pais iriam me excluir um pouco, por ela ser filha biológica deles, mas me dão atenção do mesmo jeito.

– Eu às vezes tenho vontade de matar os meus. Aqueles pestinhas. – Annabeth falou fazendo careta, eu não me contive e ri da garota.


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O que acharam? Mereço reveiws?



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