Trust Me. escrita por PeterGeneHernandez


Capítulo 11
Capítulo 11. Sonhos.




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Capítulo 11. Sonhos.


Pov. Marília.


Ainda na Sala dos Tronos eu me sentia incomodada. Uma mulher idêntica a minha mãe me fitava como se quisesse me exterminar. Desde o momento em que coloquei os pés nessa sala essa mulher me fuzilava.

Ficou decidido que nós iríamos para o Triangulo das Bermudas, - que por sinal não faço idéia de onde ele seja e não estou com a mínima vontade de querer saber- em um barco que meu vai nos mandaria na praia do acampamento, procuraríamos por Hefestos, pai de Jacob, filho do idiota do meu tio, que não tem vergonha na cara de ir procurar o próprio filho, é uma vida de merda.

– Vocês estão dispensados. – Zeus disse na maior cara de pau. – Espero que voltem vivos. – ele completou e nós fomos saindo.

– Espero que você fique sem seu filho. – disse sussurrando com uma voz irritante, o que fez com que Jacob desse um risinho.

– Espere um minuto. – Kate disse e nós paramos na porta da Sala dos Tronos.

A ruivinha saiu correndo em direção ao trono do pai e foi recebida com um sorriso do mesmo. Ela sorriu de volta para o Deus do Sol e lhe deu um chute em sua canela.

– Feliz dia “Bata no gostoso do Apolo”. – ela respondeu sorrindo mais ainda e voltou saltitando até nós, deixando Apolo com a maior cara de tacho.

– Como se sente traído pela própria filha? – Ares falou entre gargalhadas.

– Não começa Ares. – Apolo gritou apontando o Deus da Guerra.

– Ah, ficou magoado é?! – Ares zoou com o irmão.

– Vamos embora. – Jacob decidiu.

– Mais agora que a pancadaria vai começar de novo? – disse decepcionada.

– Pode ter certeza que quando nós voltarmos ainda vai ter muita pancadaria. – ele tentou me convencer.

– Se não tiver eu bato em você. – disse passando por ele e descendo as escadas junto de Kate.

Ele me respondeu revirando os olhos e nos seguiu até a saída do Olimpo. Quando chegamos à entrada do Empire State, Argos já nos esperava com a van do acampamento. O sol já tinha quase se posto por completo e as estrelas começavam a aparecer. Aquilo me fez sentir falta de casa.

O caminho de casa foi em silencio. Kate se sentou na janela e cochilou, eu fiquei no meio e Jacob, novamente, na porta. Suas mãos estavam viradas para cima sob suas pernas. Observei a ponta de seus dedos e vi pequenos cortes nas pontas.

– Você toca. – disse tocando levemente seus dedos.

– Normalmente, ninguém repara. – Ele me respondeu sorrindo de lado.

– Eu também toco. – comentei lhe mostrando os dedos de minhas mãos.

– Pensei que filhos de Poseidon não tocassem. – me respondeu brincando.

– Meu pai é filho de Apolo.

– Como assim você tem dois pais? Tanta gente no mundo sem pai e você com dois? – argumentou franzindo o cenho.

– Se eu escolher ter só um, ainda vai ter gente no mundo sem pai nenhum. – retruquei e ele riu.

Quando me dei conta nós já estávamos em frente à colina meio-sangue. Acordamos Kate e fomos direto para o pavilhão do refeitório. Me sentei junto a Percy em nossa mesa e lhe contei o que aconteceu no Olimpo.

Terminamos de comer e íamos voltando para o chalé quando Annie apareceu discutindo com Percy.

– Percy Jackson, onde está meu boné de Yankees? – falou ameaçadoramente.

– Eu não sei, não sou louco de mexer em suas coisas. – ele se defendeu, na verdade esperava que ele desse a mesma resposta que meu pai deu para Atena, mas esse já devia ser treinado.

– Ah, então onde foi parar? Ele criou pernas e saiu andando por ai? – Annabeth reclamava.

– Já procurou no chalé? – Percy falou franzindo o cenho.

– Não, não. Eu não procurei em lugar nenhum e vim direto perguntar para você se não o viu. – ela respondeu irônica.

– Grossa. – meu irmão a respondeu encarado-a de cima a baixo. – Pergunte para seus irmãos, então. – Percy deu de ombros.

– Mais eu já falei com eles. – Annie disse abaixando o tom. – Ah! Ainda tenho que falar com a Michelle, tchau. – a loira deu um beijo na bochecha do namorado e saiu andando.

– Ela nunca me da um só um beijo na bochecha. – Percy falou indignado.

– Até parece que você vive de beijos. – respondi e voltamos a andar até o chalé.

– Não vivo, mas não recuso nenhum beijo dela. – ele retrucou. – Hum... Eu queria te falar sobre o chalé. – começou quando chegamos perto da porta. Sabia que ele se referia a sua privacidade com Annie.

– Durante o dia o chalé é seu, à noite, nada de puticesses aqui dentro, quero dormir em paz.

– Valeu. – me respondeu aliviado. - Mesmo que você não dissesse nada sobre as puticesses aqui dentro, Annie não aceitaria. - Percy falou encolhendo os ombros. - Ela só não é timida comigo. - completou orgulhoso.

– Aff! - foi tudo que consegui dizer.

Nós entramos, nos trocamos e deitamos para dormir.

– Vocês encontraram Grouver? – falei relaxando na cama.

– Não, mas tenho certeza de que ele está bem. – Percy me respondeu sonolento. – Boa noite.

– Boa noite. – disse também sonolenta.

Esperava ter uma noite tranqüila. Mas pesadelos me assombraram.

Eu estava em casa procurando pelos meus pais e minha irmã. Eu tinha corrido a casa inteira e não havia os encontrado. Entrei no escritório de meu pai e alguém estava sentado em sua cadeira, me parecia ser uma mulher.

Chamei por minha mãe e a mulher se virou para mim. Elas eram muito parecidas, mas, sem sombra de duvidas, não era a minha mãe. A mulher estava usando um vestido verde, seu cabelo estava arrumado, disciplinadamente, em um rabo de cavalo e estava sentada em uma postura perfeita. Minha mãe nunca usava vestidos verdes, seu rabo de cavalo não era tão certinho e ela não sentava não tão ereta quanto a mulher que estava em minha frente. Aquela era Deméter.

– Até que enfim me encontro com a tão desconhecida Marília. – ela disse me fuzilando com os olhos.

Naquele momento gelei e nenhuma palavra saia de minha boca, como se eu não tivesse mais movimentos.

– Eu não vejo a hora de me vingar pela morte de meu filho. – ela se levantou batendo as mãos na mesa. - Ele está morto graças à desastrada da sua mãe. – sua mãe me acusou com o dedo. – Você vai pagar pelo que ela fez e a mesma vai sofrer tudo que eu sofri.

– Minha mãe não tem culpa de nada. – as palavras saíram. – Ela tentou salvar seu filho. Você que sempre foi hipócrita e a acusa até hoje. Você nem mesmo da à mínima para seus filhos, você e nenhum deus.

– Você sabe com que está falando garota? – Deméter me ameaçou.

– Só por que você é uma deusa não tem o direito de tratar os outros dessa maneira. Se vocês, os deuses, se importam tanto assim com seus filhos, por que não dão a mínima para eles? – as palavras pareciam sair sozinhas da minha boca.

– É mais complicado do que você imagina. – disse se lamentando.

– Nessas horas não fica se vangloriando por ser uma deusa não é?! – Deméter veio vindo até mim com um olhar mortal enquanto eu falava. – Se vocês são tão poderosos quanto dizem por que não tomam uma atitude e dão o mínimo de atenção para seus filhos?

– CHEGA! – Deméter gritou e correu até mim furiosa.

– Mãe pare! – Alguém falou firme e a Deusa da Agricultura congelou no lugar. Ela foi se virando devagar até ficar de frente para um homem.

Ele se parecia muito com a deusa.

– Alan. – Deméter falou com um sorrisinho nos lábios e andou em direção ao homem.

– Você não vê o que esta fazendo? – ele falou bravo e Deméter congelou mais uma vez. – Não pode culpar Cléo por um erro meu.

– Mas... – Deméter tentou protestar.

– Ela fez o que tinha que fazer. Quem tem que se culpar aqui é você por ser tão descuidada a ponto de não cuidar de um pertence seu, que tanto gosta.

– Eu não agüento mais ter que ficar ouvindo todos dizerem que ela não fez nada. – Deméter falou pondo as mãos na cabeça.

– Estão dizendo a verdade. – Alan disse sem dó nem piedade. – Por que não aceito o jeito que ela é? A mesma sempre correu atrás de seus sonhos e conseguiu subir na vida com uma filha pequena para cuidar. – ele completou apontando para mim. – Ela não é melhor que ninguém e você também não.

Meu sonho foi interrompido com Percy me acordando. Ele chacoalhava meu braço e me chamava meu nome.

– Acorde a trombeta já soou. – me sentei na cama e limpei a testa soada. – Teve um pesadelo? – ele me perguntou e eu assenti com a cabeça. – É normal, isso vai acontecer freqüentemente.

– Só espero que não fale demais nos outros, assim como fiz nesse. – respondi me levantando e indo me trocar.


O->

Capítulo grande. Esse não estava programado no meu roteiro para a fic, mas assim que a idéia apareceu não deu outra e eu fui escrevendo.

Espero que tenha ficado bom. Bjs. B’.aah.




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