Quando acordei hoje de manhã senti alguma coisa estranha como uma boa sensação de que algo de legal aconteceria hoje; com essa certeza me levantei bem rápido, tomei banho, me vesti e antes que pudesse me dar conta já havia tomado café e estava a dois quarteirões da escola.

Cheguei cedo, não havia quase ninguém a não serem as pessoas que cuidavam da limpeza e o zelador, mais havia uma pessoa mais interessante que eles lá: Annabeth; ela estava se preparando para a apresentação de um seminário, mesmo eu achando que ela não precisava se preparar coisa nenhuma ela é a pessoa mais inteligente que conheço contando até que com nossos professores; pois bem, ela estava divagando sobre as páginas de um livro com os olhos cinza bem longe quando a cutuquei por trás:

- Dormiu aqui sabidinha? – Dei um susto nela, fazendo-a pular.

- Percy! – ela abriu um sorriso lindo para mim – Caiu da cama ou teve insônia? – ela ergueu a sobrancelha – Você sempre chega atrasado, ou será que está esperando alguém?

- Sabe que não, e a propósito será que sou tão mal aluno assim a ponto de você se espantar quando chego cedo para dar uma de nerd?

- Brincadeira – ela se voltou para o livro – E diário como vai?

- Bem mal, aquilo é uma droga, não tenho paciência de escrever, está mais para tortura que para controle de raiva.

- É eu sei, há alguns anos eu mantive um diário mais minha paciência também foi meio totalmente curta, só consegui por uns três meses – o rosto dela se iluminou – Tenho uma ideia, posso te ajudar nisso, o que você acha de eu voltar com o meu diário? Posso te fazer companhia na escrita, assim não seria tão humilhante.

- Adorei sabidinha, mais você tem explosões de raiva a ponto de precisar de um diário? Ou só quer guardar os segredos que não fala pra mim em lugar seguro?

- Pode ser – ela se virou para me encarar – Posso te perguntar uma coisa?

- Até duas

- Por que você deu um soco naquele menino ontem?

Opa, isso ela não podia perguntar; e agora Jesus o que eu faço; falo a verdade ou minto. Ela continuava olhando para mim, então resolvi.

- Você quer saber a verdade ou a mentira; você escolhe, lembrando que a escolha é sua.

Ela nem pensou duas vezes disparou logo:

- A verdade Percy, sempre vou querer a verdade.

É agora que eu moro, senti meu rosto ficar quente, minhas mãos começaram a suar descontroladamente, então falei de uma vez para não perder a coragem.

- Dei um soco naquele projeto de gente porque ele te chamou de bonita e eu fiquei com ciúme.

Olhei para ela, os olhos se arregalaram e a cor sumiu do seu rosto, por um instante pensei que ela fosse desmaiar, então.

- Lembrando a escolha foi sua – lembrei-a.

- Ciúme – ela falou com a voz falha – Mais Percy...

Alguém por favor me salve, olhei para os lados e não vi ninguém; então apelei.

- Annabeth respire por favor está me deixando preocupado – peguei a mão dela, estava gelada – O que eu fiz para te deixar assim, você pediu a verdade e eu te falei.

- Me explique isso Perseus agora! – ela não mandou, ela ordenou.

- Somente a verdade? – ela assentiu – Sou apaixonado por você, não sei o que acontece meu cérebro simplesmente para de funcionar quando você chega perto; mais sei que você não gosta de mim então vou somente ser seu amigo e deixar isso de lado.

Nossa nem doeu, mais e se ela nem quiser ser minha amiga depois disso! Aí eu me jogo da ponte do rio Hudson.

- Como assim deixar pra lá? – ela me fitou – E como você sabe que não sinto o mesmo por você?

- Você gosta do Luke! Vejo isso nos seus olhos.

Estávamos tendo uma DR e não havia nada entre nós.

- Mais Percy o Luke só me ajuda a conquistar você – seu rosto se tingiu de vermelho.

Cumequié, minha melhor amiga Annabeth Chase querendo me conquistar.

- Luke te ajuda, e desde de quando ele sabe disso?

Ela não tinha tanta concentração em falar então fez o numéro 4 com os dedos e depois um M, quatro meses. Nesse momento tive uma ideia louca, espero que ela não me mate.

- Annabeth Chase – eu forcei-a a me encarar e olhei no fundo de seus belos olhos – Eu te amo com todos os meus pensamentos e ações – a pouca cor que tinha em seu rosto sumiu – Você aceita namorar comigo?

Ela não falou nada, mais fez, me beijou, e eu me senti no céu, estou escrevendo isso na aula de Inglês por que não posso aguentar esperar até em casa.

EU E ANNBETH ESTAMOS NAMORANDO!!!!

Estou surtando por dentro.