Dark Angel escrita por LTwi


Capítulo 20
Capítulo 20 - Francini.




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PDV Stephanie

Uma parede enorme com galhos encrustado levantou-se antes que eu descongelasse e pudesse gritar "Ei leticya, volta para cá agora e não fica longe da gente!" separando Leticya de todo o resto.

- E agora? - Ouvi ela gritar do outro lado.

- Fica aí. - Gritei indo de encontro a parede. - Nós temos que tirá-la de lá, ela não pode morrer! - Quase gritei para eles agirem.

- Temos? - Dean perguntou e eu ignorei.

- Ahn, façam a volta, tentem ir por outro lado. Vão! - Ela gritou.

- Tem certeza? - Perguntei.

- Eu estou bem. - Ela respondeu provavelmente tentando me acalmar.

Caminhei na frente dos 2, por um breve minuto me lembrei que estava sozinha com os dois, novamente. Aquele pensamento passou voando pela minha mente, só conseguia pensar em tirar Leticya de onde quer que ela estivesse.

Entrei em milhares de curvas, algumas sem saida, nada de Leticya. Não ouvi mais nem a sua voz.

- Leticya! - gritei o mais alto que pude. Minha voz ecoou pelo labirinto escuro. Nada de resposta.

Depois de alguns poucos 40 minutos procurando, me sentei no chão sujo, exausta. Tirei os sapatos e os segurie na mão, eles se sentaram na minha frente.

- Agora você ve por que eu queria vir de tênis? - disse, me referindo a Dean. Ele abriu a boca para responder, porém Sam foi mais rápido.

- É? Por que se tivesse vindo não ira poder dançar com Lucas - ele disse em um tom meio enojado - Será que ia querer vir de tênis mesmo assim? - revirei os olhos.

- Lucas? Seu namorado? - Dean disse levantando rápidamente do chão. Sua voz soou surpresa e raivosa.

- É. - Revirei os olhos novamente.

- Dançou? Dançou o que?

- TANGO! - Sam respondeu e sua expressão era nojo.

- Posso saber o por que você foi dança tango com ele? - ele disse quase gritando.

- O maior esfrega, pior que você Dean! - Sam falou.

Dean atirou os braços pro alto.

- Será que vocês podem parar de me amar! - gritei.

- Assim não dá - Dean colocou a mão na cintura - não dá pra continuar.

- Continuar o que exatamente? Pelo que eu sei nós não temos nada.

Por um detalhe Sam não riu.

- Então tá na hora de escolher. Um só. - Dean disse.

- É. - Sam concordou me fitando.

- Sério? Sério mesmo que nós estamos tendo essa conversa aqui? Agora? - Suspirei.

Dean se encostou na parede, de costas. De repente ele sumiu, engolido pela parede.

- Ahh!

- DEAN! - gritei eufórica. Sam e eu nos entreolhamos.

- Dean? Você está ai? - a voz de Sam soava quase desesperada.

Ouvimos passos correndo, fiquei apavorada.

- Estou bem! - Dean disse com as mãos no joelho, arfando.

- O que aconteceu? - Sam perguntou examinando-o para ver se estava tudo inteiro.

- Sei lá cara, umas raizes tentavam me puxar pelos pés, cai umas 5 vezes - ele fez uma careta - Sei lá, coisa estranha.

- Graças a deus você está bem! - fui abraça-lo, mas conti meu impulso. Sua expressão mudou para desapontada, e Sam pareceu nem ter notado.

O vento roçou na minha pele nua e me causou um arrepio, Dean olhava completamente surpreso para trás de mim, eu e Sam acompanhamos seu olhar e vimos um mini tornado que subia até o céu e provavelmente descia perto do centro do labirinto.

- Leticya. - Deduzi.

PDV Leticya

Ouvi Stephanie falar algo do tipo "Ela não pode morrer".

- Ahn, façam a volta, tentem ir por outro lado. Vão! - Gritei.

- Tem certeza? - Stephanie perguntou.

- Eu estou bem. - Respondi e acrescentei mentalmente: Só estou perdida em um labirinto com uma bruxa louca atrás de mim. - Ok, te acalma Leticya, respira fundo. - Murmurei comigo mesma.

Sentei no chão e devo ter ficado assim por meia hora, cansei de ficar sem fazer nada e levantei-me.

- Que saudade. - A bruxa adentrou o corredor verde. Levantou os braços e muros verdes subiram bloquando as saídas. - A última vez que eu te vi você era um bebê... Mas o que você faz aqui? - Ela perguntou e eu não entendi nada.

- Bom, pelo que eu vejo eu estou aqui por que você me colocou aqui. - Falei sorrindo irônicamente e colocando minhas mãos na cintura.

- Engraçada como a mãe. - Ela falou rindo ironicamente também, ela me imitou e colocou as mãos na cintura.

- Você não conhece minha mãe. - Falei quase rosnando.

- Oh, sim, eu conheço. - Ela riu. - E devo dizer: Ela é uma piranha que tentou ser como qualquer um, como uma pessoa normal, sem poderes, mas acabou se casando com um bruxo. - Ela gargalhou.

- Não. Fala. Dela. - Falei pausadamente e em um ato impensado pedi mentalmente: Ar, venha para mim.

Levantei os braços e os agitei em um enorme O. O vento ao redor dela começou a se agitar, em um vendaval particular projetado em volta dela, eu sabia o que iria acontecer, o ar ia leva-lá para longe, ou o oxigênio se esgotaria e ela morreria asfixiada. Ela continuou rindo e eu continuei com a minha obra. "Mais forte!" Ordenei e o vento me obedeceu de imediato, foi quando ela caiu de joelho de boca aberta, tentando achar oxigênio, o oxigênio não iria entrar ali dentro.

- BASTA! - Ela gritou com a sua reserva de energia balançando os braços ao inverso de mim e o tornado começou a enfraquecer, até sumir. Parei de girar os braços inutilmente. - Garota burra! - Ela gritou de novo. - Poder sem conhecimento não serve!

"Quem era ela? Sobre o que ela falava? O que eu sou?" Essas perguntas ecoavam na minha mente cansada. Eu arfava, meu corpo doía, e eu com certeza estava com enxaqueca.

- O que eu sou? - Perguntei sem querer perder tempo, afinal, eu iria morrer daqui a pouco mesmo.

- Criança burra! - Ela repetiu esbravejando. Ela andou vagarosamente em minha direção, eu levantei a mão em busca de algum poder mas já era tarde, ela já estava me segurando contra a parede e sussurrando bem perto do meu rosto: - Uma bruxa, é claro.

- Minha mãe...? - Perguntei.

- É claro, e seu pai também é. - Ela respondeu sorrindo como uma maluca. - E agora você vai aprender à não mexer com uma. - Ela se afastou e fez o mesmo que eu: Rodou os braços em um pequeno O em volta de si mesmo.

Achei que o vento iria se agitar à minha volta, achei que ela iria causar um tornado em volta de mim e que iria me sufocar e me matar. Fechei os olhos encostada de costas para a parede sem saída esperando a dor chegar, o desespero, a tristeza, mas nada veio, abri os olhos e era como mágica, era estranho, assustador, lindo, e... mágico.

A água nas folhas e na grama do chão e paredes perto da bruxa ficavam murxas enquanto gotas de água saíam flutuando em volta do pequeno O em volta da bruxa, se enxendo cada vez mais, o pequeno O se tornou como um tornado azul de cerca de 2 metros com a bruxa no meio.

- Agora! - Ela gritou.

Fechei os olhos e virei o rosto, a última coisa que vi foi uma enorme onda de água vindo violentamente em minha direção, eu com certeza iria me afogar, não era pouca água, era muita água, e se isso não acontecesse ela mandaria a terra me engolir viva, ou o ar me sufocar, ou colocar fogo em mim, ou até mesmo me transformar em um rato!

- Sério? - A voz familiar daquela mulher que falava comigo soou ao meu lado.

Abri corajosamente os olhos e vi a mulher à uns 20 centímetros à minha frente, sua mãe estava erguida em sinal universal de "Pare" com a água suspensa no ar, esperando.

- V-você? - A bruxa perguntou surpresa. - M-mas você m-m-morreu... Quer dizer, eu te matei! - Ela esbravejou.

- É. Mas parece que nem assim o seu plano de impedi-lá de cumprir seu destino funcionou, não é mamãe? - A mulher que me protegera falou e eu embasbaquei.

- Mamãe? - Sussurrei antes de mandar minha boca ficar calada.

- Veio proteger a filinha indefesa? - A bruxa perguntou.

- Filinha? - Perguntei embasbacada.

- Não, sai do mundo do além para vir até aqui ver você matar minha filha. - A mulher ironizou, ok, se ela for minha mãe, eu já sei da onde herdei a ironia.

PAUSA! PARA TUDO! FILHA? ELA DISSE MINHA FILHA? O QUE?

- Volte para lá então. - A bruxa disse.

E pela primeira vez, a mulher que diz ser minha mãe, ficou brava, de verdade. Ela deixou a água cair no chão, a luz da lua cheia iluminava metade do seu rosto, seu cabelo começou a dançar com o vento que de repente brotou naquele cubículo sem saída, fogo queimou em um círculo perfeito em volta da bruxa, pequenas labaredas ainda estavam acesas e queimando a curta grama, a grama dentro do círculo pegou fogo, a terra se mexeu, a bruxa tentou inúltimente sair do círculo, uma barreira invisível prendia ela lá dentro.

- Você não faria isso com a sua própria mãe... - A bruxa disse amedrontada.

- Você fez com a sua filha. Não fez? - Ela perguntou e aposto que quase lacrimejou.

- Eu... vou matar a sua filha! - A bruxa ia tentar se explicar, mas foi tomada pela raiva e gritou que iria me matar.

Minha suposta mãe andou lentamente até ela, e assim como a bruxa fez comigo, ela sussurrou bem perto do rosto dela:

- Fique fora do destino da minha filha! - Ela gritou o final da frase enquanto levantava os braços e junto trazia raízes de dentro do circulo de fogo onde a bruxa não pisava, e em um último ato ela abaixou os braços com um som ensurdecedor, levando consigo as raízes que haviam se enroscado no pescoço da bruxa.

Ela estava morta. A bruxa estava morta. Fiquei paralisada, assustada, nervosa, querendo sair correndo e acordar do horrível pesadelo.

- Leticya? - Ouvi Stephanie gritando do outro lado do muro recém construído pela bruxa que jazia caída quase com o pescoço arrancado no chão, a um metro de mim. - Você está bem? - Ela gritava sem parar enquanto batia inúltimente no muro.

A minha suposta mãe, virou-se e olhou para mim, tirei os olhos da bruxa para encarar a face de um monstro, de uma assassina, de uma bruxa morta, da minha mãe. Ela fez um movimento com a mão e o muro que me trancava ali desapareceu junto com a sua imagem.

PDV Stephanie

O muro desapareceu e vi a bruxa caída dentro de um círculo de fogo com a cabeça quase cortada, a um metro de distância Leticya estava encostada no muro, de frente para a bruxa, lágrimas teimosas inundaram os seus olhos, provavelmente embargando sua visão. Ela piscou e lágrimas que brotavam na mesma hora que caíam várias outras insistiam em cair.

- Lele... - Falei indo ao seu encontro e à abraçando. - Vai ficar tudo bem. - Tentei reconfortá-la.

Ela não retribuiu o abraço, ela estava em choque.

O muro desapareceu e vi a bruxa caída dentro de um círculo de fogo com a cabeça quase cortada, a um metro de distância Leticya estava encostada no muro, de frente para a bruxa, lágrimas teimosas inundaram os seus olhos, provavelmente embargando sua visão. Ela piscou e lágrimas que brotavam na mesma hora que caíam várias outras insistiam em cair.

- Lele... - Falei indo ao seu encontro e à abraçando. - Vai ficar tudo bem. - Tentei reconfortá-la.

Ela não retribuiu o abraço, ela estava em choque. Uma coisa que não se ve todo dia: eu a abraçando, e ela não retribuindo. Não quis bombardia-lá de perguntas naquele momento, pois sabia que ela estava mal.

- Vamos tentar sair daqui, agora. - Sam falou olhando para os lados.

- Qual o melhor caminho? - Leticya disse passando a mão no rosto.

- Pra lá! - Dean e eu falamos em coro, cada um apontando para um lado. Sam revirou os olhos.

- Mas pode demorar horas para conseguirmos sair daqui! - Leticya quase gritou.

- Se acalma! Se você quer sair daqui, todos nós queremos!

Ela começou a chorar novamente, e se sentou no chão. Dean se sentou ao seu lado.

- Ei, vai ficar tudo bem. - ele disse baixinho. Me virei de costas para eles e revirei os olhos. Desde quando Dean Winchester era sentimental? Revirei os olhos novamente. "Vamos pensar em como sair daqui" pensei comigo mesma.

Peguei meu celular. Eram 01:47 da madrugada. Pensei se conseguiria fazer meu celular levitar tão alto. Tive medo de deixa-lo cair, ele era meu xodó. Suspirei e o beijei. Sempre fui muito sentimental com coisas materiais. Sam me observava, enquanto o casal maravilha trocava sussuros. Coloquei a camera no meu celular. Pus no modo automatico, 30 segundos. Coloquei flash.

- Espero que de certo - falei em um sussuro quase inaudivel.

Coloquei o celular na palma da mão, e fechei os olhos. Pensei no ar, numa linha interna e invisivel dentro de mim que me ligava a ele, e nele puxando meu celular de encontro as nuvens cinzentas. O vento o puxava lentamente. Entreabri um olho para ver se a altura estava boa, calculei que sim. O deixei flutuando acima do labirinto por mais uns 20 segundos, e o baixei devagar, quase em camera lenta. O celular pousou na minha mão, e quebrei a ligação entre mim e o ar. Sorri ao ver que meu celular estava bem.

- E aqui estamos - disse mostrando a foto para Sam. Mesmo o labirinto estando no escuro, a luz da lua e o flash da camera fizeram o labirinto aparecer bem o bastante para pudermos enchergar as curvas, e nós enchergamos. Sam e eu analisamos a foto durante uns 5 segundos.

- Por ali - ele apontou.

- O que você fez? - Leticya e Dean se levantavam do chão, apoiados na parede.

- Tirei uma foto. - falei como a coisa simples que era - vai servir como um mapa sabe, se soubermos nos movimentar bem aqui dentro. O que para a nossa sorte, eu sei. - Sam e eu nos viramos, e caminhamos na frente deles. - Aquelas longas horas jogando RPG até que serviram para alguma coisa - Sam e eu rimos. Ouvi Dean sussurar atras de nós, algo que se parecia com um "brilhante".

Depois de longas curvas, piadas, reclamações, e Dean rindo cada vez que Leticya tropeçava e ele à segurava perto de mais, conseguimos achar o fim do labirinto.

"Ela devia ter caído para aprender a não se fazer para ele." Me senti culpada após esse pensamento, afinal, eu nem sabia o que havia acontecido para ela estar desse jeito, joguei o meu orgulho, minha ira, e meu ciúmes bobo para lá e parei ao seu lado.

- Para onde você quer ir? - Perguntei.

- Casa. - Ela respondeu rápido.

- Tem certeza? - Perguntei.

- Eu só preciso pensa um pouco. - Ela disse forçando um fraco sorriso.

- Sua maquiagem está toda borrada. -Falei e rimos juntas. - Eu te levo.

Engatei seu braço no meu e quando ela percebeu o que eu iria teletransporta-lá ela falou rapidamente " Tchau Dea..." tocando no seu braço, me controlei para não revirar os olhos.

Chegamos em frente à porta do seu apartamento.

- Me liga? - Perguntei.

- Sim, eu te explico tudo. - Ela disse limpando uma insistente lágrima. - Nossa... Como eu sou chorona. - Ela falou provavelmente deixando escapar o pensamento.

- Se cuida. - Disse à abraçando.

Ela entrou em casa e fechou a porta. Não sei o que ela diria para a mãe dela, mas espero que ela saiba inventar uma bela mentira.


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Notas finais do capítulo

~Revelações~ ein? rsrsrs
bejinhos,
leticya e stephanie.



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