Dark Angel escrita por LTwi


Capítulo 10
Capítulo 10 - Esclarecimentos.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/160526/chapter/10

Acordei aninhada por mãos fortes e quentes, abri os olhos lentamente e vi Lucas, então eu caí em mim e lembrei de tudo que aconteceu. Levantei da mesa abruptamente e vesti minha blusa, seguido pelo me short.

- Stephanie, calma. O que agente fez não foi errado. - Lucas segurou minhas mãos.

- Eu sei, é só que... - Parei de falar pois um vulto preto adentrou a sala.

- Você conseguiu? - O vulto, que eu acredito ser um demônio sem corpo perguntou.

- Saia daqui. - Lucas ordenou se colocando na minha frente

- Eu não preciso obedecer você. - O vulto se agitou tomando um tom de voz incrivelmente assustador.

- Lucas, me tira daqui. - Pedi.

- Você não vai a lugar algum. - O vulto falou e depois aconteceu tudo muito rápido.

O vulto foi para cima de mim, Lucas fez um movimento com a mão e fez o demônio ir para o outro lado da sala, tocou no meu rosto e falou:

- Eu te amo, lembre-se disso. - Ele sussurrou.

- O que que houve? - perguntei me sentando. Dean lançou um rapido olhar a mim, voltou a dirigir e disse:

- Nós é que te perguntamos. - Notei o rosto assustado de Sam pelo retrovisor. - Você dormiu, não acordou durante 15h, e quase não respirava.

Então fiquei aliviada de saber que foi um sonho.

- Que arranhados são esses nos seus braços? - Sam disse passando a mão por eles. Olhei para meu braço e vi que estava com arranhados super vermelhos. Pus meu cabelo por cima.  De repente veio a mim. Lembrei tudo que havia acontecido, e o momento em que Lucas havia me arranhado.

- Devo ter me arranhado. - Sam olhou para minhas unhas, e as escondi. - Quando me coçava por causa dos mosquitos, quer dizer, quando eles me picaram, cocei muito. - Disse as palavras quase correndo, por conta de estar assustada. Muito assustada.

Pensei a melhor forma de contá-los o que aconteceu, enfim contei tudo exceto à parte sobre mim e Lucas. Dean foi o primeiro a falar:

- Quem é ele?

- Ou melhor, o que é ele? - Sam corrigiu.

- Meu namorado. - eu disse normalmente - filho de Lúcifer.

- O QUÊ? - ouvi os dois falarem em coro.

- Seu namorado? - Sam disse.

- Filho de Lúcifer? - completou Dean.

- É. - eu disse simplesmente.

Depois de algumas horas de viagem em silencio até Ohio paramos em uma lanchonete chamada Magnato's. Sentamos na mesa perto da porta. A garçonete veio até nós com um olhar desconfiado, talvez por uma adolescente viajar com dois homens que tem idade para ser seus tios.

- Já escolheram o que irão querer? - Ela perguntou enquanto escrevia em um bloquinho.

- Dois X-bacon. - Dean pediu por mim.

- Uma salada. - Sam pediu.

Ela anotou tudo em um bloquinho e entrou na cozinha. Nenhum dos dois me olhava nos olhos e eu não entendia por que eles estariam bravos comigo, afinal eu não fiz nada de errado.

- Já chega. Por que vocês estão bravos comigo? - Perguntei irritada, e não obtive resposta. - Eu vou ao banheiro.

Levantei e fui em direção ao banheiro, adentrei a porta e parei em frente ao espelho, avaliei os arranhões no braço e percebi o quão fundo eles eram.

A luz piscou. A garçonete abriu a porta e veio em minha direção, ela me olhava como se estivesse esperando alguma reação minha.

- Posso ajudar? - Perguntei desconfiada.

Ela piscou os olhos e quando os abriu suas órbitas eram pretas, demônio. Arfei e a empurrei em uma tentativa desesperada de sair do banheiro, o demônio me pegou pelo braço e disse:

- Você vem comigo.

- Minha agenda está um pouco cheia, você sabe. – Falei tentando não demonstrar meu pânico.

Ordenei que o vento entrasse no local e uma rajada de vento adentrou pelas janelas, castigando o demônio empurrando-o até a parede do banheiro. Agradeci o vento e fiz a única coisa que eu pensei que funcionaria, exorcizá-lo. Busquei na minha mente as palavras que por inúmeras vezes li quando Sam e Dean Winchester usavam para exorcizar demônios em meu livro.

- Exorcizo te, omnis spiritus immunde, in nomine Dei, Patris omnipotentis, et in noimine Jesu, Christi Filii ejus, - Comecei e o demônio se agitou dentro da garçonete. - Domini et Judicis nostri, et in virtute Spiritus, Sancti, ut descedas ab hoc plasmate Dei, quod Dominus noster ad templum sanctum suum vocare dignatus est, ut fiat templum Dei vivi, et Spiritus Sanctus habitet in eo. Per eumdem Christum Dominum nostrum, qui venturus est judicare vivos, et mortuos, et saeculum per ignem. – Torci para que estivesse falado tudo certo.

A garçonete abriu a boca e uma onde de fumaça negra saiu pela janela, me senti emocionada e feliz, meu primeiro demônio exorcizado. Pensei que enfim estaria livre para sair do banheiro, eu estava enganada.

- Não tão cedo. – O caixa do local disse para mim com as órbitas inteiramente negras, a voz soou familiar. M   e tranquei no banheiro e mandei um SOS para o celular de Dean. O lado de fora estava calmo, resolvi abrir a porta. Foi quando     ele acertou minha cabeça com alguma coisa e depois disso, tudo ficou escuro.

PDV DEAN

Senti meu bolso vibrar no bolso da frente da minha calça. Peguei-o e vi que era da Stephanie, achei estranho pois ela estava no banheiro. Fui ver e havia somente "SOS". Olhei para o Sammy assustado e falei:

- Vem comigo.

- O que houve? - ele perguntou confuso

- Vem comigo, AGORA.

Fomos em direção ao banheiro com passos largos, para ninguem notar. Entramos no banheiro feminino discretamente. Stephanie não estava lá.

- DROGA! – Gritei batendo na parede com a mão. - Nós temos que acha-lá. - Notei a garçonete no chão e olhei para o Sam.

   Ele foi até ela e a acordou, provavelmente desmaiada.

- O que aconteceu? - Ele perguntou. Ela pareceu pensativa, logo após arregalou os olhos e disse:

- Uma fumaça p-preta entrou em m-mim. - Ela gaguejou.

    - Demonio. - ele disse.

- Mas ela exorcisou ele? - Disse espantado. Sam fez um gesto com os braços de quem diz "sei lá".

Sai do banheiro com Sam em meu encalço completamente atordoado e em pânico.

PDV Stephanie

Me sentia sonolenta e quase não consegui abrir os olhos. Quando abri, me vi amarrada e sentada em frente a um enorme espelho sujo. Minha cabeça latejava e meus pulsos doíam pela força que foi usada para amarrar meus pulsos na cadeira. Minhas mãos e pernas estavam presas com cordas grossas e duras.

- Alguém aí? – Falei com a voz fraca e ninguém respondeu. – Droga.

Tentei me soltar, mas era impossível, a corda estava extremamente apertada. Tentei usar meus poderes para colocar fogo na corda ou algo do tipo, mas a minha cabeça doía de mais para algo que eu nunca havia tentado antes. Ouvi passos largos e fortes atrás de mim, levantei a cabeça e olhei pelo espelho a minha frente o caixa do Magnato’s andar até ficar de frente para mim.

- Olá, de novo. – Ele riu e a voz dele ecoou pela minha cabeça.

Me perguntei da onde eu o conhecia, então veio à minha cabeça: Ele era o demônio em que Lucas lutara naquela sala no inferno.

- Onde eu estou? – Perguntei com raiva e pânico.

- Isso interessa? – Balancei a cabeça em afirmação. – Bom, que seja, você não vai conseguir avisar ninguém mesmo. – Ele riu. - Em uma fabrica de espelhos abandonada.

Agora sim fez sentido o por que de tantos espelhos sujos e velhos em todos os lugares.

- O que um demônio quer de mim? - eu disse tentando parecer segura, sem medo.

- A profecia.

Revirei os olhos e disse, tentando convencê-lo:

- Pela milésima vez, eu não sei de NENHUMA profecia.

- Ah sabe, e vai me contar.

- Nem que existisse uma, eu não te contaria. – Ele disse e olhou para a sua mão, que em um segundo estava vazia e em outro havia a faca-mata-demonio.

Fiquei um minuto em silêncio pensando em uma maneira de sair dali. Ele não parava de me encarar e aquilo me deixava angustiada. Olhei-a nos olhos e disse:

- Você não pode me matar.

- Mas posso te torturar.

Olhei pra cima e vi pentagramas desenhados. Me lembrei de Dean dizendo que eu poderia passar por eles se invocasse minha parte anjo, que era até bem fácil, o difícil era me desarramar. No exato momento em que lembrei que poderia exorcisa-lo ele amarrou um pano em volta da minha boca.

- Eu vou perguntar mais uma vez, o que a profecia dizia? – Ele falou enquanto chegava perto de mim e brincava com a faca em frente ao meu rosto.

- Eu não sei. – Tentei responder com a mordaça, respondi com ira na minha voz.

- Aonde eu vou primeiro? - Ele balançou a faca e tocou seu queixo pensativo, olhou meus braços e sorriu. – Que tal aonde seu namoradinho te machucou?

A faca reluziu um brilho alaranjado e contornou a pele do braço no exato lugar onde Lucas me arranhou. Foi pior que ser cortada por uma faca normal, de inicio eu senti meu sangue ferver, como se estivesse entrando veneno ou algo do tipo no meu sangue, depois meu braço parecia estar anestesiado, mordi os lábios em uma tentativa para abafar um grito de dor.

- Você já sabe a profecia? – Ele colocou sua cara bem perto da minha, fiz que não com a cabeça e revirei os olhos. – Está na hora de você aprender bons modos.

Mais uma vez ele cortou meu braço, em seguida rasgou minha calça jeans e cortou minha coxa.

- Você vai ter que me pagar outra! – Gritei enquanto ele cortava minha coxa.

Cada vez mais eu sentia meu sangue se esvaindo, minha energia diminuindo, e a dor aumentando. E assim foi, ele me perguntando, eu negando, e ele me cortando, por pelo menos 1 hora, até alguém de terno chamá-lo na rua.

Pensei em como seria bom eu me comunicar com alguém, e quão cansada eu estava, se pelo menos eu pudesse entrar no sonho das pessoas... Mas eu teria tal poder? Meus olhos pesavam cada vez mais, uma pequena soneca não vai doer mais que os cortes. Minha cabeça despencou junto com os meus olhos e eu adormeci.

PDV Sam

Eu estava louco, assim como Dean, atrás da Stephanie, procuramos e rodamos varias ruas a procura de algum sinal dela, tentei ligar para o celular dela mas caia na caixa postal, ela simplesmente havia sumido!

- Vai dormir Sam. – Dean disse para mim enquanto pesquisava algo na Internet.

- Não. – Tomei um gole de café.

- Você não dorme bem faz três dias. – Dean implicou, e era verdade. – Eu dou conta.

Cogitei cochilar só um pouquinho... porém, antes de eu responde algo para o Dean, minha cabeça pendeu para frente e adormeci.

Eu estava de novo na casa onde Stephanie morava, Upper East Side. Stephanie chorava em cima da cama, e eu tinha consciência que isso era apenas um sonho, mas mesmo assim tive que reconfortá-la.

- O que houve? – Perguntei.

Ela sobressaltou e arregalou os olhos.

- Sam? É você mesmo? – Ela perguntou.

- Sim. – Perguntei confuso.

- Como você entrou no meu sonho? – Ela perguntou atordoada.

- O quê? – Perguntei.

- Não há tempo! Sam, eu estou em uma fábrica de vidro abandonada, o demônio que me pegou havia chingado o Lucas por não ter me machucado lá no inferno, ele quer a profecia. Ele esta usando a faca-mata-demonio em mim, e esta doendo tanto! – Ela levantou da sua cama e se jogou em meus braços chorando. – Me tira daqui, por favor.

- Mas como eu vou saber se isso é de verdade? – Perguntei.

- Me desculpa, mas é o único jeito, eu acho. – Ela deu um sorriso fraco.

Levantou sua mão até meu ombro e puxou meu braço, cravou suas unhas nele e o arranhou. Após isso eu acordei.

- O que? – Falei, mas dessa vez acordado. - Olhei meu braço e lá estava o arranhão que Stephanie causara em mim. - Eu sei onde ela está, não fica longe. – Eu disse já levantando e indo em direção a porta.

PDV Stephanie.

Acordei sem saber se o que acontecera em meus sonhos foi real, vi o demônio vindo em minha direção com a faca em mãos, ótimo.

- Já lembrou da profecia? – Ele sorriu quase amigável.

- Não, estou com amnésia, haha. – Falei irônica.

Ele ficou irritado e em um golpe extremamente rápido cortou minha bochecha. Dessa vez não consegui conter o grito de dor.

- Eu vou te matar! - Gritei.

Ele me cortou mais uma vez, dessa vez no meu pescoço, bem levemente, provavelmente para não me matar.

- Eu não sei e se soubesse nunca te falaria, entendeu? – Gritei.

- Então você não é útil... Hora de me livrar de você. – Ele falou enquanto levantava a faca para pegar impulso e acertar direto meu coração.

Eu não podia fazer nada para impedi-lo, a única que eu pensava era: Mãe, Pai, Sam, Dean, Lucas e todos que eu amo, e algum deles nunca vão saber disso. Uma lágrima transbordou involuntariamente do meu olho esquerdo. Ouvi a faca cortando o vento e vindo em minha direção, porém a dor não veio, o sangue não emergiu do meu coração, eu não fui parar no céu ou inferno. A única coisa que aconteceu foi um barulho alto, um tiro. Abri os olhos a tempo de ver Sam atirando no demônio a minha frente que fraquejou e deixou cair à faca. Sam não deu tempo dele se recuperar e começou a exorcizá-lo.

Agradeci aos céus por não morrer. Por um momento achei ter visto Dean lutando com dois homens de terno. Sam veio correndo, me desamarrou, e apagou o pentágono do chão, me joguei em seus braços com prováveis lagrimas de felicidade nos olhos.

- Brigada Sam. – Sussurrei.

Ele segurou minha cabeça entre suas mão e olhou no fundo dos meus olhos.

- Nem pense em morrer, eu não vou aguentar. – Ele falou, dei um sorriso fraco em resposta.

Ficamos um momentos nos olhando, ele olhou para minha boca e eu olhei para sua, nunca tinha reparado o quão bem desenhada e quão convidativa ela era. E então Sam, o quieto, o romântico, fez o que eu nunca achei que ele faria, segurou minha nuca e empurrou minha cabeça ao encontro da sua, juntando nossos lábios em um beijo sincronizado que ambos anciavamos, desceu sua mão até minha cintura juntando nossos corpos em um só, e eu o segurei pela nuca. Foi um beijo urgente e que transmitia mais que desejo.

Parei o beijo quando ouvi um barulho da porta abrindo, olhei esperando ver Dean, porém, vi Lucas perplexo com sangue na sua testa, me olhando com os olhos arregalados.

- Te espero lá fora. – Sam disse e saiu.

Eu podia sentir o ódio e a raiva de Lucas a uns 100m de distância, mesmo assim me atrevi a me aproximar. Seus olhos estavam com lágrimas, porém não saberia dizer se eram de raiva ou tristeza.

- Lucas... - Eu sussurrei indo ao seu encontro.

- Pensei que você me amasse! - ele disse gritando. Abri a boca pra falar, porém me faltaram palavras. Não poderia dizer "mas eu te amo" pois meus sentimentos estavam confusos e mentiras não ajudariam.

- Como você pôde? Desaparece sem mais nem menos, e quando nos reencontramos vem e bagunça todos os meus sentimentos.

Ele passou pelo meu lado, virando as costas e andou em direção a cadeira que antes eu estava, e se apoiou nela. Me virei para olhá-lo, e ele disse:

- Fizemos amor e no outro dia você está aos beijos com outro? OUTRO QUEM NEM CONHECE DIREITO! - Ele gritou e atirou a cadeira no espelho. Não sabia o que falar. Não tinha o que falar.

- Pra mim basta. - E então ele desapareceu.

Eu queria correr atrás dele e pedir desculpas, pedir que não ficasse bravo comigo, porém nem eu, nem Deus, sabemos onde ele esta.

- Stephanie? – Dean me chamou na porta.

- Oi Dean. – Corri para abraçá-lo, ele também acabara de me salvar.

Eu também vou ganhar um beijinho? – Ele sorriu torto.

- Idiota. – Ri.   De repente notei que caminhava na frente dele.

- Falei sério. - Ele disse puxando meu braço e me beijando. Foi um beijo carinhoso diferente dos outros que haviamos tido, porém acabei com ele rápido. A ultima coisa que eu precisava era ir de um para o outro toda hora.

- Será que todo mundo pode parar de me beijar? - perguntei meio irritada.

- Até parece que você não gostou. - Ele disse parando na minha frente.

- É. Foi divertido. - Eu disse em meio a uma risadinha     - Mas vamos embora, os ferimentos estão ardendo.

- Eu cuido de você. – Ele riu e me pegou no colo, por mais que eu tenha esperneado e dito para ele me largar.

Ele me levou até o carro assim e me jogou no banco de trás.

Sam estava com um sorriso diferente estampado no rosto, quase como aqueles que você fica após ganhar uma aposta ou uma competição.

Enquanto íamos para o motel eu fiquei pensando nas palavras da profecia que de repente começou a fazer um pouco de sentido:

Do amor entre raças uma garota nasce.

Minha mãe era um demônio, meu pai um anjo, mas foi proposital? Foi de amor que eu nasci?

Da vingança de Lucifer um garoto também.

Lucas nasceu provavelmente para se vingar de todos humanos, e ele é filho de Lúcifer.

A escolha a ser feita chegara um dia

Mas de qual escolha essa parte fala? Guardei para mim meu provável descobrimento, não queria nenhum dos dois tirando conclusões precipitadas de qual escolhe eu provavelmente teria que tomar. A ida até o motel foi silenciosa, mas calma, sem nenhum peso difícil no ar, a realidade é que adormeci no meio do caminho.

Acordei no meio da noite com vontade de ir ao banheiro, não sei quem me botou na cama, só sei que fui parar lá. Fui ao banheiro e voltei para cama, havia curativos em todos os meus ferimentos, e mesmo assim não acordei na hora que algum deles cuidou de mim.

Se eu pudesse falar para Lucas para ele não ficar bravo comigo... Deitei na cama e adormeci.

Eu estava no pátio da minha antiga escola, Lucas estava sentado lá olhando duas crianças pequenas brincarem, cheguei mais perto e vi que era eu e ele.

- Lucas? – Chamei seu nome e ele sobressaltou.

- O que você esta fazendo aqui? – Ele perguntou com raiva.

- Aqui? – Perguntei.

- Você esta no meu sonho. – Ele explicou revirando os olhos com um tom frio.

- Lucas, me desculpa. Eu precisava falar isso para você. Me desculpa, eu não queria bagunçar seus sentimentos, nem te magoar. – Fui até ele na tentativa de um abraço, mas ele segurou meus braços me parando.

- Stephanie, não. – Ele advertiu sem coragem de me encarar nos olhos.

- Lucas... – O chamei, eu estava triste por ele estar bravo comigo. – Me desculpa. – Me livrei de suas mãos e o abracei.

Ele deixou porem não fui correspondida, após um tempo ele apoio as mãos nas minhas costas me trazendo junto a ele.

- Eu não posso ficar sem você. – Ele admitiu.

- Nem eu. – Admiti.

De repente ele me empurrou e falou:

- Mas não posso te amar!

- Lucas... – Falei dessa vez acordada pelo Sam. Oh oh.

- Lucas? – Ele perguntou.

- É. – Respondi.

- O que tem ele? - ele disse meio seco.

- Tive um sonho estranho com ele. – Respondi sem querer mentir.

Sam se virou e ficou em silêncio. Fomos ao Chicken Grill, um restaurante de frango frito. Fiquei feliz por sairmos do x-bacon pelo menos uma vez. Foi a primeira vez naqueles dias que vi Sam não comer salada, mas pelo jeito ele não queria compartilhar isso comigo, por isso resolvi deixá-lo quieto mexendo em seu celular. Eu e Dean conversamos bastante sobre o prosseguimento do meu treinamento. Eu sabia controlar um pouco, mas em situações de desespero o que eu sabia mesmo fazer era exorcisar,veja bem EXORCISAR sem gastar muita energia.

Entramos no carro e eu deitei no banco traseiro, fiquei olhando o teto do carro enquanto voltávamos ao motel.

- Agente nunca tirou um dia só para relaxar. – Pensei em voz alta.

- Nós não precisamos disso. – Sam respondeu azedo.

- Eu preciso. – Retruquei.

- Eu também. – Dean falou rindo, ri junto.

Depois disso ficamos em silencio até chegarmos ao motel, Sam foi para seu quarto e Dean foi para um bar. Novidade? Nenhuma. Entrei no meu quarto e li um pouco O código da Vinci. Fiquei sonolenta e resolvi cochilar, que mal tem?

Eu estava no meu quarto no Upper East Side, porém era um quarto de bebe, havia um berço lindo rosa bebe em detalhes pretos no centro do quarto, cheguei perto e me vi quando criança. Eu-bebe ria e balançava os braços, ri e tentei tocá-la, mas ela não me via, e eu não podia tocá-la. Minha mãe adentrou o quarto e um nó se formou em minha garganta.

- Oi mãe. – Disse mesmo sabendo que ela não me ouviria.

Ela pegou eu-bebe no colo, piscou os olhos e suas órbitas eram negras.

- Ah que bom. – Revirei os olhos irônica.

Me afastei da cena  e parei do outro lado do berço assistindo de longe. Pisquei e quando abri os olhos um homem de branco já estava exorcisando o demônio com as mãos, meu pai. Não vi seu rosto pois estava de costas para mim. Ele pegou o eu-bebe e colocou no berço, dei um beijo em sua testa e no momento em que sai correndo para ver seu rosto, ele voou e foi embora.

- Pai! – Gritei, mas dessa vez acordada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Desculpa a demora, e por favor continuem comentando, porque é ele que nos inspira.
Bejinhos, leticya e stephanie.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dark Angel" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.