Black Rose escrita por Kaori Sayuri


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas. Eu já havia postado essa one, mas reli e decidi reescrevê-la. Boa leitura.



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Sakura era namorada de Sasuke. Os dois, quando adolescentes brigavam muito. Brigas que no fundo, os dois sabiam, era não por ódio, mas por amor. Então por volta dos 17 anos se acertaram. Tendo no primeiro encontro, o beijo que tanto ansiavam.

Namoravam há mais de sete anos, moravam juntos há dois.

Haviam se casado a pouco mais de um ano quando o desastre aconteceu.

Sasuke, que se tornou dono das empresas Uchiha, em uma viagem de negócios, havia sido assassinado. Ninguém nunca soube exatamente o porquê.

Sakura nunca mais foi a mesma. Abandonou tudo que haviam construídos juntos. Abandonou a si.

Sakura’s POV

-Mais uma! –exclamei baixo.

-Outra... –estava começando a ficar assustada. Mesmo não sendo a primeira vez que isso acontecia.

Começou a trovejar. Olhei para o céu e depois olhei em volta. Era noite e eu estava prestes a entrar no cemitério.

Por que eu sempre escolho seguir as rosas? Por que eu não faço mais o mesmo caminho de sempre: casa-trabalho, trabalho-casa?

Iria começar a correr quando percebi que estava sendo observada. Nem tentei ver quem era. Saí correndo.

Cheguei ao apartamento completamente ensopada. Água pingando de meus cabelos róseos. Segui diretamente ao banheiro. Precisava de um banho quente, relaxar um pouco.

Depois do banho me vesti, comi alguma coisa e fui para a cama. No momento precisava pensar em tudo que estava acontecendo...

Quase todos os dias, depois de sua morte, eu encontrava rosas. Sempre na mesma ordem: branca, amarela, vermelha, branca, amarela... Sempre pareciam trilhar algum caminho.

No começo achei que pudesse ser ele. Não sei. Talvez existisse algum meio dele me mandar mensagens, sinais, qualquer coisa.

Mas, hoje eu acho que alguém está querendo me fazer de boba, me destruir, ou algo assim.

Não. Ninguém sabe sobre as rosas. Ninguém mais saberia que eu as seguiria tão facilmente.

Era uma história nossa. Rosa branca: ele me deu a rosa branca no nosso primeiro encontro; amarela: quando me pediu em namoro; vermelha: quando me pediu em casamento.

Só tinha uma rosa que eu não queria ter conhecido. Que chegasse o dia de vê-la... A rosa negra! A morte dele. Ele havia me dito que quando morresse queria que colocasse uma rosa negra no seu túmulo. Eu não fui capaz.

Acordei por volta da meia noite. Ainda chovia forte lá fora. Tentei voltar a dormir, mas não consegui.

Sentei-me na beirada da cama e peguei um álbum de fotos que estava guardado no criado-mudo.

Era o álbum em que guardávamos as melhores fotos. Nosso álbum especial.

O seu sorriso. Quanta falta sinto do seu sorriso doce. Sorriso só meu.

Seus olhos ônix. Olhar misterioso.

Seus lábios. Doces lábios.

Quando percebi estava chorando. Há quanto tempo achei que minhas lágrimas tivessem secado.

Continuei chorando. Relembrando o que vivemos juntos.

Parei apenas quando recebi uma mensagem no celular:

“A rosa negra é a última. Então isso irá acabar.”

Número restrito. Alguém só podia estar querendo brincar comigo! Assim como no dia anterior...

Flash Back on

Acordei cedo para mais um dia de alienação. Arrumei-me, tomei café e fui para o trabalho. Muitas pessoas tentavam me animar. Em vão. Minhas amigas diziam que desde que ele morrera meus cabelos ficaram secos e opacos e meus olhos verdes perderam o brilho que tinham antes.

No dia seguinte seria seu aniversário de morte. Um ano. E ainda parecia que ele estaria em casa me esperando quando voltasse do trabalho.

Saí do escritório às 16h30min e fui ver como estava nossa antiga casa. Abandonada. O jardim, que era o que mais prezávamos, todo descuidado, sem vida.

Não que não houvesse interessados em comprar a casa. Mas eu não podia vendê-la. Eu não conseguia.

Quando percebi que já havia passado mais de uma hora, decidi ir embora.

Virando a esquina encontrei uma rosa branca no chão. Sabia que devia ter ido direto para casa. Isso sempre acontecia desde que ele morreu. Encontrava uma rosa atrás da outra. Sempre que eu saía da rotina.

Talvez... Talvez fosse ele. Pois sabia que eu odiava ter uma rotina e fazia de tudo para ter um dia diferente do outro.

Abaixei-me para apanhar a rosa, mas os espinhos fizeram minha mão sangrar, larguei-a ali mesmo.

Iria então seguir para casa, quando avistei outra rosa, e outra, e outra...

Flash Back off

A campainha tocou. Fui ver quem iria estar me perturbando a essa hora. Botei-me em frente à porta e olhei através do olho mágico. Nada. Abri a porta e encontrei uma rosa negra no chão.

Abaixei-me para pegá-la. Os espinhos novamente fizeram minha mão sangrar, porém não me importei.

Eu sabia que deveria levar a rosa para o túmulo dele.

Troquei de roupa e segui caminhando até o cemitério. A chuva não cessava.

Antes que eu pudesse chegar ao túmulo dele, que era mais distante dos outros, um homem veio seguindo em minha direção.

Primeiramente pensei em fugir. Mas, quanto mais ele se aproximava, mais eu sentia aquele cheiro. Aquele cheiro inebriante que eu tanto amava. Seu cheiro.

Sorri ao ver a imagem dele. Conseguia ver seus cabelos pretos azulados, seus olhos escuros.

-Sakura, pensei que nunca viria. –disse ele terminando com um sorriso doce. Ah, aquele sorriso.

Então meu sorriso desapareceu.

-Isso não pode ser real. –falei assustada. –Sasuke você está morto!

-Eu sei meu anjo. Mas você sabe que no seu coração eu sempre estive vivo. –disse ainda sorrindo. –Estava aqui apenas esperando você.

-O quê?

Ele se aproximou de mim e selou nossos lábios. Apesar de não sentir seu corpo, senti seu toque. Gelado.

Nos separamos, e ao vê-lo sorrir mais uma vez sorri também.

Apertei a rosa com força. Algumas gotas de sangue caíram. Era isso que eu tinha que fazer.

-Você já sabia? –perguntei deixando lágrimas caírem e se unirem à chuva. –Você já sabia que eu faria isso?

-Foi por isso que vim. Não se preocupe. Eu estou do seu lado. –ao terminar de falar ele apontou para uma faca que estava no chão.

Eu peguei a faca e olhei assustada para ele. Ele ficou sério e segurou minha mão com a qual eu segurava a rosa.

Sorri para ele.

Segurei a faca com toda a coragem que eu tinha e acertei meu próprio peito.

...

A rosa ensanguentada caiu no chão, junto ao corpo dela.

Seus espíritos agora caminham juntos. Levando consigo a rosa negra.

Fim


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Notas finais do capítulo

Alguém quer me dar cinco palavras para fazer uma fic [é aquele desafio, sei lá se alguém sabe sobre isso]-q

Então, gostaram? Mereço reviews? Bjss.



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