Lembranças de Um Amor escrita por Aki Nara


Capítulo 1
Capítulo Único




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 O verão estava no final e as nuvens estavam sobrecarregadas e prenunciavam a chuva que estava para cair, logo seria setembro e o outono representava a volta para Hogwarts.

- Então você está mesmo decidido? – fitou sua cópia fiel através dos óculos de meia-lua – Você sabe o que tem que fazer. Tome cuidado!

Eles ficariam afastados por um longo tempo e por isso os irmãos se abraçaram, apesar das diferenças tinham apenas um ao outro, o que sobrou da família Dumbledore. O irmão gêmeo se afastou correndo sem olhar uma única vez para trás.

A chuva arriou impedindo-o de sair do caramanchão e nada lhe restou fazer se não aguardar que ela parasse. Era em momentos como estes que sua alma falava mais alto pregando peças em seu melhor amigo, a razão.

Olho para a chuva que não quer cessar

Nela vejo o meu amor

 Alvo olhava para a chuva sem realmente ver a torrente cair, seu pensamento se voltou para outro dia de chuva quando discutiu com Minerva.

Os cabelos estavam soltos e ele tinha ímpetos de esbarrar nela só para sentir o cheiro bom que emanava dele, ela era séria demais e nunca abaixava a guarda e ele racional demais para se levar pela emoção, mas neste dia a tentação foi maior.

Esta chuva ingrata que não vai parar

Prá aliviar a minha dor

 Os dois saíram das estufas sob uma fina camada de chuva e eles acabaram ilhados nesse mesmo caramanchão. Ela era perfeccionista e onde se escorava abria um livro para leitura, a corrida deixou seu rosto corado e seu busto arfava. A visão era encantadora demais e ele só tinha a desculpa de que seus hormônios falaram mais alto.

 Largou os livros e deu vazão aos desejos que há muito vinha nutrindo, não se arrependeria nem que recebesse um tapa de volta. Agarrou-a de supetão beijando-lhe os lábios macios, sentindo o gosto de fel e surpreso sentiu ela lhe corresponder.

Eu sei que o meu amor prá muito longe foi

Numa chuva que caiu

 Pareceu uma eternidade enquanto estavam abraçados e o tempo pareceu escasso quando ela, de repente se afastou, pela primeira vez sentiu o calor de seu olhar, um brilho que a tornava mais linda e menos amiga.

- Isso não deveria ter acontecido – ela tremia enquanto tocava os lábios rosados – e não deve acontecer novam...

Oh gente por favor prá ela vá contar

Que o meu coração se partiu

 Ele não a deixou terminar a frase porque não queria ouvir o que podiam ou não podiam, eles queriam e pronto, tornou a encostar-se nela retirando toda paixão que era possível para os dois naquele momento terno em que podiam sonhar.

- Só agora, Minerva! – disse rouco entre um beijo e outro – Enquanto a chuva não passa.

Chuva traga o meu benzinho

Pois preciso de carinho

Diga a ela prá não me deixar, triste assim

 A chuva passou e ela se distanciou, evitando-o sempre que podia, deixando-o com um rombo em seu peito, sem saber o motivo de seu desafeto, até a causa vir em sua direção.

- Dumbledôrre! – com meiguice e suavidade ela lhe interpôs – ajude-me com estas questões. Minerva me disse para pedir auxílio a você.

- Claro, Pomfrey! – polido prestou atenção no que a amiga de Minerva lhe solicitava.

O ritmo dos pingos ao cair no chão

Só me deixa relembrar

 A Sala Comunal estava vazia àquela hora e ele sabia que ela estava lá concentrada nos livros e nos deveres, não conseguiu conciliar o sono, pois a razão e os sentimentos travavam uma luta ferrenha e algo lhe dizia que na dúvida precisava agir.

Ele desceu sorrateiramente, mas para sua surpresa ela não estava lá e com uma dor que conhecia bem nos últimos tempos, pensou no quanto ela não queria mesmo vê-lo e sofreu em silêncio.

Tomara que eu não fique a esperar em vão

Por ela que me faz chorar

 Alvo deixou-se cair numa poltrona no canto mais escuro da sala para ser esquecido pelo mundo quando ouviu passos e se sobressaltou para ver quem era, ela surgiu espalhando alguns livros à mesa e ao se sentir observada, perscrutou o recinto a procura e ele se escondeu.

Chuva traga o meu benzinho

Pois preciso de carinho

Diga a ela prá não me deixar, triste assim

- O que faz aqui? – parecia zangada e ele nem mesmo sabia o porquê - Por que está me espionando?

- Que eu saiba, Minerva. A Sala Comunal tem este nome porque é comum a todos os alunos – não era isso que queria dizer, mas não conseguiu ser menos espinhoso – E não estou a espionar – se levantou retirando uma poeira imaginária – como tem me evitado não sabia se era bem-vindo e como já percebi que não sou, eu a deixarei livre do incômodo de minha presença.

O ritmo dos pingos ao cair no chão

Só me deixa relembrar

 Minerva jogou-lhe todas as almofadas que encontrou pelo meio do caminho e ele percorreu o caminho de volta para segurar-lhe os pulsos.

- Enlouqueceu! – fitou-a de maneira profunda e sua raiva arrefeceu assim que as lágrimas surgiram nos olhos dela.

- Você deveria se interessar por Papoula! – ela mordeu os lábios fazendo força para não chorar – Ela tem maior estima e admiração por você... – soluçou – ela é minha amiga, jamais faria algo para magoá-la.

- Eu também tenho estima e admiração por Pomfrey, mas... – olhava atentamente as alterações no rosto dela enquanto falava – a razão não domina os sentimentos, pelo menos não inteiramente no nosso caso, Minerva – beijou-lhe a tez ao perceber que finalmente ela dava vazão às lágrimas e se afastou após abraçá-la ternamente. – Deixo-lhe em paz para ruminar seus pensamentos.

Tomara que eu não fique a esperar em vão

Por ela que me faz chorar

 A chuva não parecia amainar e ele já estava decidido a ir embora quando notou uma sombra vir em sua direção e cada vez que ela se aproximava mais seu coração disparava numa livre cavalgada de alegria. Ela usava um artefato trouxa muito útil, guarda chuva era o nome e trazia um para ele.

- Encontrei Abeforth! – ela iniciou a explicação para estar ali - e como você demorou supus que estava ilhado e trouxe esse artefato trouxa.

Oh chuva traga o meu amor

Chove chuva, traga o meu amor

Chove chuva, traga o meu amor

-Sei! – puxou-a para dentro do caramanchão jogando o guarda-chuva em qualquer lugar e sorriu maroto – Até a chuva parar?


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