POV Percy.

Acordei em meu chalé com um largo sorriso no rosto. Annie estava em meus braços ainda dormindo. Nesse momento eu sabia exatamente o que iria fazer hoje.

Levante, fui ao banheiro tomer um banho e escovar os dentes. Troquei de roupas. Quando voltei Annabeth ja não estava mais em minha cama. Acho que foi porque demorei um pouquinho no banho, ela deve ter voltado para o chalé de Atena.

Sai andando pela ala dos chalés. Todos ja estavam acordados, eram oito da manhã. Alguns iam para o pavilhão, outros arrumavam os chalés para a inspeção, que Dionísio certamente não faria.

-Oi Pers. - Julia vinha abraçada a Alex em minha direção. - Bom dia.

-Bom dia. - respondi sorrindo. - Dormiram bem? - só eu percebi o duplo sentido do frase?

-Muito bem. - responderam.

-Good morning girl ans guys. - Sophia vinha com aquela típica animação de garota feliz.

-Bom dia. - dissemos.

- Ai vocês ficam tão fofos juntos. - Ela colocava a mão sob o queixo e seus olhos azuis brilhavam. Filhas da deusa do amor adoram um casal feliz.

-Bom dia. - a voz de Annie sussurou ao meu ouvido. Me virei e a cumprimentei com um selinho.

-Bom dia.

-Oi gente. - disse minha namorada. - Vamos para o pavilhão?

Andamos calmamente até lá, rindo e brincando. Afinal estavamos todos felizes por concluir a missão.

-Lord Perseu. - uma ninfa veio até mim e fez uma reverencia. - Quíron disse para o senhor, Annabeth Chase, Nico di Ângelo, Thalia Grace, Sophia Ford, Julia Neiviw e Alex Flemel o encontrarem na casa grande depois do café da manhã. - sabe que ja tinha esquecido que ainda era um deus.

Seguimos para nossas mesas. Comi normalmente. Depois passamos na enfermaria. Mas Thalia não estava mais lá. Filipe disse que ela tinha se recuperado muito mais rápido que o imaginado, e ja estava com Quíron e Nico na casa grande. Mas isso Filipe disse depois de ficar dando em cima de Sophia.

Fomos para a casa grande, onde o centauro estava em sua cadeira de rodas na ponta da mesa de ping-pong. Ao sua esquerda estavam meus dois amigos sentados lado a lado. Nos sentamos na mesa.

-Então heróis, onde está? - perguntou o diretor de atividades.

-Onde está o que? - perguntei confuso. Annie se levantava e ia em direção à filha de Zeus.

-O pingente cabeça de alga. - disse ela o pegando do pescoço da garota. Tirou a corrente do próprio pescoço e a juntou ao pequeno pingente de pomba, que aparentemente era de prata. Entregou os dois a Quíron.

-Obrigado. - disse ele. - Então agora vamos tirar as conclusões. - minha namorada ja estava ao meu lado.

-A professia dizia que

Buscar pela paz quatro irão

E na praia a encontrarão

A coruja saberá

O mar que é fogo agirá

O raio defenderá

E a escuridão a missão irá finalizar. - recitou Nico. É ele tinha uma boa memória.

-Quatro foram. Eu, Percy, Nico e Annie. os outros entraram depois. - disse Thalia.

-E encontramos o pingente pela primeira e última vez em uma praia. - Annie.

-A coruja seria Annabeth. - disse. - E ela sempre soube. Ela estava com a corrente, então ela sempre soube onde estava o pingente. - conclui. Todos ficaram boquiabertos. Falei alguma coisa errada?

-Percy você esta ficando inteligênte, que bonitinho. - minha namorada disse me abraçando pelo pescoço.

-É. - falei fingindo estar magoado.

-O mar que é fogo é Percy. Ele agiu quando começou a lutar com Ethan. Assim ele nos salvou da luta contra cinquenta criaturas marinhas. - Alex se pronunciou.

-O raio com certeza é Thalia, ela defendeu Percy de ser atingido por Ethan. - disse Julia. Depois esta uniu as sobrancelhas. - Por que você fez isso? Ele é invunerável.

-Eu não sei. Acho que foi impulso. - ela lançou um olhar a Annabeth que acho que fui o único a perceber.

-E a escuridão concluirá a missão. - disse Sophia. - Não entendi.

-Nico concluiu a missão. - Annie explicou. - Foi ele quem trouxe o oingente de volta ao trazer Thalia para o acampamento.

-Ah. - foi a única coisa que ela disse.

-Crianças você têm de devolver o pingente para Hera, para ela por paz no olímpo novamente. Soube que Ares explodiu o templo de Zeus essa semana. As coisas estão fora de controle.

-Ares idiota. Demorei um tempão para projetar o templo de Zeus. - reclamou Annabeth.

-Cale a boca filha de Atena, antes que eu vá até ai e exploda sua cabeça também. - ouvimos a voz do deus da guerra ecoar pela sala.

-OK, então vamos logo para o Empire State. - Alex se levantava da cadeira.

-Não precisamos ir até lá, posso levá-los até o olimpo. - disse.

Todos concordaram. Estalei os dedos e aparacemos no jardim de olímpo. Este estava mal cuidado. As flores de Deméter, e as árvores de romãs de Hera estavam murchas.

-O que aconteceu aqui? - Thalia parecia atordoada com a situação que se encontrava o lar dos deuses.

-Vamos para a sala do trono. Quíron ja deve ter avisado os deuses que estamos aqui.

Fomos correndo até a sala, onde os treze deuses principais estavam sentados em seus devidos tronos. Havia um clima tenso entre Zeus, Hades, Apolo e Ares.

Nas mãos de Annie estava o pingente ja em sua devida corrente. Ela o entregou delicadamente a deusa do casamento. A deusa fechou os olhos e começou:

-Seja estabelecida a paz. - a pequena pomba no colar irradiou uma luz prateada e o ar pareceu mais leve, mais suave, mais pacífico. - Obragada semideuses. Vocês sete foram de grande utilidade. E queremos presenteá-los por isso.

-A vamos presentear os pirralhos porque trouxerama paz. - Dionísio fez uma péssima imitação da voz de Hera. Todos o ignoraram.

-Minha filha venha cá. - Zeus chamou. Thalia deu um passo a frente.

-Você também Annabeth. - Atena disse. Minha namorada ficou na reta de sua amiga de cabelos espetados. - Eu e meu pai, Zeus, decidimos presentear a vocês duas com um só presente. - se fuderam vão ganhar um só pra dividir. kkk. - Para de pensar Perseu. Seus pensamentos me dão dor de cabeça. - reclamou a deusa da sabedoria. Os deus riram da minha cara. Que lindo, agora sou bobo da corte. Quando todos pararam de rir o deus dos céus continuou:

-Vamos dar a vocês um apartamente em Nova Yorque, para morarem juntas.

-E vocês têm vagas na melhor faculdade. É só escolher o que querem cursar. - sorrisos radiantes preenchiam os lábios das duas garotas.

-Obrigada. - fizeram coro. Os dois deuses assentiram e elas voltaram para junto de nós.

-Nico sua vez. - Hades tinha um sorriso malandro. - Eu ia te dar um presente mais legal, mas já que agora você tem uma namorada precisei mudar de ideia. - Nico pareceu pensar no que poderia ganhar. - Bom eu decidi te deixar passar um ano no mundo inferior aprendendo a usar seus poderes. - Nico estava muito feliz, apesar de estar triste por precisar deixar Thalia por um ano para poder ir.

-Muito obrigado.. - ele olhou para a filha de Zeus com uma cara que pedia permição para poder ir. Esta balançou a cabeça positivamente. - Vai ser muito legal aprender com você pai.

-Também acho. - Nico voltou para o lado da namorada.

-Sophia minha filhinha linda. - Afrodite cantarolou. Sua filha saltitou até a frente da deusa. - Eu decidi te presentear com... - ela fez uma pausa, como naqueles programas quando você quer saber quem ganhou alguma coisa legal. - ...um cartão sem limites de dinheiro humano!!! - as duas se abraçaram como se aquilo fosse o sonho de qualquer pessoa. Eu e os outros presentes na sala apenas observamos tentando entender o mundo em que elas viviam.

Quando tudo voltou ao normal na sala do trono, ou seja, quando a deusa do amor e sua filha pararam de pular como duas crianças loucas numa loja de brinquedos. Hermes se pronunciou:

-Alex. - chamou o deus.

-Pode vir também Juh. - Apolo disse. - Como o carro que eu te dei foi destrido, vou te dar um novo.

-E como você não tem um carro, e está sempre viajando por ai, eu vou te dar um também. - completou o deus dos viajantes. - O Jaguar preto lá em baixo na frente do Empire Estate é seu.

-Valeu pai. - Alex agradeceu, depois abraçou o pai.

-O A4 Cabriolet é o seu. - o deus se levantou do trono e abriu os braços se preparando para um abraço. Julia pulou no seu pescoço.

-Ah! Muito obrigada pai! - os dois se juntaram a nós.

-Percy sua vez. - meu pai disse, um sorriso de criança travessa no rosto. Meus deuses o que ele está aprontando? - Acho que escolhi bem. Lembram aquele dia que fui te visitar no acampamento e disse sobre você poder voltar a ser um semideus comum?

-Lembro. - respondi. Todos a nossa volta ficaram em um perfeito silêncio.

-Então, eu falei com Zeus, e ele disse que se você quiser ele permite que você deixe seu trono. - ele me observou por um momeno. - Você quer?

Me virei para Annabeth, ela mordia o lábio inferir. Meus amigos me olhavam com expectativa. Abri minha boca. Normalmente vocês deveriam ficar com medo quando eu me preparo para falar alguma coisa, mas dessa vez ia fazer a coisa certa. Acredito eu.

-É o que eu mais quero. - abri um largo sorriso, abracei meu pai, e depois abracei Annie fortemente.

-Venha cá Perseu. - disse Zeus. Dessa vez ele posto sua mão esquerda sobre minha cabeça, cantarolou em grego antigo e me senti o antigo Percy. Mais leve, mais normal, mais feliz. - Acho que é só isso.

-Abrigado pela presença de vocês e pela ajuda crianças. - disse Hera.

-Somos gratos pelos presentes. - disse Julia. - Bom acho que agora vou testar meu novo carro. Tchau gente.

Entramos no elevador, geralmente demorava um pouco mais do que os elevadores normais, porque tinhamos que descer seiscentos andares. Mas isso era só um detalhe. Tocava uma musiquinha irritante, que nem deveria ser reconhecida como música.

Quando as portas do elevador Julia e Alex correram para a rua. Um Jaguar prata e um A4 cabriolet a enfeitavam.

-Quer apostar uma corrida? - perguntou Julia olhando competitivamente para o namorado.

-Se prepare para perder. - os dois pularam nos carros e arrancaram nos deixando ali parados na calçada.

-Como vamos voltar? - pergutei.

-No seu carro. - respondeu minha namorada tirando a triste miniatura da BMW.

-Ah claro eu vou entrar aí. - disse sarcástico. A garota jogou o carrinho na vaga que estavam os carros de nossos amigos.

-Apolo da um ajuda. - gritou Thalia. Uma luz caiu do topo do Empire State e acertou o carrinho, que virou meu antigo carro. - Valeu. - gritou ela de volta.

Entrei no banco do motorista e voltamos para o acampamento. Parei no pé da colina, onde o Jaguar e o A4 estavam parados lado a lado. Alex estava escostado em seu carro se amaçando com a filha de Apolo. Tive o praser de budinar e assustá-los. Rimos de dentro do carro.

-Vai se fuder Percy. - gritou a garota.

-É, quando você estava comigo você era mais doce. - gritei de volta, e ganhei um tapa de Annabeth.

Subimos a colina e deixamos eles ficarem se agarrando em paz. Voltei as atividades normais de campista, acompanhado por Thalia, Annie e Nico. Sophia como não treinava todos os dias estava com suas irmãs no chalé, fofocando, lendo revistas de moda e testando penteados.

***

Estava sentado na mesa de Poseidon quando Quíron bateu o casco no piso do pavilhão. Era hora do jantar. Ele começou o seu discurso diário:

-Boa noite campistas, quero dar meus parabéns aos campistas que concluíram a missão em busca da paz. E dar as boas vinda a Perseu Jackson, que voltou a ser um semideus como os outros. - fez-se uma pausa. - Podem comer. - disse ele simplesmente. - Ah sim, mais uma coisa. Amanhã teremos uma comemoração no chalé de Apolo para os campistas, todos estão convidados.

-É uma festa. - gritou Filipe de sua mesa.

-Claro, uma festa. - Quíron voltou ao seu jantar, assim como os outros.

Depois que jantei fui até a praia caminhar e olhar as ondas, como de costume.

Annie ja havia ido para seu chalé. Na verdade meus amigos ja tinham ido dormir. Andava sozinho pela areia. E conseguia ouvir os filho de Apolo cantando na fogueira.

Sentei no chão e fiquei pensando se tinha feito a escolha certa. Eu havia deixado toda a vida que tinha como deus, minha habilidade com fogo, os dragões, o templo, o palácio. Tudo. Mas ao comparar com o que tinha ganho percebi que valeu a pena. Eu tinha ganho Annabeth, minhas férias no acampamento, minha liberdade para fazer o que eu quisesse, a hora que eu quisesse. Sem obrigações, sem nenhum compromisso que não fosso com Annabeth.

Levantei e voltei para meu chalé. O cheiro de maresia me fez dormir raídamente.