Deidara: Olá pessoal, sabemos que estamos sumidos há séculos. Como podem ver, já estou de volta.

Lucy: Mas temos motivos. A dona dessa bagaça não está mais conseguindo arcar com o Talk Show.

Deidara: Por isso decidimos fazer a entrevista final. Decidimos que o último entrevistado será a nossa autora e diretora Goth-Lady.

Goth-Lady: E aí pessoal! Gaara, filma direito que eu não vou comprar outra câmera.

Gaara: Eu sei filmar, está bem! Me diga uma coisa que eu não saiba fazer.

Goth-Lady: Cozinhar, construir casas, consertar o encanamento, olhar as crianças, jogar futebol, trocar o vidro da janela, dirigir... Posso escrever um livro só disso.

Deidara: Goth, por que você não consegue mais arcar com o Talk Show?

Goth-Lady: Talk shows dão muito trabalho e consomem muito tempo. A verdade é que eu não tenho mais tempo para escrever um show ou uma fic interativa. Esse tipo de fic deve ser postado na metade do tempo de uma fic normal e eu não tenho mais todo esse tempo.

Lucy: Como assim não tem mais tempo?

Goth-Lady: Tenho 20 anos e estou na faculdade e a cada semestre eu tenho menos tempo ainda. Vai acontecer com todos os escritores, quando vocês entrarem no último ano do ensino médio, verão que não terão tanto tempo quanto antes. Na faculdade esse tempo reduz. Daqui a pouco estarei estagiando e depois terei que escrever a minha monografia e quando me formar ainda tem os concursos públicos para só então trabalhar.

Deidara: Nossa! Pra que tudo isso?

Goth-Lady: Para entrar no mercado de trabalho. Pode não parecer, mas o mercado de trabalho está muito exigente.

Lucy: É só por isso?

Goth-Lady: Eu sei que vai ter gente me xingando por isso, mas como eu disse antes, estou com 20 anos e não sou mais criança. Eu não posso viver na casa dos meus pais a vida toda e nem depender do dinheiro deles também. Preciso ter meu próprio espaço, mas isso custa dinheiro e fanfic não dá dinheiro. Não é escrevendo fanfics que vou pagar as contas de luz, internet, água, gás, telefone, IPVA e IPTU ou comprar um apartamento e um carro. Infelizmente os autores terão que cair no mundo real e a minha hora chegou, mas não quer dizer que pararei de escrever, só não vou escrever mais talk shows e fics interativas porque eu não tenho mais condições.

Deidara: Você tem alguma fic interativa?

Goth-Lady: Tenho sim, mas não posto há muito tempo e já até pensei em fazer uma RPG fic, mas pelos motivos que citei, não iria conseguir, então passei a ideia de criar uma RPG fic para um amigo.

Deidara: Fics interativas são mais fáceis de se escrever, vendo que você só precisa escrever a história e os personagens já vêm prontos?

Goth-Lady: Não. Ao contrário de talk shows, fics de fichas dão um desânimo danado para escrever. É legal criar fichas, mas não é legal quebrar a cabeça para encaixar o oc dos outros na história e ao mesmo tempo em que o oc tem que ficar do jeito que o dono da ficha quer. A seleção de fichas é a pior parte do processo.

Deidara: Pensei que fosse a mais divertida.

Goth-Lady: Não é porque ou tem fichas boas, mas você não pode colocá-las porque já atingiu a capacidade máxima; ou tem ficas ruins que te dão vontade de estrangular a criatura por várias razões, sendo que as mais comuns é fugir muito do tema proposto à fic e ficha mal escrita de forma que você não consegue entender o que está escrito.

Lucy: Mas é só por causa disso?

Goth-Lady: Lógico que não. O que realmente dá raiva nesse tipo de fic é que a maioria dos leitores só lê porque seu personagem está na fic e não porque ela é boa, ela é divertida ou ela é envolvente. É ótima para quem escreve por reviews. Eu não escrevo por reviews, eu escrevo porque gosto de escrever e escrevo o que me dá vontade, tanto que eu só fiz uma para pegar experiência. Às vezes uma nova ideia surge à cabeça, atrapalha as outras ideias e enquanto não passá-la para o Word ela não sai. Outras vezes eu tiro fics do fundo do baú para continuá-las e elas nem saíram do Word.

Lucy: Como é que você escreve tão bem? Tem alguma dica para os leitores que almejam escrever bem?

Goth-Lady: Prática. Para você escrever bem é preciso praticar e também escreva sobre outros gêneros. Isso te ajuda a ganhar experiência e ajuda ainda mais a prática, que é fundamental. Quando eu comecei a escrever fanfics, minha escrita era uma m#$%@! Eu colocava muito internetês, muitas abreviaturas, emoticons...

Deidara: Espere aí, internetês?!

Goth-Lady: Eu sou de uma época em que fics inteiras eram escritas em internetês e isso era normal. Depois é que passaram a se preocupar mais com isso.

Lucy: O que acha da exclusão de fics mal escritas?

Goth-Lady: Eu não acho que seja uma grande ideia. Todo mundo que começa a escrever, no início escreve mal pra c@#$%&@, eu escrevia assim! O que me fez parar com o internetês e buscar a escrever melhor não foi a exclusão de uma fic, foi a sugestão de uma leitora. Até hoje eu me lembro disso. Essa leitora tinha adorado a ideia e sugeriu para que eu escrevesse direito e foi o que aconteceu. Seja onde ela estiver, eu te agradeço muito e de coração. Ou seja, se virem uma fic mal escrita sugiram ao autor e façam-no refletir e se você é esse autor, leia as sugestões e procure melhorar, mas não se envergonhe, todo mundo já fez m#$%@ na vida, mas os que buscaram consertar se tornaram grandes.

Lucy: Qual a sua opinião do banimento dos emoticons?

Goth-Lady: Realmente eu fiquei muito triste quando isso aconteceu. Mesmo quando deixei o internetês e as abreviaturas de lado eu não desisti dos emoticons porque às vezes eles demonstravam algo que não consegíamos expressar com palavras. Muitos tiveram que se adaptar a isso incluindo o pessoal da minha geração. E não foi só no Nyah, aconteceu em outros sites também.

Deidara: Pergunta que vai fazer um monte de adms e moderatodes te odiarem pelo resto da vida: qual a sua opinião sobre o Nyah?

Goth-Lady: Eu até gosto do Nyah, ele não é perfeito, mas aqui eu tive mais liberdade em um dia do que em uma vida no Anime Spirits e menos que na FF-Sol.

Nemu: Agora quem vai te matar serão os leitores.

Deidara: Mas o AS tem mais recursos.

Goth-Lady: Eu sei que tem, mas o campo principal das fanfics era uma b#$%@! Na minha época, não sei como está agora porque excluí duas contas lá.

Deidara e Gaara: Como assim?! Conta Dupla?!

Goth-Lady: Não e em nenhuma das duas eu usei o nome Goth-Lady. Na primeira conta, que eu realmente comecei a escrever, eu fiquei irritada com o AS e excluí, mas eu não conhecia outro site e a vontade de escrever e postar crescia cada vez mais, então voltei.

Lucy: Você disse ter raiva do AS. O que aconteceu?

Goth-Lady: Não é do AS como todo, mas o sistema para as fanfics. Em todo site de fanfics, quando você aperta “enviar”, a fic aparece postada em dois segundos. No AS não, quando você enviava, um moderador responsável via se estava nos termos para postar e demorava tanto uma fic nova quanto um único capítulo. Tinha capítulos que só eram postados no dia seguinte e de madrugada. Só que esse moderador podia tanto ler quanto c@#$% para a fic, então muitas passavam sem revisão. Como se não bastasse, na minha época, se um capítulo era rejeitado, eles não explicavam porque ele tinha sido rejeitade, mesmo que ele estivesse todo direitinho e quando era rejeitado, era excluído.

Gaara: Estou vendo que era uma m#$%@.

Goth-Lady: Teve uma vez, ainda na minha 1ª conta, que eu postei um crossover, naquela época eu não sabia o que era isso, era noob; em uma categoria normal. Era comum ver fics crossovers postadas em categorias normais. Cinco capítulos foram postados nessa categoria. Quando eu tentei postar o sexto, foi rejeitado. Mandei de novo e o mesmo resultado. Mandei umas 500 vezes até que consegui irritar uma moderadora e ela me explicou que era para botar na categoria crossover. O que eu fiz? A maior m@#$% da minha vida, eu editei.

Near: Mas todo mundo edita.

Goth-Lady: Eu sei, em todo lugar você edita em segundos, mas editar uma fic no AS é pedir para se f#$%&. Quando você edita uma fic naquele site, ela vai para o moderador e ele decide se concorda ou não e se rejeitar, o capítulo é excluído. Quando eu fui editar a crossover, eu só mudei a categoria e não mudei nada do texto e aproveitei para lançar o sexto capítulo. O primeiro capítulo foi postado, do segundo ao quinto foram recusados e excluídos e o sexto foi postado.

Tomoyo e Chii: Nossa!

Near: Isso não faz sentido!

Goth-Lady: Faz. Se o moderador não fosse com a sua cara, ele não postava. Nesse dia eu aprendi duas coisas: o que era um crossover e que se quisesse saber o motivo de várias recusas de um capítulo, deveria irritar um moderador.

Sango: Credo! Você é doida!

Goth-Lady: A culpa não é minha se a interação entre moderadores e membros comuns era uma b#$%@. A falta de comunicação entre eles era uma coisa horrível. Eu tinha duas amigas, duas iemãs que usavam a mesma conta, que tinham uma fic de sucesso com 1.360 comentários, 417 favoritos e 51 e poucos capítulos e a fic foi apagada por inteiro sem nenhuma notificação ou esclarecimento por causa da mudança de regras e de um capítulo novo. Vou deixar o link do que aconteceu nas notas finais.

Deidara: Como é que você veio para o Nyah?

Goth-Lady: Bem, depois que criei a segunda conta no AS, eu conheci uma fic que também estava postada na FF-Sol, que ficou 2 ou 3 anos em manutenção e agora parece que voltou. Daí eu fui para a FF-Sol, que ao contrário do AS tive liberdade total e depois eu conheci o Nyah.

Lucy: Você migrou por causa de uma fanfic? *veia saltando sobre a testa*

Goth-Lady: Não era uma fanfic qualquer, era a fanfic que me fez gostar ainda mais de crossover depois do vídeo que vi do Sasuke e da Lucy.

Todos: O QUE?!

Lucy: Quem foi o desgraçado que fez esse vídeo?!

Goth-Lady: O vídeo não tem sacanagem, é bem criativo, bem montado para a época e ainda é com uma música muito f#$% do Linkin Park. A autora que me fez gostar ainda mais de crossover e de pares crossover é musa inspiradora Lika Yukida.

Tomoyo: Quem é Lika Yukida?

Goth-Lady: É a autora mais f#$% que já vi! Ela é autora de L, O Psicólogo e Luzes, Drama, Ação – versão anime. Ela me inspirou a escrever comédia e muito mais. Lika Yukida conseguia tal interação com os personagens que eles pareciam ser do mesmo anime. Graças a ela eu vi Tobi e Misa se casarem, Itachi e Rukia numa relação de amor e implicância e muita gente acabou virando fã desse casal, inclusive eu.

Itachi: EU JURO QUE NÃO FIZ NADA COM A SUA IRMÃ! – correndo

Byakuya: VOLTE AQUI E LUTE COMO HOMEM! – correndo atrás do Itachi

Todos: *gota*

Deidara: Tobi e Misa casando foi tenso. *assombrado*

Goth-Lady: Mas foi legal. Teve até um especial: L, O Psicólogo em Jumanji. Você ri nas fics da Lika do começo até o final. Eu a admiro muito. Lika Yukida, sou sua fã, beijos e continue na ativa.

Lucy: Qual anime que mais marcou a sua infância.

Goth-Lady: Muitos, tanto os que eu gostava quanto os que eu ocasionalmente via como os que eu não via. Eu sou da época em que o primeiro Dragon Ball passava na TV, então é difícil responder a essa pergunta. Eu via Dragon Ball ocasionalmente e não gostava da parte das lutas por serem muito demoradas.

Deidara e fãs de Dragon Ball: COMO ASSIM?!

Goth-Lady: Na época eu devia ter uns 6 ou 7 anos. Não havia essa consepção de anime, se alguém me perguntasse naquela época o que era anime, eu perguntaria o que era isso. O pessoal mais antigo não se dizia otaku e não conhecia esse universo como os mais novos conhecem. Ninguém falava japonês. Isso é uma coisa recente. Na minha época, se você visse tal anime e gostava dele, você era considerado fã. Agora se você não souber o nome da tataravó de um personagem quaternário, você é chamado de poser.

Gaara: Triste realidade.

Goth-Lady: Na época existiam três grandes canais: Cartoon Network, Nickeloondeon e Fox Kids. Cara, eu sou da época da Fox Kids e de quando passava Kenan e Kell na Nick! Sou velha pra c#$%&%@!

Lucy: Não viaja, você só tem 20 anos.

Goth-Lady: Mesmo assim! Na minha época, esses canais eram f#$%@$! Os desenhos eram tão bons...

Gaara: E os animes?

Goth-Lady: F#$@-se! Naquela época eu falava desenho e se eu quiser continuar falando desenho eu falo! Vamos parar com esse negócio de que anime não é desenho porque é sim, só é um termo para designar desenhos japoneses. Não há essa frescura com os desenhos americanos, italianos e canadenses.

Equipe: Italianos?

Goth-Lady: A empresa que produziu Martin Mystery e Três Espiãs Demais é italiana.

Lucy: Eu até entendo, mas canadense?

Goth-Lady: Nunca viu Seis Dezesseis ou 6teen para quem fala inglês?

Chii: Eu amava esse desenho!

Goth-Lady: Eu também! Onde eu parei? Ah sim! Na minha época, os desenhos eram f#$@%! Dava gosto de ver, agora tem muita porcaria como Bem 10, o novo Pokémon, o novo Beyblade e CDZ Ômega.

Chii: Mas eu gosto de Pokémon.

Goth-Lady: Eu também gosto, porém eu gosto do antigo. A linearidade do desenho já encheu o saco, diferente do mangá, que é f#$@ pra c@#$%&@. No mangá, o protagonista muda com a saga, mas todos os personagens crescem e amadurecem e quebram a linearidade.

Deidara: Ta, mas e Beyblade e CDZ Ômega? Já viu?

Goth-Lady: Meu irmão caçula vê o novo Beyblade em volume alto e às vezes no meu quarto. Quando ele diz que é melhor que o antigo, eu tenho vontade de esganá-lo até a morte e ainda tacar fogo depois. Eles conseguiram transformar as feras bit em pokémons, acabar com a essência do anime e destruir a infância de milhares de pessoas.

Lucy: E o Ômega?

Goth-Lady: Eu desisti de ver ainda no início e vejo conteúdo circulando pelo facebook, já que curto a Manitroll. Eu vi The Lost Canvas, gostei, e não parei de ver mais até acabarem os DVDs. Achei f#$@, tem enredo bom, personagens carismáticos, uma grande OP e spin-off ou não, eu gostei do mesmo jeito, já o Ômega... Cara, m#$%@ é elogio.

Lucy: É tão ruim assim?

Goth-Lady: Eu desisti de ver porque sabia que minha infância ia ser massacrada. Eu não sei o que é pior o Ômega ou Crepúsculo. A abertura é Pegasus Fantasy, beleza, só que é versão para ou dançar valsa ou dormir. Sério, minha reação ao ver a música que marcou a minha infância em rítimo lento e meloso não tem palavras. É uma mistura de frustração com “que m#$%@ é essa?!” e vontade de jogar o PC na parede e se jogar da janela.

Gaara: Vou ali tomar um doril e já volto. – entrega a câmera para Tomoyo

Goth: Os personagens decepcionaram muito também. Vi armaduras de plástico parecendo alegorias de escola de samba, armaduras sendo rebaixadas, explosão de arco-íris, mais apelação e protagonismo impossível, o capeta sendo baixado, carisma muito fraco, a maioria dos cavaleiros de ouro quase me fez ter tendências suicidas e agora, pelo que eu vi pelo que circula no face, estão dando muito destaque para os cavaleiros de aço, que nada mais são que rascunhos do Megaman e só servem para morrer. O que salvou foram o Seiya como cavaleiro de Sagitário e o Kiki como cavaleiro de Áries. Torço muito para o Ikki não aparecer porque do jeito que é o ômega, ele vai brilhar mais que Edward Cullen.

Deidara: Pelo jeito conseguiram destruir mais infâncias.

Goth-Lady: Sim. Sou fã de CDZ e de Beyblade preso pela minha infância e se alguém disser que não sou fã de CDZ porque não gostei do Ômega e que não sou fã de Beyblade porque não assisto o novo, vai tomar no meio do seu c#! Ser fã não quer dizer que você deve gostar de tudo que leva o nome da série e odiar os fillers, isso quem faz é o verdadeiro poser. Você não precisa gostar de todas as obras, de todas as sagas e odiar todos os fillers para ser fã, você só precisa gostar do que te agrada e ter algum conhecimento quanto a isso. Aqueles que chamam os outros de poser porque têm uma opinião diferente, não conhecem todas as obras ou porque gostam de fillers, esses é que são os posers. Fã que é fã não chama outro de poser, cada um interpreta a história de uma maneira e cada um gosta de algo à sua maneira. Chamar os outros de poser não quer dizer que você é mais ou menos fã, quer dizer que você é um idiota.

Deidara: Pergunta: por que você gosta de casais diferentes, usa personagens secundários como protagonistas e dá destaque a personagens com menos destaque?

Goth-Lady: Porque casais “normais” e protagonistas têm aos montes que viraram comuns e eu fujo do comum. Não é porque eu sou contra a moda, quero ser diferente ou algo do tipo. Eu tenho tendência a enjoar do que é comum e que virou moda. Se a minha faculdade inteira usar laranja, eu vou usar qualquer outra cor menos laranja, só vou usar laranja de novo um mês depois que pararem de usar laranja.

Freya: É antimoda mesmo.

Goth-Lady: Não sou antimoda, sou enjoada mesmo. Veja o exemplo do Friboi. Todo munto ta comentando, fazendo piadinha e eu, que nunca vi o comercial, já enjoei desse nome. Eu não me sinto bem no comum, ele me enjoa, não tem inovação e perde a graça rápido. É como se seus amigos contassem sempre a mesma piada. Procuro inovar para fugir do comum, trazer novidades ao mundo das fics e há personagens maravilhosos que não têm tanto destaque, há casais que se tivessem se encontrado em outras circunstâncias teriam se dado bem e há muitas possibilidades. Às vezes a fic é uma merda, mas por ter um casal do gosto do povão acaba fazendo sucesso enquanto há outras que inovam e têm qualidade, mas não fazem sucesso porque tal casal ou tal personagem não é do gosto da massa.

Deidara: Mas não é assim que se consegue reviews? Fazendo o que a maioria quer ler?

Goth-Lady: Eu já disse que não escrevo por reviews. Se eu escrevesse por reviews, seria só mais uma autora no meio de um monte de fics de romance de SasuSaku ou NaruHina.

Lucy: Você só escreve comédia?

Goth-Lady: Não. Também escrevo aventura e terror.

Todos: Terror?!

Goth-Lady: Sim. Eu tenho Sanatory, que me rendeu três temporadas, e tenho outra fic no Word. Comédia, aventura e terror são meus gêneros principais, o resto é acessório.

Deidara: E romance?

Goth-Lady: Escrevia quando comecei, mas eram uma m#$%@. Hoje eu não consigo escrever uma fic inteiramente de romance, me dá sono, me dá náuseas e desânimo. Para mim, romance tem que ter leves pinceladas em um dos três gêneros citados. Sou do tipo de pessoa que acha que pedidos de casamento devem ser feitos no meio de batalhas épicas ou finais, caso seja de aventura; até o casal ficar junto suas vidas viram de cabeça para baixo antes de virar um infernos e os personagens se ferrarem muito, se for de comédia; ou se um dos namorados morreu, se tem um apocalipse acontecendo, o Pyramid Heard está caçando, um cara se apaixonar por um fantasma, se for de terror, mas em terror tem que ter de muito pouco a quase nada de romance ou estraga o terror. Na verdade romance consegue estragar qualquer coisa em altas doses.

Lucy: Também acho.

Tomoyo e Chii: Romance não estraga nada!

Lucy: Estraga tudo.

Goth-Lady: É necessário, mas em altas doses estraga tudo. O que admiro numa história é o enredo, principalmente nas histórias de terror. Romance em terror tem que ser macabro ou deixa para o final da história. A maioria das fics de terror que eu já li, eu odiei por conta do romance. No meio da fic eu já estava sabendo quem ia ficar com quem e quem ia sobreviver. Geralmente o casal que mais tem destaque e é mais apaixonado é o que sobrevive e o leitor não quer nem saber da história, quer que seu casal favorito fique junto no final e como isso o autor c#$@ para a história e começa a se centrar no casal.

Lucy: É decepcionante. Pela lógica dos filmes de terror os mais apaixonados são os que morrem logo.

Goth-Lady: Pois é isso que eu não gosto. As fics passam de terror, aventura e comédia para romance meloso e draminha apaixonado. Se eu quisesse ver romance meloso e draminha apaixonado, eu veria novela no lugar dos esportes.

Deidara: Por que esportes?

Goth-Lady: Adrenalina, não existe coisa melhor que adrenalina. Dependendo do esporte é apaixonante. Eu gosto de Fórmula 1 e futebol americano (NFL). A maioria vai me chamar de louca ou dizer que futebol americano é muito violento, mas essa imensa maioria não conhece nada além de futebol e se conhecer deve dizer basquete ou vôlei. Um pequeno grupo pode dizer que gosta de baseball ou natação e um grupo menor ainda de handebol.

Gaara: Mas futebol americano é um esporte violento. – volta para a câmera

Goth-Lady: Isso porque você não viu hóquei no gelo. E tanto o hóquei quanto o futebol americano, o rugby, o futebol, o basquete e o handbol são esportes coletivos e de contato físico. É normal haver choque entre jogadores, é normal que um jogador avance para cima de você, é provável que você sofra uma falta, mas esportes de contato são assim. Você pode quebrar um osso em qualquer um deles, o que os diferencia para que isso aconteça é o tanto de contato que você terá. O legal do futebol americano é que qualquer pessoa pode jogar, desde que tenha resistência física.

Gaara: E seja gordinho.

Goth-Lady: Os Quarter Backs, os Kickers e boa parte dos corredores são magros, ta?

Gaara: Mas baixinhos não podem jogar.

Goth-Lady: Quem disse? Russell Wilson é o mais baixo dos Quarter Backs e faz lançamentos espetaculares e Ray Rice tem 1,60m de altura e já correu 29 yardas na última tentativa e salvou o time.

Gaara: *olhos arregalados*

Goth-Lady: São coisas que só o esporte dá para a gente, lances incríveis, inusitados e engraçados. O esporte tem o poder de fazer o nosso coração saltar pela boca, de nos fazer rir, de nos fazer chorar, de nos agradar, de nos frustrar, de nos unir e de nos separar. É como se fosse uma novela, mas sem todo aquele melodrama que dá vontade de vomitar. Vou deixar alguns links de algumas dessas coisas no futebol americano nas notas finais.

Deidara: Sua opinião sobre hentai, yaoi e yuri.

Goth-Lady: Leio os três, não tenho problemas quanto a isso, não tenho preconceito também, homossexualidade sempre existiu desde o início dos tempo, é natural, não é algo novo, mas o que me irrita é que tem gente surtada que acha que é coisa de outro planeta como também o que me irrita são pessoas que se fazem de coitadas e querem impor sua sexualidade às outras. Uma coisa é você ser um(a) GLST sério(a) ou ser um(a) hétero(a) sério, outra coisa é ser uma bicha escandalosa que quer aparecer ou um hétero babaca que se acha superior à pessoas GLST porque é hétero. Não importa sua opção sexual e o que você gosta de ler, respeite a opção dos outros e o que eles gostam de ler também.

Zaraki: Estou prevendo brigas depois dessa.

Goth-Lady: Eu também, mas é minha opinião e não vou mudá-la por causa de um grupo. O mundo muda, as pessoas também e os paradigmas também. Daqui a alguns anos, as pessoas vão rir dessa mentalidade preconceituosa, assim como rimos da mentalidade medieval e da mentalidade escravocrata, mas ainda há pessoas com essa mentalidade, que está mais que atrasada, e são essas que não devemos dar ouvidos.

Deidara: Última pergunta que isso aqui passou de entrevista simples para autobiografia.

Gaara: Não me diga que você vai escrever um livrou ou uma fic autobiográfica? *desesperado*

Goth-Lady: Não, o que está aí já basta.

Deidara: Como surgiu os Três Foderosos? O que levou vocês a serem chamados assim?

Goth-Lady: Essa é uma história muito boa. Estávamos eu e meus melhores amigos Denki e Mat no extinto MSN quando tivemos a ideia de criar uma fanfic em que nós viajássemos pelos animes, jogos, livros e filmes da estaca zero. Nós combinamos que iríamos encontrar um CD ou DVD que nos levaria a viajar entre os mundos, o resto foi tudo improvisado. Apenas deixamos rolar.

Todos: Como assim?!

Goth-Lady: A gente simplesmente escrevia o que queria, ninguém ficava falando para um fazer isso e o outro fazer aquilo. Simplesmente deixávamos rolar e tudo acontecia naturalmente. A única coisa que combinávamos era o próximo mundo. Por isso que quem lê as nossas fics em conjunto pode estranhar por não ter um roteiro certinho e bonitinho. A gente faz o que dá na cabeça, é muito divertido fazer aventuras com seus amigos no MSN, Skype ou chat. Depois dá trabalho para postar, mas vale à pena.

Lucy: Ta, mas e o nome?

Goth-Lady: A gente precisava de um nome para a fic e ao mesmo tempo precisávamos de um nome para o grupo, então jogávamos o que vinha na cabeça. Depois de analisar tantas sugestões e discutir, gostamos do nome Os Três Foderosos e batizamos tanto a fic quanto o grupo.

Todos: Só isso?!

Lucy: Ta de sacanagem comigo.

Goth-Lady: Estou não. Foi assim que surgiu o nome e depois o nome pegou. Não há nada muito detalhado.

Nemu: Só uma pergunta...

Gaara: Ah não Nemu! Eu quero ir para casa ainda hoje!

Deidara: Pode perguntar.

Nemu: Em relação aos comentários. Muita gente vai te xingar e dizer que você se contradisse em um ponto ou outro.

Goth-Lady: Eu sou humana, nós humanos sempre mudamos nossa consepção de mundo e vivemos nos contradizendo. É a nossa natureza. Quem reclama ainda não se conscientizou disso e que também se contradiz e sua linha de pensamento mudou de alguns anos para cá.

Nemu: Queria saber, o que acha dos comentários.

Goth-Lady: Faço das palavras do Felipe Neto minhas. Depois eu linko o vídeo.

Deidara: Mas comentários não deixam o autor feliz ou o incentivam?

Goth-Lady: Depende do comentário. Se for um bem estruturado, um bem argumentado, mostrando que o leitor realmente leu e está interessado, sim. Agora, se for um de uma palavra só ou uma única linha, não anima muito não. Você deu duro, deixou de estudar para a prova, trabalhar, fazer o que for para atualizar fic e no final ganha um “continua”. Dá raiva em muitos autores. O que você prefere, um comentário que mostra o interesse do leitor e a participação dele ou 30 comentários escrito “continua”? Se a pessoa disser que prefere 30 “continuas”, é algum desesperado por comentários e que escreve por comentários. O que dá satisfação ao autor é ver que você está realmente interessado na fic.

Lucy: E as críticas?

Goth-Lady: Se vai criticar alguma coisa, é melhor ter argumentos. Escrever “que lixo”, “que escroto”, “não gostei”, whatever, não é criticar. Se você não gostou tem que dizer o que não gostou e porque não gostou. Só frases de haters não é válido, fazem os autores rirem ou ignorarem ou melhor ainda, alguns podem quebrar a sua cara de modo épico.

Deidara: Como assim?

Goth-Lady: Você como ficwritter não é obrigado a aceitar tudo o que o criador diz e tudo que ele te joga e também não é obrigado a concordar com tudo que está na obra ou que o criador diz. Você como autor tem a liberdade de criticar o que você quiser e f#$@-se os fanboys e os haters. A fic é sua, a interpretação da obra também e você tem essa liberdade. Se você não concorda com algo ou não gosta de algo, crie uma obra que critique o que você não gosta ou que não concorda. Se você não concorda como andam as coisas em Naruto, se o L morreu em Death Note, whatever, escreva algo diferente disso ou que critique isso de uma forma criativa. Se você não gosta de Percy Jackson ou o que seja, escreva algo que critique a obra ou que a mande pelos ares, você tem essa liberdade, afinal é a sua opinião. Os fanboys e os haters vão te odiar, mas lembre-se: o primeiro GTA teve fama ruim por causa dos haters e foi proibido em vários países e hoje é um tremendo sucesso amado e odiado pelas pessoas.

Deidara: E esse foi o nosso último Talk Show pessoal, espero que tenham gostado...

Lucy: Ou odiado.

Deidara: Muito obrigado à todos pelo carinho e pela atenção. Grande abraço a todos e adeus.