More Than I Thought escrita por AmandaSiilva


Capítulo 6
Capítulo 6




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Quando cheguei em casa, meus pais estavam na mesa de jantar sorrindo, e dizendo que a hora da conversa já tinha chego. Nesse momento, eu olhei em volta pra ver se a minha “verdadeira mãe” estava escondida em algum lugar com os meus sete irmãos prontos pra me levar pra Malásia, mas não encontrei ninguém, olhei pra eles confusa, e logo eles começaram a falar.

- Filha, nós queremos te dar esse presente, por ter sido compreensiva com a repentina mudança que tivemos que fazer, e por acharmos que você já o merece há tempos. – ele disse e balançou uma chave na mão. Fiquei desesperada, tava claro que aquela era a chave da minha nova casa, com a minha verdadeira família, não pode ser...

- O CARRO É TODO SEU! – Eles gritaram, e eu me assustei por não estar preparada, e caí pra trás com a cadeira, me levantei rapidamente e olhei pra eles com cara de maníaca.

- UM CARRO? MEU? SÓ MEU? – eu comecei a gritar, e praticamente ataquei o meu pai pra pegar a chave da mão dele, eu pedia um carro a eles desde que eu tinha feito 16 anos, e agora eu finalmente tinha um.

- Perai. – disse séria. – Isso não é nenhuma das suas brincadeirinhas sem graça não né pai? Porque eu não vi nenhum carro lá fora.

- Como pode pensar isso de mim Isabella, logo eu, um homem sério. – ele disse com uma falsa indignação, e foi em direção á porta e a abriu.

- Olhe você mesma. – ele disse sorrindo. Fui a porta, e lá estava ele estacionado do outro lado da rua, a coisa mais linda que já tinha visto em toda a minha vida, a segunda na verdade, a primeira era o Paul, era  carro mais lindo do mundo, tudo bem vou admitir que metade das pessoas da escola deve ter um modelo daquele, que é muito comum, mas o meu, o meu, era o mais lindo que eu já tinha visto.

Comecei a abraçar e beijar os meus pais, e dizer obrigada desesperadamente, e depois fui correndo em direção do meu lindo carro. Dentei de bruços no capô e abri os braços para “abraçá-lo” e fiquei lá uns minutos.

- Mãe? - Ela me olhou, estava na porta abraçada com o meu pai rindo, provavelmente de mim.

- Pode trazer o meu travesseiro e o meu cobertor, porque hoje eu vou dormir aqui, não posso deixar ele aqui fora sozinho.

- Há há há, muito engraçado mocinha, vamos entrar, está frio aqui fora. – ela disse entrando junto com o papai, eu não tava brincando quando disse que queria dormir com o meu lindo carro, mas acho que ela não aprovaria a idéia.

- Tchau, até amanhã.  Disse saindo de cima do carro, e dando um beijo de boa noite.

Jantei com os meus pais, e o assunto foi claro, o meu lindo carro, eles me contaram tudo, desde quando decidiram comprar o carro e qual modelo escolheriam, até a forma de pagamento.

Dormir sendo um dos seres mais felizes desse mundo, parece que a sorte pela primeira vez tava me fazendo uma visita, e espero que ela fique por um bom tempo.

Acordei com um humor do cão, tinha sonhado que toda aquela história to carro, era só um sonho, eu acordava toda feliz pra ir dirigindo pra escola e acabava indo de carona com os meus pais, foi horrível.

Quando olhei o horário quase tive um AVC, eu tava atrasada, eu tinha esquecido de colocar o despertador pra tocar de tão distraída que eu tava ontem, pulei da cama e encarnei a maratonista mais uma vez, tomei um “banho” de milésimos de segundos, me vesti, prendi o cabelo de qualquer jeito, e desci correndo, e não encontrei os meus pais na cozinha, tinha apenas um papel em cima da mesa que dizia o seguinte:

“BOM DIA BEBELLA, TIVEMOS QUE IR MAIS CEDO AO TRABALHO HOJE, ENTÃO SE VIRE COM CEREAL PRO CAFÉ DA MANHÃ, E DIRIGA COM CUIDADO, POIS EU ESTOU SEMPRE DE VIJIANDO MUAHAHAHA, BRINCADEIRA BEBELLA.

COM AMOR

PAPAIZINHO DO SEU CORAÇÃO.”

Ri do recado, sai correndo em direção ao carro, não podia nem pensar na hipótese de tomar café hoje. Foi muito bom ir dirigindo o meu próprio carro. Quando cheguei na escola foi quase como um choque, lembrei do acordo que eu tinha feito com idiota do Jacob ontem, e como eu ia contar isso pra Alice, ela não ia gostar nada disso.

Entrei no colégio e fui direto pra sala de biologia, ainda não estava preparada pra falar com ela agora, mas quando cheguei na sala, adivinhem quem estava me esperando na porta? Sim, Alice, a própria, e ela não estava com uma cara muito boa.

- Oi. – disse sorrindo nervosamente.

- Isabella Marie Swan, não acredito que você fez um acordo com o meu irmão. – Olhei pra ela assustada, não acredito que o idiota do Jacob tinha contado sobre o nosso acordo pra ela antes de mim, eu não estava preparada.

- Olha Alice, eu... – fui interrompida por ela.

- Calma Bella. – ela disse rindo. – Eu to brincando, na verdade eu to um pouco irritada por você não ter vindo pedir a minha ajuda em relação ao Paul, mas tudo bem eu te perdôo.

- Eu sei, desculpa, mas eu sou assim mesmo, faço coisas sem sentido o tempo todo, na verdade eu vou falar com o Jacob agora e acabar logo com esse acordo.

- Não não não não não, eu estou junto com vocês nesse acordo, meu irmão me pediu ajuda em relação ao seu visual, e você sabe que qualquer coisa que envolva roupa, sapato, bolsa, e salão de beleza, me atraem por natureza, sem contar que eu acho que o Paul merece ter uma garota descente na vida dele.

- Ta bom, ta bom.

- E além do mas, eu posso não gostar muito do meu irmão as vezes, mas eu quero o melhor pra ele, e o papai disse que se ele continuar com notas baixas esse ano, ela vai mandar o Jacob pra um internato, e já que ele ta tentando melhorar,mesmo que não seja exatamente pelas razões certas, eu o apoio.

Ficamos conversando sobre o plano até o sinal tocar, ela disse que o dia da minha transformação “de menina para uma deusa”, palavras da Alice, seria no dia da festa que o tal Sam ia dar na semana que vem. Fiquei um pouco preocupada com esse dia, e nem era exatamente com a festa e o Paul, e sim com a Alice.

 Durante a aula uma bolinha de papel foi jogada na minha cara, lê-se meu olho, tirando o fato de eu quase fiquei cega, consegui ler com dificuldade o papel:

“VAMOS COMEÇAR AS MINHAS AULAS HOJE LÁ EM CASA DEPOIS DA AULA.”

Quando terminei de ler, o professor disse antes que eu guardasse a bolinha em qualquer lugar.

- O que é isso Isabella? Um recadinho? – ele perguntou se aproximando.

- Não professor... – disse nervosa, e sem pensar duas vezes enfiei a bolinha de papel na boca. – É só uma bala. – disse fazendo a maior cara de inocente. Ele ficou me encarando e depois voltou a dar aula, olhei Jacob e ele tava falhamente prender o riso, o encarei séria tentando repreendê-lo, mas acabei rindo que nem uma retardada, e quase morri engasgada com a bolinha de papel.

No Intervalo cheguei na mesa, onde todos já estavam sentados, animada pra contar sobre o meu carro.

- Gente! Adivinha o aconteceu comigo ontem?

- Você ganhou na loteria? – perguntou Emmet todo animado.

- Não. – respondi incrédula.

- Estás novia? – Gloria perguntou alguma coisa em espanhol.

- Er...não. – disse incerta, mas provavelmente não era sobre o carro que ela tinha perguntado.

- JÁ SEI! – Alice gritou, olhei-a confusa. – VOCÊ FICOU COM O PAUL, E AGORA VOCÊS ESTÃO NAMORANDO! – Disse convicta de que aquilo era verdade, quem dera fosse.

- Nossa, fala mais alto, acho que não ouvirão lá da entrada da escola. – disse irônica, Alice me olhou com cara de criança emburrada. Quando vi que Emmet ia abrir a boca de novo, o interrompi.

- Esquece, desisto das adivinhações. – disse sentando junto a eles.

- O que é então? – Emmet perguntou curioso. Chamei-os com as mãos e todos de debruçaram em cima da mesa para me ouvir.

- Rufem os tambores... – E Emmet começou a bater as mãos na mesa, e o som não parecia nada com tambores, todos o olharam incrédulos e ele logo parou.

- EU GANHEI UM CARRO! - Gritei animada e eles automaticamente colocaram as mãos nos ouvidos.

- Jasper deficiente, Jasper surdo. – ele disse assustado.

- Tentativa de homicídio! – reclamou Emmet.

- Parabéns amiga, mas da próxima vez se você for gritar, avisa ta bom?

- Ok, desculpa, mas vocês têm noção? Não mais carona dos pais, não mais ter que esperar eles, não mais ter que depender deles, NÃO MAIS. – disse como uma revolucionária fazendo uma mini dança da felicidade.

Depois do intervalo, as aulas se passaram normalmente, antes de encontrar Alice na hora da saída fiquei observando Paul, ele era tão lindo, tava com uma blusa preta, com uma camisa xadrez preta e branca aberta por cima, e com uma jaqueta prata também por cima, com uma calça jeans que parece ter sido feita pra ele, ou seja, o retrato da perfeição.

Fui pra casa dirigindo, e cantando The Pretty Reckless que nem uma louca. Lembrei do que Alice tinha me dito hoje, que era pra mim ser uma professora muito chata com ele, e não “dar brecha”, mas acho que ele vai ser um “bom aluno”, porque com esse plano parece que estamos em trégua, pelo menos espero.


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