Confusões e Confissões por Ino Yamanaka escrita por -thais-estrela-


Capítulo 16
Vou adorar te prender


Notas iniciais do capítulo

Não sou muito boa com cenas de ação, mas me esforcei o máximo.
Não gostei do número insignificante de reviews, e esse capítulo é para vocês, minhas queridas leitoras que não me abandonaram. Amo vocês!



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– Seu cretino, você vai morrer agora!

Todos os que estavam à mesa arregalaram os olhos ao ouvir esses e outros berros que não me recordo muito bem agora, mas eu estanquei e a primeira reação de meu corpo foi sair correndo até a sala de estar. Nada, absolutamente nada me pararia, e agora que parei pra contar-lhes, pude perceber que naquela época meus sentimentos eram gigantes, porém ocultos aos meus olhos.

Ao chegar à sala vi Gaara caído no chão ainda na porta que dava acesso ao jardim da frente. Ele levantou a cabeça devagar, passou a mão esquerda pelos lábios e a fitou vermelha pelo sangue que ali estava, levantou-se sério para encarar o autor de seu machucado.

Fiquei confusa, não conseguia ver quem era o agressor de Gaara, só conseguia ver sua silhueta escura ocasionada pela péssima iluminação vinda de fora da casa. Já eram quase duas da tarde, mas qualquer um confundiria com seis da noite pelas densas e escuras nuvens que cobriam o céu. Tentei me aproximar para ver o que de fato acontecia, mas Temari me puxou com rapidez descomunal e me disse para que ficasse lá mesmo em silêncio, caso fosse um ladrão, Kankuro estava ligando para a polícia. Mas algo me dizia que não era nada disso.

Voltamos a atenção ao que o Sabaku mais novo falava:

–Por que me deu um soco? – ele perguntava incrédulo.

– Não se faça de desentendido, eu já sei de tudo! – uma firme voz o respondera.

– Do que está falando? – Gaara voltara a falar baixo como de costume, era como se conhecesse o outro homem. Gotículas de água caíam aos montes.

– E ainda por cima quer me fazer de idiota, vamos confesse!

– Confessar o quê?

– Sabaku no Gaara, não brinque comigo, pode ter certeza de que a última coisa que quer sou eu destruindo essa merda que você chama de cara. – o tom de voz usado agora era bem ameaçador, cheguei a sentir meus pelos se arrepiarem.

– Tudo isso é inveja? Sinceramente, eu não vejo outro motivo para todo esse teatro. Se quiser, posso até te dar umas roupas velhas. – tinha que esnobar e ser o mais sínico possível?

– Isso, vai brincando, continue a zombar de mim, mas se prepare... – o ser misterioso fez uma pausa que me deixou ainda mais angustiada ainda – ...VOU TE MATAR! – a chuva que já caía foi anunciada por um risco brilhante no céu que fez o chão estremecer. O clarão me tirou as dúvidas sobre quem era o portador daquelas palavras ameaçadoras. E um estrondo adentrou meus ouvidos.

Quer dizer que ele, o garoto dos meus sonhos, o causador de praticamente todas as minhas lágrimas, ele, o ser mais perfeito e inalcançável para mim, ele, meu amor platônico, meu deus, ele, sim, ele era o autor das ameaças mais frias que ouvi. Era ele: Sasuke. Com a visão embaçada, perdi totalmente o ar.

Sasuke socou Gaara novamente no rosto, que cambaleou um pouco, mas isso não o impediu de acertar seu punho na garganta do moreno que mais tarde começara a cuspir sangue desenfreadamente. Dirigiram-se (ou empurraram-se) até o lado de fora da casa e em meio de raios e trovões, puxões de cabelo e pontapés, os dois se engalfinhavam.

Dei um jeito de me despender das mãos de Temari e fui atrás dos dois.

– Eu não sei o que aconteceu com você, mas não vou ficar parado enquanto me bate. – o ruivo dizia ofegante enquanto empurrava seu oponente para a grama molhada do jardim amassando assim algumas flores. Sasuke, com o pé, fez com que Gaara também caísse na área verde.

– Eu apenas estou colocando você onde gente da sua laia deve sempre estar: no chão. – dito isso, as mãos do Uchiha entortaram por trás os braços alheios aos poucos, enquanto o agredido pressionava os dentes e os olhos para aguentar a dor até surpreender o outro com um chute quase que inacreditável que o atingira entre as pernas.

Um urro contido, a primeira demonstração sonora de dor da luta, saiu dos lábios ensanguentados do garoto de olhos negros e penetrantes, enquanto curvava-se pondo as mãos sobre o local lesionado.

– Isso é o que acontece por vir a minha casa e começar a me difamar. O que deu em você? O que que eu te fiz? – dissera o Sabaku em pé, todo cheio de lama, fitando seu companheiro de luta em meio a chuva forte.

– E ainda pergunta? – ele respondia com dificuldade para pronunciar as palavras, talvez pela dor que sentira naquele momento. – Como consegue ser tão cara de pau assim?!

– Eu, cara de pau? – ele riu bem sarcástico. – Sasuke, quantas você fumou?

– Por que não procurou outra? Podia ser qualquer outra. Mas não, você não aguentou ser chutado pela Ino, não é? – daí surgiu o sorriso mais aberto, mais maldoso, cheio de ódio e de escárnio que já vi.

Mas do que ele estava falando? O que eu tinha a ver com aquilo tudo?

– Você não sabe de nada. – Gaara pressionava os dentes e tinha agora as mãos em punho. Podia-se ver faíscas saindo dos olhos dele.

– Claro que sei. Você, que é um inútil, um completo fracassado, um idiota que não consegue pegar ninguém, um infeliz mal amado, – o ruivo, à medida que ouvia aquelas palavras, mostrava que estava em estado de fúria – você, só porque não consegue uma namorada decente, quer roubar a minha.

– O QUÊ? – todos nós falamos em coro, totalmente surpreendidos. De onde ele tirara aquela idéia?

– Não adianta fingir, seu ruivo de meia tigela, eu vi você conversando com a Sakura outro dia e logo depois ela terminou nosso namoro. Por tanto, só o que eu tenho a lhe dizer é que fique longe dela! – o ciumento agarrou o pescoço pálido do opositor e começou a enforca-lo.

Mesmo com Kankuro tentando me impedir, eu não podia continuar ali parada sem fazer nada enquanto Gaara perdia os sentidos, então, desesperada, corri para fora da casa, com na chuva que estava cada vez mais forte e procurei qualquer coisa até pegar uma vara curta de madeira. Já era possível ouvir a sirene da polícia soar de longe, mas não tinha tempo para esperar. Corri em direção aos dois lutadores e bati com a vara na parte de trás da cabeça do Uchiha.

Gaara e Sasuke caíram para lados opostos, pulei para perto do ruivo e percebi que respirava com dificuldade. Pressionei seu peito com ambas as mãos e com toda a força possível, desesperada e aos prantos.

–Ino – ele dizia fraco.

– Gaara, não fala nada, só respira. – eu gritava.

– Ino – e teimava em dizer.

– POR FAVOR, NÃO MORRE! – e não conseguia me conter, chorava e pressionava cada vez com mais força seus pulmões.

– Então para, Ino! Tá fazendo muita força. – falou mais rouco do que o normal, então descobri que o que lhe fazia mal agora era eu. Mesmo assim, não pude parar. Ao menos não como eu queria. Dois homens puxavam meus braços, um de cada lado.

– Vocês estão me machucando! Quem acham que são para me machucar assim? – eu esperneava indignada e dava pequenos chutes no ar enquanto os indivíduos de farda me levavam até o carro.

A esta altura eu tinha certeza de duas coisas, uma boa e a outra bem ruim. A briga cessara, mas tive que pagar um preço alto para que ocorresse, eu estava sendo presa.

Já dentro da delegacia, com as mãos presas a uma algema, tentei provar minha inocência acompanhada dos amigos que observavam minha discursão com os P.M.’s do lado de fora da sala.

– Senhor delegado, me explique mais uma vez, qual o motivo de me prenderem. – eu pedia já impaciente com toda aquela estranha situação.

– Primeiramente, senhorita Yamanaka, você não será presa de fato, apenas vai ficar em estado de observação por um tempo, já que é menor de idade. – dizia o senhor gordo e baixinho que parecia ter uma batata na boca e suava igual um porco obeso. Que bochechas grandes ele tinha!

– Mas por que vão me internar?

– Internar não, soment... – ele me corrigira até que eu o interrompesse.

– Você entendeu! – gritou Temari que nos assistia discutir.

– Ok, ok. A senhorita Yamanaka será detida por agressão física, tentativa de assassinato e invasão de propriedade. – dissera o delegado enquanto enxugava o suor da testa com um paninho azul.

– Ah, senhor, não se esqueça do desacato. – ao lado do chefe, um dos policiais que me carregou pronunciou-se.

– Pois é também tem isso. – ele me encarava agora – Sabe, eu estou impressionado, nunca em minha vida tive uma quase assassina de dezesseis anos. O que tinha em mente?

– Assassina, eu? Eu nunca tentei matar ninguém! Isso é uma calúnia, é uma difamação! – eu estava super indignada e acredito que todos no prédio ouviram meus estridentes gritos.

– Bom, não é o que me disseram os policiais. Eles fa...

– Policiais? Como você chama isso de policial?! – disse apontando com a cabeça para um dos dois homens fardados.

– Garota, é melhor você abaixar o tom comigo ou sua situação pode piorar. - seus olhos se abriram e havia seriedade e rigidez em sua voz, o que me deixou ainda mais invocada.

– Abaixar meu tom? Quem é você pra me mandar abaixar alguma coisa? Eu nunca matei ninguém, sabia?! Isso tudo é uma injustiça! Vou mandar meu pai processar todos vocês, ouviram? TODOS VOCÊS. Seu bando de mer...

– CALE A BOCA! – foi oque ele me dissera e o que me fez interromper a arenga irritante. Seu rosto agora estava bem vermelho e era notável a raiva em seus olhos. Já em pé, o homem continuou sua crise. – NÃO VOU ADMITIR QUE NENHUMA PATRICINHA MIMADA E ESCOMUNGADA FIQUE GRITANDO COMIGO, JÁ PRENDI MUITO VAGABUNDO NA VIDA E VOCÊ É FICHINHA PERTO DELES ENTÃO COMPORTE-SE SE QUISER MELHORAR SUA SITUAÇÃO! ENERGÚMENA! – suspirou fundo para recompor-se e depois se dirigiu a um de seus subordinados. – Mitako, faça o relatório.

– Sim senhor. Bom, eu e Ichigo recebemos uma ligação vinda da propriedade dos Sabaku sobre uma suspeita de invasão. Nós nos pegamos a viatura 446 e quando já estávamos próximos da casa, consegui ver a menina bater nos dois garotos feridos que estão lá fora. Saímos da viatura e ela estava em cima de um dos rapazes que estava caído no chão, batendo em seu peito bruscamente, o que deixou a vítima com falta de ar até a carregarmos para o carro.

– Ichigo, traga-me o boletim de ocorrência? – perguntou o velho gordinho secando o suor mais uma vez.

– Não há boletim, senhor Mui.

– Como não há? Ainda não falaram com os Sabakus?! Seus incompetentes, eu deveria despedir os dois. Todos sabem que a primeira coisa a se fazer é fazer o B.O.!

– Eles não quiseram fazer a denúncia, senhor. Disseram que foi apenas um mal entendido.

– Tá vendo, seu Mui! Eu sou inocente, I-N-O- CENTE! – zombei um pouco dele mais aliviada.

– Mas ainda posso te prender por desacato. – o feitiço virou contra o feiticeiro e um enorme sorriso sádico se formou nos lábios daquele homem com a barba por fazer.

– Não era estado de observação? – perguntei tentando desatar o grande nó que havia feito.

– Dá no mesmo. E eu vou ter o prazer de fazer isto com minhas próprias mãos, só para você se lembrar de nunca mais me desrespeitar, menina insolente! – acho que aquilo já era uma obsessão, aquele baixinho suado era bem amedrontador, mas não me senti intimidada.

– Tudo bem. – seu sorriso se desfez com a surpresa. – Eu vou processar todos vocês por calúnia e difamação, além de agressão física e verbal. Pode até me prender, mas vai pagar alto por isso. – por fora eu parecia uma mafiosa, mas tremia por dentro, morrendo de medo das possíveis consequências daquilo tudo.

Percebi que o delegado começara a suar mais que o normal, se é que isso é possível, e tremia um pouco.

– Oh, não perca seu tempo. Você é uma garota esperta, deve saber como esses processos jurídicos são demorados e chatos, não sabe? – sua voz estava mais fina que o normal, o que me fez sorrir.

– Mas eu não vou abrir mão disso. Quero que me pague por toda a humilhação que está me fazendo passar. Fora que você falou que vai ficar no meu pé no meu tempo de permanência aqui, e se eu for sofrer o senhor sofre também! – será que o Al Pacino* não quer me convidar pra participar dos negócios dele?

– AH, NÃO! – ele gritou e depois retomou o normal volume de voz. – Eh, quer dizer... Eu estava apenas brincando, nunca prenderia uma menina tão linda assim! Ichigo, por que ainda não soltou a moça?

O homem todo atrapalhado e apressado, após a bronca, puxou um molho de chaves do bolso e destravou a algema.

Já com as mãos livres, esfreguei meus pulsos vermelhos e doloridos. Fui levada até a porta do recinto pelo responsável por este e recebi o abraço desesperado de todos os amigos que estavam ali. Depois de mais mil pedidos de desculpa do velho gordo e suado, entramos em um carro que nem me lembro de quem era, estava exausta.

– Ino, por favor, me desculpe. – em meio ao barulho de uma conversa banal, ouviu-se uma voz bem baixa, cheia de arrependimento. – Foi tudo minha culpa. – sua boca ainda suja pelo sangue seco se movia lentamente enquanto fitava o chão.

– Sasuke, ninguém teve culpa de nada. Já está tudo bem! Mas afinal, por que achou que o Gaara e a Sakura estavam juntos? – falei como se fosse a coisa mais normal do mundo, mas era notável que isso o afetava muito.

– Ela estava conversando com ele momentos antes de terminarmos – disse tão baixo que só pude ouvir por que estava ao seu lado. – estava morrendo de ciúmes. Desculpem-me. – e olhou para Gaara que estava do meu outro lado no banco de trás também sujo.

– Você não tem que se desculpar de nada, seu bobinho! – segurei uma de suas mãos e tentei passar o sorriso mais vivo e aberto que podia, em seguida virei a cabeça para o lado oposto. – Não é, Gaara?

– Claro. – disse sem expressão, com sempre. Mas o que mostrou que estava realmente tudo bem foi o sinal de positivo que fez com uma das mãos.

– Sakura deve estar em alguma crise,mas não se preocupe, falaremos com ela, não é Tema? – chamei Temari para a conversa.

– Claro aquela testa dela é que tá afetando o cérebro! – respondeu bem humorada do banco do carona.

– Obrigado – Sasuke me disse por fim, com um pequenino, mas sincero sorriso.

Chegamos à casa onde a briga ocorreu e tomei um susto com a paisagem. O gramado estava todo enlameado e marcado pelos corpos dos rapazes, as flores que ornamentavam este estavam completamente amassadas e murchas, ficaram apenas duas ou três de pé. As paredes da fachada também cheias de lama e algumas gotas de sangue eram visíveis na vista da porta. Mas não me controlei ao ver a vara em que bati nos garotos e falei com ela. Que patético!

– Sua vara do mal, tudo isso é culpa sua! Vai levar tampinha no bumbum. Toma, toma, toma, toma, toma! – eu batia no pedaço de pau igual a Popis** faz com a boneca.

Como já disse, aquela cena foi patética e fez com que os demais rissem, ao menos um pouquinho. Mas a realidade era que não tínhamos animo para isso, o cansaço batia.

Sasuke se despediu de nós e partiu em sua moto que tinha ficado na casa. Eu e o trio-parada-dura adentramos a casa ouvindo reclamações da Kankuro ainda estar com fome, afinal, já eram quase oito horas. O plano de Gaara continuaria e eu ainda dormiria lá.

– Ino e Gaara, vão tomar um banho, vocês estão imundos! – a sinceridade dela transbordava. - Vou fazer alguma coisa pra gente comer. Enquanto o Kankuro limpa a bagunça lá na frente.

– Ei, por que eu não cozinho e você limpa tudo? – o moreno reclamou.

– Porque eu sou a mais velha e mando aqui! – ao falar a palavra “eu” o tom de voz subiu umas cinco escalas e ele saiu com a vassoura fazendo biquinho.

Subi com o ruivinho para o quarto dele. Ele me deu algumas toalhas e quando iria ao banheiro das visitas, me puxou para que lhe encarasse.

– Não vai me agradecer? Tudo aquilo foi por culpa sua. – falara brincando, mas mantinha seu lado sério.

– Desculpa. – estava meio desconcertada, pois estava certo, eu era a causadora de toda a confusão. - Eu sei que a culpa é minha, mas prometo que faço qualquer alguma coisa pra te compensar! – retirei uma folha de grama presa em suas madeixas.

–Qualquer coisa? – o canto esquerdo de sua boca se moveu para cima bem devagar. Eu não sabia o que se passava na mente dele, mas sabia que coisa boa não era!

– Bom quase qualquer coisa. – desviei o olhar de seus olhos, estava ficando insegura com o par de esferas verdes me encarando.

Senti as maçãs corarem ao ver o quão próximos estávamos, sentíamos e ouvíamos nossas respectivas respirações, por mais silenciosas que fossem. Juro que pude ouvir meu coração batendo super acelerado enquanto nos aproximávamos mais.

Em alguns segundos não havia mais distância alguma entre nós, seu cheiro misturado a terra molhada e folhas invadia meu olfato enquanto nossas bocas se abriam devagar a medida com que a separação diminuía. Fechei os olhos e esperei por aquilo.

Mas...



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Notas finais do capítulo

*Al Pacino é o ator de "O Poderoso Chefão"
**Popis, aquela menina de voz nazal da série "Chaves" que vive com a Serafina, sua boneca.
Ficou liindíssimo o final, não é? *_____*
Gostaram? Mereço reviews? E recomendações?



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