Justin parou e me olhou assustado, quando viu o sangue em meu braço me pegou pela cintura e me levou para o carro.

Antes dela perfurar meu braço ela me disse algo que não entendi direito, mas parecia um aviso, eu entendi ela dizer:

– Não deixe ele sofrer ou você sofrerá as consequências.

Nós entramos no carro e os flashes não paravam, aquilo estava me "cegando". Justin ligou o carro e saiu.

– Pra onde você tá me levando? - ele olhou para o meu braço e depois para os meus olhos. Sua expressão aparentava raiva.

– Pra um hospital! - ele falou com os dentes serrados.

– Não precisa! E porque tanta raiva? Foi só um machucado!

– Se eu pudesse voltava lá agora e matava quem fez isso! - eu olhei nos seus olhos e apoiei minhas mão boa na sua perna.

– Dá pra parar?! - ele não respondeu.

O caminho até o hospital foi extremamente silencioso, eu não ousei quebrá-lo.

Chegamos no hospital e rapidamente fui atendida. O médico me guiou até a maca e examinou meu braço.

– Não foi um corte muito profundo.

– Ouviu Justin?! - olhei pra ele.

– Você teve sorte do seu namorado estar próximo de você quando isso aconteceu, você tava perdendo bastante sangue. - disse o médico.

– Ele...não é meu namorado! - disse constrangida.

Vi a boca de Justin se mover e jurei que ouvi ele sussurrando:

– Ainda.

– Pronto, já está liberada. - disse o médico.

Ele tinha feito um curativo em meu braço.

Andavámos de mãos dadas pelos corredores, quem nos via pensavam que erámos namorados, estavam totalmente enganados, Justin é só um meio-irmão mais do que chato.

Nós entramos no carro e ele seguiu em direção a nossa casa.

– Justin eu não quero ir pra casa agora, me leva pra outro lugar! - ele olhou pra mim e sorriu.

– Tudo bem!

Rapidamente ele saiu da rota em que seguiamos e foi em direção à costa leste.

Saimos de Atlanta e fomos pra Savanah, uma cidade litorânea na costa (vale lembrar que Atlanta não tem litoral). Demorou bastante para chegarmos foi mais ou menos umas 3 horas de viajem, quando não estava dormindo estava conversando com Justin, ele era um garot legal só um pouco metido por causa da fama.

Paramos em um Driver-thow, comi fritas enquanto Justin estava no celular.

Katherine Mode off*

Justin Mode on*

Eu tava afim de sair, não ia pra aula mesmo, estava descndo as escadas quando minha mãe perguntou pra onde eu ia.

– Vai pra onde Filho?

– Vou dar uma volta por ai.

–Leve a Katherine, ela precisa sair e conhecer a cidade.

– Mãe...

Eu precisava sair pensar nos meus atos e minha mãe me mandou levar a Katherine?!

Eu queria e precisava pensar nos meus atos mas eu ia levá-la, queria conhecê-la melhor.

Fiquei na sala esperando.

Ela chegou e fui em direção a garagem. (Vou adiantar para o carro depois do hospital).

Fui em direção de casa, aquele carro estava muito silencioso até que a Katherine quebra o silêncio.

- Justin eu não quero ir pra casa agora me leva pra outro lugar! - ela sorriu, aquele sorriso me contagiou e as imagens do meu chalé vinheram em minha mente.Dirigi em direção do litoral, quando olhei a Katherine estava dormindo, ela parecia um anjo.

Algum tempo depois ela acordou e eu parei em um driver-thow, não estava com fome, ela comeu fritas. Algum tempo depois o meu celular tocou, era minha mãe.

Ligação on*

– Filho onde você tá?

– Er... tô indo pro chalé, já tô chegando!

– Amanhã tem aula!

– Eu volto hoje ainda!

– Não já tá tarde e vai demorar muito pra você chegar aqui. Durma no chalé com a Katherine e amanhã vocês voltam!

– E nós vamos perder aula amanhã?

– Fazer o que Justin?!

– Tudo bem, te amo!

– Também!

Ligação off*

Justin Mode off*

Katherine Mode on*

Terminei de comer minhas fritas, Justin já tinha terminado a sua ligação, ele olhou pra mim e sorriu.

– Vem nós vamos dormir no chalé, amanhã agente volta pra Atlanta.

– Dormir aqui? Mas e as roupas? Eu não trouxe nenhuma.

– Lá tem algumas da minha mãe, você pode usá-las.

– Ahn, mas... - ele me interrompeu.

– Mas nada, você pode usá-las, não tem problema.

– Tudo bem! - ele veio até mim passou a mão em minha cintura e caminhamos em direção ao carro. Algunsminutos depois...

– Quero te mostrar um lugar muito especial aqui, eu gosto muito... - nessa hora ele parou o carro, desceu e ficou de costas pra mim, eu não entendi, até que ele virou pediu que eu fosse até ele. Desci e me postei ao seu lado, ele segurou minha mão e me guiou em direção à areia da praia. Nós caminhamos em silêncio, mas ele quebrou:

– Você não está gostando daqui não é? - ele olhou em meus olhos.

– Claro que estou gostando!

– Então me prova!

– Não tem como provar, aqui simplesmente é lindo!

– Não acredito!

– Deveria. - sai andando, deixei ele pra trás. Ele veio até mim e me segurou pelo braço.

– Me solta Justin! - ele abriu a boca pra falar mas não saiu nada.

– Eu quero te mostrar um lugar!

– Não era aqui?

– É aqui mas temos que caminhar mais um pouco, tudo bem?

– Tá legal!

Já era noite e a lua se refletia na água do mar, estava perfeito, a brisa leve batia em meu rosto e o calor do Justin fazia muito bem pra mim.

Ele estava com a mão em volta da minha cintura aquilo me fazia sentir mais protegida.

– Chegamos! - ele parou e apontou para um farol antigo.

– Nossa...podemos ir lá? - apontei para o farol.

– Se você quiser a vista é muito... - não deixei ele terminar de falar, sai correndo e gritando:

– Não me pega, não me pega!

– Tá me desafiando?! - e começou a correr.

Entrei no farol e subi as escadas, minhas pernas já estavam doendo e eu escutava os passos próximos de Justin.

Chegui lá em cima e parei, a vista era simplesmente linda.

Esqueci de tudo e fiquei parada que nem uma boba, até sentir mãos quentes percorrem minha cintura, olhei para o lado e vi Justin, ele me deu um sorriso e logo depois um beijo no meu pescoço, esse beijo me fez arrepiar, isso nunca tinha acontecido.

– Te peguei! - anunciuo ele.

– É, pegou!

– Gostou daqui?

– É muito lindo, se eu pudesse ficava aqui para sempre!

– Eu disse a mesma coisa quando descobri esse farol.

Me virei e me surpeendi com a nossa proximidade. Abri a boca mas logo fechei, ele se aproximou de mim, eu queria aquele beijo, mas não o beijaria , afinal ele era meu "IRMÃO".

Irmãos não se beijam.

Virei o rosto e o afastei. Fui a caminho das escadas e podia sentir sua presença.

Nós voltamos para o carro silenciosamente, cada um perdido em seus próprios pensamentos.

Entramos no carro e ninguem falou nada, acabei adormecendo.

Tive um pesadelo sinistro. Sabe Grenade do Bruno Mars? Pois é eu estava puxando o piano, passei por tudo aquilo e quando o caminhão me atropelou eu sai do meu corpo e pude me ver lá, toda ensanguentada. Acordei assustada e gritei um "Não" super alto, quando observei que não estava no carro fiquei agitada.