7th July escrita por nanny


Capítulo 1
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Notas iniciais do capítulo

eee *-*



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É meu aniversário.” Foi o que gritei da sacada do meu novo apartamento em Londres. Sim! Meu apartamento! Em Londres. Quase me joguei da sacada de tanta felicidade. Talvez isso não seja a idéia de felicidade de muitos, mas é a minha. Até porque, tem uma piscina lá embaixo. Mas era muito cedo, então resolvi sair. Dar uma volta, ver Londres no dia do meu aniversário. Até porque, qualquer lugar do mundo fica mais feliz no meu aniversário. Meu aniversário.

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 - Sete horas? – Gritei de volta. – Porque eu tenho que acordar às sete horas?

- Porque hoje é sábado e eu quero que dê uma volta. – Minha mãe respondeu com um sorriso. – Rupert, você só fica dentro de casa.

- Eu gosto de ficar dentro de casa. – Resmunguei, mas ela me deixou falando sozinho.

Inútil discutir com ela, quando ela quer, ela quer. Levantei-me, coloquei uma roupa qualquer, escovei os dentes e saí. Não fazia idéia do que ia fazer, então levei minha bicicleta.

Sete da manhã, o que ela acha que eu posso fazer de legal às sete da manhã?” me perguntava enquanto dava algumas voltas no quarteirão de bicicleta.

Se ela quer que eu saia, é isso que vou fazer.

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Peguei minhas melhores roupas, passei quase uma hora arrumando o cabelo, e depois peguei minha bicicleta e saí. Dirigi-me pro centro de Londres, procurando alguma coisa legal pra fazer. Se eu pudesse gastar o dinheiro que tenho, tomaria um café, mas não posso. Então fiquei ali, dando voltinhas no centro de Londres. Distraída, olhava de um lado pro outro, indecisa do que me chamava mais atenção.

- Hey! – Alguém gritou.

Quando me dei conta de que era comigo, já estava no chão. “Ótimo, Gabriela, um ótimo jeito de passar seu aniversário.

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Quando eu gritei, já não adiantava mais. A garota estava distraída e eu também, estávamos em direções diferentes, na mesma calçada. Os dois estavam no chão. Gargalhei. Ela me olhou furiosa.

- Você não olha por onde anda não? – Perguntou com raiva.

- A culpa não é minha. – Disse ainda rindo. – Eu gritei “Hey” antes que caíssemos...

- Muito engraçado. – Ela disse sarcástica. – Parabéns, quase contou uma piada.

- Obrigado. – Respondi rindo. – Se machucou?

- Não. – Respondeu se levantando. – Só ralei o braço.

- Desculpa. – Disse me levantando também. – Mas você estava distraída, não pode negar que também tem culpa.

- Tudo bem. – Ela riu, parecia mais calma. – É um ótimo jeito de se passar um aniversário.

- Ah. – Ri. – É seu aniversário?

- Não, não. – Ela sorriu. – Do meu papagaio de estimação. Olha ele aqui no meu ombro. Agora só preciso achar o meu navio e voltar pro mar.

- Parabéns pro seu papagaio. – Sorri. – E pra você, que quase contou uma piada.

Ela riu.

- Rupert. – Estendi a mão.

- Gabriela. – Ela pegou minha mão.

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- Me desculpa, ok? – Ele perguntou levantando sua bicicleta.

- Oh meu Deus! – Gritei quando levantei a minha. – Eu não acredito!

- O que? – Ele perguntou preocupado.

- Minha bicicleta! – Disse olhando pra minha bicicleta com vontade de chorar. – Ela...

- Você vai me matar por isso, certo? – O encarei, ele mordeu o lábio inferior.

- Poderia. – Sorri. – Mas sou uma garota muito boa pra ir pro inferno por sua culpa.

Gargalhou.

- Eu posso... – Ele coçou a cabeça. – Te pagar um café e me desculpar devidamente pelo assassinato da sua bicicleta?

Só o olhei direito agora. Ele tem olhos azuis e cabelos ruivos. E um corpo que... Provavelmente suspirei quando percebi o quanto ele é...  Digamos... Forte. Voltei à realidade e ele tinha um sorriso maravilhoso no rosto. “Gabriela, você está viajando” disse pra mim mesma. Acho que ele percebeu que o olhei dos pés a cabeça, pois fez o mesmo.

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Dei um sorriso e fiz o mesmo, olhando-a dos pés a cabeça. Ela é bem menor que eu, tem a pele muito clara, cabelos pretos e um corpo realmente bonito. Olhos castanhos, um sorriso irônico e lábios carnudos. Obrigado mamãe!

- Então... – Ela disse e suas bochechas ficaram vermelhas. – Vai me pagar um café aonde?

Montei na bicicleta.

- Aceita uma carona, mademoseille? – Perguntei e ela gargalhou, sentando-se no quadro.

Demos umas voltinhas, em silêncio e depois paramos na porta de uma lanchonete onde tinha lugar pra colocar a bicicleta.

- À sua altura, madame? – Perguntei rindo.

- Quase lá. – Ela disse fazendo uma careta. – Vai ter que se esforçar.

Começamos a rir e entramos na lanchonete.

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Sentaram-se em uma mesa e ficaram conversando. Tomando café, se encarando, rindo e agradecendo por cada minuto. Gabriela não se lembrava de um aniversário melhor que esse. E Rupert não se lembrava de um dia que acordou tão cedo e mesmo assim conseguiu elevar seu humor tanto. Já era tarde quando Rupert foi levar a garota em casa.

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- Então é aqui? – Ele perguntou encarando o prédio enorme. – Não é nenhuma torre gigante.

- Eu acho que não. – Ri. – E isso não é um cavalo branco.

Apontei pra bicicleta. Rupert riu.

- Não a insulte. – Ele disse parecendo magoado. – Ela vai ficar muito sentida.

- Ah sim, desculpe querida. – Disse fazendo carinho na bicicleta.

- Ah, quase esqueci. – Ele deu seu melhor sorriso. – Feliz aniversário.

E me abraçou. Confesso que me assustei com o abraço repentino. Depois de nos afastarmos, ele continuou sorrindo.

- Obrigada. – Sorri, colocando as mãos nos bolsos do short.          

- Então eu acho que... – Ele apontou pra bicicleta que estava encostada na parede, ao meu lado.

- É... – Disse e sorri.

- Tchau. – Ele pegou minha mão e beijou-a.

- Tchau. – Sorri e me virei.

Dei um ou dois passos e me virei. Rupert já estava pedalando, mas ainda estava perto.

- Rupert! – Gritei indo atrás dele. – Então... É só isso?

- Como assim... Só isso? – Ele gargalhou.

- O meu melhor aniversário... A manhã mais linda que eu já tive em Londres e você se despede com um beijo na mão? – Perguntei indignada.

Ele largou a bicicleta, deixando-a caída no chão e veio até mim. Puxou-me pela cintura com uma mão, e a outra colocou na minha nuca, aproximando mais nossos rostos.

- Não achou que eu fosse embora sem isso, não é? – Ele riu antes de juntar nossos lábios e me beijar.

Ficamos nos beijando por alguns minutos.

- Você não vai desaparecer à meia-noite, não é? – Ele sorriu, passando os braços pela minha cintura.

- E você não vai virar um sapo, certo? – Coloquei os braços em volta de seu pescoço e o beijei novamente.

- Se eu disser que foi a melhor coisa que me aconteceu atualmente, vai acreditar?

- Não. – Sorri. – Vou dizer que é recíproco.

Ele me abraçou.

- Preciso ir agora, a gente se vê mais tarde. – Me beijou novamente.

- Mais tarde? – Ergui as sobrancelhas.

- Claro. – Disse, fazendo parecer que minha pergunta o insultou. – Eu não posso passar o dia aqui, mas volto e você vai jantar comigo.

- Eu vou?

- Vai. – Ele disse como se fosse óbvio.

Deu-me um ultimo beijo e montou em sua bicicleta. Seguiu seu caminho sem olhar pra trás.

The End -x-x-x-x-'


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Notas finais do capítulo

espero que tenha agradado alguém /pisca
HSUAHUSAHUSHAUHS, mereço reviews? *-*



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