Carta Atrasada escrita por Tìgri Àspri


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Essa Fic é uma pequena homenagem ao dia dos namorados, espero que todos gostem do que lerão e nunca tenham medo de viver suas histórias de amor.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/15880/chapter/1

Carta atrasada.

Essa não é mais uma carta de amor

São pensamentos soltos traduzidos em palavras

Pra que você possa entender

O que eu também não entendo

Amar não é ter que ter sempre certeza

É aceitar que ninguém é perfeito pra ninguém

É poder ser você mesmo e não precisar fingir

É tentar esquecer e não conseguir fugir, fugir”

O que eu também não entendo – Jota Quest

Uma, duas, três lagrimas correram dos olhos castanhos, opacos. Os cabelos, normalmente loiros e bem cuidados, estavam brancos e quebradiços, cobriam o rosto envelhecido, a pele frágil como papel de arroz.

Um gole, dois goles, o ultimo gole e mais uma garrafa de Sake rola pelo chão do escritório rústico. A única luz provem da lua e mal ilumina a dona daquela sala, onde os vazios são preenchidos pelos gemidos dolorosos e soluços contidos.

O dia dos namorados nunca havia afetado tanto aquela mulher, a mais forte dama da vila, tão acabada por culpa de um pergaminho entregue tarde de mais.

“ Naquela tarde, do dia 13 de fevereiro, Tsunade colhia flores com as jovens da vila, que suspiravam a primeira paixão adolescente e pediam conselhos, exalando inocência. A Hokage buscava ensiná-las com paciência, distribuindo sorrisos gentis. Amanha seria dia dos namorados, Todas as meninas ansiavam entregar seus chocolates aos amados.

Foi quando Gamabunta apareceu, Tsunade não o via desde a morte de Jiraiya, meses atrás. As meninas gritaram, entre nojo e surpresa, ao verem o gigantesco sapo, que, as ignorando, dirigiu-se a Hokage.

- Tsunade-san, vim cumprir o ultimo pedido de Jiraiya-Sama.

Esticando sua imensa língua viscosa, o sapo entregou-lhe um pergaminho fechado e virou-se sem cerimônia para ir embora, a terra tremendo com seus saltos.

Tsunade, curiosa com o pergaminho lacrado com cera vermelha, um selo em forma de rosa, despediu-se agilmente das garotas, estava muito curiosa com a mensagem. Queria não ter sido tão ansiosa...”

Agora o pergaminho jazia sobre a escrivaninha do escritório, a mensagem ilegível por culpa das recentes marcas de lagrimas, uma mensagem que chegara tarde de mais, uma declaração feita na hora errada.

O coração já cansado de bater, ainda doía apertado por um amor antigo, que havia ficado guardado, sem nunca ter sido vivido.

Porque ela havia duvidado das intenções dele? Porque ela havia ignorado as falas dele? Porque tinha se negado a viver aquela história? Porque ele tinha de ser tão difícil de se acreditar? Uma mente povoada por duvidas a impedira de viver sua história de amor. As palavras nunca ditas, abertamente, haviam impedido o casal de ser feliz, juntos.

Não havia mais volta, ele estava morto e ela sozinha, com a responsabilidade de cuidar de uma vila, sozinha. Sozinha por ter tido medo, sozinha por escolha própria.

Fim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!