Mãe

Por ela é que eu faço bonito
Por ela é que eu faço o palhaço
Por ela é que saio do tom
E me esqueço no tempo e no espaço
Quase levito
Faço sonhos de crepon

Por ela, eu sempre me lembrei de tudo que me ensinou, pensava na força, determinação, no carinho e no sorriso, que você sempre demonstrava por todos, por mim. Você que sempre foi tão forte, aguentou tantas coisas sem reclamar, sempre cuidando de mim com todo o amor possivel e mais um pouco.

Por ela, eu sempre busquei ser tão boa quanto você foi para mim, sempre cuidei com todo o amor e carinho, tinha tanto medo de exagerar e fazê-la me odiar para sempre, mas sempre que me lembrava de ti, sabia que poderia seguir em frente e, se necessário, tentar mais uma vez.

E quando ela está nos meus braços
As tristezas parecem banais
O meu coração aos pedaços
Se remenda prum número a mais

Quantas vezes, eu me lembrava de tudo que lutei, tudo que sofri e sorria, pois ela estava aqui, no meu colo, mostrando como eu fui forte, como eu enfrentei as coisas ruins e venci. Pois, mesmo sem você estar aqui do meu lado, sempre estaria presente em minha memoria, em meu coração e no dele. Nos lembrando do que havia ensinado, nos lembrando que devemos enfrentar as coisas ruins dando o nosso melhor e que assim, sempre há chance de tudo dar certo.

E se brigavamos, discutiamos, logo eramos as melhores amigas novamente, tal como você e eu.

Por ela é que o show continua
Eu faço careta e trapaça
É pra ela que faço cartaz
É por ela que espanto de casa
As sombras da rua
Faço a lua
Faço a brisa
Pra minha filha dormir em paz

E hoje, nesse dia tão especial, eu venho visitá-la junto com eles e vejo que fiz direito o meu papel, mas isso só foi possivel, por causa de tudo que você sempre me ensinou.

- Vovó, Feliz dia das mães! – Uma pequena menina morena, de cabelos curtos castanhos, bem lisos, agarrou a cintura da senhora e a comprimentou sorrindo meigamente.

A senhora sorriu, retribuindo o abraço da neta, que acabava de completar cinco anos. Em seguida está foi em direção ao avô, que a ergueu do chão, arranco risadas da pequena.

Ao longe, uma jovem senhora aparecia sorrindo calidamente, a senhora sorriu também e as duas se abraçaram calorosamente.

- Feliz dia das mães, mamãe. – Disse a mulher, entregando um pequeno embrulho a mais velha.

Esta ficou sem jeito, alegando que a filha não deveria ter se preocupado, continuava tão modésta quanto sempre fora. Olhou uma ultima vez para o tumulo a sua frente, com um sorriso emocionado nos lábios, antes de ouvir o chamado do marido.

- Tohru, vamos logo, se não perderemos a reserva. – Ele avisou num tom amoroso, depois de tantos anos, Kyo Sohma continuava apaixonado como sempre.

Tohru Honda sorriu novamente, pegando a mão de seu marido para que andassem juntos, mas antes olhou para trás e sussurrou para o vento, ainda mantendo o sorriso.

- Obrigada por tudo, Ooka-san.

Fim