Numb Of Love escrita por Mih Ward


Capítulo 9
Capítulo 8




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Levamos Neville para a Ala Hospitalar, Madame Promfrey deu-lhe uma poção verde e ele acordou sonolento. Depois de termos assegurado-o de que não tinha nada o seguindo, fomos para o salão comunal. Os meninos acabaram de copiar o meu dever e foram jogar xadrez bruxo. Fui ao dormitório, me sentia cansada...

Deitei na cama e dormi instantaneamente, com uniforme e tudo.

Acordei com o sol na janela, fiz minha higiene matinal e fui tomar café da manhã, me sentei ao lado de Tensy e minha mãe e de frente para meu pai e o tio Harry. Os três conversavam animados, pois estavam correndo boatos de que haveria um torneiro Tri-Bruxo nesse ano.

Comi em silencio, apenas fingir escutar o que Tensy tagarelava ao meu lado. Fomos para a aula de DCAT, que era lecionada pelo Prof° Alastor Moody. A aula foi rápida, ele estava falando sobre as Maldições Imperdoáveis.

Depois fomos para a aula de História da Magia, que estava insuportavelmente chata, fiquei pensando em como faria para aproximar meus pais e Draco. Pensei, pensei e pensei, mas não cheguei em nenhuma idéia. Eles se odiavam... Podia ver em seus olhos, a repugnância, o ódio, o desdém... Era mútuo.

Tensy me cutucou, quando fui ver já tinha acabado a aula, guardei meu material e fui almoçar com ela tagarelando sobre o torneio Tri-Bruxo.

Encontrei Hermione na biblioteca procurando algo para ler.

– Olá!

– Oi Rose, nem vi você!

– Ah, cheguei agora, queria ler alguma coisa.

– Você se parece muito comigo com essa coisa de ler.

– É - murmurei nervosa - Tem alguma sugestão? - perguntei tentando mudar de assunto.

– Claro, eu li um há pouco tempo, deixa eu pegá-lo - disse sumindo entre as estantes.

Suspirei, tinha medo que ela descobrisse se eu não mudasse de assunto. Mesmo não achando que ela conseguiria ligar uma coisa a outra, mas mesmo assim era melhor prevenir.

– Aqui! - ela disse me assustando.

– Aí, que susto - falei

– Desculpe, não queria assustá-la. - se desculpou - Mas em que você estava pensando? Ou melhor, em quem? Você parecia tão distraída...

Corei involuntariamente, me denunciando. Eu não estava pensando em ninguém, mas era super constrangedor ouvir sua mãe (20, 30 ou 40 anos mais nova) falando isso.

– Ah, sabia!

– Hermione! Claro que não é isso! - tentei argumentar.

– Não precisa fingir, eu sei que é! Agora me fala, quem é?

– Ninguém!

– Ok, se você não falar eu vou adivinhar.

– Mione! Para com isso!

– Deixa eu ver... O Harry?

– Eca, claro que não - me imaginei gostando do meu tio.

– O Ron? - perguntou um pouco perturbada.

– Piorou, nunca faria isso com você - falei propositalmente, tentando desviar o assunto.

– Porque não faria isso comigo? Nós nunca tivemos nada! Ah, espertinha, querendo mudar o assunto neah?

– Claro que não, mas ambas sabemos que você tem um precipício por ele, e ele por você - tentei mais uma vez.

Ela corou, estava dando certo.

– Claro que não Rose! Mas nem tente, eu quero saber de quem você gosta!

Bufei, claro que não conseguiria enganar Hermione Granger.

– Neville? Simas? Dino?

Fiz cara de nojo.

– Fred? Jorge?

– Não Mione, não é da Grifinória! - deixei escapar.

– Não? Deixa eu ver então... Cedrico?

– Não é da Lufa-Lufa também.

– Corvinal?

Fiz que não, com medo da sua reação. Porém ela continuou com aquele sorrisinho irritante e olhar astuto.

– Então só pode ser da Sonserina... Goyle? Crabble? Zabine?

Neguei.

– Não, não me diz que é o Malfoy!

Tentei negar, porém meu rubor me denunciou, mas eu não gostava dele, gostava? Não, claro que não, eu gostava do futuro filho dele, Scorpius, meu namorado. Mas porque toda vez que eu escutava seu nome ou o via meu coração acelerava? Porque me sentia atraída, me imaginando beijando seus lábios, e repentinamente imaginar seu perfume entorpecente no ar... Meus pensamentos foram interrompidos pela exclamação da minha mãe.

– Não Rose! Logo o Malfoy? Mas ele não presta!

– Eu não gosto dele Mione!

– Claro que gosta, e nem adianta negar!

– Mas, eu não posso gostar dele! Eu, eu...

– Calma Rose, nós vamos dar um jeito. Se você realmente gosta dele, e ele gostar de você, não vejo problema em ficarem juntos. Mesmo não gostando do Malfoy, se é ele de quem você gosta, não posso fazer nada.

– Obrigada Mione, você é ótima, mas eu não posso gostar dele, não sei por quanto tempo irei ficar aqui... Minha vida não é aqui... E quando eu voltar? O que acontece? E tem mais, eu tenho um namorado onde eu moro. Mesmo minha família não aprovando...

– Não se manda no coração Rose e muito menos se controla o amor. E quanto a esse namorado, você realmente gosta dele?

– Eu o amo - falei convicta.

– Já tentou falar com seus pais?

– Não, eles não entenderiam...

– Claro que sim, eles são seus pais!

– Mione, você não entende - falei angustiada - É como se por exemplo, você e o Ron se casassem e tivessem uma filha, e o Draco tivesse um filho, e os dois se apaixonassem... - não mencionei que era exatamente isso - Você aceitaria?

– Rose, eu não sei dizer ao certo porque não tenho uma filha, mas acho que se realmente ela amasse o garoto, não veria problema...

– Mas e o Ron?

– Bom, ele não aceitaria no início, mas com o tempo ele teria que aceitar, ou perderia sua filha não é?

– Acho que sim... Mas tenho medo... E agora eu estou tão longe dele... E esse sentimento estranho pelo Malfoy...

– Não sei Rose... Você tem que se decidir, ver de quem você gosta, e não acredito que eu esteja falando isso mas, tente dar uma chance ao Malfoy... Agora eu vou para o quarto, você vem?

– Não, vou ficar um pouco por aqui...

– Tudo bem então... Até mais.

– Até.

Ela saiu e esperei algum tempo depois para finalmente sair da biblioteca. Fui em direção ao lago negro, estava quase escurecendo e o céu estava com uma cor alaranjada, era um dos poucos dias de sol em Hogwarts. Caminhei pelos jardins, distraída. Não sabia ao certo o que eu sentia em relação à Draco Malfoy, mas não havia como negar que ele me atraía, e não era pouco. Mas eu amava Scorpius, disso eu tinha certeza, e sabia que ele me amava também.

Me sentei à beira do lago negro e coloquei os pés na água, que estava morna, cheguei um pouco mas para frente me sentindo impelida a colocar minhas pernas, mas acabei me desequilibrando e caindo no lago.

Senti-me sufocada com a quantidade de água que entrou em minhas narinas e na minha boca, minha vista foi escurecendo e eu não tinha forças para tentar submergir. A última coisa que senti foram braços fortes me abraçando e me levando de volta a superfície.
Acordei na Ala Hospitalar, me sentia tonta e confusa.

– Rose... – um sussurro quase ilegível foi ouvido antes que eu perdesse os sentidos.
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– Que bom que a senhorita acordou - disse docemente Madame Pomfrey - Seus amigos estão preocupados e querem ver você, mas você está de repouso, não pode se esforçar muito.

– Por favor Madame Pomfrey? Apenas alguns minutos.

– Tudo bem, mas rápido, você precisa descansar.

– Obrigada.

Entraram um por um no quarto, em fila indiana, a primeira era Hermione, logo atrás vinha Tensy, Ron, Harry e, impressionantemente, Draco, que permaneceu em um canto com os olhos fixos no chão e as mãos de dentro do bolso da calça. A expressão de tédio estampava seu rosto.

– Rose, você está bem?

– O que aconteceu?

– Você estava maluca? Queria morrer?

– Porque se jogou no lago?

Eles continuaram a me bombardear de perguntar incessantes, e Draco ficou no canto da parede apenas observando.

– Acalmem-se! Eu estou bem, okay? – tudo se silenciou e continuei - Eu estava na beira do lago e me desequilibrei, não foi minha intenção, não queria preocupar vocês, a última coisa que me lembro era que alguém me levou de volta para cima, quem foi? - perguntei, mesmo tendo uma idéia de quem havia sido.

– Fui eu - Draco murmurou.

Meu coração disparou, ele havia salvado minha vida!

– Haam... Eu... Eu poderia falar com ele? – gaguejei a pergunta e acrescentei rapidamente – A sós?

– Ma... - começou Ron

– Sem mas Ronald - Mione o cortou - ela tem todo direito de querer falar a sós com o Malfoy, afinal, foi ele que a salvou

– Obrigada Mione - fiz com os lábios

Ela apenas piscou e sussurrou um “Boa Sorte”.

Eles rapidamente saíram, me deixando sozinha com ele. Meu coração batia rapidamente, podendo ser capaz de ser ouvido a metros de distância.

– Será que eu tenho a infelicidade de te encontrar apenas em desastres? – perguntou ele em um tom irritadiço e rude.

– Eu tenho culpa se quer sempre bancar o herói? Por que simplesmente não me deixou morrer ali? Afogada? - retruquei com raiva.

– Agradecer já esta de bom tamanho, Bennet! E não há de quê – um sorriso irônico se abriu em seus lábios.

– Obrigada - murmurei constrangida e ao mesmo tempo irritada.

– Vê se presta atenção, se quiser se matar tem jeitos mais fáceis.

– Então por que você me salvou?

– Porque... Porque, ora, porque eu não iria deixar você se afogando, sem fazer nada - gaguejou.

– Mas se fosse outra pessoa você não salvaria, não pularia no lago negro para isso.

– É, é que, você é diferente...

– Diferente como? - murmurei com o coração apertado.

– Eu não sei... Apenas não consegui ver você morrendo e não fazer nada.

– Ma...

Ele não me deixou terminar, colou seus lábios aos meus, me deixando paralisada apenas por um instante, logo comecei a corresponder o beijo. Seus lábios eram frios porém,macios. Poderiam ser de alguma forma ruim, mas foi exatamente ao contrário, eles eram o contraste perfeito para os meus. Ele pediu passagem para a sua língua e eu permiti de bom grado, ele beijava muito bem. Começamos a ficar sem ar, então ele me empurrou de uma forma delicada e ao mesmo tempo urgente.

Paralisei, eu tinha beijado Draco Malfoy?



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