Big Time Dream escrita por morrissey


Capítulo 32
Capítulo 32 - Unexpected


Notas iniciais do capítulo

"Inesperada(o)"
A chegada da Jessica é BEM inesperada. E a chegada de uma sentimento também inesperado mas não posso dizer de QUEM é, vocês tem que ler para saber!
Eu só posso dizer que essa semana será de muitas surpresas meeeeeesmo, então preparem seus corações hahaha.
Uma curiosidade: Jessica é uma personagem com as características físicas da Naya Rivera, de Glee.
Boa leitura, e não esqueça de deixar uma review assim que terminar! Xoxo.



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Jessica

Chequei meu celular mais uma vez. Nenhuma mensagem ou ligação. Diego não dá notícias desde o acontecimento no apartamento dele, na quarta-feira. Confesso que eu sentia falta dele, mas também não fiz questão de ligar nem de mandar mensagem. O errado foi ele, ele tem que vir atrás de mim.

O alto-falante anunciou a última chamada para o meu voo. Minha mãe tinha os olhos cheios de lágrimas e o meu pai lutava para não deixar as suas caírem. Desculpa, mas eu ri daquela cena.

– Não precisa chorar, eu volto semana que vem. – Eu disse, passando a mão no cabelo da mamãe.

– Se cuide minha filha. – Ela disse chorosa, me abraçando mais uma vez. – E não se esqueça de ligar. Quanto ao Diego... O que eu digo se ele aparecer lá em casa?

– Diga que eu viajei e só isso. Não é seu trabalho dar satisfações a ele.

– Está tudo bem entre vocês, meu amor? – Ela perguntou, me segurando pelos ombros. Ela não sabia nada sobre a briga, mas ela sabia que o clima não estava nada bom entre eu e ele.

– Eu não quero falar sobre ele agora.

– Como quiser. – Ela enxugou suas lágrimas. – Vá se despedir do seu pai. – Meu pai estava segurando a minha bagagem de mão. Fui ate ele, e ele as largou no chão para me abraçar.

– Amo você, papai.

– Eu também te amo minha princesinha. Agora vá, senão você vai perder o voo. – Ele disse se afastando de mim. Ele pegou a bolsa do chão e me entregou, ela estava um pouco pesada. Mamãe me deu um beijo no rosto e então eu entrei na sala de embarque.

Já no avião, comecei a me preparar para as 11 horas de viagem. Revistas, meu Ipod lotado de músicas, um bom travesseiro e uns lanches. São sete e meia da manhã, então eu chegaria por lá uma 18:30, se não existisse o bendito fuso-horário. Usei o aplicativo do meu celular e cheguei à conclusão que, no horário de Los Angeles, eu chegaria por volta de 12:30. Na hora do almoço, oba.

O avião começou a decolar e eu fui obrigada a desligar todos os meus aparelhos. Só poderia ligar quando estivéssemos “planando” como disse a aeromoça. Então lembrei que o meu inglês seria um probleminha, pois ele é melhor na teoria do que na prática. Ou seja, eu consigo entender 90% do que a pessoa diz, mas a minha resposta que é um pouco confusa. Mas eu acho que eu consigo me virar.

Com certeza, essa semana promete.


(A partir desse ponto as falas em português estarão em itálico)


Barbara

Logan, James, Kendall, Carlos, Camille e eu acabamos de sair do tribunal. Não, nós – ainda – não fizemos nada de errado. Ainda pouco foi encerrado o julgamento daquele idiota que tentou me sequestrar na boate, que se chama David, e que graças ao testemunho do pessoal e principalmente do meu, o desgraçado vai passar o resto da vida na cadeia.

– E então que tal nós sairmos de noite para jantar, e comemorar? – Kendall perguntou sorridente.

– Eu acho uma ótima idéia! Que tal às sete nós nos encontramos na recepção? De lá nós decidimos para onde ir. – Sugeri.

– Perfeito! – Camille disse, batendo palmas.

– Sabe quem nós devíamos levar? A Drianna. Sinto falta dela. – Disse Carlos. Nós todos demos uma risada. – Do que vocês estão rindo?

– Nada. – Nós dissemos quase ao mesmo tempo. Estava na cara que Carlos tinha uma quedinha pela minha prima. Os dois seriam tão lindos juntos! É uma pena ela ser apaixonada pelo Kendall, que é apaixonado pela Jo, que mora do outro lado do mundo. Enfim, é uma sequência de corações partidos.

Palm Woods é bem próxima do tribunal, umas três ou quatro ruas, então fomos andando. Porém para isso os garotos tiveram que usar uns disfarces muito engraçados, com bigodes, perucas, óculos escuros e roupas estranhas. Tudo isso para não serem reconhecidos pelos paparazzi ao sair de um tribunal. Seria uma cena bem constrangedora. Mas pior seria ser reconhecido com os disfarces. O que tornava a situação ainda mais bizarra eram os quatro caras esquisitos estarem acompanhados de duas garotas normais, Camille e eu.

E pensar que essa rotina de garota normal iria acabar em menos de um mês. Já estávamos gravando a duas semanas. Mais outras duas semanas e nós vamos pro ar série American Gurl na TV. Eu tinha arrepios só de pensar.

Chegamos a Palm Woods e eu fui para o apartamento dos garotos. É, eu praticamente morava lá. Durante a semana toda, sempre que eu chegava do estúdio lá pelas seis e meia da tarde, eu ia bater à porta da Srta. Knight, e ela já estava até acostumada. O que eu ia ficar fazendo no meu apartamento? Nada não é? Então era milhões de vezes melhor ficar na companhia dos garotos. Só a Camille que não adotou essa rotina. Aliás, na segunda ela teve que ficar até mais tarde no estúdio para levar a maior bronca por ter chegado super atrasada. Ela não me disse o porquê do atraso apesar de eu ter perguntado.

– O que tem para o almoço? – Perguntei a Srta. Knight ao sentar no braço do sofá.

– Lasanha! – Ela disse colocando as luvas e retirando a travessa de lasanha do forno.

– Hmmm, esta com um cheiro ótimo! – Eu disse colocando a mão na testa e fingindo que ia desmaiar, James me segurou rindo.

– Ainda está muito quente. Daqui a uns dez minutos eu libero vocês para comer. – Ela avisou enquanto colocava aquela lasanha magnífica no balcão que parecia irresistível, mas valia a pena esperar.

– Eu acho que vou ligar pra Drianna. – Eu disse tirando o celular do bolso e balançando-o. Pude ver os olhos de Carlos brilhando, ri um pouco. O sofá dos garotos era bem grande, ele cortava o meio do apartamento e seguia pela parede. Eu fui me sentar entre Logan e Carlos. Disquei o número da Dria.

– Alô. – A voz aguda parecia cansada.

– Oi Dria, sou eu.

– Oh, oi Barbara. – Só pelo tom de voz, ela demonstrava estar bem desanimada.

– Eu e os garotos estávamos pensando se você não quer vir pra cá.

– Ah eu não sei. Acho que prefiro ficar em casa.

– O que é isso? Você é sempre tão animada. O que custa vir para cá? – A ouvi bufar. – Carlos disse que sente sua falta.

– EI! – Carlos gritou. – Ela não deveria saber disso. – Os garotos riram e eu pude ouvir finalmente uma risada fraca de Drianna.

– Ok, eu vou, mas eu não vou dormir ai. – Pelo menos ela cedeu e eu fiz o sinal de positivo com a mão para os garotos, que comemoraram dando tapinhas nas costas de Carlos.

– Ótimo!

– Eu chego ai lá pelas quatro da tarde.

– Certo. Tchau Dria.

– Tchau. – Desligou. De repente senti que eu estava sendo observada, até que vi que era Logan quem estava me fitando. Sorri para ele, e ele tentou disfarçar olhando para os lados. Eu ri um pouco e ele riu comigo, os garotos não entenderam nada. O sorriso dele me fazia derreter por dentro. O que eu mais queria era dizer o quanto eu sou louca por ele. Mas e a coragem, cadê?

Eu estava pensando tão alto que quase não percebi meu telefone tocando. O tirei do bolso e olhei o nome na tela. J-jessica?

– Alô, quer dizer, alô? – Depois que falei em português, pude ver os quatro franzirem a testa pra mim.

Barbara eu tô aqui no aeroporto, estou esperando você vir me buscar.

– O que?! – O choque foi tão grande que eu cai do sofá.

– Você está bem? – Logan perguntou me dando a mão para me ajudar a levantar, os outros também tentaram me ajudar, mas eu recusei todas as ajudas e levantei sozinha.

– Eu estou bem, eu estou bem! – Eu disse me afastando. – Você tá aonde?! – Voltei minha atenção para o telefone.

– No aeroporto. Ops, eu me esqueci de te contar né, eu estou aqui em Los Angeles. Surpresa... – Ela disse com uma voz não muito animadora.

– Você está aqui em Los Angeles?! Qual é o seu problema?!

– Eu me esqueci de te avisar, foi mal. Então, você vem me buscar ou não?

– Como eu vou saber se você não tá de brincadeira comigo?

– Porque eu estaria brincando?

– Ah, e eu sei lá! – Bufei. Eu estava prestes a tomar uma decisão da qual eu provavelmente me arrependeria. – Espera que eu tô indo. – Desliguei. – Eu tenho que ir ao aeroporto.

– Quer que a gente vá com você? – Kendall perguntou.

– Não, obrigada. Eu pego um táxi, vou sozinha. – Caminhei até a porta.

– Você não vai comer a lasanha? – Srta. Knight perguntou.

– Eu como quando voltar, eu juro. – Sai e passei no meu apartamento e pra pegar minha bolsa.

Quando cheguei ao taxi, pedi para que me levasse ao Aeroporto Internacional de Los Angeles. Só ai foi cair a ficha. Por que eu estou indo buscar a Jessica? Depois daquela briga, pensei que nós nunca mais íamos nos ver ou nos falar. Pelo menos era por isso que eu rezava. Eu até que sinto falar dela, mas eu não quero vê-la, minha raiva ainda está aqui.

Desci do taxi e pedi para o taxista esperar até que eu voltasse. Entrei no aeroporto e a avistei sentada numa daquelas cadeiras de metal. Caminhei até ela e assim que me viu, correu ao meu encontro, me abraçando forte, mas eu não a abracei de volta.

– Como eu senti sua falta! – Eu me afastei e ela olhou em volta. – E ai, você não veio com o Logan, ou os amigos dele? – Ela ergueu as sobrancelhas e deu ênfase no “Logan”.

Eles estão almoçando, diferente de mim. Vamos, o taxista não espera pra sempre. – Eu disse friamente. Peguei as malas dela e fomos para fora do aeroporto. Entreguei-as para o taxista que as guardou no porta-malas.

Tá tudo bem? – Jessica perguntou colocando a mão em meu ombro.

Por que não estaria? – Ironizei. – É só isso, vamos voltar para Palm Woods. – Eu disse ao taxista. Eu não dei uma palavra sequer desde que entramos no carro.

Fala. O que tá acontecendo? – Ela quebrou o gelo.

Nós estamos indo pra Palm Woods, é onde eu moro agora.

– Que bom, mas não é isso que eu quero saber. Por que você tá tão estranha comigo?

– Eu não tô afim de discutir com você agora.

– Mas eu tô.

– Se toca! Eu não quero falar com você. – Ela ficou boquiaberta.

– Tudo bem, se é isso que a madame quer. Ótimo. – Ela cruzou os braços e fechou a cara. E foi assim o trajeto inteiro.

Chegamos a Palm Woods e paguei o taxista, agradecendo. Peguei apenas uma mala dela, pois o resto não era meu trabalho. Apesar de eu não estar falando com ela, pude notar que seus olhos brilhavam ao observar cada canto de Palm Woods. E as pessoas olhavam para ela com curiosidade, cochichavam e sorriam. Quase a mesma reação que tiveram quando eu cheguei. De repente ouvi a voz de Bitters chamar meu nome.

– Sim? – Fui até o balcão da recepção.

– A senhorita não em avisou que teria uma colega de quarto. Está no regulamento, essas mudanças tem que ser comunicadas com antecedência senão...

– Não, ela não é minha colega de quarto. Ela é só uma colega. E vai passar poucos dias aqui.

– Uma semana. – Jessica disse sorrindo.

– Uma semana?! – Mais uma surpresa. E o dia fica cada vez melhor...

– É.

– Eu pensei fosse só uns dois ou três dias!

– Eu não tô afim de discutir com você agora. – Ela deu um sorrisinho sarcástico e virou a cara. Eu respirei fundo para não me estressar e olhei para Bitters, que estava bem confuso com a nossa briga em outra língua.

– Então... Eu acabei de lembrar que a Drianna vai chegar mais tarde, ok? Você pede pra ela subir.

– Você recebe muitas visitas não é, Srta. Haslow? – Ele comentou sorrindo.

– É a vida. Tchau. – Eu me retirei e fui com a Jessica para o elevador, e continuamos em silencia até chegar a meu apartamento, onde despachei as malas no meu quarto.

Esse apartamento é bem legalzinho. – Ela disse com as mãos na cintura, olhando em volta. Vendo que eu não queria mesmo falar, ela começou a se irritar. – Olha, eu não atravessei o continente pra ser ignorada.

Então por que você veio?! Por acaso perdeu o juízo? – Foi a minha vez de me irritar. Respirei fundo e cruzei os braços.

Jessica

– Pra te pedir desculpas ok?! Eu queria falar com você pessoalmente, queria dizer o quanto estou arrependida de ter brigado com você, eu só pensei em mim, eu reconheço. E então eu trabalhei, levei tinta no cabelo, passei a noite em claro contando dinheiro e quase apanhei. Barbara, eu quase apanhei pela primeira vez na vida! Mas pra que? Pra chegar aqui e ser tratada como um nada, um objeto sem valor. Quer saber? Até que Diego tinha razão. Eu não devia ter ousado sair do Rio. – Virei as costas e comecei a pegar as minhas malas. Meu coração estava a mil por hora, pela primeira vez eu pus pra fora tudo o que eu estava sentindo. E a sensação de alívio era ótima, tenho que fazer isso mais vezes.

– Espera, o que você tá fazendo?

– Eu vou voltar pro Rio. – Uma decisão repentina. Meus pais iriam me matar, mas eu não ficava mais um minuto ali, que dirá uma semana.

O que? Não, você não pode voltar. – Ela disse e me segurou pelo ombro. – Eu também tenho minha parcela de culpa, é que eu só tava com raiva, me desculpa. Desculpa mesmo. Sério não vai, você é minha melhor amiga Jessi... Não vai. – Eu olhei para ela e sorri. Eu ouvi tudo que precisava ouvir. Larguei minhas malas e a abracei. Esse era o abraço que eu queria ter recebido assim que cheguei nessa cidade.

– Não vamos mais brigar, por favor. – Pedi ao nos afastar.

– Promessa de mindinho? – Ela sugeriu e eu ri. Erguemos nossos mindinhos, os cruzando.

– Ao infinito e além. – Dissemos ao mesmo tempo e nos abraçamos novamente. Quando éramos crianças, sempre que prometíamos algo uma a outra, fazíamos esse mesmo “ritual”. Era até divertido fazer isso depois de crescidas.

Eu vou almoçar aqui ao lado, no 2J. Quer ir? – Ela perguntou quando nos afastamos.

– Eu vou tomar um banho primeiro. 11 horas de voo ninguém merece. – Fiz uma careta e ela riu. – Te encontro lá.

– Ok. – Ela saiu. Bem, está tudo de volta ao normal e essa semana só está começando.

Barbara

Enquanto eu estava indo para o apartamento dos garotos, senti um peso tirado da minha consciência. Eu me sentia tão leve que até sorria à toa. Quando entrei vi que em cima da mesa só tinham sobras da lasanha.

– Desculpa, eu não consegui controlar esses animais. – Srta. Knight disse apontando para Katie e os garotos, que estavam ocupando o sofá inteiro.

– Tudo bem. – Eu disse sentando a mesa. – Hey pessoal, eu voltei! – Os chamei a atenção, pois eles não notaram que eu havia chegado.

– Novidade. – Disse Katie. Eu tinha uma leve impressão que ela não gostava muito de mim.

– Heey. – Os garotos disseram.

– Então... Quem você foi buscar no aeroporto? – Kendall perguntou abaixando o volume da TV.

– Uma amiga minha do Brasil. – Dei uma garfada e comecei a comer.

– Mais uma garota... – Katie resmungou. Eu não sei se me irritava ou se ria.

– Uma amiga brasileira? Interessante. – Disse James, passando a mão no cabelo.

– Quando você aposta Carlos? – Logan perguntou.

– 20 dólares que ele fica com ela em um dia. – Carlos respondeu e colocou o dinheiro na mesinha.

– 20 dólares e ele fica com ela em uma hora. – Logan deu uma risada e pôs o seu dinheiro na mesinha também.

– Podem parar as apostas, seus engraçadinhos. – Eu disse apontando o garfo pra eles. – Ela tem namorado.

– Poxa não foi dessa vez James. – Disse Carlos. Ele e Logan tiraram suas notas de vinte da mesinha.

– Que chato pra você. – Logan disse.

– Calem a boca. – James se irritou, eu acho que ele se sentiu subestimado. – Onde está essa sua amiga?

– Está tomando banho. Daqui a pouco ela aparece aqui, espero que não seja nenhum incômodo Srta. Knight.

– Não querida. Eu adoro visitas! – Ela deu um grito repentino que me assustou. – Vou comprar umas coisas no supermercado. Vou fazer biscoitos! – Ela disse cantarolando, pegou sua bolsa e saiu rapidamente.

– O que aconteceu com ela? – Perguntei indo colocar a travessa de lasanha vazia na pia.

– Muita pressão. – Katie foi breve, mas não suficiente. Eu me debrucei no balcão e franzi a testa para eles, na esperança de alguém me explicar.

– Visitas a deixam nervosa. – Kendall esclareceu.

– Entendi. Então eu acho melhor a gente se mandar antes que a Drianna também chegue.

– Só depois dos biscoitos! – Carlos se pronunciou.

– Mais garotas? Esse apartamento está virando um ponto de encontro. Eu vou cair fora daqui. – Katie se levantou.

– Pra onde você vai? – Kendall perguntou.

– Jogar vídeo game no apartamento do Kyle.

– Hey eu já te disse que eu não gosto desse Kyle. – James deu uma de pai protetor.

– Me deixa em paz. – Ela virou as costas e saiu.

– Uh, eu não gosto desse Kyle. – James murmurou e fez uma cara de reprovação, balançando a cabeça negativamente.

– Quem é Kyle? – Logan perguntou. Parece que ele leu a minha mente.

– Um amiguinho dela. – James respondeu e bufou.

– Pelo menos vão sobrar mais biscoitos pra nós! – Carlos comemorou. Ouvimos baterem à porta.

– Deve ser a Katie. Ela deve ter voltado para me pedir desculpas. Você devia educar a sua irmã, sabia? – James resmungou para Kendall enquanto ia em direção a porta, e Kendall que gesticulou um “Eu não”.

James

Wow. Essa não é a Katie, mas é bem melhor que ela.

– O-oi. – Disse a garota sorrindo. Absurdamente linda. Cabelo liso e cacheado nas pontas e iam até a cintura, pele morena, um corpo avantajado, olhos profundamente castanhos e um sorriso perfeito. Senti minhas pernas estremecerem.

– Oi, e aí? – Joguei meu cabelo para o lado.

– Hey, Jessica! – Barbara exclamou vindo em nossa direção. – Fecha a boca James. – Ela sussurrou para mim. Barbara segurou a morena pela mão e a levou até o centro da sala, bem na frente da TV, deixando a garota um pouco envergonhada. – Garotos, essa é Jessica. Jessica, esses são os garotos. – Todos nós permanecemos calados. – Apresentem-se – Murmurou. Logan empurrou Carlos de leve.

– Hey, eu sou o Carlos!

– Bom te conhecer pessoalmente Jessica. – Logan disse.

– Eu sou o Kendall, e esse aqui em pé do meu lado babando é o James. – Kendall disse fazendo todos rirem, menos eu e a garota, que ficou sem graça. Fui até ela e segurei gentilmente sua mão.

– É um prazer conhecê-la. – Beijei suavemente a mão. Pude ver Logan e Carlos colocando dinheiro na mesa e Kendall se juntando a eles, fazendo o mesmo.

– Menos James. – Barbara soltou a mão de Jessica de mim. A morena sorriu para mim e eu pude sentir meu coração bater mais forte. Eu nunca senti isso antes, que coisa estranha.

Barbara

– É um prazer conhecer todos vocês. Barbara, eu posso falar com você por um instante? – Jessica perguntou um pouco confusa entre as palavras em inglês. Ela nem me deu tempo para responder e me puxou para a cozinha. – Ai meu Deus. Ai meu Deus. Ai meu Deus. Eu sabia que você conhecia os Big Time Rush, mas você bem que podia ter me avisado que eles são seus vizinhos né? Assim eu teria me preparado psicologicamente e não teria ficado com aquela cara de bobona na frente deles. – Murmurou.

– Calma. E como você acha que eu conheci o Logan hein? – Virei o rosto discretamente para olhar para ele. – Ele é um fofo, não é? – Suspirei.

Eles são mesmo bem mais bonitos pessoalmente... Ei era impressão minha ou o James estava dando em cima de mim? – Ela continuou sussurrando.

– Não precisa sussurrar, eles não vão entender nada mesmo. E sim, ele estava dando em cima de você, ele faz isso com todas. Já fez até comigo.

– Que cara idiota. – Ela falou com o tom de voz normal e riu, vendo que eles não entendiam nada mesmo.

– Eu também achava isso, mas se você deixar bem claro pra ele que você não quer nada, ele vira um ótimo amigo. Todos eles são ótimos amigos, na verdade. – Nós voltamos para a sala e Jessica sentou no espaço sobrando entre James e Kendall, e eu voltei para o sofá com Carlos e Logan. Aquela sala estava ficando pequena para nós.

– Então, quanto tempo você vai ficar aqui em Los Angeles? – James perguntou.

– Só uma semana. – Ela respondeu um pouco envergonhada por James ter colocado o braço em volta do seu ombro.

– Seu namorado vai sentir sua falta não é? – Eu perguntei intencionalmente, dando uma clara indireta para James pra ver se ele se toca e para de dar em cima da Jessica.

– Tecnicamente... Barbara eu posso falar em particular contigo de novo? – Ela me puxou do sofá e me levou pro canto da sala. – Eu acho que não tenho mais namorado.

Jessica

– Como assim “acha”?

– Bem, nós tivemos uma briga terrível... Desde então Diego não dá notícias, e isso foi numa quarta-feira. Então eu presumi que acabou. – Eu disse entristecendo. Eu realmente gosto do Diego e não queria que tivesse acabado assim. Achei melhor não contar detalhes sobre a briga para Barbara, afinal eu não queria preocupar ninguém.

– Mas você ainda... Gosta dele?

– Você não tem idéia do quanto. – Escorei minhas costas na parede. – Mas eu fiquei muito magoada e agora não sei se consigo perdoá-lo.

Oh... Vai ficar tudo bem. – Ela colocou a mão em meu ombro. – Você só não pode contar isso pro James, Senão ele vai ficar dando em cima de você até ficar com ele.

– Então você quer eu minta que eu tenho um namorado?

– Isso mesmo.

– O-ok, eu acho que posso fazer isso. – É, se for pro meu bem, acho que consigo.

Barbara

– Vocês duas conversam assim em particular toda hora? – Kendall se intrometeu.

– Sim. – Respondemos ao mesmo tempo e rimos.

– Coisa de melhores amigas. – Eu disse rindo um pouco.

– Eu pensei que a sua melhor amiga fosse a Camille. – James disse e Jessica olhou pra mim franzindo a testa.

– D-de onde você tirou essa idéia? – Perguntei para ele, foi quando vi que Jessica cruzou os braços e me mandou o olhar “Explique-se”.

– Não sei, eu só pensei isso porque você e ela andaram tão juntas nas ultimas semanas.

– Não. Ela é uma ótima amiga e esteve aqui quando eu precisei, mas ela não é a minha melhor amiga. Eu posso até dizer que ela é uma delas, mas não é a melhor. – Olhei para Jessica e ela não parecia mais irritada, pois sorriu. Voltamos para o sofá e dessa vez expulsamos Carlos e Logan daquele lado. Deitei no colo da Jessica, Kendall foi se sentar na poltrona e os outros três ficaram do outro lado do sofá.

Depois de muita conversa jogada fora, Srta. Knight finalmente voltou com algumas sacolas de compras e começou a fazer os biscoitos. Quando eles finalmente ficaram prontos, só vi aqueles quatro garotos voando para cima da bandeja em cima do balcão que nem animais. Eu e Jessica não tivemos nem tempo de pensar em comer um, pois em questão de segundos não tinha mais nada.

– Nada de biscoitos para as garotas? – Perguntei indo até eles e dei tapa na cabeça de Logan quando vi que só havia farelos na bandeja.

– Desculpe, é que você não tem idéia de como são bons! – Disse Carlos, ele provavelmente tinha uns três biscoitos dentro da boca.

– E pelo visto nunca vou ter essa idéia. Odeio vocês. – Cruzei os braços. Jessica, que permaneceu no sofá, deu uma risada. Eu nunca a vi tão tímida como hoje.

– O que eu faço para você nos perdoar? – Logan perguntou fazendo um biquinho bizarro e com a boca toda suja.

– Fique com a boca fechada, é o suficiente. – Respondi colocando a mão na testa dele e o empurrando.

– Eu acho que a senhorita aceita uma bela dança como desculpas. – Kendall disse me empurrando pra cima de Logan, e parei com as duas mãos no ombro dele. Ficamos cara a cara, e confesso que ele estava bem sujinho. Passei a minha mão na área ao redor dos lábios dele e tirei os farelos. Por um momento me perdi naqueles olhos castanhos, eu queria beijá-lo ali mesmo. Até que ele riu e pegou em minha mão, me girou e por fim me fez cair nos braços dele como naquele passo de tango. Nos olhamos nos olhos e rimos.

– Beija! Beija! – Os infantis começaram a gritar. De jeito nenhum eu ia beijar o Logan ali na frente da Srta Knight. Se bem que este momento é fichinha comparado ao beijo que demos em uma rua movimentada, que ocasionalmente foi para em uma revista. Mesmo assim, eu não ia beijar ele ali. E os garotos continuaram a torcer.

– De jeito nenhum! – Eu disse e na tentativa de me levantar, acabei escorregando o pé e caindo no chão. Logan riu e estendeu a mão para me ajudar, quando levantei vi que todos estavam gargalhando, até a Srta. Knight ria um pouco. Corei de vergonha, mas para minha sorte só Logan percebeu.

– Você dança muito bem senhorita. – Ele sussurrou, me fazendo corar mais ainda.

– Então, já chega não é? – Eu falei envergonhada, colocando o cabelo atrás da orelha. – Jessi, garotos, nós não íamos lá para o meu apartamento?

– Isso, mãe nós vamos aqui ao lado ok? – Kendall avisou.

– Tudo bem, tomem cuidado. – Ela deu um beijo no rosto dele.

– Mãe... – Ele se afastou. Nós rimos e fomos bagunçar nos meus aposentos.


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