Shattered escrita por LolaPotter22


Capítulo 29
Capítulo 28




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Shattered

Capítulo 28

O apito soou por todo o povoado de Hogsmeade e Hermione soube que era a hora de se despedir de seu lar – ou como assim se referia à Hogwarts. Ela deu uma última olhada no grande castelo e embarcou na locomotiva vermelha.

Todos lá dentro estavam alvoroçados, mas Hermione conseguiu colocá-los em ordem e seguiu para uma cabine vazia. O trem começou a se mover e ela encolheu-se no banco, olhando pela janela enquanto Hogwarts ficava cada vez menor.

Agora, as coisas iriam ficar mais sérias, e Hermione teria que lidar com Rony e todos os Weasley. Ela não sabia como a situação ficaria entre ela e Draco, pois nenhum dos dois falava sobre pós-Hogwarts. Talvez as coisas mudassem, ou talvez ele sumisse do mapa.

Hermione soltou um suspiro pesado, abraçando as pernas. Alguém bateu na porta alguns minutos depois, entrando em seguida.

- Finalmente achei você – disse Draco, sentando-se ao seu lado. – Passei o dia inteiro a sua procura.

Hermione deitou a cabeça em seu peito.

- Como você está? – perguntou, baixinho.

- Já estive melhor – admitiu, enquanto a mão dele acariciava seus cabelos.

- Você se arrepende, não é? Se arrepende da decisão que tomou, de ter ficado comigo.

Ela ergueu a cabeça para encará-lo, com o cenho franzido.

- O quê? Claro que não!

- Mas está triste.

Hermione deu de ombros.

- Você também estaria se tivesse perdido uma amizade de sete anos.

Draco ainda parecia duvidoso. Hermione sorriu e beijou seus lábios, levemente.

- Deixe de ser inseguro – murmurou, sem tirar a boca da dele. – Eu amo você.

Ele sorriu de volta, passando as mãos por sua cintura e puxando-a para seu colo.

- Eu também amo você – afirmou, beijando-a novamente.

O beijo ficou empolgado e ela enlaçou a cintura dele com as pernas. As mãos de Draco percorriam o corpo dela e as dela puxavam levemente seus fios de cabelo louros.

Ele estava pronto para desabotoar o primeiro botão da camisa dela, mas sentiu algo estranho e gelado, como um objeto em sua nuca, interromper o ato.

Draco se afastou dela, ofegante. Hermione franziu o cenho, enquanto ele puxava sua mão, a mão direita. Ela engoliu em seco assim que notou o que ele estava observando.

Na mão direita, um anel de compromisso brilhava em seu dedo anelar. O anel havia perdido um pouco da cor, já que pertencera há geração da Família Weasley, mas continuava ali, brilhando de um jeito zombeteiro.

Draco ergueu uma sobrancelha para ela, que corou.

- Mesmo depois de tudo, você continua usando o anel de noivado do Weasley?

Hermione pressionou os lábios, sem saber o que dizer.

- Não consigo me livrar dele – disse, baixinho.

- Deveria. Weasley soube muito bem como se livrar do dele.

Ela corou fortemente, entregando-se. Draco olhou em seus olhos, com o cenho franzido.

- Não me diga que você pegou o anel do balcão...

Hermione desviou os olhos. Ele bufou.

- Não acredito. Você gosta de sofrer, não gosta?

- Eu não poderia deixar o anel lá – sussurrou, pesarosa.

- Trazê-lo consigo foi a pior ideia que você já teve! – Draco exclamou, de um modo cansado. Ele estendeu a mão para ela. – Vamos, me entregue.

Hermione tirou a aliança do dedo e colocou na mão do loiro, engolindo em seco.

- As duas – pediu.

Ela hesitou, mas saiu de seu colo e pegou uma caixinha dentro de seu malão. Draco olhou para o objeto, temendo o que teria dentro dela. Era uma caixinha simples, empoeirada.

Hermione empurrou o objeto para ele, sem conseguir encará-lo. Draco não sabia se queria abrir, mas a curiosidade era maior. Seus dedos abriram a tampa e ele se deparou com vários pedaços de papel – cartas de amor -, uma rosa morta, mas inteira, uma foto dela e do Weasley e a aliança. Tudo guardado.

- Não acredito – repetiu, balançando a cabeça.

- Desculpe – pediu, colocando uma mecha atrás da orelha. – Eu não consegui me desfazer disso tudo.

- Você guardou essa caixa durante todo esse tempo? Ah, Hermione...

- Eu não gosto dele, Draco, juro para você, mas...

- Mas? – incentivou, quando viu que Hermione não responderia.

Ela deu de ombros.

- Ainda vou sentir falta dele.

Draco não a encarou. Ele deixou a caixinha no banco, com um suspiro. Hermione se sentou no colo dele novamente, erguendo seu rosto para que pudesse encarar seus olhos cinza-chuva.

- Eu amo você – ela disse, novamente, segurando o rosto dele em suas mãos. – Só você.

Ele a envolveu com seus braços, tocando sua testa na dela.

- Eu amo você também, mas não gosto de te ver sofrer por uma pessoa que não merece suas lágrimas.

Draco sentiu os dedos dela percorrerem seu rosto, de um jeito carinhoso.

- Não vou sofrer por Ronald – falou. – Você pode queimar a caixinha, escondê-la, enterrá-la, fazer o que quiser, eu não me importo mais.

Ele sorriu e eles se beijaram, de um jeito nada fofo, mas sim quente.

- Sinto muito em te desapontar, mas temos ronda – Draco disse, enquanto beijava o pescoço dela repetidamente.

Hermione soltou um grunhido de desaprovação que o fez rir. Ele se soltou da garota e ambos se levantaram.

- Uma última ronda – Draco falou, estendendo a mão para ela.

- Uma última ronda – Hermione repetiu, entrelaçando seus dedos.


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Notas finais do capítulo

N/A: Olá, leitores! Espero que vocês estejam gostando da fic, porque este é o penúltimo capítulo antes do epílogo. Sim, sim, triste. Bem, até quinta-feira! Lola xx



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