POV Lizzie

Existem muitos motivos para conseguir odiar sua irmã:

1) Se acham melhores.

2) Gostam de ver você passar vergonha.

3) Interrope bem no momento em que seu melhor amigo lindo e maravilhoso está se aproximando perigosamente.

4) Não te ajuda em nada.

Esses eram os motivos principais. Estávamos tão próximos quanto em meu sonho, mas aquilo foi melhor. Era uma Lizzie real, um Nico real e principalmente uma aproximação real. E a besta da sua irmã aparece bem na hora. Esses pensamentos vieram a minha mente em dois minutos de banho. Saí e vesti a primeira coisa que vi pela frente.

Look da Liz: http://www.polyvore.com/003/set?id=37595478

Calcei a minha sapatilha e saí do quarto. Não tinha certeza o que iria sentir ao rever Nico. Respirei fundo e desci as escadas; estava cheirando a lasanha e pizza. Comida italiana, maravilha.

Cheguei ao térreo e vi Nico, Dayana e meu pai conversando. Nico estava de costas pra mim, com os cabelos ainda molhados. Respirei fundo novamente.

– Oi, gente. - Disse.

Quando Nico se virou, estava com um sorriso tão lindo que eu quase morri. Era um sorriso meio envergonhado, mas lindo.

– Liz, - Chamou Dayana. - Chegou bem a tempo do jantar.

– Que...bom.

Me sentei ao lado de Dayana, com Nico a sua frente e meu pai na ponta da mesa. Serviram o jantar e me servi com uma suculenta fatia de pizza de mussarela. Comi duas fatias enquanto todos comiam lasanha, que eu não gostava.

– Não vai comer mais, Liz? - Perguntou Nico

– Ah, não - Respondi. - Estou satisfeita. Obrigada.

Ele deu de ombros e terminou de comer.

– Agora, - Disse Day, pegando um baralho enquanto tiravam a mesa. - Vamos jogar.

Look da Dayana: http://www.polyvore.com/013/set?id=37636673

Ótimo! Adorava jogar baralho. Eu não era uma boa jogadora mas sabia ganhar. Nico estava com uma cara de interrogação.

– Baralho? Tipo, truco?

– Sabe jogar truco? - Perguntei. - É muito díficil.

– Bom, - Falou ele. - Eu sei jogar o básico, mas o que vamos jogar?

– Buraco. - Falei com uma cara meio demoníaca.

– O que é buraco? - eu tenho que dizer como ele estava lindo confuso?

– É um jogo... - Começou a explicar Day. Assim que ela terminou eu disse:

– Vamos jogar de dupla?

– Dá pra jogar de dupla? - Perguntou Nico.

– Dá. - Respondeu meu pai. - E por que não fazemos assim? Eu jogo com o Nico e vocês, meninas, fazem dupla.

– Fechado. - Eu e Day dissemos em uníssono.

Eu troquei de lugar com Nico, para ficar de frente com Day e ele se sentou em meu lugar. Dayana deu as cartas e começamos o jogo. Minha mão estava ótima. Eu e Dayana já haviamos pego o "morto" enquanto Nico e meu pai estavam na primeira canastra e nós tínhamos três. Bati, sem que eles pegassem o "morto", perdendo 100 pontos e ganhamos de 650 a 0.

Eu e Dayana levantamos e fizemos a dancinha da vitória. Estiquei a mão para ela bater.

– Há! - Fiz, apontando para os dois.

– Foi injusto! - Reclamou Nico. - Eu ainda não sei jogar!

– Coitadinho do bebê. - Falei fazendo biquinho e apertando sua bochecha.

– Pára! - Disse ele empurrando minha mão. - Não tem graça!

– Ah, tem sim! - Intrometeu-se Dayana.

– Muita. - Concluí

– Revanche. - Pediu ele enquanto meu pai estava desligado do mundo, como sempre.

– Topamos.

– Ótimo!

Dayana deu as cartas de novo e começamos a jogar. Fiz duas canastras e peguei o "morto".

– Não vale! - Reclamou Nico.

– Como não vale? - Falei. - Mas é claro que vale!

O "morto" estava ótimo. Baixei três jogos e descartei uma carta. Depois de duas rodadas, Day bateu e refizemos a dancinha da vitória.

– Desisto. - Falou Nico jogando as cartas na mesa.

– Coitadinho. - Eu disse. - Não sabe perder.

– Fica quieta, Lizzie.

Ergui as mãos me rendendo.

– Ok, ok...

– Vamos dormir pessoal - Falou meu pai. - Já está tarde.

– Ah, pai - Disse. - A gente pode jogar mais um pouco?

– Pode, pode - Disse meu pai esfregando os olhos. - Depois vão dormir.

Ele subiu as escadas e continuamos jogando noite afora . Nico venceu uma vez, Dayana, dois e eu quatro.

– Acho que eu vou dormir. - Falei.

– Eu também. - Disse Nico.

– Eu já vou, - Falou Dayana. - Só quero ligar pro Peter antes.

Enquanto subíamos as escadas, Nico me perguntou:

– Quem é Peter?

– É o namorado dela. - Respondi. - Mas eu não gosto muito dele, ele faz umas brincadeirinhas tão idiotas.

– O que?! - Exclamou Dayana, da sala de estar. - Você vai vir aqui amanhã? Isso é...

– Horrível! - Exclamei.

– Maravilhoso! - Continuou Day. - Então até amanhã. Beijo. Não, desliga você. Não, você.

– Desliga logo! - Gritei

Eu e Nico subimos as escadas correndo e rindo.

– Então, - Disse Nico. - Boa noite, Liz.

Ele me deu um beijo no rosto, muito próximo do canto do lábio. Assim que ele se virou e entrou no quarto, Dayana apareceu.

– Parece que ele gosta de você. - Disse ela.

– Cala a boca!

Subi até meu quarto e passei a ponta dos dedos onde ele tinha me beijado. Coloquei pijama, me deitei e rapidamante dormi, sonhando com ele.