Rosa de Vidro escrita por Dani Tsubasa


Capítulo 8
Capítulo 8 - Eu te amo




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Capítulo 8 – Eu te amo

         - Também deve ter percebido... Já estão aqui.

          - Eu me entreguei com a condição de que não fizesse mal à Rukia...

          - E a ninguém do esquadrão seis, mas não falou nada a respeito dos outros. Eu não entendo Byakuya, porque você insiste em manter essa garota. O sangue da nossa família deve permanecer puro, sem nenhum elemento sujo de Rukongai ou do mundo humano para manchá-lo. Ginrei pode ter aceitado aquela mulher e essa menina, mas eu não tolero que destruam a identidade do nosso sangue – terminando de falar, olhou para o neto.

          Byakuya não pode evitar sentir certo temor. Aqueles olhos amarelos não eram dele. Tinham olhos negros. E pelo que se lembrava do avô, ele realmente nunca aceitara bem o fato de Hisana e Rukia pertencerem à família, mas não iria tão longe por isso. Havia algo errado. Lembrou-se da morte dele e da luta de Rukia contra Aroniero. As hipóteses começaram a surgir em sua cabeça.

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          Ichigo e a arrankar lutavam como loucos, batendo as lâminas das espadas e se movimentando com extrema velocidade. Ela tentava a todo custo chegar até Rukia ou atingir um dos capitães. Ela conseguiu atirar Ichigo para longe.

          - O capitão não entende porque seres sujos de Rukongai foram aceitos para tornar o sangue da família impuro. A nobreza é algo que deve ser mantido sempre – A arrankar encostou a ponta da espada no peito de Rukia, que sumiu rapidamente com o shumpo.

          Ichigo sentiu o coração falhar com aquilo.

          - Kuchiki! Eu já disse pra lutar atrás de nós! – Soi Fong Gritou.

          - É o meu irmão que eles levaram e lutando atrás de vocês o tempo todo não vou poder fazer nada por ele. Quem é você? – Perguntou a arrankar.

          - Sou Megumi Akabane. Eu sirvo a Junko-sama. E ele me mandou para eliminá-los. Disse pra manter você viva, mas é difícil resistir – a hollow tinha o cabelo da mesma cor do cabelo de Grimmjow e pele morena, com a máscara divida em duas partes, em cima da cabeça e no queixo.

          Haviam derrotado o grande grupo de Hollows, mas sua comandante permanecera. Alguns já estavam feridos. Nell avançou contra Megumi e as espadas colidiram.

          - Não vou deixar que atrapalhe, nem que eu tenha que ficar pra trás.

          - Então é uma espada... Mas não é isso que vai me fazer recuar!

          As duas hollows começaram uma luta mais violenta e com tamanha velocidade que às vezes era difícil ver os movimentos de ambas. Dez minutos depois as duas pisaram no chão, exaustas, ainda se encarando. Tempo suficiente para os demais armarem uma estratégia. Uryuu havia montado uma de suas armadilhas no chão, que explodiu ao mesmo tempo em que Megumi o tocou. Um dos ninjas assassinos de Soi Fong cruzou o local rapidamente com uma agulha envenenada em sua mão. A Zabimaru bankai veio por trás da nuvem de fumaça que se ergueu e abocanhou o lugar onde deveria estar a arrankar. Todos recuaram esperando que a fumaça se dissipasse. Zabimaru voltou e o que encontraram no chão foi a hollow deitada, ferida, envenenada, sem condição alguma para continuar a luta. Uma lágrima caiu de seus olhos.

          - Junko-sama... meu bando me deixou por ser inferior... e ele me acolheu... – dizendo isso ela desapareceu completamente.

          Todos ficaram pasmos.

          - Por isso ela é tão leal. Mesmo estando na mesma situação que a Kuchiki-san... foi ele que a salvou – Uryuu falou – por isso, mesmo dizendo aquelas palavras... relutou em matá-la. Podia tê-la perfurado no exato segundo em que a tocou com a espada.

          Todos permaneceram calados por alguns segundos, como em respeito à morte da hollow.

          - Com certeza estamos perto de Las Noches... Pra ela aparecer assim – Hitsugaya quebrou o silêncio, também estava machucado.

          - Capitão, não seria melhor pararmos pra cuidar dos feridos antes de prosseguir?

          - Sim – ele respondeu à ruiva.

          Se locomoveram para mais adiante para despistar inimigos, em um local com grande abundância de pedras, que servia para esconder bem o grupo.

          - Vejo que consegue comandar os ninjas tão bem quanto a Yoruichi-san – Sado comentava.

          - Há veneno suficiente nessas agulhas para matar até um espada – a capitã explicava sem perder sua pose orgulhosa.

          Orihime, Kira e Momo cuidavam dos feridos.

          - Está doendo muito Shiro-chan? Logo vou acabar.

          - Não – ele corou e virou o rosto, ela sorriu.

          Era evidente que existiam sentimentos a mais entre eles. Hitsugaya deparou-se com a visão de sua tenente. Estava distante. Ele sabia no que ela estava pensando. Seus pensamentos estavam naquela sela da Soul Society, onde aquele que sacrificara o rumo de toda sua vida para vingá-la ficaria preso por dez mil anos.

          Algumas horas passaram e quase todos dormiram, inevitavelmente, para repor a energia gasta na luta. Rukia fitava aquele céu negro com apenas uma lua minguante. De repente quase enfartou de susto. Sentiu-se sendo abraçada por alguém bem maior que ela e arregalou os olhos.

          - Ichi... go... – ele estivera deitado ao seu lado, jurava que estava dormindo, havia se virado ficando em cima dela para abraçá-la.

          - Nunca mais deixe aquilo acontecer – ele implorou e a apertou mais – se eu falhar quando estiver tentando te proteger não deixe ninguém encostar a espada em você na minha frente! Prometa. – Estava quase chorando.

          - Eu sei que está preocupado, mas pare com isso. Somos só companheiros. O que os outros vão pensar se acordarem?! – Ela perguntou, nervosa.

          - Por que?

          Ela tornou a se assustar.

          - Eu te amo.

          - O... que?

          - Depois do que aconteceu hoje eu não podia perder outra chance. Isso está entalado na minha garganta há séculos.

          Ele continuava a abraçá-la.

          - Rukia... por favor... me dê uma chance – encostou mais a cabeça dela contra si, enquanto a apertava.

          - Mas... Ichigo... isso foi tão... repentino... Eu preciso pensar... – a tenente estava muito embaraçada e rezava para que ninguém acordasse.

          - Não precisa pensar... ou você também me ama... ou não – ambos sussurravam.

          - Eu... – Ela hesitou e ele se ergueu um pouco encarando-a com um olhar tão profundo que seria capaz de ver a alma da tenente.

          - Amo... – ela sussurrou.

          Ele encostou a testa na dela e ambos fecharam os olhos. Ele se aproximou vagarosamente e seus lábios se tocaram. Ele aprofundou o beijo quando a sentiu corresponder e se abraçaram com força.

          - Promete...? – Ele perguntou ainda de olhos fechados depois de se afastar.

          - Prometo que farei o possível – ela sorriu e afagou o rosto dele, que tocou a mãozinha dela com a sua – o que diremos aos outros?

          - Pensamos nisso quando todos acordarem – disse sorrindo e saiu de cima dela, se afastou alguns metros e deitou para dormir.

          Ambos estavam ainda confusos e felizes ao mesmo tempo. Seus cérebros ainda não tinham assimilado aquela nova condição. Ela sorriu enquanto o observava. Estava apreensiva a respeito do que os demais e seu irmão pensariam sobre aquilo, mas preferiu deixar para se preocupar com aquilo na hora certa e também adormeceu com um sorriso.


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