Rosa de Vidro escrita por Dani Tsubasa


Capítulo 10
Capítulo 10 - Abrindo caminho




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/158187/chapter/10

Capítulo 10 – Abrindo caminho

          Seus olhos se moviam em meio aquela confusão e tudo que conseguia ver eram hollows. Nenhum sinal de sua shinigami, de Orihime ou do 2º esquadrão.

          - Droga! Preciso fazer alguma coisa! Se algo acontecer com aquela louca tudo vai dar errado e nunca vou me perdoar – apertou as mãos no cabo da Zangetsu e começou a concentrar reiatsu.

          Desferiu ataques leves, suficientes apenas para matar aos poucos os hollows mais próximos. Não sabia onde estavam os demais e poderia ferir algum deles acidentalmente. Lutou contra a onda insistente durante vários minutos e depois de quase uma hora ela começou a diminuir e finalmente pode localizar os companheiros, até que não restou nenhum hollow. Do lado, Soi Fong estava em pé, ofegante, rodeada pelo esquadrão de assassinos, que tinham suas agulhas e armas envenenadas nas mãos. À sua frente, Orihime estava ajoelhada no chão, com o escudo projetado, mas este se quebrou quando a luta acabou e ela respirou fundo. Procurou pela pessoa mais importante de sua vida. Do outro lado, Rukia estava ajoelhada também ofegando, como todos ali. Se dirigiu a ela, abaixando-se para ficarem na mesma altura.

          - Está ficando doida?! – Perguntou irritado e ao mesmo tempo preocupado.

          Ela sorriu, ainda fitando o chão. A Sode continuava em sua mão.

          - Eu sabia que daquele jeito você ia tomar uma atitude. E eu não tinha como te bater naquelas condições.

          Aproveitando a distração momentânea dos demais enquanto Orihime curava alguns arranhões, ele puxou a shinigami para si e a abraçou apertado.

          - Doida... – sussurrou.

          - Baka... – ela respondeu no mesmo tom, fechando seus braços ao redor do corpo dele também.

          Abaixando um pouco a cabeça ele rapidamente beijou os lábios delicados da tenente e a soltou, temeroso de que fossem notados daquele jeito. Precaução sábia, pois assim que se separaram Orihime lhes chamou a atenção querendo saber se estavam feridos. Após todos os ferimentos curados, continuaram andando.

          - Ichigo...

          - Hum...?

          - Me pergunto se o nii-sama está enfrentando hollows agora.

          - Eu não sei, mas se estiver mesmo junto com a pessoa que causou tudo isso... Eu não sei...

          Notando o semblante de preocupação dela, imediatamente tentou complementar o que havia dito.

          - Rukia... se for mesmo avô dele ele saberá como se defender. Se eu estivesse nessa situação você já teria me dado uma surra, então melhore esse ânimo porque podemos encontrá-lo a qualquer momento.

          Ela não conseguiu sorrir com aquilo, mas seu olhar tornou-se mais confiante.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

          - Você mentiu... Era óbvio que me trazer pra cá faria com que Rukia viesse também, mesmo com a ordem de não vir.

          - Ela e esses que contribuem para manter sujo o sangue da nossa família devem ser eliminados Byakuya. Estão aqui nesse momento. Podem até chegar até nós, mas eu não vou facilitar. Vamos eliminar todos eles. Então eu e você voltaremos para a Soul Society. Você terá uma boa esposa, nobre, e reconstituiremos a família, como sangue puro, como deveria ter sido feito sempre!

          O velho shinigami virou e defendeu-se imediatamente contra a investida do neto com a Sembonzakura. Mediram forças empurrando as espadas uma contra a outra.

          - Eu não sei o que aconteceu com você, nem de quem são esses olhos que você tem agora, mas isso passou dos limites. Eu aceitei vir pela segurança de Rukia e dos demais. Mas uma vez que você já não me garante isso, não tenho mais porque ser pacífico.

          As lembranças da primeira vez que viu Hisana à última vez que viu Rukia, quando dormia tranquilamente em seu quarto antes de sair para o trabalho, vieram à sua cabeça e a dor de ter que lutar contra seu avô apertou-lhe o coração. A família Kuchiki era fria, distante, mas a seu modo era demonstrado afeto. Sempre gostara muito de seu avô, lembrava-se do apoio dado por ele nos treinamentos que fazia pouco antes de ingressar no Gotei, quando ainda era jovem e Yoruichi costumava roubar seus laços de cabelo e irritá-lo. Aquele não era Junko Kuchiki. Aqueles olhos não eram dele. Alguma coisa acontecera em sua morte e seja o que fosse que o estivesse dominando, Byakuya tiraria dele, mesmo que com isso não o visse nunca mais.

          Após alguns segundos medindo forças, iniciaram finalmente uma luta séria.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

         - De onde vem tudo isso?! – O capitão do 10º esquadrão questionava quando já encostava nos outros dois.

          Estavam de costas uns para os outros, cercados por incontáveis hollows que vinham de todos os lugares possíveis.

          - Ele pode ter uma passagem aberta de onde todos eles saem – Hisagi sugeriu.

          - Ou podem estar vivendo aqui desde a época em que Las Noches foi abandonada e nosso inimigo se aproveitou disso.

          - Já chega! Bankai!

          As asas de gelos e projetaram nas costas do capitão, agora sem as flores, pois seu tempo se tornara ilimitado. Congelou todos os hollows presentes e a extensão do ataque congelara também as passagens próximas, de onde as criaturas estavam vindo.

          - Deem um jeito nisso.

          - Ok – os dois tenentes responderam juntos e atacaram.

          Matsumoto ativou a Haineko, que transformou-se em fumaça e esmagou os hollows congelados enquanto Hisagi os eliminava com a foice.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

          - Covardes! – Yoruichi xingava os hollows e morria de rir da cara deles enquanto os destruía combinando sua habilidade acrobática e suas habilidades de luta.

          Kira aumentava o peso de cada um até que não pudessem mais se mover e os destruía. Momo atacava com seu imenso conhecimento de kidous e o poder ofensivo de fogo da Tobiume.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

          - Vamos garotos! Não reclamem e acabem logo com essa bagunça – Urahara continuava sorrindo com os olhos ocultos pela sombra de seu chapéu enquanto atacava – não vão deixar que o capitão comandante confie em nós à toa, não é?

          - Cala a boca e trabalha! Nós estamos dando duro também! – Renji se irritou.

          Ele movimentava a gigantesca Zabimaru bankai contra os monstros enquanto Sado os atacava com força bruta.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

          Um grande feixe de flechas incontáveis destruía vários hollows por vez. O quincy atacava com maestria. Os dois shinigamis conseguiam defender com apenas simples golpes das zampakutous sem usar nenhuma tática adicional, resultado dos anos em Hueco Mundo. Quando os monstros pararam de aparecer, Ashido levantou uma questão.

          - Não acha isso estranho?

          - O que exatamente?

          - Pra ser um inimigo tão forte só encontramos até agora corredores estufados de hollows fracos. Isso não parece ser muito mais que apenas alguma coisa para ganhar tempo. São inimigos muito fracos.

          - Aonde você quer chegar? É o que estou pensando?

          - Ele deu aquela ordem para a espada não matar a tenente, mas... eu pressinto que algo terrível está por vir. Talvez... ele não vá realmente cumprir o acordo de deixar a família em paz.

          Pela primeira vez Uryuu ouvia bem a voz da shinigami. Era doce, suave e infantil.

          - Então... ele nos trouxe aqui para nos eliminar pessoalmente... bem diante dos olhos do capitão! – O quincy concluiu o raciocínio.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

          - Você mentiu... trouxe Rukia e os demais aqui apenas para matá-los diante de meus olhos!

          - Como membro da nobreza devo cumprir minhas promessas. Eu disse que não o faria, mas não mencionei nada a respeito de meus subordinados.

          O sangue já manchava os corpos de ambos. Byakuya arregalou os olhos com aquela revelação e sem pensar muito atacou novamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Rosa de Vidro" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.