Uma semana após a minha volta com Bryan e Marissa, íamos ter um fim de semana em Hogsmeade.

Eu estava lavando o cabelo. A água gelada descia cortante pelo meu corpo, fazendo eu acordar rapidamente. Ao terminar o banho, corri para o meu armário escolher alguma roupa bonitinha, quando olho para o lado e vejo uma daquelas princesas dos filmes da Barbie.

- Lizz, aonde você acha que vai? – eu perguntei, de boca aberta.

- À Hogsmeade. – ela sorriu maliciosamente.

- Tradução: encontrar o Fred. Mas calma, você não precisa ir assim, você sabe que ele te acha linda de qualquer jeito, e que não gosta de menina superficial. – eu disse, pegando uma toalhinha que uso para tirar excesso de maquiagem.

- Eu sei, mas hoje eu acordei tão estranha. Olha isso aqui? Olheiras. Uma espinha no queixo... Eu estou mais estranha que o Snape. – ela disse, apontando as falhas no rosto.

- Eu sei que o Fred vai dizer que você é linda, como sempre. – eu disse, passando o pano no rosto dela.

Ela sorriu de leve, e continuou se arrumando, mas sem exagerar. Quando estávamos prontas, descemos e encontramos Fred e Jorge sentados no sofá da Sala Comunal.

- Mooooooorning! – disse Jorge, tirando um sorriso meu.

- Bom dia. – Lizz disse, dando um selinho em Fred.

Ele sorriu pra ela, e ficou observando-a.

- Linda essa sua espinha. – ele riu.

- Ai, não acredito que você percebeu. – ela disse, escondendo o queixo.

Rolei os olhos. Fred tirou a sua mão de seu queixo e abriu um longo sorriso.

- Você não ouviu que ela é linda? Que nem você. – ele disse, abraçando-a.

- Awwwwn! – eu disse, abraçando Jorge.

- Ahem... Eu tenho namorada. – ele disse me empurrando.

- Nhé nhé, não enche. – disse pra ele, mandando língua.

- Ei, ainda temos que ir buscar a Summer. – disse Lizz, puxando Fred até a porta.

- É verdade, vamos. – disse Jorge.

Passamos pela mulher gorda e fomos direto para o caminho que levava à Sala Comunal da Corvinal. Eu e Jorge íamos conversando normalmente sobre o caso de Sirius Black, enquanto Lizz e Fred iam meio que brigando, se beijando, se mordendo... Enfim.

- Ouviram isso? – perguntei, ao ouvir um barulho por perto.

- Ouvi... parece alguém chorando. – disse Fred, tentando escutar mais.

Ficamos em silêncio para tentar ouvir alguma coisa. Soluços eram ouvidos ao longe.

- Ai meu Deus. – exclamou Lizz horrorizada.

- O que foi? – perguntei assustada.

- Summer. – gritou Jorge, que logo saiu correndo, dobrando a esquerda.

Fomos correndo segui-lo. Ele ia em alta velocidade, estava rápido demais para mim. Meu joelho já estava doendo e minha respiração estava falhando. Quando viramos à direita, vimos Summer jogada no chão, chorando como nunca.

- Meu amor, o que h... O QUE FIZERAM COM VOCÊ? – Jorge gritou furioso, e quando cheguei perto, pude perceber o por que.

O braço de Summer estava todo machucado. O rastro de sangue nele tentava dizer alguma coisa, mas eu não conseguia entender o que era.

- Summer, tá sangrando. Quem fez isso com você? – Lizz perguntou assustada, ajudando-a a levantar com Jorge.

- E-eu não sei. Essa pessoa chegou aqui mascarada, sem gravata alguma, apenas com a varinha na mão. Começou a conversar comigo, ela dizia: “Ei, você não é a prima estranha daquela menina mais estranha ainda?”, e riu. Eu tentei me defender, mas logo depois eu estava meio que inconsciente, e ela escreveu “estranha do Pasquim” com a varinha no meu braço. É só o que eu me lembro. Só que depois, começou a doer mais e mais e mais. Já tava ficando insuportável, até vocês me acharem. – ela disse soluçando, enquanto Jorge e Lizz examinavam o seu braço.

- E ainda ta doendo muito? – perguntou Fred, demostrando preocupação.

- Não, quando eu vi o Jorge, ele, bem, parou de arder tanto. – ela disse, corando.

Ele sorriu e a abraçou.

- Venha, vou te levar à ala hospitalar. Vocês podem ir à Hogsmeade sem nós? Vamos depois. – Jorge disse, tentando levar Summer com o maior cuidado.

- OK, veremos vocês lá.

Já em Hogsmeade, no Três Vassouras, estávamos sentados, nós três. Me senti a pior vela do mundo. Tanto faz se Summer e Jorge estivessem lá ou não, continuaria sendo uma vela.

- O que vão querer? – perguntou a Madame Rosmerta.

- Três cervejas amanteigadas. – pediu Fred.

Ela sorriu e se dirigiu ao bar. Ficamos conversando um pouco até as bebidas chegarem. Peguei o meu copo e dei a primeira golada. Delícia. Bem quente, me senti bastante aquecida.

- Oi Emma. – senti alguém dizer e meu coração acelerou. Virei rapidamente e encarei aquele ser que estava falando comigo.

- Draco, oi... Ham... Você quer, ham... se sentar? – perguntei, totalmente perdida.

- Não, não... Eu prefiro sentar em algum lugar onde eu sou desejado. – ele disse, olhando de lado para Fred e Lizz, que se entreolharam. – Eu só passei pra dizer oi. – ele sorriu.

- Ah, bom, oi. – sorri.

Quando ele estava indo embora, Lizz pigarreou. Ele virou e a encarou.

- Se quiser se sentar aqui, pode sentar... Nós não mordemos. – ela sorriu sarcástica e eu ri pra mim mesma.

Ele se sentou ao meu lado, enquanto continuamos conversando. Sentia um peso horrível no ar ao lado em que ele estava, sentindo que ele olhava. Segurava-me com todas as forças para não olha-lo também, já estava agoniada.

- Olha... o casal chegou. – Fred disse, sinalizando com a cabeça para a porta.

Virei-me lentamente e vi eles na porta do Três Vassouras, nos procurando. Levantei o braço, e eles me avistaram. Falando em braço, deixa eu dar uma olhada no braço da Summer. Agora está menos pior. As marcas só estão no braço dela, ainda dizendo “estranha do Pasquim”.

Summer olhou para o Draco e fez uma cara de como se tivesse comido e não gostado. Jorge também não estava muito contente em o ver sentando ao meu lado.

- Oi. – disse Summer sorridente, puxando uma cadeira entre mim e Lizz. Jorge sentou-se entre mim e ela.

- Oi. – respondemos em coro, até mesmo Draco.

Papo vai, papo vem, fiquei de olho em Fred e Lizz, que cochichavam muito um no ouvido do outro.

- Bom, nós vamos bem ali. Encontro vocês em frente a Casa dos Gritos. É pra vocês irem, sem mais, OK? – ele disse.

Concordamos com cabeça, e eles foram embora de mãos dadas. Eu olhei para Draco e ele também me olhou. Comprimi um sorriso e ele também, como se falássemos “pois é”.

- E então, como vão os estudos? – perguntei. Merda, que tipo de pergunta era aquela. Aff, Emma, sua burra.

- Estão indo. Sabe, ainda não chegou no final do ano letivo, mas vão indo bem. – ele disse sorrindo.

Comprimi outro sorriso, e me virei. Estava tensa, muito peso sobre os meus ombros. Dei uma grande golada para terminar a minha cerveja amanteigada. Respirei fundo. Precisava ficar tranquila, mas como? Como com aquele garoto, que eu devia odiar, que eu devia tê-lo como inimigo, sendo que ele me cativava tanto? Foi quando ele posicionou a mão dele na minha, que estava pousada em minha perna. Senti um arrepio, que logo veio me relaxando.

- Senti sua falta nas férias. – ele disse, apertando-a carinhosamente. Sorri lentamente.

- Eu também. – eu disse, entrelaçando nossos dedos.

Ele se aproximava de mim a cada segundo e eu engoli em seco. Eu sabia o que estava por vir. Já não era algo muito bom ter todas as pessoas olhando pra você porque existia um pontinho verde no meio do vermelho, imagine quando uma parte dos pontinhos vermelhos beija o pontinho verde.

Mas ele é tão lindo, eu não consigo resistir. Ele só pode estar me zoando. Eu não conseguia ser feliz com esse garoto a 15 metros de distância de mim, e agora eu não sei feliz sem ele por perto. O que está acontecendo comigo.

Aceitei o desafio. Me aproximei dele também, e fechei a distância entre nós. Juntamos nossos lábios lentamente, certamente para não assustar Summer e Jorge. Mas era tão bom estar com ele, me fazia tão bem. Era como se finalmente, eu encontrasse tudo que eu estava precisando. Ele me completava... ele era tudo que eu sempre quis. Eu sempre tive dois sonhos: namorar um bad boy e um cara que fosse totalmente o meu oposto. Bom, Draco Malfoy era os dois.

Summer pigarreou “femininamente” e eu e Draco nos afastamos, sorrindo envergonhados. Soltei uma risadinha ao ver as bochechas de Malfoy queimarem.

- Nós já estamos indo atrás de Fred e Lizz.

- Vocês vão quer ir conosco, ou vão ficar aí? – Jorge perguntou.

- Não, eu vou. Quero ver o que eles estão aprontando. Você vem? – perguntei para Draco, me levantando.

- Ah, se estiver tudo bem pra vocês... – ele disse baixinho.

Por favor, por favor, por favor, por favooooooooooor! Digam que sim, por favor, eu amo tanto vocês, o deixem ir. Isso sou eu torcendo para que deixem ele ir via pensamento.

- Claro, porque não? – disse Summer.

EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA.

Sorri pra ela com um sorriso Demi Lovato, me levantei e quando olhei a cara de decepcionado do Jorge, ri. Esperei Malfoy se levantar, e quando saíamos pela porta, eu segurei sua mão.

Será que ele vai soltar? Será que ele vai gostar? Ou odiar? Será que eu fiz algo estúpido.

Tum Tum Tum. Esse foi o meu coração batendo quando ele entrelaçou nossos dedos e me deu um beijo na bochecha. Sabe aquela vontade de nunca mais lavar seu rosto? Pois é.

Ai, eu sou uma criança. Mas tudo bem, ainda tenho 13 anos, tenho direito de ser criança, então língua pra vocês, leitores.

Fomos andando, observando o movimento das ruas, das pessoas, olhando as lojas... Quando estávamos perto da Casa dos Gritos, pude ver Fred com um violão na mão e Lizz ao seu lado, sentados em um tronco. Melodia ao longe e quando Lizz nos viu, fez um gesto para Fred parar.

- Oi? – perguntou Summer, desconfiada.

- Oi, gostaria de convida-los a sentar. – disse Fred e eu fiz uma careta.

- Nossa, quanta formalidade. Gostei, gostei, podes crer. – eu disse, imitando um moleque. Lizz revirou os olhos.

- Bom, hoje, antes de você e Lizz descerem, Jorge estava conversando comigo. Sobre você, Summer. – Fred disse. Todos olharam Summer, que parecia espantada.

- Sobre mim? Mas, o que eu fiz? – ela perguntou.

- Você perguntou pro Jorge se era estranha. Ele não soube o que dizer, e vocês tiveram uma pequena discussão. Ele me pediu uma coisa, que ele vai explicar o que é.

Ela se virou pra ele, que mudou de lugar, desta vez estava sentado em frente a ela. Isso vai ser muito bom, olha.

- Summer, irei responder a sua pergunta agora. É, você é estranha. Muito estranha. Às vezes, consegue ser mais estranha que a sua prima. Mas pra você, ser estranha é um defeito ruim? Porque esse defeito, é o que eu mais amo em você. – ele disse e ela abriu um sorriso. – Eu sou estranho também. Ruivo, pobre, maluco, não, maluco não, doido-de-pedra, tipo, lelé da cuca mesmo, mas continuo sendo o seu par perfeito. – Ele disse, fazendo Summer deixar uma lágrima escorrer pela bochecha. Meus olhos marejaram. – Essa é pra você.

Ele balançou a cabeça positivamente para o gêmeo e para Lizz, que assentiram. Fred pegou uma palheta e começou a tocar. Os acordes, as notas, o som do violão... naquele dia de neve, a estação favorita da Summer... eu merecia um namorado como o Jorge, falo mesmo. E então, Fred abriu a boca. Eu sabia que ele ia cantar, digamos que ele não é tão talentoso, mas também não é tão horrível assim.

(N/A: o que está em Itálico é só a tradução, e o em Negrito é o que eles estão cantando)

I remember what you wore in our first day

Eu me lembro do que você usou no nosso primeiro encontro

You came into my life and I thought "hey, you know, this could be something"

Você entrou na minha vida e eu pensei “ei, isso pode dar em alguma coisa”

'Cause everything you do and words you say

Porque tudo que você faz e as palavras que você diz

You know that it all takes my breath away

Você sabe que tudo isso tira a minha respiração

And now I'm left with nothing

E agora eu estou sem nada

Foi quando Lizz, delicadamente, olhou para Fred e abriu a sua boca, e aquela voz angelical saiu.

I remember every look upon your face

Eu me lembro de cada olhar na sua face

The way you roll your eyes, the way you taste

O jeito que você revirou os olhos, o seu sabor

You make it hard for breathing

Você torna difícil respirar

'Cause when I close my eyes and drift away

Porque quando eu fecho os olhos eu vou longe

I think of you and everything's ok

Eu penso em você e tudo fica bem

I'm finally now believing

Agora eu finalmente estou acreditando

Senti lágrimas rolarem dos meus olhos pelas minhas bochechas, e quando olhei para Summer, a mesma aparentava o mesmo. Ela estava muito emocionada. Ouve uma pausa, em que apenas Fred ficou tocando o violão. Eu olhei para Draco, ele me observava, como se quisesse algo.

- Você quer alguma coisa? – perguntei, sem emoção.

- Eu quero que você segure a minha mão. – ele disse, estendendo-a para mim.

Eu o observei por segundos, e então entrelacei nossos dedos mais uma vez naquele dia. E foi quando Lizz e Fred cantaram juntos:

I remember what you wore in our first day

Eu lembro do que você usou no nosso primeiro encontro

You came into my life and I thought, hey...

Você entrou na minha vida e eu disse, ei

Maybe it's true that I can't live without you

Talvez seja verdade, que eu não consiga viver sem você

Maybe two is better than one

Talvez dois seja melhor que um

There's so much time to figure out the rest of my life

Há muito tempo para descobrir o resto da minha vida

And you've already got me coming undone

E você já me pegou enfraquecendo

And I'm thinking

E eu estou pensando

Oooh I can't live without you

Eu não consigo viver sem você

'Cause baby two is better than one

Porque amor, dois é melhor que um

There's so much time to figure out the rest of my life

Há muito tempo para descobrir o resto da minha vida

But I'll figure out with all is said and done

Mas eu descobri com você tudo o que eu disse e fiz

And two is better than one

E dois é melhor que um

Two is better than one

Dois é melhor que um

Os dois sorriram. Bati palmas loucamente, limpando as lágrimas, acompanhada por Draco e Jorge. Summer, ainda limpando as lágrimas, olhou profundamente nos olhos de Jorge.

- É por isso que eu sou tão sortuda. Porque eu tenho tudo que eu sempre quis, tudo que eu preciso aqui comigo. Você é tudo, Jorge. E eu te amo. – ela disse, abraçando-o.

Opa. Summer nunca havia dito isso pra ele. Os dois estavam se declarando. Eu estava vendo isso mesmo?

- Eu te amo muito mais, princesa. – ele disse, roubando-lhe um beijo.

Eu e Lizz nos encaramos, na maior vontade de gritar e pular, porém apenas sorrimos forçadamente. Fiz um sinal para Fred, com o qual ele entendesse. Assentiu e se levantou, estendendo a mão para Lizz. Ela aceitou, e quando estava se levantando, ele atacou com mil beijos e mordidas. Acho que todo casal a minha volta é perfeito... E o Dremma? Mesmo não sendo um casal, era perfeito?

Senti uma mão acima estendida, e um sorriso sob mim.

- O que está pensando, mestiça? – perguntou divertido.

- Se eu te contasse, teria que te matar. – respondi rindo, segurando a sua mão e me levantando.

Ele me abraçou por trás, e andamos meio desajeitados até o casal maluco que ficava se mordendo no meio de todo mundo.

- Porque vocês não vão para um quarto? – perguntei e Draco sorriu. Pude sentir em minha orelha. Lizz mandou-me língua.

- Vamos para o castelo? – perguntou.

- Uhum. – concordou Fred. – Mas antes, deixa eu perguntar... Ele vai? – ele perguntou, olhando para o Draco.

- Pro castelo? Bom, ele meio que estuda lá sabe. – respondi desgostosa.

- To dizendo pra nossa Sala Comunal. – Fred continuou.

- Não, vou pra minha Casa mesmo. Afinal, não quero ficar olhando pra cara do Harry. – ele disse.

Ouvi risinhos e olhei para trás, descontraidamente. Pansy e sua quadrilha. Meninas patricinhas, mesquinhas e sangues-puras, tudo da Sonserina. Mandou um tchauzinho para o Draco, e um beijo. Ele a olhou dos pés a cabeça, e me deu um beijo na bochecha. Ela abriu a boca aterrorizada, e saiu batendo o pé. Não aguentei, tive um ataque de risos e o abracei.

- Você é lindo. – disse, morrendo de tanta timidez.

- Olha o sujo falando do mal lavado. – ele respondeu. Poxa, se com isso ele quis dizer que eu conseguia ser mais bonita que ele, então eu era uma deusa, porque né.

Fomos para Hogwarts. Eu podia ouvir de longe a briga entre Fred e Lizz por causa de mim e de Draco. Ela nos defendia, dizia que ele não devia ter agido daquela maneira, que eu gostava muito do Draco e ele tinha que entender isso... E Fred nem sabia o que responder, enrolava completamente.

- Bom, chegamos. – eu disse, me virando para Draco.

- Te vejo no jantar? – ele perguntou, enlaçando seus braços em minha cintura.

Concordei com a cabeça, enlaçando os meus braços envolta de seu pescoço

- Uhum. E olha, eu sinto muito pelo que o Fred disse. Sinto mesmo. – disse, mas fui interrompida.

- Relaxa. Cara, Crabbe e Goyle estão todos diferentes comigo, porque agora, andando com você, eu ando com sangues-ruins, Weasleys, amigos do Potter, grifinórios e entre outros. Eu to perdendo minha popularidade por sua causa. – ele disse, fazendo uma cara muito engraçada.

- Então tá, vai lá com o Crabbe e com o Goyle, aproveita e vai com a Pansy também. Afinal, ela é da mesma casa que você e é muito má. – eu disse, mordendo o lábio inferior.

- Ah ta, como se eu fosse doido de trocar Emma Underwood por dois gordos burros que só pensam em comida, e uma patricinha que se joga pra cima de mim e jura que pode ter algo comigo, quando eu só tenho olhos pra outra. – ele disse e eu sorri.

- Nossa, delícia, assim você me mata. – cantei baixinho e ele gargalhou.

Aproximou-se. Senti mais uma vez o sabor da boca de Malfoy, que tanto me atraía. Soltei-o e o abracei.

- Vou entrar. Até mais. – disse, virando-me para a Mulher Gorda.

- OK. – ele disse, ficando parado ali, me observando.

Fiquei um tempo parada esperando que ele fosse embora, mas ele simplesmente não ia.

- Ahem, Ahem. – pigarreei, alto o suficiente para que ele ouvisse.

- Pode ir. – ele disse calmo.

- Draco, eu preciso dizer a senha. – disse e ele arregalou os olhos.

- Ah é, disfarça. – disse rindo, virou-se e foi embora.

Respondi a senha correta, e entrei. Aquele momento que você vê seu irmão, na sua Sala Comunal, com a sua amiga, Marissa, se beijando.

- Merlin. – disse aterrorizado.

- Ops. – ela disse, escondendo o rosto envergonhada.

Bryan foi até o meu encontro e me puxou para um canto.

- Eu ia te contar, é que...

- Que bom que você está com ela. Eu já sabia, só estava esperando isso. A verdade é que ela é a garota perfeita pra você, inteligente, linda, uma ótima menina e se você a magoar mais uma vez, EU – TE – MATO. – disse, fazendo-o entender. Ele apenas concordou a cabeça.

Puxei Bryan pelo pulso e fui até o sofá onde Marissa estava sentada. Fiz sentar-se em um lado, e eu no meio, olhando diretamente para Marissa. Encarei os dois por alguns segundos, e juntei suas mãos.

- Vocês tem a minha benção. – respondi pomposa.

E quando estava indo embora, Bryan correu ao meu encontro, puxou o meu braço e me virou com tudo.

- Emma, perai. – ele disse.

- O que foi? – perguntei, fingindo que nada tivesse acontecido.

- Você e o Draco também tem a minha benção. – ele disse, sorrindo.

Abri um largo sorriso e o abracei, fortemente.

E saindo pela porta, andando pelos corredores de Hogwarts, chegando ao Salão Principal, e olhando para Draco, do outro lado do Salão, rindo com os amigos, se divertindo, soltando aquele riso que faz meu coração parar e voltar no mesmo segundo, eu percebi.

Eu percebi que em um mundo cheio de erros, ele era o certo. Ele era tudo o que eu precisava. E lembrando de quando ele disse que eu era linda, meu coração se movimentou. Cada palavra em minha mente é como uma estrela cadente, assistindo as sombras queimarem na escuridão. E eu estou apaixonada e sim, estou apavorada pela primeira vez e a última vez em minha única vida.