Teenage Dream escrita por Nikki


Capítulo 1
Cap. 1 - Londres




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POV Rebeca

Hoje era o grande dia. Meu estomago tava que não se agüentava de tanto se revirar de ansiedade, medo ou sei lá o que.

Ansiedade por chegar logo, e medo, talvez pelo o que eu possa encontrar. Medo de não conseguir o que eu tanto desejo, isso se eu desejo alguma coisa, porque agora, não sei de mais nada, a não ser que daqui algumas horas, eu vou estar em um lugar totalmente desconhecido pra mim, e sozinha, literalmente.

Nem me apresentei né?! Bom, meu nome é Rebeca, como vocês já viram ali em cima, tenho 17 anos, acabei de terminar o ensino médio, e o meu inglês, e agora eu vou realizar o meu grande sonho, que eu nem sei mais se é meu grande sonho.

Como eu já disse ali em cima também, vou estar em um lugar totalmente desconhecido pra mim, Londres. E pra dramatizar, sozinha, literalmente. Na verdade verdadeira, eu não vou estar sozinha, porque eu vou fazer intercambio lá. E vou ficar na casa de uma família que não me lembro qual é. Só sei que é um casal que tem somente uma filha, com a minha idade, e que eles também são brasileiros, mas se mudaram pra lá, quando a garota tinha 13 anos. Só espero que ela não seja chata, porque eu não iria aguentar. E como boa escorpiana, não tenho paciência e pularia no pescoço dela.   

Estava terminando de arrumar as malas. Nos últimos dias, fiz muitas compras. Eu tinha que renovar meu guarda roupa. Tá, vocês devem estar achando que eu sou uma daquelas garotas que só se importam com compras, compras e mais compras, ou seja, uma patricinha chata e metida.

Mas eu não sou. As aparências enganam gente, e eu aposto que se qualquer uma fosse passar um ano fora, não gostaria de fazer umas comprinhas pra causar boa impressão, ou sei lá. Eu amo compras e aproveitei mesmo. Ainda bem que meu pai me deixou gastar quanto quisesse, só nem quero saber como ele vai pagar tudo isso.    Mas se ele deixou, porque não aproveitar?

Voltando, renovei total o meu guarda roupa, e acabei tendo que comprar mais malas pra levar, e aqui estou eu terminando de guardar as ultimas peças de roupa. Está de madrugada aqui, deve ser uma hora da manhã, a viagem vai demorar em torno de onze horas, sem escala, e meu vôo é às 08:00 da manhã. Tá, vocês devem estar pensando, ‘você é louca? Poderia dormir mais um pouco’. Bom, sim, eu sou louca, e não, não poderia de tanta ansiedade, ou medo. Pra começar, eu nem dormi, e eu ainda tinha algumas coisas pra arrumar. E também, eu demoro pra me arrumar. Não é que eu demoro, eu apenas não tenho pressa.

Depois de uns minutos, acabei de guardar as coisas, mas só por precaução dei mais uma olhada pra ver se não estava esquecendo nada, e depois de ter certeza, fui tomar meu banho.

Demorei uma hora e meia no banheiro, e quando saí fui direto escolher uma roupa. Peguei uma calça jeans, uma camisetinha branca do Mickey e um tênis. Me troquei, mas deixei o tênis pra depois, e fui dar um jeito no meu cabelo. Sequei e passei a prancha pra ficar mais liso, sem armar. Mais liso, porque o meu cabelo já é liso, só que ele arma um pouquinho, e pra isso não acontecer, passo a prancha e depois um óleo reparador.

Passei uma maquiagem leve, e calcei os tênis. Me olhei no espelho que pegava uma parede quase inteira do meu quarto e fiquei satisfeita com o que vi. Nada pesado, básica e bonita (sem querer me gabar né gente, mas eu preciso me achar bonita, senão eu não seria um tantinho feliz). Olhei o relógio e já eram 06:20 da manhã.

Nossa, eu demorei tanto assim pra me arrumar? Eu hein! Eu sabia que eu demorava, mas não sabia que era tanto. Sai do quarto e levei as malas pra sala, no andar debaixo. Eu já disse que moro em um sobrado? Não? Pois é, eu moro. É bem grande, e em um condomínio fechado, algumas pessoas falam que eu sou rica e tudo mais, mas não sou, só tenho um pouquinho mais de condição que outras pessoas.

Voltei para o andar de cima e fui acordar meus pais, pois eles me levariam ao aeroporto, e eu teria que estar lá uma meia hora antes, pra fazer o check-in, não sei. Às 07:10, saímos de casa, eu, meus pais e minha irmã mais velha.

Chegamos ao aeroporto, 15 minutos depois e meu pai foi fazer o check-in pra mim. Minha mãe e minha irmã choravam, mas eu não sei por quê. Vou estar logo ali, e ela chorando... Fazendo um drama só.

Tá, eu sou assim mesmo, insensível se quiserem ter certeza, mas eu não sou de chorar assim. Eu vou sentir saudades, mas não sou daquelas pessoas de ficar mostrando o que sente, por isso pareço estar fria. Minha mãe me abraçou e ficou me dizendo o que fazer e o que não fazer, tomar cuidado e esses tipos de coisa que mãe diz quando o filho ou filha vai viajar, ficar fora por um tempo.

A voz anunciando o meu vôo soou. Meu pai já tinha voltado e estava tentando fazer com que minha mãe me largasse. Com muito esforço, ela me largou e eu consegui respirar com mais facilidade. Me despedi dos meus pais e da minha irma, e segui em direção à sala de embarque, entregando minha passagem a moça que estava na porta, e seguindo dentro daquele negocio que dá pro avião, eu não sei o nome, mas é um túnel.

Procurei o meu lugar e me sentei, esperando para que os outros passageiros entrassem e o avião decolasse. Depois de 15 minutos, o avião decolou, e uma garota que parecia ter uns 19 anos estava sentada ao meu lado.

Descobri que o nome dela era Rachel e que estava indo para a Irlanda fazer intercâmbio, tinha 20 anos, e iria ficar um ano lá. Ah, e ela ficaria na casa de uma prima dela. Ela disse que ama McFly, e quando eu ouvi isso, nós duas não paramos mais de falar. Foi quase a viagem toda falando em como eles são lindos, fofos e tudo mais. Ela acha o Harry tudo de bom, e pelo que disse, se ela encontrasse com ele na rua, era capaz de agarrá-lo pra nunca mais soltar. Já eu prefiro o Danny. Aqueles olhos, aquela carinha de quem não tá entendendo nada... Ai, caramba.

Falamos tanto, que acabamos dormindo de tão cansadas. Depois de um tempo, senti alguém me cutucando e escutei uma voz ao longe chamando meu nome.

- Becca, acorda. Já chegamos. – era Rachel.

Abri os olhos sonolenta.

- Vamos, chegamos. – me levantei. – Faz uma meia hora que eu to te chamando. Você dorme, hein?! –

Olhei pra ela, somente para vê-la com uma cara travessa.

- Ah é?! Então porque as pessoas ainda estão saindo? – a olhei interrogativamente, caminhado para sair do avião, pois ainda havia muitas pessoas saindo.

- Ah, isso é porque elas também demoraram a acordar. – respondeu naturalmente.

Começamos a rir. Saímos do avião e comecei a procurar pela minha nova família. Ao longe, vi um homem e uma garota baixinha, segurando um cartaz enorme laranja fluorescente, com o meu nome escrito em preto, e estavam olhando por cima das cabeças procurando por mim.

Despedi-me da Rachel, que teria que procurar a prima que viria buscá-la, quando apontei para aqueles dois que agora estavam pulando tentando ver por cima das cabeças dos outros, disse que teria que ir.

- Até mais Rachel. Espero nos encontrarmos por aí. – disse com sinceridade.

- Até a próxima Becca, e me liga ok?! –

Nos abraçamos e cada uma seguiu seu caminho. Fui em direção à família, que eu acabei de me lembrar que o nome do pai é Silvio, e da filha é Shyned Bertani. Eram só os dois, pois a mãe da garota, se separou do pai dela, logo que chegaram à Londres, e ela voltou ao Brasil.

Quando cheguei perto, a Shyned já pulou no meu pescoço me abraçando. Tipo, que garota doida, eu nem a conheço e ela já me abraça? Eu fiquei parada, surpresa com a atitude dela.

- Shyned, vai com calma. Vai assustá-la. – disse o pai dela tirando-a de cima de mim.

- Desculpa, Rebeca não é? – perguntou a garota.

- Sim, e você é a Shyned, certo? – retruquei.

- Certo. Me desculpe pelo meu surto, geralmente eu começo a falar coisas idiotas, mas dessa vez foi diferente, eu me segurei, quer dizer, acabei soltando de outro jeito. – riu sem graça.

Sorri. Ela parecia ser legal. Pensei que como era filha única, seria metida e mimada, mas pelo que parece, o pai dela a criou muito bem. Apesar de os dois parecerem super malucos. Acho que eu vou gostar muito de passar esse tempo aqui.

Depois das apresentações... Ah, esquece as apresentações, não teve nenhuma formalidade. Eles só começaram a conversar comigo, e enquanto conversávamos começamos a andar em direção ao estacionamento do aeroporto.

Entramos em uma Pajero Dakar preta, e seguimos em direção à casa deles. Shyned foi conversando comigo o tempo todo, e descobri que ela tinha namorado, mas ela não quis falar pra mim quem era, e também que o carro dela era uma Hilux SW4 branca. Ah, e o pai dela era psicólogo.

Chegamos na casa depois de 20 minutos. Era uma casa enorme, e linda. Entramos, e a Shyned me mostrou a casa inteirinha, e depois os dois me levaram para a garagem, me perguntando se eu sabia dirigir. Apesar de ser menor de idade e não poder dirigir no Brasil, eu acabei precisando aprender a dirigir, pois não queria e nem podia ficar dependendo dos outros, então meu pai me ensinou. Disse isso tudo a eles, mas fiquei curiosa do porque me perguntaram, e descobri assim que chegamos à garagem.

Tinha um Santa Fé com um laço vermelho enorme em cima. Fiquei de boca aberta, mas será que é o que eu to pensando?

- É seu. – o pai da Shyned disse estendendo a chave na minha direção.

Saí do choque e peguei a chave de sua mão, indo em direção ao carro, o ligando e sentindo o motor. Quer dizer, nem dava pra sentir direito, de tão silencioso que era.

- Meu Deus, meu Deus, meu Deus. Amei, amei, amei. Tá, eu preciso parar de repetir as coisas três vezes. Muito obrigado mesmo. – abracei-os. – Eu vou adorar ficar aqui com vocês esse ano.

- Nós também. – disse a Shyned no momento em que seu celular começou a tocar. – Com licença.

Ela atendeu, e logo voltou dizendo que seu namorado estava chegando com seus amigos. Fiquei super curiosa pra saber quem era o ser tão misterioso de quem ela tanto tinha me falado.

Dez minutos depois a campainha tocou, e a Shyned foi atender. Eu estava na sala com o Silvio jogando guitar hero, quando ouvi vozes e me virei pra saber quem era. Paralisei.

Eu não acredito. Ela só pode estar brincando comigo.

Link roupa Rebeca:

http://www.polyvore.com/cgi/set?id=35977371&.locale=pt-br

Continua...

***

Oi geente. Mais uma fic, e espero que voces gostem. Bom, esse capitulo ficou um pouco grande, mas nao achei justo parar antes. Entao, é isso. Review's? Até depois de amanha. Ah, entao, ainda nao sei, mas acho que eu vou postar dia sim dia nao, afinal tenho que cuidar da outra fic tambem née?!

Beeijo, Rebeca


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