POV Rebeca

***

Eu passei meus braços por seu pescoço. Minhas mãos agarravam seus cabelos e arranhavam sua nuca, enquanto Danny estava com as mãos passeando pelo corpo.

Passava minhas mãos por seu abdômen definido, sentindo a rigidez de seus músculos, e arranhava as suas costas. Danny passava suas mãos nas minhas coxas, passando pela minha bunda, pela minha barriga, indo para os meus seios, onde massageava. Gemíamos um na boca do outro.

Eu não estava nem aí pra nada. O que me interessava era que eu estava ali com Danny Jones, e nada mais.

Danny parou, colocando a cabeça no vão do meu pescoço.

- Acho melhor a gente parar, senão eu não vou conseguir parar depois e aí não vai ter mais volta. -

- Tudo bem, também acho melhor. – respondi.

Danny deitou-se ao meu lado, e eu apoiei novamente a cabeça no seu peito, dormindo um tempinho depois.

***

(...)

“Eu estava tão feliz. Não, eu não estava namorando o Danny. A gente ainda tava saindo, e hoje eu e a Shy ia num show deles, que fazia parte da turnê que eles iam fazer. Esse seria o primeiro show da turnê pela Europa, e eles ficariam fora por uns 3 meses.

Eu ia sentir saudades, mas fazer o que? Eu estava terminando de me arrumar, quando bateram na minha porta.

- Pode entrar. -

- Berréca, tá pronta? – Shyned perguntou.

Ela estava com um vestido curtinho tomara que caia preto, e um peep toe laranja. Eu estava com um vestido de alcinha azul marinho, marcado na cintura, rodadinho no meio das coxas, e nos pés uma ankle boot preta.

- To terminando. Me ajuda aqui com a maquiagem? -

- Claro. -

Ela passou um pouco de pó e blush no meu rosto. Nos olhos marcando-os, sombra preta esfumaçada. Nos lábios, batom da cor da boca.

- Prontinho. Você tá linda. – disse me indicando o espelho para que eu visse como havia ficado.

- Obrigada amiga. Agora eu to pronta, e a propósito, você também tá linda. – elogiei-a saindo do quarto acompanhada por ela.

O show começaria às 23:00, mas eu e a Shy iria mais cedo pra ‘dar uma força’, segundo Danny, pros garotos antes do show.

Fomos no meu Santa Fé. A Shyned não queria dirigir hoje, então sobrou pra mim. Chegamos no local do show, era 21:30. Não havia muita gente... Mentira, tinha um monte de meninas gritando ‘McFly’, e segurando cartazes com os nomes dos garotos.

Estacionei o carro a uma distancia segura das fãs, vai lá saber do que elas são capazes de fazer. Eu tenho medo, apesar de que, acho que elas não sabem que eu to saindo com o Danny.

Descemos do carro e entramos por uma porta aos fundos do local, que eu nem me preocupei em saber qual era, só queria ver o meu Danny. Seguimos por um longo corredor, viramos a direita, a esquerda, depois.... ah, eu achei que já tinha me perdido de tanto que virava naquela joça, mas a Shy parecia saber o caminho, porque chegamos a uma porta com o escrito “McFLY” em preto e branco.

Entramos sem bater e vimos os meninos conversando. Harry e Tom estavam sentados no sofá. Danny e Dougie espalhados no chão. Entrei primeiro, e a Shy bateu a porta assustando os garotos.

Imediatamente Shyned pulou em Dougie beijando-o, e Danny se levantou vindo na minha direção e me beijando.

- Oi. – sussurrou encostando nossas testas e sorrindo.

- Oi – respondi.

- Tava com saudades. Pensei que vocês não iam vir. – dramático? Não, imagina. Sorri com isso. Era bom saber que eu não era a única com saudades aqui.

- Eu também estava com saudades. Como você pôde pensar isso? Eu não seria louca de faltar a um show de vocês, ainda mais sendo esse o primeiro de uma turnê de três meses e que vou ficar um tempão sem ver o meu integrante favorito. – respondi brincando com a gola da camiseta preta dele.

- Mas não vamos pensar nisso. Ainda temos mais dois dias pra aproveitar. – sorriu e me puxou pela mão até onde os outros estavam.

Ficamos conversando até que desse a hora do show. Tinha uma mesa cheia de doces, e eu não resisti. Peguei uma barra de chocolate branco e me sentei no meio das pernas do Danny, no chão, e abri.

Percebi um olhar em mim enquanto comia, e percebi que era Danny, parei antes de colocar na boca o terceiro quadradinho e olhei pro meu lindinho, somente para vê-lo se aproximar e morder o pedaço de chocolate.

Já disse que adoro aquela boca dele? Então, eu adoro a boca dele.

Fiquei hipnotizada, porque ele passou bem pertinho da minha boca, só pra morder um pedacinho do chocolate. Ele viu como eu estava e por isso me deu um selinho, se afastando sorrindo.

- Hey, não vai querer mais chocolate? – perguntou me acordando do transe.

- Ahn?! Ah, mas é claro que vou. É pecado recusar chocolate. – respondi mordendo o chocolate na minha mão.

Levantei-me pra beber um pouco de água, e voltei me sentando, desta vez, ao lado do Danny. Cruzei as pernas, e coloquei o chocolate que já estava no finalzinho no meu colo, tomando cuidado para não sujar o vestido. Como o vestido era um pouco rodado, mais solto nas pernas, não tive problemas em sentar do jeito que eu queria.

O chocolate estava delicioso, tanto é que no último quadradinho, acabei fechando os olhos. Amo chocolate e não vivo sem eles. Fui pega de surpresa por aqueles lábios que eu tanto amava nos meus.

Abri os olhos e Danny se afastou sorrindo.

- Linda. – sussurrou.

Até aquele momento tinha me esquecido dos outros, e parecia que eles tinham feito questão de nos esquecer também. Começamos a conversar com o pessoal, e ficamos falando besteiras até o agente dos meninos, entrar no camarim anunciando que eles entrariam em 15 minutos.

Os meninos pegaram seus instrumentos e fomos para o palco. Quer dizer, eu e a Shy iríamos ficar atrás do palco. Danny entrelaçou sua mão na minha, e fomos andando na frente dos outros.

Ficamos atrás do palco até dar a hora dos garotos entrarem. Eu estava com um pouco de medo, sei lá por que. Só estava um pouco preocupada, não sei com o que.

- McFLY, 5 minutos. – anunciou um carinha com uns fones gigantes na orelha.

- Eu to nervoso. – Danny disse.

- Mas por quê? – perguntei.

- Ahn... Bem, você vai saber. – disse no momento em que o mesmo carinha de antes apareceu de não sei aonde dizendo pros garotos irem pro palco.

O show foi demais. Eu nunca tinha ido a um show do McFly antes, e eu adorei. Na verdade, não tirei os olhos do meu Danny.

Shyned e eu cantávamos todas as musicas que eles tocavam. Até que no final do show, antes de tocarem a ultima musica, Danny agradeceu a todos os presentes e fez uma coisa que eu não esperava.

- Eu queria agradecer a todos vocês que estão aqui hoje. Mas eu queria fazer uma coisa antes de tocar a ultima música. Eu gostaria que uma pessoa viesse até aqui. – disse virando-se na minha direção. – Rebeca, por favor, venha até aqui. -

Aquele holofote gigante veio parar na minha cara. Merda Danny, o que você quer fazer? Resolvi ir logo.

Peguei a mão que ele estava me oferecendo.

- Rebeca, quando te vi pela primeira vez, fiquei hipnotizado com a sua beleza. Me apaixonei por você naquela noite e não sabia. Descobri que te amo, mas não queria aceitar. Hoje eu resolvi fazer o que eu tanto queria. EU TE AMO, e eu quero que você seja minha namorada. Aceita? – quando terminou eu já estava me derretendo em lágrimas. Ainda bem que a maquiagem é a prova d’água.

- OMG Danny, você é maluco. – disse sorrindo. – Mas é claro que eu aceito ser sua namorada. – completei sorrindo, e ganhando um beijo de tirar o fôlego. – Eu te amo. – sussurrei contra seus lábios.

(...)

Acordei no outro dia com a claridade no quarto. Eu não estava sozinha. Tinha um corpo embaixo do meu. Abri os olhos e levantei a cabeça, vendo que Danny já estava acordado.

- Bom dia. – murmurou sorrindo e me dando um selinho.

- Bom dia. – respondi. – Danny, não faz isso. Eu acabei de acordar e devo estar horrível agora. -

- Que nada. Você tá linda. – e me deu mais um selinho. Ficou me olhando, mas depois de alguns minutos disse. – Precisamos levantar. Eu to cheio de fome, sem falar que eu tenho que ir pra gravadora daqui a pouco.

Olhei no relógio do criado mudo, e vi que eram 8:00 hrs.

- Eu não quero levantar. – resmunguei me agarrando mais a ele, que riu.

- Mas tem, quer dizer, pelo menos eu, mas como eu não quero levantar sozinho, você vai comigo, ah, e vai pra gravadora também. – disse.

- Como assim eu vou pra gravadora? -

- Você vai porque eu quero você junto comigo. Você faz parte da minha vida agora, e precisa me acompanhar em, pelo menos, quase tudo. – sorriu torto.

Continua...