Pensando em Você escrita por maabello


Capítulo 1
Pensando Em Você


Notas iniciais do capítulo

ATENÇÃO!!! A fic é dividida entre o presente e as lembranças de soul TODOS semparado por este símbolo: (~~~~~~0~~~~~~), se algumas fala estiver estrnha ou parecer ter erros lembre-se!!! E a menste do soul, escrevi como ele pensaria e sentiria.



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-Você quer parar de olhar as coisas com olhos tão sóbrios?

O pequeno demônio disse arrumando os botões de seu terno.

Ele não estava dizendo isso porque ele estava preocupado, ele estava dizendo isso porque ele cresceu entediado com seus pensamentos analíticos e o raciocínio frio.

Eles eram, afinal, os dois lados da mesma moeda.

Soul estava sentado em uma cadeira flutuante em um poço vazio de pura escuridão, iluminado apenas pela luz que saia do quarto preto atrás dele.

Ele estava vestindo um terno de risca giz preto, como todas as outras vezes.

- Não olhe para as coisas de modo tão objetivo, Soul, isso leva embora a diversão da vida.

Ele sabia que estava errado, mas ao mesmo tempo ele sabia que estava certo.

Seria um erro tremendo olhar o mundo com outra coisa alem do que a lógica fria.

Mas também seria uma vida muito agradável e terrível se ele o fizesse.

Sua frieza era penas um pretexto, no inicio, uma razão do por que ele parecia tão apático.

Não era uma razão muito boa, honesta, mas as pessoas tendem a não pensar, e Soul estava bem com isso.

Ele não precisava de ninguém.

Ele certamente não precisam de família - ele realmente nunca teve uma para começar. Talvez por isso ele não precisa de uma: se você não provaram o calor de uma família, você não poderia deseja-lá, certo?

Amigos? Eles eram substituíveis.

Amantes? Eles eram substituíveis, também. E um aborrecimento.

Ele só precisava de si mesmo.

Pelo menos, pensou ele.

Então ela veio e mudou todo o jogo.

Mas antes, ele era um monstro sem coração.

Um demônio.

Bem como a mesma coisa que sorrateiramente estava entrando para dentro da sala e observando o filme de suas memórias que ele tinha que compartilhar

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-Isso foi... Foi horrível!

Pode ser ruim,sim, mas horrível? Não são palavras muito duras para se usar? Ele tem apenas nove anos, certamente sua música não é tão ruim como eles estão dizendo certo?

-Volte para o seu quarto Eu quero que você estude essa partitura para piano aqui -. E quando você memorizá-lo, volte para mim e a toque.

Memorizar.

Que foi fácil.

Isso era tudo que ele fez.

Memorizar, decorar, decorar.

-Agora, eu quero que você me escrever uma canção. Você deve toca-lá para todos nós durante o jantar em família no mês que vem no lugar de Wes.

O que?

-Eu sei que você está nervoso, mas tenho certeza de que você possa fazer isso.

Não, ele estava errado.

Ele teria que compor sua própria música?

Ele não conseguiria.

-Tenho certeza de que sua mãe ficaria orgulhosa.

Isso foi golpe baixo.

Não era justo. Ele não pode compor uma música, ele não era talentoso como Wes. Ele só podia memorizar, decorar, memorizar e recitar até a última nota como o bom menino que ele foi treinado para.

Mas ele não pode compor uma música, por que, para ele o sentido da música estava errado. Ele não consegue expressar as emoções porque elas estavam todas erradas também. Ele não pode trazer nenhuma felicidade de dentro dele.

Ele não é uma criança feliz.

- Se apresse, você tem trinta dias.

Maldição.

Por quê? Ele não pode compor uma música. É horrível. É terrível.

É a pior merda do mundo e todos eles sabem disso.

Mas se todos sabem, por que eles insistem em fazer-lo criar ao menos uma folha de música?

Mas suas esperanças se levantam.

Talvez ele tivesse melhorado?

Talvez toda aquela memorização tinha feito algo surgir nele.

-Se você precisar de alguma ajuda pergunte ao seu irmão ou a mim. Ele vai te ajudar tenho certeza, mas não o incomode muito, Wes está muito ocupado com seus próximos concertos.

Certo... Por que Wes era a jóia da família.

Wes era perfeito.

Wes era tudo o que ele não era.

-Sim, pai...

Quando ele finalmente mostra o fruto de todo seu trabalho as pessoas apenas suspiram, assustadas.

Ele sempre acabe decepcionando alguém.

- Soul, para seu quarto, agora.

Sua música não era boa.

- Eu disse agora Soul.

Ele não era bom o suficiente, ele era uma merda.

- Agora Soul Evans!

 

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- Que lembranças perturbadoras você tem ai, Soul.

Soul abre um dos olhos, olhando friamente para o monstro que o assistia com curiosidade. Ele estava sentado em cima do pianos, do tamanho de uma boneca, lendo as memórias fragmentadas que atravessavam seu ser e que se chocou contra sua consciência em uma onde de desespero e tristeza.

 

Ele fechou os olhos novamente.

- Eu consigo ver agora....

Ele fingiu não ouvir, sabendo o que estava por vir.

- Você estava sem talento antes, assim como está sem talento agora. O única razão de você ter começado alto foi por causa daquela garota... Maka Albarn, não é? É uma pena que você esteja trazendo ela para baixo junto com você...

Ele jogou a cadeira no demônio. Um ataque direto.

Não era verdade. Ela era forte, corajosa, valente, inteligente - ela era o oposto, mas o albino não tinha nenhum ressentimento sequer.

- Cala a boca.

Soul sussurrou ferozmente. Tinha que haver uma razão para que o diabinho estivesse falando com ele, o Oni estava planejando algo;algo que ele temia.

- Não importa o que você esteja pensando em fazer, desista. Eu vou acabar com seu plano antes que você o coloque em ação.

Os olhos dourados encaravam os escarlates com uma raiva muito aparente.

- Que terrível de você Soul - o demônio estalou a língua em decepção - Para assumir o pior em mim.

Soul zombou.

- Assim como você assume o pior de todos. Assim como você assumiu que Maka Albarn era meramente uma teimosa, uma menina obstinada e fútil.

O albino jogou outra cadeira, dessa vez com tanta força que ela partiu-se.

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-Mn, Soul ? Você acha que todas as minhas coisas vão caber aqui?

Claro que não.

Ela provavelmente tinha tanta merda com ela que nem mesmo se juntassem seus quartos iria caber tudo.

Mas ele não disse nada. Não seria legal se ele dissesse o que pensava, provavelmente depois iria ser atingido com um livro na cabeça denovo.

- Haha! Acho eu estou um pouco paranóica, huh? Eu esqueci que não tenho muitas coisas.

É inquietante.

Uma escrivaninha, uma estante de livros cheia até a borda, uma cama, uma luminária, um notebook e um armário cheio de roupas, na sua maioria composta de uniformes simples e dois pares das mesmas botas pretas que ela tinha.

Que droga era aquela?

As meninas não tem mais coisas que isso?

Meninas não carregam sacos e sacos de maquiagem, roupas, sapatos e outras coisas?

Onde estavam as montanhas de sapatos?

Onde estavam as coleções de revistas femininas?

Ela só possuía livros didáticos e romances. Prateleiras cheias deles. Sem contar que alguns livros até mesmo o interessavam.

Por que ela era tão... Diferente?

Ele supôs que não deveria ter ficado tão surpreso, ele sentiu que ela era especial e única para ele no dia em que ele ouviu o chamado de sua alma naquele dia.

- Vamos fazer um acordo, eu cozinho um dia e você no dia seguinte. Dessa forma estaremos iguais.

Iguais...? Ela via ele como uma pessoa igual?

A estúpida sem peito queria que eles estivessem no mesmo degrau?

Que coisa nada maneira... E ingênua.

- Puxa, eu só estava dizendo, você sabe! Não precisa fazer essa cara.

...Cara? Ele não estava fazendo nada, longe disso.

-Okay! Agora que já resolvemos isso eu vou fazer a lição de casa, lembre-se de fazer a sua também, certo? Eu vou fazer o jantar hoje e te chamo quando estiver pronto ta?

Ele pensava que as meninas só estavam preocupadas com sua aparência. Como sua mãe, isso sempre foi a coisa mais importante para sua mãe. Depois veio Wes, seu marido e em o cachorro da família, claro que o trabalho também, então ele.

Ele se perguntou por que esta menina tão estranho estava todos os estereótipos em que ele acreditava.

-Ah... E Soul?

Pelo menos ela provou uma certa crença, garotas realmente falavam muito.

-Sobre a semana passada, quando você estava tocando piano...

A sala tinha ficado gelada.

Ele sentiu o corpo enrijecer, como se um balde de neve tivesse caído sobre si.

-... Foi lindo.

O que?

-Você é muito talentoso, sabia disso?

Não, ela estava errada. Totalmente errada.

O que estava acontecendo com essa garota? Por que ela é tão estranha? Por que ela é tão original e extrovertida?

Sentia-se mais frio agora, mas essa sensação gélida se dissolveu-se um um calor aconchegante que ameaçava consumi-lo.

Agora ele se sentia muito quente. Seu olhar era doce, seu sorriso muito grande e seu olhos mostravam a verdade de suas palavras brilhando genuinamente.

- Voce deveria tocar algum dia de novo para mim! Eu realmente iria adorar!

Por que essa menina estava quebrando todas suas crenças tão facilmente?

Por que ele não se sentia frio como sempre foi?

- É verdade, você sabe, eu não entendo muito de música, mas eu achei você muito bom, você que compôs não foi?

Sim... Mas por que Maka não a achou horrível?

Mas que merda havia de errado com ela? Ele pensou que a conexão que sentia por ela era apenas algo técnico, de arma para mestre, não esse laço que ele estava sentido.

-Você vai tocar pra mim de novo... Né?

Não! Não! Não!

-Oh, tudo bem se você não quiser.

Pare de soar tão desapontada!

Por que ela tem que parecer tão magoada?

Droga!

- Mas, eu ainda acho que você é muito bom.

Por que ele começava a creditar no que ela dizia também?

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-Sim...

O Oni cantarolou. Soul podia sentir sua ira aumentar, só Maka podia domar sua raiva.

-Ela completa você, não é? É revoltante para ser sincero, mas é divertido vê-lo tão submisso a ela mesmo sabendo que você vai ser abandonado no final.

O albino cerrou os punhos.

-Assim como sua família o deixou no final...

Ele atirou a mesa dessa vez.

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Havia um incomodo nele e ele sabia que era por causa do que ele estava prestes a fazer. Soul tinha descoberto seu talento obscuro ao ser espancado por um grupo de meninos na escola, a quem ele havia chutado pessoalmente suas bundas depois disso.

Mas ele tinha um poder agora, um poder como nenhum outro. Algo que ninguém poderia tirar dele por que estava gravado em seus genes.

O gene de uma Arma.

- O que...? Você quer dizer que herdou o gene de Armas? Mas, como? Não temos ninguém assim desde seu bisavô.

Seu pai não acreditou, mas foi só mover o braço que a lâmina negra tomasse seu lugar, tão afiada que parecia poder cortar concreto, seu pai não esperava isso.

Talvez ele pudesse ser feliz agora, talvez pudesse encontrar o que chamavam de “mestre” e ganhar a vida matando almas humanas que se desviaram do caminho certo.

Seria um trabalho mórbido, mas ele não se importava.

- Você tem de ir embora para a academia Shibusen?

Ele não servia para a vida de músico.

- Eu entendo...

Sim. Por que ele não era um menino feliz. Um trabalho como esse não seria nada demais para alguém como ele.

Ele não seria conhecido por suas habilidades de músico, mas poderia ser reconhecido por sua posição como arma do Shinigami. Pelo menos ele poderia ser conhecido como um herói ao invés de um garoto com olhos vermelhos como o de um demônio e que não sabia tocar direito.

Mas seu pai não precisava saber disso.

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-Que família dura você tem...

Soul apenas correu os dedos pela parte brilhante do piano, ignorando o olhar do demônio sobre si, esperando que ele um vacilo de suas emoções.

-Eu odeio essa parte - o demônio pulou da cadeira de ferro, com um leve baque - Ela de novo.

Um leve sorriso formou-se na boca do rapaz, fazendo as sombras que lentamente se fechavam sobre ele desaparecerem.

Sim... Ela novamente. Ela lhe mostrou o caminho certo. Ela o ajudou.

Ele encontrou as peças de sua alma quebrada e deu o seu melhor para encaixa-lás juntas novamente. Ele ainda estava rachado e muito machucado, mas ela lentamenta o remendou, com carinho e cuidado, até que ele estivesse mais uma vez brilhando, até que sua alma voltasse a viver.

Ela levava a escuridão embora.

Ela estava fazendo tudo o que ele queria que alguém fizesse por ele.

-E você a ama tanto! - o Oni ironizou - Nós todos sabemos disso!

O demônio tinha razão, ele a amava, mais do que a própria vida.

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Então sair de casa e encontrar um mestre era mais difícil do que ele pensava que seria. Se matricular na academia Shibusen foi a parte mais fácil, encontrar um parceiro que estava disposto a trabalhar com ele e aceitar seu problemas não era.

A festa para aos mestres e armas era algo formal, a fim de aliviar a tensão, mas ele se sentia muito mais estressado em seu terno.

Ele já havia passado por cinco mestres, todos fugiam quando ele começava a tocar, a única maneira que ele tinha sido capaz de se expressar. Três deles meninas haviam fugido no início da música, os outros dois garotos já corriam depois de verem seu sorriso.

Alem disso ele meio que queria um cara para ser parceiro, as coisas seriam assim mais fáceis. Pena que eles eram ainda mais covardes que as meninas.

Sem contar que...

...g...

...G...

G!

G----!

Que... porra foi essa?

Ele sentiu dentro dele, como uma espécie de pulso. Com uma atração.

G...

Parecia que ele precisava estar em algum lugar, mas seus pés tinha ficados presos ao chão, seus dedos pareciam se mover sozinhos, ele apertou a nota, a mesma nota, fazendo o som ecoar pela sala. O ranger das dobradiças revelou que algum entrava, a atração desapareceu, não havia mais nada o movendo para encontrar um parceiro, ele tinha praticamente desistido, mas aquele puxão que ele sentiu, aquela sensação de euforia...

-Hum, licença.

E ai estava seu próximo candidato, uma menina sem peito, que não vestia um vestido como as outras, mas que estava estranhamente em seu uniforme de escola com a pequena placa escrito “Mestre” preso ao seu seio ordenadamente.

Ele se perguntou o quanto conseguiria assusta-lá.

Ele sorriu sombriamente.

Iria mostrar do que ele era capaz, do que ela era feito e assim....

Clap, clap, clap.

Ele não entendeu.

Por que ela estava batendo palmas? E por que ela parecia tão feliz? E por que ela não fugiu assustada e chorando?

- Isso foi lindo!

Hein?

- Meu nome é Maka Albarn.

Sorrir era algo que ele não conseguia fazer muito bem já que ele sempre pareceu muito estranho, agora ele devia estar assustador.

Por que ela sorria tão abertamente?

Como ela conseguia fazê-lo tão bem?

- Eu sou uma técnica de foices e o meu sonho é fazer uma arma para Lord Death.

Shinigami, hein? Ambos tinham o mesmo objetivo, pelo menos era algo em comum, não que ele realmente se importasse, mesmo que tenha sido bom ser aplaudido.

Ele permitiu um pequeno sorriso cruzar seu rosto.

G-!

Ah, aí estava.

Ele sentia como se sua respiração tivesse sido nocauteada, seus olhos a observaram imediatamente, antes que os olhos dela brilhassem e seu rosto mostrar um sorriso tão lindo que dessa fez o puxão vir de seu coração.

O pulso vinha dela.

A vontade de estar do lado de alguma pessoa, era ela.

O chamado de sua alma, ele podia ouvir muito bem agora.

A garantia de que tudo estaria bem, desde que ele fosse mantido em suas mão capazes e aparentemente tão macias. E de repente ele sorriu, exibindo a linha afiada de seus dentes em uma explosão de alegria estendendo a mão para ela.

Claro que ele queria um cara para seu parceiro assim as coisas seriam mais tranqüilas, mas ela não tinha peitos, assim não haveria nenhuma tentação. Ele estaria seguro, sim, e não só isso, ele sentiu uma certa ligação com ela... Então ele percebeu que ele não dava a mínina para como ela se parecia do lado de fora, o interior dela era brilhante e puro, como o de um anjo.

Talvez ele tivesse se precipitado, a única coisa agora era sugeria uma parceria a ela, claro que seria um pouco difícil.

-Soul Eater.

-Bem Soul, gostaria de ser meu parceiro?

Que rápido. Ele ainda queria ser sua mestra? Mesmo sabendo que ele tinha problemas, estava cheio de escuridão e tristeza?

Maldito sorriso.

Malditos olhos, tão verdes e ferozes.

Maldita alma, que ele sentia ser tão acolhedora e quente.

-Isso seria maneiro...

Bem, pelo menos ela tinha tido coragem e ele não podia negar, tinha adorado isso.

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-Tsc, sempre que ela entra em cena você fica todo feliz. É repugnante.

Murmurou o Oni mal humorado.

-Há - Soul sorriu , insultando-o - Voce está com inveja que ela me ama e por que você vai apodrecer por cause da alma anti-demônios dela.

O demônio zombou dele.

-Não brinque comigo garoto, você não iria gostar de ficar preso em um pesadelo agora não é mesmo?

-Pesadelo? - Soul bufou - Eu não estou dormindo.

De repente ele estava sentado de frente para o piano e uma figura sentada acima dele.

-Ou você está?

Seu olhos se arregalaram.

-Maka...?

Ele tencionou quando percebeu suas roupas rasgadas, o corpo coberto de cortes sangrando. Suas mão enluvadas tocaram seu rosto, frias, seu sorriso era insano , olhos de um verde desbotado que o fizeram ficar enjoado, seu vestido preto em pedaços e lágrimas escorrendo por seu rosto.

- Soul... Eu te odeio...

-Não brinque comigo seu pedaço de merda!

Soul rosnou empurrando a menina louca para longe dele,fechando os olhos com força, sentido o coração bater com aflição e dor.

-Você não é ela!

Soul abriu os olhos e dessa vez tudo o que viu foi um teto branco.

O albino se sentou sobre a cama, o corpo tremia, as emoções corriam em suas veias, fazendo seu coração bater duramente contra seus ouvidos. Ele estava respirando pesadamente, como se ele tivesse acabado de correr em volta da cidade, suas camisa repleta de suor.

-Droga...

Outro pesadelo, ele verificou o relógio da cabeceira e suspirou

4h50

A escola só começava as oito, Soul pulou da cama o pesadelo voltando, fragmentado, diferentes memórias a cada noite, mas sempre terminado com uma Maka louca dizendo coisas que ele desejava nunca ouvir.

O som de uma página se virando e o de um lápis escrevendo furiosamente chamaram sua atenção para a sala, ele parou algum passos atrás da mestra, que estava tão imersa em seu estudo que não o tinha percebido.

-Ei.

Maka engasgou-se.

-Ah, Soul! Você me assustou, o que você está fazendo de pé a essa hora?

Ele suspirou aliviado, essa Maka era muito melhor do que a outra em seus sonhos.

- Isso é o que eu devia estar te perguntando.

Ele se inclinou e percebeu que ela tinha corado.

- Você sabe que são quatro da manha certo?

- Ah claro!

Maka bateu o livro o colocou sobre os papéis, como se os escondesse dos olhos vermelhos que acharam o comportamento da parceira muito estranho, por acaso era aquela a sua mestra fazendo algo impertinente?

Como olhando a anatomia masculina em um livro de biologia ou...

- No que você está trabalhando?

Ele perguntou maliciosamente, um sorriso se estendendo em sua boca quando a loira engoliu em seco se preparando para o que estava por vir. O albino tentou alcançar o livro, mas Maka tinha sido mais rápido o tirando de seu alcance e o pairando contra o peito.

-Não é nada.

-Deixa eu ver.

-De jeito nenhum Soul!

-Ugh, Maka!

-Não...Para! Soul!

Ele a prensou contra o chão, o corpo pesado dele sobre o dela, sem nenhuma chance de escapar, o livro caiu ao lado da cabeça dela, aberto, com a capa para cima. Soul ouviu ela gemer, no que ele acreditava ser vergonha, mas ele estava muito chocado pelo fato de ela estar estudando aquilo por de baixo do nariz dele todo esse tempo.

-A quanto tempo você está lendo isso?

- A alguns meses - ela resmungou de volta, virando a cabeça para longe dele - Voce já sabe o que eu estou sabendo, pode me soltar agora?

Ele a soltou, ainda conturbado pelo fato de ela não olhar diretamente em seus olhos.

-Por que?

Por que ela não pediu que ele a ensinasse? Tudo o que ela havia dito sobre suas habilidades no piano tinham sido uma mentira? E se... Tudo tinha sido uma mentira?

-Eu... - Maka mordeu o lábio, juntando toda a coragem que tinha, não era todo dia que seu parceiro te pegava estudando aquilo que ele mais amava - Eu só queria entender o por que você gosta tanto da musica!

Então não era por que ela não confiava nela, Maka estava sendo ela mesma, teimosa e curiosa.

Um suspiro suave escapou de seus lábios, ele coçou a parte de trás d pescoço pensando, ele poderia muito bem ensina-lá não é mesmo? Ele sabia que não ia conseguir voltar a dormir tão cedo.

- Até onde você chegou?

-Hã?

-Quero dizer - ele olhou o livro no colo dela - “Método 5” é algo avançado não é?

-Oh - ela acenou com a cabeça nervosamente - Sim.

-Então você sabe o básico, certo?

Ela hesitou.

- É...

Ele sorriu torto. Se levantou e ofereceu a mão para ela.

-Então que tal você me ajudar com algumas folhas que eu tenho trabalhado? Talvez você tenha algumas idéias que eu possa usar.

Soul nunca tinha visto os olhos dela brilharem tanto como naquele momento, ele fez uma nota mental para que lembrasse de pedir ajuda a ela com mais freqüência.

-Ok!

Ele não se importaria em sonhar com isso quando ele dormisse de novo enquanto ele a lavava para seu quarto, tentando ignorar o fato de que ela ainda segurava sua mão, perguntando inúmeras coisas sobre o projeto em que ele estava trabalhando. Maka sentou em sua cama, o albino ao seu lado estendendo uma pastas preta com todas as suas músicas, as terminadas e as incompletas.

A loira olhou com atenção.

-Hum, Soul?

-Sim?

- O que isso significa de novo?

Soul sorriu docemente, ele sabia que era muito bom para ser verdade.

- Você pulou o básico não é mesmo?

O sorriso nervoso estampado em seu rosto lhe entregava, mas ele não estava zangado, ele apenas riu, sentando-se mais perto dela e indicando o que cada nota no papel significava.

Enquanto isso seus olhos ainda brilhavam junto com seu suave sorriso.

Soul decidiu que nesta noite ele não se importaria de sonhar com seus brilhantes olhos verdes e seu sorriso feliz, talvez o brilho daquelas esmeraldas fosse o suficiente para afastar as trevas que ainda permaneciam dentro dele.


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Notas finais do capítulo

Essa fic deveria receber recomendações pelo tamnhao e esforço, foram 14 páginas betadas, então por favor deixem reviews!!!!!!