POV Annabeth

 Os gritos de Taylor ficavam cada vez mais fortes. Esperamos Nico voltar à sela, eu pelo menos esperava que ele voltasse. Todos estavam em seus lugares. Ouvi Nico chegando. Escondi-me atrás da porta da sela. Quando ela foi aberta Percy golpeou um dos vultos com sua espada e ele se desfez em pó, não me pergunte como... Eu fiz a mesma coisa com o outro vulto, que também se desfez.

 Nico estava mais pálido que o normal.

-Precisamos agir rápido! – ele disse – Eu senti a morte nela.

Jess começou a soluçar quando ele disse isso.

Saímos correndo, subindo as escadas, mas paramos para que e deusa não nos visse.

 Eu olhei para Taylor, que estava deitada no chão, sangrando e chorando. Ela estava muito fraca. Ela olhou para o lado, em nossa direção, e com um simples olhar eu percebi que já devíamos avançar.

 Todos nós entramos na sala, cada um com sua espada. Vários vultos vieram para cima de nós. Percy foi lutar contra a deusa e Nico foi ajudar Taylor. Eu consegui desfazer uns cinco vultos, só que aparecia cada vez mais.

 Era tudo muito estranho. De um lado tinha Percy lutando contra uma deusa, do outro Taylor sangrando e cada vez chagava mais vultos para lutar contra nós. A única coisa que restava a fazer era rezar.

 Por favor, mãe, nos ajude, faça com que tudo de certo. Eu disse em minha mente.

 Uma bolinha brilhante apareceu na minha frente, eu conhecia aquela bolinha, era um modo de sairmos de lá.

 Obrigada

-Gente – eu disse – coloque o dedo nessa bolinha.

Todos me olharam como se eu fosse louca, mas ouviram o que eu disse. Todos vieram de uma vez e encostaram o dedo da bolinha, o único que não conseguiu chegar foi Nico, que segurava Taylor no colo, a deusa tinha impedido a passagem deles.

 Começamos a brilhar e fomos parar em uma praia. Todos caíram no chão, mas Nico e Taylor tinham ficado do castelo. Eu olhei para meus amigos, eles me olhavam como se eu fosse dizer o que fazer. Do nada Nico apareceu do nosso lado, com Taylor desmaiada em seu colo, ele devia ter usado a viagem nas sombras.

 Percy pegou Taylor de seu braço, e logo Nico caiu na areia, desmaiado. Levar duas pessoas nas sombras deve esgotar sua força.

-O que fazemos? – disse Jess – Eu acho que Néctar não cura os cortes de Taylor.

-Onde estamos? – perguntei para Percy.

Ele olhou no mar e disse:

-Califórnia.

-Vamos ter que achar uma amiga minha. – eu disse. – Elas são as únicas que podem salvar a Taylor.

-Quem? – ela perguntou.

-As caçadoras. No momento elas estão na Califórnia.

-Vamos sair andando por ai, em busca de um monte de garotas, com duas pessoas desmaiadas, sendo que uma esta quase morrendo? – Jess disse.

-Não precisa nos procurar, - uma voz disse – estamos bem aqui.

Olhei para trás e vi minha amiga Thalia, ela estava com a aparência de 15 anos, como sempre, atrás dela estavam umas 18 garotas.

Corri e a abracei.

-Por favor – eu disse – cure nossa amiga.

-Caçadoras! – Thalia gritou – Metade monta as barracas e a outra cuida da garota.

-E o Nico? – eu perguntei.

-Ele é um garoto, minhas caçadoras se reacusariam a cuidar dele. Mas vamos colocá-lo em uma barraca e o deixar descansar.

-Obrigada-eu disse.

As caçadoras começaram a fazer suas tarefas.

POV Nico

 Acordei com uma dor de cabeça terrível. Eu estava em uma barraca, dentro tinha apenas uma cama, onde eu estava deitado, e ao meu lado tinha uma bandeja com um pouco de Ambrósia. Eu comi um pouco e logo fui me sentindo melhor.

 Comecei a me lembrar do que aconteceu. Meus amigos sumiram da sala e eu fiquei sozinho com a deusa, segurando Taylor. Tentei achara alguma sombra perto de mim. Corri até a sombra e desejei ir para o mesmo lugar que meus amigos foram. Deixei a deusa com uma cara horrível e apareci em uma praia.

 Percy pegou Taylor que estava em meus braços e eu apaguei.

 Sai da barraca. Eu ainda estava na mesma praia. Só que havia varias outras cabanas. Varias meninas andavam naquele lugar. Parecia que eu estava em um acampamento. Comecei a andar até que eu vi uma velha amiga.

-Thalia! – eu disse.

Ela estava com a mesma aparecia da ultima vez que eu a vi. É claro né? É ela é imortal, cabeção!

-Nico! – ela disse e me deu um abraço – Esta melhor?

-Sim. O que houve?

-Aparecemos logo que você desmaiou, e agora estamos cuidando de vocês. Eu estava indo agora mesmo ver a Taylor.

Lembrei-me do que tinha acontecido com a Taylor e fiquei preocupado.

-Ela esta melhor?

-Sim. Ela ainda não acordou, os ferimentos foram graves, mas logo ela acorda. Não duvido nada que ela ira acordar hoje ou amanha. Quer ir vê-la?

-Sim.

Fomos em direção a uma outra barraca. Quando entrei vi uma cena linda e triste ao mesmo tempo. Taylor estava deitada em uma cama, dormindo. Ela dormia tranquilamente. Ela vestia apenas um short e um top preto e assim dava para ver todos os seus ferimentos.

 Thalia começou a passar algum liquido nos ferimentos e logo depois deu a ela um pouco de néctar.

-Eu a vesti assim – ela disse – para não ter trabalho de limpar os ferimentos.

-Os ferimentos são fundos?

-Alguns sim. Aquela deusa exagerou na tortura. Bom, tenho que ir ver minhas caçadoras, você vai ficar aqui?

-Sim.

-Se ela acordar me chame, preciso conversar com ela.

-Claro.

E assim ela saiu. Eu não gostei de quando ela disse “preciso conversar com ela”.

Sentei em um banco que tinha ao lado da cama e segurei a pequena e delicada mão de Taylor.

Eu nunca observei o corpo de Taylor. Era um corpo bem bonito... Nico! Para de olhar para o corpo dela! Ela esta machucada e você fica aproveitando a situação dela estar desacordada e com essa roupa para ficar olhando o corpo dela?

Ela é sua amiga! Apenas isso!

POV Taylor

A dor que eu sentia era insuportável. Meu corpo todo doía. Quando acordei eu estava em uma cama, dentro de uma barraca. Estava com medo de mexer alguma pare de meu corpo e doer mais, só que eu virei à cabeça para o lado e vi Nico sentado em um banquinho.

-Bom dia – ele disse – como se sente?

-Meu corpo dói.

-Toa um pouco de Ambrósia. – ele disse. Comi um pequeno pedaço e me senti melhor. Sentei-me na cama e persebi que estava vestindo um mini short preto e um top preto. Corei.

-Há quanto tempo esta aqui? – eu perguntei.

-Desde que eu acordei.

-Que horas você acordou?

-Faz um dia.

-Você não dorme há um dia?

-Não.

-Você precisa descasar. Há quanto tempo eu estou apagada?

-Dois dias.

-Nossa.

Uma garota entrou na barraca. Ela devia ter uns 15 anos, quando ela entrou Nico sorriu e eu não gostei.

-Finalmente você acordou. – ela disse – Sou Thalia, filha de Zeus e uma caçadora de Ártemis.

-Nunca ouvi falar.

-Outra hora e te explico. Como se sente?

-Bem.

-Eu tomei a liberdade de cuidar de você – ela disse.

-Obrigada.

-Mas quem te fez companhia mesmo foi o Nico.

Sorri.

-Aqui esta sua roupa – ela me deu uma sacola – Me desculpe te vestir assim, foi só para facilitar.

-Tudo bem.

-Bom, tenho que ir. Todos estão lá fora comendo. Depois de se trocar você podem ir para lá.

-Ok. – eu disse e Thalia saiu.

-Me deixa sair para você se trocar.

-Pode ficar, eu só vou colocar por cima.

Coloquei minha calça e a camiseta por cima do short e o top.

-Me empresta sua blusa? – eu disse.

-Claro. Por quê?

-É... Eu estou com frio. – eu disse. Não queria dizer que era para esconder as marcas nos ferimentos.

Ele me olhou desconfiado e entregou a blusa. Coloquei e saímos.

Quando saímos Thalia veio em nossa direção.

-Tem comida ali na mesa, podem se servir.

-Tudo bem. – eu disse.

Ela deu um beijo na bochecha de Nico e se foi, ele corou. Fiquei com muita raiva, não sei por que.

Ele percebeu.

-Fique tranqüila, caçadoras não podem namorar, não tem motivos para ter ciúmes.

-Eu não estou com ciúmes!

-Sei...

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