As Gémeas Pierce escrita por AnaTheresaC


Capítulo 50
Capítulo 50


Notas iniciais do capítulo

A minha mãe (que sabe que AMO Taylor Swift) disse-me que ela tinha feito um dueto com Paula Fernandes (também a AMO), e assim que ouvi, AMEI a conjugação do PT com o ING, por isso escrevi este capítulo a ouvir a música: http://www.youtube.com/watch?v=ZDRDgkBDLdc
E também fiquei a saber que o BR teve o privilégio de as ouvir a cantar juntas. Argh, quem me dera viver aí agora!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/157916/chapter/50

Capítulo 50 – Elena e Katherine Salvatore

Parte 1 – Elena Salvatore

Acordei bastante tarde. Damon já tinha saído, assim como Stefan. Apenas estávamos eu e Katherine em casa. Eu queria saber como tinham ficado Klaus e Car, mas ver outra vez os olhares de desprezo faziam-me ficar na cama mais tempo.

Então o enjoo matinal veio, e eu fui mesmo obrigada a sair da cama. Depois de ele ter passado e de me ter vestido, Katherine bateu à porta.

-Bom dia, irmã – falei.

-Estás pálida, Elena, está tudo bem? – indagou ela, preocupada.

-Sim, só… um enjoo matinal.

Katherine sorriu docemente para mim.

-É a confirmação das nossas suspeitas – disse ela e sentou-se na poltrona que eu e Damon tínhamos no quarto. – Estava a pensar em ir comprar umas flores para irmos dar a Caroline. Queria saber como ela ficou.

Acenei com a cabeça, ausente. As imagens das pessoas a olharem-me com desprezo e enojadas entraram na minha cabeça, e eu não conseguia tirá-las. Mas Caroline era Caroline. Ela era minha amiga e nunca me abandonou. Jamais faria isso com ela.

-Sim, eu também – concordei com Kathy. – Vamos?

Katherine pareceu surpresa, mas concordou. Saímos as duas numa carruagem, e seguimos para o centro da cidade. Miss Pearl tinha um boticário, e nós iríamos lá comprar-lhe um perfume para ela ficar mais alegre.

-Elena, Katherine! – exclamou ela quando nos viu, com um sorriso alegre e verdadeiro no rosto. Ela era amiga da nossa família, na verdade, o boticário pertencia à propriedade do nosso pai. – O que vão querer?

-Um perfume para Caroline – respondeu a minha irmã. – Caroline deve de estar um pouco abatida, e queremos dar-lhe uma coisa que a alegre.

-Claro – disse Miss Pearl e tirou um frasquinho de uma das prateleiras. – E que tal uma essência de verbena? É doce e suave, para além de nos proteger contra os espíritos malignos.

Acenei com a cabeça e tirei uma nota da minha bolsa. Miss Pearl enrolou o frasco num pedaço de papel de cartão e entregou-o a Katherine.

-Obrigada, Miss Pearl – disse-lhe e saímos as duas do boticário.

Andámos um pouco e entrámos numa florista. Quem lá estava era Vicky Donovan.

-Olá, Vicky – falei, sorrindo para ela.

-Olá, meninas – respondeu ela, balançando o seu cabelo que caía em perfeitas ondas pelas costas. – O que vão querer?

-Rosas brancas para Caroline – pediu Katherine, sorrindo para ela.

-Quantas?

-Um ramo enorme delas. Com hortênsias e…

Vicky riu e eu corei.

-Já percebi, Elena, vou fazer um ramo bonito para ela – disse ela e saiu do nosso campo de visão.

-Continuo a não gostar dela.

-Ela é mais velha do que nós. E é irmã de Matt.

-E fez-nos coisas horríveis – murmurou ela, olhando pelo canto do olho, onde ela estava entretida a escolher as melhores flores para o ramo de Caroline.

Um arreio subiu-me pela espinha.

Parte 2 – Katherine Salvatore

Atlanta, 1856

Entrei sorrateiramente na sala dos Donovan. Vicky estava lá com um rapaz, a rirem-se e pareciam bastante cúmplices. Eu estava à procura de Matt e da minha irmã. Então ela viu-me e eu retraí-me.

Vicky era muito má comigo e com Elena. Até com Matt ela era vingativa.

-O que queres? – interrogou ela, sem paciência.

-Sabe onde está o Matt? – tratei-a por “você” porque ela achava-se muito snobe e não gostava que eu e Elena a tratássemos mais informalmente. O que ela me tinha feito no passado, quando eu tinha apenas seis anos, fez-me nunca mais repetir a audácia.

-Não sei. Mas sei para onde podias ir – respondeu ela e sorriu maquiavélica. – Na verdade, até sei onde eles estão. Segue-me.

Ela levantou-se e o rapaz que tinha uns olhos verdes azulados muito lindos, olhou-a com um sorriso nos lábios.

-Vicky…

-Cala-te, Nik – mandou ela e o rapaz calou-se, suspirando. Olhou para mim com pena e eu dei um passo em frente, seguindo Vicky.

Ela pegou-me na mão com força, fazendo o meu coração acelerar com medo. Fez-me andar muito pela casa, e abriu uma porta que estava ao lado do escritório do pai dela.

-Ficas aqui – disse ela e eu neguei com a cabeça, olhando-a com muito medo.

-Não faças esse olhar de cachorro abandonado. Eu já te venho buscar – o sorriso dela denunciou-a logo. Ela não me iria buscar, Vicky iria fechar-me ali dentro e eu jamais conseguiria sair.

-Não! – disse, determinada e tentei puxar a minha mão, mas ela resistiu. Ela era muito alta, tinha mais dois anos do que eu, e por isso também era mais forte.

-Vais sim! – exclamou ela e empurrou-me para lá dentro. Um balde caiu em cima da minha cabeça, e uma vassoura caiu nos meus pés, fazendo-me lágrimas de dor caírem.

Vicky fechou a porta e ouvi a gargalhada triunfante dela.

-Vicky! – gritei e rodei o manípulo da porta, mas ela estava trancada. Comecei a bater na porta, a gritar, a chorar. – Vicky! Socorro! Matt! Elena! Socorro! Deixem-me sair! Deixem-me sair!

Então a porta abriu-se de repente e eu caí nos braços fortes de alguém. Era o rapaz de olhos verdes azulados. Olhei para ele, chorando e sabia que a minha cara estava desmanchada em lágrimas, mas eu não me importava. Aconcheguei-me no seu abraço e ele colocou uma das suas mãos nos meus cabelos.

-Vês o que fizeste, Vicky?

-E depois? Ao menos ela saberá o que acontecerá se casar com o meu irmão – o desdém na voz de Vicky era horrível. Eu só sabia chorar nos braços daquele rapaz desconhecido. O meu salvador.

-És tão má, Vic. Não voltarei para cá.

-Então não voltes – disse ela, e virou-nos as costas.

-Como te chamas, pequena? – inquiriu o meu salvador. Ele tinha uma pronúncia engraçada. Fazia-me rir.

-K-Katherine – gaguejei.

-Eu sou o Nik – ele apresentou-se, sorrindo largamente para mim e voltando a abraçar-me. – Vamos procurar o Matt?

Acenei com a cabeça, não conseguindo falar por causa das lágrimas que ainda corriam pelo meu rosto.

Mystic Falls, 1864

-Aqui estão elas – disse Vicky, sorrindo, aparecendo à nossa frente, fazendo-me voltar para o presente.

-Obrigada, Vicky – falou Elena, pegando nas flores, e dando-lhe uma nota.

Vicky pegou na nota e guardou-a num pequeno pote que estava escondido da vista dos clientes.

-Era Klaus, não era? – indaguei e as duas olharam-me confusas. -Naquele dia em que me fechaste na sala das vassouras. Foi Klaus que me salvou, não foi?

Olhei para Vicky, sem medo. Ela no início parecia confusa, mas depois o seu olhar endureceu, e não desviou os seus olhos dos meus.

-Parabéns, Katherine – disse ela, num tom que denunciava uma raiva controlada. – Não só destruíste a vida da tua irmã, como a minha.

-Pelo contrário, Vicky. Foste tu mesma que destruíste a tua vida. Agora ninguém te quer porque todos sabem a oferecida que és.

Ela contraiu os lábios numa linha rígida e colocou as mãos nas ancas. O sangue bombava mais rápido que nunca, e antes que ela me respondesse alguma coisa, falei:

-Vamos Elena. Nem o cheiro das flores esconde o fedor que ela é.

Elena olhou-me confusa, mas saímos da loja.

-Kath! O que foi aquilo? – indagou ela, mal saímos da loja. Ela olhava-me com um sorriso divertido e chocado ao mesmo tempo.

-Uma vez Vicky fechou-me na divisória das coisas da limpeza, e quem me abriu a porta foi Klaus. Ele apresentou-se como Nik, e eu nunca tinha juntado dois mais dois. Até agora.

-Oh – foi tudo o que Elena disse e depois gargalhou baixinho. – Ai, irmã, estou tão orgulhosa de ti!

Rimos as duas, e fomos paradas por uma senhora que se meteu à nossa frente. Tanto eu como Elena não a conhecíamos.

-Os vossos maridos foram muito corajosos. Espero que estejam bem.

-Eles estão bem, obrigada – respondi, sorrindo confusa para ela.

-Oh, ainda bem – ela sorriu, apologeticamente, e depois afastou-se.

Então olhei em volta: não havia mais os olhares de desprezo, mas sim de adoração.

-Estes habitantes mudam muito rapidamente de ideias – murmurei para a minha irmã. Anda, vamos ter com Caroline.

©AnaTheresaC


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! A fanfic está quase a acabar! Mais dois ou três capítulos e é o fim das Gémeas Pierce!
Gostaram do flashback! Vicky era um pequeno demónio, nunca gostei nada dela na série e dei pulinhos de felicidade quando ela morreu (GO, Stefan!)
Já viram o episódio 4X01? Eu já, está no youtube, mas não tem legendas. Eu espero que o tal Connor dê uma boa lição a Klaus, porque eu sou Team Bekah assumida e ele fui mau para a sua própria irmã!
XOXO, até domingo!
PS - gostariam de uma fanfic com doppelgangers? (e eu estou a falar com as 3: Tatia, Kat e Elena)