As Gémeas Pierce escrita por AnaTheresaC


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Capítulo só narrado pela Katherine porque se fossem duas pessoas, o capítulo iria tornar-se muito extenso.
Como já sabemos os nomes dos pais Originais, então Robert é Mikael e Bianca é Esther.
Bjs



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Capítulo 18 – Narrado por: Katherine Pierce

Acordei com a luz do sol no meu rosto. Fechei os olhos mecanicamente por causa da sua luz forte.

-Quem é que abriu as cortinas? – perguntei em voz alta enquanto esfregava os olhos.

-Fui eu, Miss Katherine.

Abri-os imediatamente e sentei-me na cama assustada.

-Emily? O que estás aqui a fazer?

Ela suspirou teatralmente.

-O que Miss Katherine fez a noite passada não foi boa ideia.

-Como assim? Foi a melhor noite da minha vida.

-Tem a certeza, Miss Katherine?

-Claro que sim!

-Miss Katherine, tenha cuidado. Já não estamos mais em Atlanta.

-Eu sei que não – disse e o meu mau humor veio ao de cima. – Agora, por causa desta conversa, tenho que descer mal humorada e sabe-se lá o que eu poderei fazer.

Semicerrei os olhos e mandei-a embora. Emily ultimamente estava a chatear-me imenso porque causa do que eu fazia ou não fazia, e por vezes eu tinha que a lembrar que era apenas uma escrava.

Desci e forcei um sorriso para todos os que estavam na mesa. Mr. Salvatore ainda estava bastante abalado pela morte da mulher e tentei alegrá-lo.

-Bom dia Master Salvatore. Que dia maravilhoso se encontra hoje.

-Bom dia Miss Katherine – falou ele e vi que tentou sorrir, mas não conseguiu.

-É assim que queremos vê-lo, Master Salvatore – disse e toquei-lhe no ombro delicadamente. – Tentar seguir em frente.

-Ah, Miss Katherine ainda é jovem. Mas agradeço o seu apreço por mim.

Sorri educadamente e Magda serviu-me o chá.

Elena estava no outro extremo da mesa ao lado de Damon e os nossos olhares cruzaram-se. Era bom que ela se prepara-se para a batalha, porque eu ainda não tinha terminado. Ontem tinha sido apenas o começo.

-Pai, hoje estava a pensar em levar Elena para conhecer os cavalos. Quer vir connosco? – indagou Damon e eu sorri interiormente. Isso daria mais tempo para eu estar com Stefan e falar-lhe de todas as coisas más que a minha irmã tinha feito.

-Não, obrigado Damon – respondeu Master Salvatore e olhou para o filho. Algo o arrepiou e o seu rosto endureceu. – Mas divirtam-se juntos.

Damon acenou e o resto do pequeno almoço foi um silêncio mortal, quebrado apenas pelo tilintar dos talheres.

Stefan foi o primeiro a levantar-se. Despediu-se de nós e saiu para a Faculdade. Suspirei.

-Que se passa, Miss Katherine? – indagou Master Salvatore.

-Mais um dia entediada.

Damon e Elena trocaram olhares e saíram silenciosamente da mesa.

-Claro que não! Terei todo o gosto em passar uma tarde consigo.

Sorri e fiz um esforço para não revirar os olhos.

-Será um prazer, Master Salvatore.

Levantei-me e Emily irrompeu na sala com uma carta.

-Miss Pierce.

-Sim, Emily?

-Carta de Mr. Elijah Gillies.

-A sério? Tão rápido? – peguei a carta das mãos de Emily e olhei para Master Salvatore. – Se me permite, irei ler a carta nos meus aposentos.

-Com certeza, Miss Katherine – falou Giusueppe e subi as escadas para o meu quarto. Entrei nele e sentei-me no sofá que estava a aquecer devido ao sol que batia nele através da janela.

Abri a carta e fiquei surpreendida pela escrita ser tão clara. Tão nobre. Tão lord.

Querida Miss Katherine Pierce,

Escrevo-lhe para lhe dizer que estou muito feliz por ter assentido em vir visitar-me. Eu e a minha família esperamo-la hoje para a hora de almoço, assim que o sol estiver no seu ponto mais alto.

Com os melhores cumprimentos,

Elijah Gillies

Sorri e fechei a carta.

-Emily?

-Sim, Miss Katherine?

-Prepare o meu vestido amarelo. Hoje irei almoçar a casa do Lord Gillies.

-Com certeza, Miss Katherine.

Levantei-me e fui até à biblioteca, onde sabia que Mr. Salvatore estaria.

-Mr. Salvatore?

-Pode entrar – disse ele e abri a porta.

– Desculpe-me incomodá-lo, mas acho que hoje a minha tarde irá ficar preenchida.

Ele tirou os óculos e pousou o livro na secretária.

-Posso saber o motivo?

-Claro que sim – sorri e sentei-me na cadeira que estava virada para a secretária. – Mr. Elijah convidou-me para ir almoçar a casa dele.

-Elijah Gillies?

-Sim, esse mesmo.

Ele sorriu e levantou-se. Também me levantei ao mesmo tempo.

-Então desejo-lhe um bom almoço e de certeza uma boa tarde – disse ele abriu a porta da biblioteca.

-Muito obrigada, Mr. Salvatore. Para o senhor também.

Ele fechou a porta assim que eu saí e eu subi para o meu quarto, esperando que Emily já tivesse tratado do vestido.

-Emily, o meu vestido? – perguntei assim que abri a porta, mas não foi necessário ela responder, porque ele já estava deitado na minha cama. – Perfeito.

-Miss Katherine, e que tal estes sapatos? – perguntou ela, trazendo-me uns sapatos com fivela, todos brancos e com a fivela em renda amarelas clara.

-Sim, esses podem ser – disse e levantei os braços para ela me tirar o vestido.

Ela tirou-me o vestido e enfiou o amarelo. Calcei os sapatos e Emily foi pegar a minha sombrinha amarela rendada, as minhas luvas da mesma tonalidade e a minha bolsa.

-Já está tudo, Miss Katherine.

-Ótimo.

Olhei pela janela e vi que o sol já estava quase a chegar ao seu pique.

-Tenho que ir Emily.

Desci as escadas quase a correr, com os meus cabelos a virem-me para os olhos.

-Emily, o meu gancho! – gritei e Emily desceu logo a seguir e prendeu-me as primeiras madeixas atrás.

Descemos as duas de seguida e ela abriu-me a porta da carruagem. Esta partiu rapidamente. Sorri inconscientemente de que o estava a fazer. A viagem foi até bastante rápida para mim, mas eu estava abstraída com a paisagem. Mystic Falls era linda, com arvoredo, pessoas atarefadas e crianças a brincar. A subida para a mansão do Lord Gillies era um pouco íngreme e tinha um muro de pedra que ia sensivelmente até ao meu joelho que impedia as árvores de passarem para a estrada de terra.

A carruagem parou e Elijah abriu-me a porta.

-Miss Pierce – disse ele e beijou-me a mão.

-Lord Gillies – respondi e fiz uma vénia.

-Entramos? A minha família está ansiosa por revê-la outra vez. Especialmente o meu irmão Trevor – acrescentou ele num tom mais baixo e sorrindo enviesado, ao que eu não resisti e gargalhei.

-A sério? E eu a pensar que era o senhor que estava ansioso por me rever.

-Digamos que… Trevor não pára de falar sobre si e a sua irmã desde a noite do baile.

-A sério? Elena adorará saber – na verdade, ela nunca saberá. Quanto menos contacto e notícias tiver de certas pessoas, melhor para mim.

-Entramos? – perguntou ele enquanto abria a porta e fazia um gesto para eu entrar primeiro.

Entrei ainda sorrindo. A casa era tal e qual me lembrava, mas naquele dia estava mais vazia e tinha muito menos luzes.

-Estão todos na sala de estar à sua espera.

-Espero que não os tenha feito esperar muito – disse seguindo-o até à sala de estar com uma lareira que naquele momento estava apagava.

-De todo – disse Elijah e todos se levantaram ao mesmo tempo. – Acho que já conhece todos os membros da minha família.

Fiz uma vénia e baixei os olhos, um pouco envergonhada com todos aquele pares de olhos a olharem para mim.

-Boa tarde, família Gillies – falei um pouco embaraçada com a situação.

-Boa tarde, Miss Pierce – falou Mikael. – Como vai?

-Muito bem, obrigada. E muito agradecida por me terem convidado para o almoço.

-De nada, Miss Katherine – falou Klaus e deu um passo em frente na minha direção. – É sempre bem vinda.

-Ainda assim, muito obrigada.

-Bem, mas deixemo-nos de informalidades e vamos almoçar, sim? – falou Esther e pegou gentilmente no braço do seu marido, Mikael, dirigindo-o para a sala das refeições. Seguimos todos para a sala e tudo estava impecavelmente decorado, com pratos de porcelana do Oriente, copos de cristal de Inglaterra, toalha e guardanapos de França.

Sentámo-nos e eu fiquei entre Trevor e Elijah. Trevor sorriu para mim, com os olhos muito brilhantes e eu percebi nitidamente que ele estava interessado em mim, já Elijah era sempre muito correto mas notei que ele também mostrava algum interesse em mim. Já Lexi, Rose, Jules e Rebekah olhavam-me com vontade de me matar.

Depois de acabarmos de almoçar, fomos para a sala de estar tomar café e depois disso, Elijah ofereceu-se em me acompanhar para um passeio nos jardins da propriedade. Aceitei de bom grado e vi Trevor esmorecer o seu sorriso e olhar raivosamente para o irmão.

-Sabe, Miss Pierce, estou a adorar estar consigo.

-Aprecio muito isso, Mr. Elijah. Eu também estou a adorar passar a tarde consigo e com a sua família.

-Tenho a certeza que Trevor concorda consigo.

Ri alto e pousei uma mão no seu antebraço.

-Contudo, eu já estou comprometida.

-A sério? – perguntou ele, parecendo incrédulo.

-Sim – respondi e baixei os olhos. – Eu e a minha irmã estamos comprometidas com os Salvatore.

-E algum deles já lhe fez o pedido?

-Ainda não.

-E quanto a Elena?

-Não – neguei com a cabeça.

-E a Miss Katherine por acaso já escolheu ou… - ele não finalizou a frase, mas percebi o seu olhar em mim.

-Tenho que admitir, os Salvatore são muito charmosos e é difícil resistir-lhes.

Elijah riu e baixou os olhos para o chão. Continuámos a andar e parámos junto ao muro que nos impedia de cairmos da colina abaixo. O sol estava a pôr-se no horizonte e sentámo-nos num banco de pedra que havia ali.

-Elijah acredita no amor?

-Eu não acredito no amor, Katherine – disse ele muito sério.

-A vida é muito cruel – afirmei e lembrei-me do tempo em que Elena me tirava tudo. Eu podia confiar no Elijah, certo? Ele era verdadeiro e não merecia sofrer, por isso, jamais usá-lo-ia para meu próprio proveito a não ser que fosse realmente necessário. – Se não acreditarmos no amor, porque iríamos querer viver?

-E a Katherine? Deseja viver?

-Claro que sim.

-E quanto amor? O que considera isso?

Respirei fundo.

-Acho que só irei saber quando ele for realmente recíproco.

Elijah sorriu e apontou para o sol.

-Aquilo, Katherine, é amor. É vida, é realidade e está sempre lá.

Acenei com a cabeça.

-Eu estava a referir-me a relações humanas.

-Eu sei. E eu estava a mostrar-lhe que não acredito no amor humano. Acredito no amor que criamos ao longo de anos e que isso é o respeito e aceitação dos outros. Eu aceito o sol desde o momento em que ele nasce, porque ele traz vida à nossa. Por isso, eu amo a maneira como ele nos aquece, até mesmo num dia de verão.

Ri e olhei para o meu vestido.

-Acho que posso considerar isso uma boa definição de amor.

-É melhor irmos, Katherine. É verdade, posso tratá-la assim, certo?

Acenei com a cabeça e começámos a caminhar para casa.


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Notas finais do capítulo

Oh, eu adoro o Elijah!
Atenção Delena, porque próxima semana o capítulo vai fazer-vos dar pulinhos de alegria!
Bjs e até para a semana!