Dear Pegasus, escrita por DiraSantos


Capítulo 3
Posso morrer,meu pai é estéril..Ele quer conversar


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem e me perdoem a demora.
Boa leitura.



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Capítulo Dois:

Posso morrer, meu pai é estéril...

Ele quer conversar.

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—Blythe! Não me deixa aqui! Por favor! —Berrei sofregamente, apertei sua mão contra mim, minha irmã tosei, cuspindo sangue em meu rosto.

—O bracelete... Leve o bracele... —Ela balançou a cabeça, lutando com as palavras.

—Shhh. Não fala nada maninha, descansa, tá bom? —Forcei um sorriso, mas ela não se convenceu, se forçou mais uma vez lutando contra os ossos quebrados, puxou meu rosto para baixo beijando minha testa com os lábios roxos.

—Você não vai estar sozinha... Papai não vai lhe dei-deixar sozinha, Sury, —mais sangue— você é a princesinha dele...

—Blythe... por favor... —Mesmo a beira da morte, ela sorriu para mim.

—Vou sempre estar com você, Susu, e papai também.

Com isso eu me irritei, por que ela insistia em falar dele? Esse cara tinha nos deixado, nos largado quando Blythe só tinha 4 anos e eu era um fedelha que só atrapalhava, ele não merecia a consideração da minha irmã! Nunca! Ele é um monstro.

—Pare de falar dele Blythe, ele não merece seu carinho. —Seus olhos se arregalaram o máximo que podiam naquelas situações, Carpe me deu um beliscão no cotovelo.

—Ele nu-nunca quis nosso mal, Sury. Fez o que podia... Prometa-me... me prometa que vai perdoá-lo que vai aceitar ele sem su-sua vida. Pro-prome... prometa... —Seus globo oculares se reviraram e sua mão caiu do meu rosto, não ouvi mais seu coração e ela não respirava.

Naquele momento, tudo o que eu tinha de bom em minha vida se fez em poeira levada pelo vento frio da morte que me tirara minha irmã, minha única amiga, minha família, quase pode ouvir meu coração trincar e se espalhar em cacos mínimos em meu peito. Uma dor cruciante me cruzou por dentro, fazendo meu corpo tremer e soluços um urro de dor desesperado atravessasse minha garganta, me agarrei a seu corpo flácido e frio tentando inutilmente curá-la.

Um relincho triste atrás de mim, Pegasus colocou a cabeça grande em meu ombro, cobrindo a mim e ao corpo moribundo de Blythe; com Peg ali, minhas lágrimas foram secando, a dor se entranhando mais, secando, e um ódio profundo de meu pai vindo a tona.

—Sury... temos que ir. —Olhei para trás e vi os olhos de Jaime, estavam marejados e confusos, me coloquei de pé e me virei para Percy e Annabeth.

—O que vocês fazem com seus mortos?

—Hãm, eles são enrolados em suas mortalhas e os queimamos, colocando duas moedas para o barqueiro nos olhos. —Explicou Annabeth com a voz notavelmente mais doce.

—Ela vai comigo, vai ter um enterro de verdade, grego ou não. — me virei para Pegasus que tinha abaixado a cabeça cheirando tristemente o corpo da minha irmã — Peg, pode levar nós duas, até esse lugar?

Em resposta, Peg se ergueu em duas patas e me mostrou seu dorso, em convidando a montar.

—Bom garoto.

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Depois que lhes entreguei a chave de Nancy, coloquei Blythe em cima de Pegasus e logo mais eu, apoiando o corpo dela em meu peito, respirei fundo e apertei meus dedos na maceis da crina do eqüino, logo ele correu em direção a rua e abriu as longas asas nos levantando do chão rumo ao meu novo e desgraçado lar.

O vôo foi bem leve, Pegasus era o melhor eu nem sentia o bater suave de suas asas, só seu leve bufar contra o vento que voava contra nossos rostos, Peg era mais forte que eu, conseguia levar aquilo em frente, mas eu não. Como eu, Sury Carpe, vou sobreviver nesse mundo Grego se nem sei quem é meu pai?

Sury, você é a princesinha dele.

Princesinha que nada. Esse cara nem devia saber quantos anos eu tenho ou se eu estou viva, seja quem fosse, eu não o perdoaria, jamais, por causa dele minha irmã tinha ido embora, por causa dele e por não ter a coragem de cuidar de nós e nos largou nesse mundo cão!... Blythe... Blythe teria me repreendido, eu sabia disso, eu sentia que ela tinha uma ligação com meu pai, como se ela o conhecesse, como se ele fosse um verdadeiro pai presente.

Essa era minha primeira hipótese, ou simplesmente o fato que minha irmã era boa demais para ter raiva de alguém.

É eu fico com a segunda opção.

E, pena, eu não sou tão boa quanto minha irmã.

Posso ficar com ódio o resto da minha vida.

Não demorou muito até que eu visse um pinheiro com algo brilhando em dourado na noite e... Um dragão... bem. ele estava enrolado no tronco da arvora baforando vapor enquanto dormia tranquilamente, a diante vi o lugar mais legal que poderia existir, havia uma praia ao norte, o mar cintilava em verde escuro a baixo das estrelas, e como brilhavam aqui, a grama era verde ali, existiam incontáveis chalés espalhados um diferente do outro, mas com sua própria beleza, vários adolescentes indo na mesma direção, uma colina perto de um anfiteatro grego, tinham erguido um estranha estrutura de madeira e palha.

Todas as pessoas ali não deviam ter mais de 28 anos no máximo do máximo, bem os humanos eram o de menos, vários homens-bode, como Grover estavam espalhados tocando uma musica melancólica em suas flautas esquisitas, garotas verdes e azuis tinham os rostos baixos para o chão lamentando a morte de alguém que não conheciam.

Pegasus não desceu mas logo a maioria das pessoas ou criaturas lá em baixo começaram a gritar e apontar para o céu., “Uau!”, “Cara, eu pensei que ele fosse menor.” Ou “Quem é as duas que estão montando nele?”.

—Vamos, Peg. Vamos acabar com isso, Blythe que paz finalmente.

Assim que os cascos de ouro tocaram a grama, um homem meio cavalo se aproximou. Por que existiam tantos homens-meio-alguma-coisa? Que coisa idiota, por que não criar uma raça diferente ou coisa do tipo? Será que esses tais deuses não tem um pingo de criatividade?

Um raio e um trovão cortaram o céu, todos olharam para mim.

O centauro, creio eu, se aproximou, e no momento que olhei nos olhos dele senti vontade de chorar, era tão solene, como se tivesse vivido três mil anos, antigo mas ao mesmo tempo doce e compreensivo e firme e sábio, engoli minhas lágrimas.

—Sou Quíron, criança. —Disse-me a voz ecoando nos meus ouvidos.

—Sury Carpe... minha irmã, Blythe, ela... —Olhei para baixo deixando três lágrimas escorressem em meu rosto. Quíron colocou a mão grande no meu ombro me fazendo erguer o rosto, deu um sorriso reconfortante, mas triste.

—Muitas perdas acontecem em nosso mundo, justas ou não, Sury. Terá que conviver com essa realidade, mas não está sozinha, esteja ciente disso também. —Era incrível como na sua voz aquelas afirmações não ficassem duras ou pesadas, mas sim um doce e estranho conforto. Ele virou os olhos castanhos para alguns caras gigantescos e corpulentos.

—Levem o corpo de Blythe Carpe para a mortalha.

Não foi ruim vê-la sendo enrolado naquele pano, foi bem pior. Ela continuava sorrindo, duas estranhas moedas de ouro foram colocadas em seus olhos, mas antes, no fundo da minha mente ouvi seu “Boa noite” e quase senti seus lábios vermelhos beijando minha testa. Quíron estava ao meu lado, uma das mãos no meu ombro, eu apertava minha lança e o bracelete em meu braço; Peg estava com o peito musculoso contra minhas costas, o focinho baixo em permitindo abraçá-lo quando caísse em prantos.

Sua mortalha não era muito exagerada era branca e delicada com um “Ω” (Ômega) em dourado no meio, já que éramos indeterminadas; hesitei varias vezes, mas no fim peguei a tocha e ateei fogo à palha seca, todos estavam calados, fora as lágrimas absurdas das garotas verdes e azuis, ouvi também as conversas baixas atrás de mim, as pessoas parecendo admiradas ou confusas com o cheiro apetitoso de panquecas com xarope de borde e uma gota de mel que exalava da fogueira.

Era como ela cheirava de manhã ou quando chegava em casa, não era só panqueca, ela possuía um ar de lar, que fazia todos se sentirem bem ao lado dela, meus olhos estavam grudados nas chamas que esbraseavam quando ouvi alguém começar a ir embora.

Começou, mas parou.

No exato momento, o laranja amarelo e vermelho das chamas foi substituído por chamas negras e verdes lambendo o ar cinco metros mais altos que as antigas, assustada vi que a mortalha estava intacta, mas mudava, o panos e tornou negro e longo chegando a meus pés, as bordas em um verde escuro, bordados perfeitos de najas reais feitos em linhas verde cintilante, um desenho diferente substituiu o Omega, não pode ver mas, com mais uma explosão um símbolo se formou no fogo.

—Aquilo é um caduceu? —Perguntou uma garota olhando para algo acima da minha cabeça e também para o símbolo no fogo. Era um longo cajado com uma única serpente se enrolando nele, o mesmo sinal flutuava em minha cabeça em um verde forte e brilhante.

—Não, idiota. Um caduceu tem duas serpentes e asas, aquilo... só é um cajado com uma cobra.

—Ah! Deuses! —Olhei para o lado vendo Annabeth com os olhos cinza arregalados para mim assim como Nico e outros loiros de olhos cinzentos.

Aqueles que entenderam o que se passavam, e isso não me inclui, começaram a discutir entre si e os que não sabiam começaram a gritar por cima das conversas querendo saber o que se passava, isso continuou até que senti algo se enrolar no meu braço.

Uma garota gritou.

—COBRA! —Berrou todos se afastaram de mim, se eu não gostasse tanto de serpentes teria gritado; ou talvez pelo fato que eu estava impressionada demais com do animal negro com algumas escamas verdejantes, os olhos amarelados fixos em mim, a língua bifurcada sibilando para mim, o réptil se deitou nos meus ombros até escorregar para meu braço esquerdo, se enrolando e em apertando abrindo a boca em cima das costas de minha mão.

Quíron bateu os cascos e todos se calaram.

—Salve Sury Carpe. Filha de Asclépio, senhor da Medicina e da Cura Antiga.

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—Como pode ter acontecido?! —Gritou Annabeth, ela parecia mais chocada que eu, apesar de eu ser filha dele, não ela.

O caso era que eu não devia ter nascido; meu querido pai não tinha chances não tinha chances de burlar essa regra; o fato dele poder engravidar mortais era tão sério que fizeram Hecate, a deusa da magia, jogar uma maldição nele, fazendo que todo o contato sexual que tivesse com uma mortal ou imortal seria maldito pela infertilidade. Ele não podia, de forma alguma, passar seus poderes para um progenitor.

Papai tinha sido um filho de Apolo que fora treinado por Quíron, que era o centauro ao meu lado numa cadeira de rodas mágica; enfim, ele tinha conseguido tal conhecimento de medicina, curas e cirurgias que estava ressuscitando os mortos, ou seja, a morte, Thanatos, Hades, Ares e todos os outros que dependiam das almas mortais para sobreviver estavam se ferrando, assim meu querido bisavô, Zeus pegou um de seus lindos raios e acertou na cabeça do meu pai.

Só que ele era muito querido não só pelo pai, Apolo, como por Zeus, então o convidaram para ser um deus e ele aceitou, com a condição que ele somente trabalhasse em prol dos deuses, sem nunca, jamais voltar a arrancar os mortos do Mundo Inferior. Até ai tudo bem, só que Hera, aquela... vaca, se me permite encheu  a cabeça do senhor os Olímpo que não confiava em Asclépio, e com isso Zeus mandou Hecate jogar a tal maldição em meu pai que o impediu de ter filhos, isso foi depois de ter meus irmãos

Macaão e Podalírio.

Ambos mortos na guerra de Tróia.

Bom o que importa era que eu não devia estar aqui, algum esperma espertinho conseguiu escapar da maldição e me fez nascer... na verdade dois.

—A maldição ficou gasta com o tempo. —Esclareceu Quíron sorrindo para mim, algo me dizia que ele e meu pai se davam bem.

—Como uma maldição se desgasta? —Indagou Percy tentando pegar a mão de Annabeth enquanto a garota andava de um lado para o outro, agoniada. Bufei e tirei meu Ipod da mochila, coloquei meus fones nos ouvidos e P!nk começou a cantar no interior da minha cabeça “Stupid Girl”.

Ignorei tudo ao me redor, querendo relaxar pelo menos por alguns segundos, enquanto eles resolviam meu futuro, coisa que não durou, assim que abaixei os olhos, vi o meu real estado. Minha camisa os AC/DC, meus shorts, meias estavam empapados de sangue, meu Converse estava encardido e desamarrado, e meu rosto refletido no visor do aparelho, bem... não aprecia eu.

 Meus cabelos negros estavam meios duros nas pontas pelo sangue, minha franja estava bagunçada e o topo da minha cabeça todo arrepiado, meu rosto pálido e meio dourado estava quase doentio, meus olhos pareciam engolir tudo de bom do mundo, estavam opacos e sem brilho, o verde escuro e brilhante pareciam de um morto, ou da própria morte, meu rosto estava manchado com sangue seco, meus lábios brilhavam em vermelho vivo como se estivesse com sede, minhas unhas longas pareciam garras agarrando o Ipod.

Eu aparecia uma adolescente perturbada sozinha no mundo.

O que não era bem uma mentira.

—Por que isso está sentado no sofá? —Ergui meus olhos para um homem gorducho e baixinho o rosto estava vermelho e andava bambo como se estivesse bêbado, os olhos roxos me davam arrepios, franzi o lábio, uma resposta ótima estava na ponta da língua, mas o fato dele estava flutuando a 30 centímetros do chão com uma Coca Diet flutuando ao seu lado, achei melhor ficar calada.

—Dionísio, a garota acabou de perder os pais. —Repreendeu Quíron, o deus deu de ombros e flutuou até nó.

—É essa que é filha de Asclépio?

Levantei-me na mesma hora, sentindo o olhar de todos em mim.

—Posso ir embora? —Vi os olhos de Percy se arregalarem.

—Não, você quer morrer? Se você sair...

Dei uma risada amarga e olhei para o garoto preocupado.

—Acabei de perder minha irmã, descobri que não devia ter nascido e muito provavelmente os deuses vão me matar. A pergunta “Se eu quero morrer” não serve muito para mim, não, Percy? —Citei, vi os olhos de pena tanto da loira como de Nico que não falara quase nada até agora.

—Sury, não é assim... —Tentou.

—Percy, você tem sua mãe, seu pai, um padrasto legal, uma namorada uma melhor amigo, todos bem. O que você sabe de perder as pessoas? —E com isso eu sai, já acontecido muita coisa só hoje e meu braço ainda doía, já que a cobra estranha que aparecera quando foi reclamada entrar literalmente em minha pele, como uma tatuagem, como uma espécie de marca por eu ser filha do cara da Medicina.

Puxei minha mochila por cima do ombro e comecei a contornar a varanda da Casa Grande, até que eu ouvi Quíron mandar Nico atrás de mim, apertei o passo e quando o vi dobrando a pouco metros de mim, pulei o cercado e sai correndo para longe, só queria ficar sozinha.

Mas como sempre, algo deu errado.

Quando ia entrar na floresta a minha esquerda, o garoto surgiu do meio das sobras das arvores colocando o braço na minha cintura, me empurrando para o lado contrário. Comecei a bater nele, me segurando para não chorar.

—Me larga! Deixa-me em paz, emo! —Ouvi ele bufar.

—Não do jeito que você está. —E em jogou contra uma árvore, colocando as mãos nos bolsos da calça jeans, mordi meu lábio com força, a raiva borbulhando em minhas veias.

—Não pedi para você vir atrás de mim, Nico. Por que não vai para a droga dos eu chalé cortar os pulsos, hum? Dou-lhe cobertura, só quero ficar sozinha. —Provoquei e pareceu que foi i ápice de sua paciência, o garoto me pegou pela gola da camisa, me levantando do cão somente com uma mão.

—Não estou aqui por você, Carpe, nem por Quíron, estou aqui por que o fato de você ter nascido pode ferrar toda a paz que a gente conseguiu instalar depois de séculos. Então, se quer ficar sozinha, sugiro que me siga ate a porcaria do chalé do seu pai que era só para ornamentar, mas que agora vai ser a sua casa. Tudo bem?

Minha língua parecia ter dado um nó, os olhos brilhantes e homicidas do garoto me davam arrepios, engolia seco e desviei os olhos enquanto ele em largava, cambaleei para trás me agarrando ao tronco da arvore atrás de mim.

—Vamos, então?

—Que seja, então. —Resmunguei entre dentes, Nico deu uma risada de escárnio dando leves palmadinhas na minha cabeça como se eu fosse um cachorro.

—Boa garota. —virei minha cabeça e mordi sua mão com força. —AI!

—A cachorrinha aqui tem raiva. Sim, onde é o meu chalé? —Nico me lançou um olhar de morte, mas seguiu em frente, andando calmamente pelo labirinto de chalés e adolescentes me olhavam assustados no meu estado.

—É aquele ali, entre Thanatos e Hipnos. Boa sorte, ambos não suportam você e seu pai.

—Dane-se, só quero ficar sozinha, não estou pedindo a companhia de ninguém. —murmurei para mim, mas ele ouviu e se virou para mim, com certa pena no olhar de serial killer— Aê, emo, a ultima coisa que eu quero é a sua pena.

—No momento é a única coisa que eu tenho a oferecer. —Disse com um sorriso meio que de canto, levantei uma sobrancelha.

—Pois fique com ela, não quero a misericórdia de ninguém, não queria ficar aqui, mas não tenho escolha mesmo. Agora volte para seus irmãos e me deixe em paz. —Ordenei andando para o meu chalé.

—Sou filho único no momento, e... Sinto em lhe dizer, você não vai ficar sozinha.

—Como é?! —Berrei com vontade de pular no pescoço daquele estraga prazer. Ele gesticulou com o queixo para cima, foi ai que eu vi que Peg posava logo ali, vindo ao meu encontro, não pude deixar de sorri ao vê-lo, assim que estava perto balançou as asas e bufou no meu rosto logo depois me deu uma lambida com a língua fofa, úmida e rosa.

—O que ele está fazendo aqui?

—Não quis ficar no Olímpo, quer ficar perto de você. Sabe que isso só ferra mais você?

—E por que, eu não tenho nada haver com o que Peg quer.

—E mais o Alazão aqui trabalha para o senhor do Olímpo, e ele te odeia por ter nascido e quebrado a lei dele.

—Belo bisavô que fui arranjar. Foda-se se ele quiser me matar, pouco me interessa.

O Emo riu e assentiu pegando seu rumo.

—Ah, me chamo Nico Di Ângelo, não Emo. —Franzi as sobrancelhas.

—O que isso me importa?! Emo?!

—Quando a concha tocar. Refeitório, au-au. —Não tive tempo para responder, ele foi engolido pelas sombras, bufei e acaricie a cabeça de Pegasus.

—Esse garoto é um saco. —olhei nos olhos de cavalo— Não acha, Peg?

Ele bufou um sim.

Respirei fundo e peguei a cabeça do eqüino nas minhas mãos, sorrindo.

—Vou tomar um banho, depois vamos explorar esse negocio de Acampamento, tudo bem? —balançou a crina longuíssima batendo contra meu rosto, ri. Só ele para conseguir me fazer rir. —Vá dar uma volta, eu chamo quando eu estiver pronta, vou assobiar, okey?

De imediato ele me lambeu outra vez e planou outra vez. Respirei fundo e entrei no meu chalé. Era bem bonito no total, era alto e negro com as soleiras da janela, portas em verde forte, na porta o mesmo símbolo que surgiu nas chamas e na minha cabeça:  uma cajado e uma cobra enroscada no mesmo, por dentro era bem melhor, os beliches tomavam a parte sul do lugar, a penas quatro deles, uma estante com livros em grego antigo sobre biologia, química e física e coisa assim, um sofá de quatro lugares largo, com uma mesinha de centro, e bem do lado de uma das camas, uma Naja real negra estava dormindo em um viveiro bem grande.

Logo depois corri para o banqueiro e joguei minhas roupas junto com meu Ipod, entrando debaixo do chuveiro quente.

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(http://www.polyvore.com/cgi/set?id=36083976)

Estava saindo do banho, depois de colocar um pouco de maquiagem para disfarçara as olheiras, a ultima coisa que eu queria era gente me perguntando eu estava, assim que joguei minha toalha no canto, percebi que um homem alto com um jaleco de medico estava sentado no sofá lendo um dos livros vidrado.

Era ele.

Como se em ouvisse ele levantou o olhar e sorriu como se eu fosse o copo de agua depois de caminhar ajoelhado por todo o Saara, franzi os lábios, só podia ser ele. Senti meu corpo esquentar com ira, ela se levantou mostrando o perfeito físico e um sorriso nos lábios vermelhos.

Ergueu as mãos.

—O que você quer aqui? —Minha voz estava rouca de ódio.

Seus olhos verdes cintilaram para mim carinhosos e estupidamente paternos.

Era Asclépio, meu nem tão amado pai.

—Só quero conversar, minha pequena.

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Notas finais do capítulo

MUITO obriga pelso Reviews meus amore.
Beijos
P.S: ainda presisando de mais uma personagem
Comentem*3*
*E avisar a Naah_dias que Violet aparecerá no proximo capítulo.
Beijos²