Dear Pegasus, escrita por DiraSantos


Capítulo 18
Ordem, A Revolta de Pegasus E A Moto de Ares


Notas iniciais do capítulo

Espero que Agrade.
Boa leitura.
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UP especial para: "Renesmee_Alice", que se deu o trabalho de justificar sua falta de review por que viajar... Não é fofa, gente?
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Boa leitura.²



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Capítulo Dezessete: Ordem, A Revolta de Pegasus

E A Moto de Ares

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Lika se postou na minha frente, os braços esticados para os lados, como se pudesse parar o deus da guerra, a expressão era irritada, bem feroz até para uma árvore. Miguel apertou a haste de sua Alabarda e se colocou do meu lado. Morte.

Aquilo só podia ser piada.

Quis morrer tantas vezes neste verão, e agora, quando finalmente descido que tenho algo pelo que lutar ou viver aparece alguém para me matar de tão bom grado. Puxei bastante ar, tendo espantar o medo natural que tentava se espalhar pelo meu corpo. Eu não ia morrer hoje. Não ia mesmo.

Soltei meu ar e levantei meus olhos para o deus da guerra.

—E o que eu fiz dessa vez? —Indaguei. Ares levantou uma sobrancelha, curioso com a minha aparente tranqüilidade.  O deus jogou a arma para o alto e a pegou com habilidade.

—O mesmo que seu pai. Ressuscitar. Ninguém deve fazer isso, vai contra a natureza, nem os deuses o fazem, por que uma fedelha meio mortal faria?

—Vocês não morrem. Isso também não vai contra a natureza? —Ele trincou os dentes. Senti uma onda de irritação forte crescer dentro de mim ao mesmo tempo em que uma impaciência, queria atacá-lo o mais rápido possível. Respirei procurando me controlar. Atacar o deus da guerra seria muita idiotice.

 Ele sorriu. Um sorriso cruel e cheio de violência.

—Você fala demais para quem sabe que vai morrer. —apontou para a Casa Grande— Sabe o que fez. Ele acordou, está vivo. Você ressuscitou o traidor do Olímpo. — Uma onda de choque correu todos ali. Rany se virou para mim com um sorriso, emocionada e com um sorrio orgulhoso que me fez me sentir pior ainda por ter julgado todos eles.

—O traidor... Luke? Luke está vivo? —Annabeth, que eu não sei de onde surgiu, tinha os olhos arregalados, um mistura de espanto, medo e alegria e Percy ao seu lado tinha, pela primeira vez, uma mascara de indiferença, o verde-água dos seus olhos não diziam nada.

Respirei fundo e senti muitos olhares em mim. Traidor. O que diabos aquele garoto tinha feito da ultima vez? Mas agora pouco me importava, quer dizer, não tinha tempo para pensar nisso agora, tinha que sobreviver a essa para poder perguntar a ele depois.

—Não sei o que inferno ele fez da ultima vez que esteve aqui, mas das vezes que eu o vi... —acabei achando o olhar de Annabeth que parecia ter abeira das lágrimas. Ela conhecia Luke?— Ele não me pareceu nada alem de... Arrependido.

—Arrependido? —Chase parecia estar em choque. Os ombros tremiam, os olhos brilhavam demais, a voz vacilava entre um sussurro e algo como um murmuro. Franzi o cenho me lembrando dos sonhos que tive com ele, os olhos sempre baixos, a culpa neles, o fato de que, a única vez que o vira rindo fora quando acordou.

—Argh, chega de conversa! Você morre hoje e o traidor também, mas dele eu cui...

—Estou aqui Ares. —Luke se apoiava em Rachel. Seu corpo estava um tanto atrofiado, ainda assentia dificuldades para andar; teria que se reabilitar ao próprio corpo, se sentia pesado provavelmente, e não me pergunte como eu sei. Apenas tive essa sensação... Mas que qualquer jeito, ele era um idiota. Por que ele não ficou na cama?

Apertei os olhos.

—Idiota. —Resmunguei e o olhei nos olhos. O garoto deu de ombros.

—Não ia ficar deitado com tudo isso rolando aqui. —Bufei e apertei minhas mãos em punhos, querendo bater em alguma coisa, o que me impressionou. Não sou uma pessoa violenta. Okey, talvez um pouco, mas não com todos, Sallin me tira do sério. Nada mais que isso.

De qualquer forma...

Apontei meu indicador para ele, sentindo uma raiva estranha no meu peito.

—Se você jogar meu trabalho fora... Vou caçar você no Hades, entendeu? —Ele sorriu e assentiu me virei para o deus que parecia surpreso comigo, mas não demorou muito, logo o motoqueiro girou a arma na mão e voltou a andar na minha direção. Bom, se eu ia morrer que fosse lutando.

Empurrei a dríade laranjinha para o lado que me olhou com preocupação e medo. Pisquei para ela e apertei uma das cabeças das serpentes do bracelete de Blythe. Elas se alongaram até se transformaram em uma bela katana com a a lâmina dourada, mas mesmo assim, eu não era boa com esse tipo de arma. Ah... Minha lança, como a queria agora.

Segurei a arma e ouvi Miguel se aproximando.

—Fica fora disso. Todos vocês, ninguém vai morrer no meu lugar. —O filho de Momo travou no chão, parando logo atrás de mim. Pude sentir o olhar deles nas minhas costas, o olhar de cada um deles. Respirei fundo e vi o deus da guerra avançar para cima de mim.

Corri em sua direção e parei seu ataque forçando a laminada espada de duas mãos para trás. Ares riu e tentou me acertar um chute na altura da cintura, pulei para traz, só que ele era muito mais rápido e experiente. Numa velocidade sobre-humana, ele correu na minha direção, a lâmina rasgou minha camisa e fez um ferimento de uns vinte centímetros de profundidade na minha cintura.

Saltei para trás e apertei meus dedos contara ferida, curando o mais rápido que pude, ficando um pouco tonta e sentindo meu estomago vazio se contrair. Respirei fundo e apertei a empunhadura avançando em mais um ataque; fui em sua direção, e ele na minha.

O motoqueiro não me atacou com a espada, mas pegou-me pela garganta, arrancando o ar que tinha nos pulmões e jogando meu corpo com a força de um deus no chão, tanta força que pude ouvir algo trincar dentro de mim, sangue escorreu pela minha boca. Afundei em uma pequena cratera no chão de terra e grama.

Ares apertou mais minha garganta, apertei os olhos e abri os lábios afim de tirar o máximo de ar que eu podia, mas sem grandes resultados, meus pulmões se contorceram. Eu não vou morrer agora. Juntei a katana do meu lado e a lancei tentando acertar a garganta para do motoqueiro, mas ele pressentiu o ataque e lançou minha única arma para o lado.

Comecei a ficar mais zonza pela falta de ar.

—Eu falei. Você não passa de hoje. —Em um golpe desesperado, lhe dei uma joelhada na virilha, o que surtiu o mínimo efeito, mas funcionou um pouco. Ele se encolheu e afrouxou um pouco os dedos, mas foi o suficiente. Respirei fundo e o oxigênio desembaralhou meu cérebro, me arrastei para cima, rolei e fiquei de pé. Cambaleante e enjoada, mas fiquei.

—Sury pega! —por reflexo estiquei minha mão na direção da voz de Miguel, agarrei algo. Ele deu um sorriso encorajador e assentiu com a cabeça, tinha um sorriso encorajador nos lábios... Mesmo sabendo que era uma luta perdida, acreditava que eu podia vencer. —Você é melhor com lança!

Olhei para a minha mão e via as serpentes negras da haste da minha lança, que pareciam me olhar com raiva. Sorri e girei a lança de dois gumes entre meus dedos. Aquela sim era minha arma. Virei-me para o deus que parecia impossivelmente mais furioso agora.

—Minha lança. Valeu Miguel. —Pelo menos uma gota de sangue eu tiraria desse cara. Pus-me em posição e o observei vir em minha direção. Corri em uma direção e lhe bloqueei o primeiro ataque e um segundo, e lhe lancei uma torrente de estocadas intercaladas por chutes, algumas o acertaram, mas quase não fizeram efeitos.

Irônico, Ares bocejou e me acertou um soco no queixo, me lançando ao chão outra vez e dessa vez não foi só o trincar que eu ouvi. Não sei quantas costelas minhas se quebraram com a força do golpe, mas não consegui levantar de novo, e comecei a me afogar com sangue que me subia pela garganta.

Droga. Os ossos tinham perfurado alguma coisa dentro de mim e dessa vez eu não ia ficar de pé. Ares se aproximou vagarosamente e o olhar cheio de desprezo e tédio, colocou a ponta da lâmina da espada de duas mão na minha garganta.

Por mais que aquela fosse claramente uma espada de duas mãos, pesada e potente. O cabo era muito mais longo que uma espada normal e o guarda-mão era mais longo e fino, fora que lâmina serrilhada tinha mais de um metro de vinte talhada com desenhos de chamas, o pomo da arma era um crânio humano.... Ele a segurava com uma mão

Lembrava-me filmes medievais... Bem se eu ia morrer, que bom que era uma arma legal.

—Vai morrer fedelha. — Disse como se fosse algo simples que não podia ser evitado, sua expressão era calma até todos ouvirem o som de algo de vidro se quebrando. O problema disso era que, não foi qualquer coisa de vidro que se quebrou. O vidro que tinha se espatifado no chão em vários pedacinhos era...

Bem, era um dos retrovisores da Harley do deus da guerra.

O rosto se destorceu em uma máscara tão animalesca e furiosa que pela primeira vez, acho que em toda a minha vida, realmente tive medo de morrer, quis correr e me esconder atrás de Quíron ou de qualquer outro. Ele virou os olhos para os campistas que deram alguns passos para trás. Tão assustados quanto eu

Quem quebrou o retrovisor?! —Rugiu. Houve um pequeno terremoto, ou foi o que me pareceu, mas ninguém teve muito tempo para pensar, milésimos depois, se ouviu um relincho mais raivoso que o próprio Ares, e uma sombra cobriu o Sol por alguns segundos, assim todos levantaram —inclusive eu— os olhos para o céu, vendo Pegasus mergulhar em cima do Deus, que teve que se jogar no chão.

Peg voltou para o alto e mirou outra vez, mas errando por pouco. Caiu no chão ainda trotando, muitos saíram da sua frente, o cavalo correu em direção ao deus que estava espantado, mas se levantou a fim de parar o cavalo, que se freou no último segundo se erguendo na patas traseiras, balançando mortalmente os cascos de ouro que acertaram rosto e braços de Ares. E em um último esforço se esticou mais e bateu com os dois pedaços maciços de ouro no peito do deus da guerra em um grande “Tum” que o jogou ao chão. Não saia sangue dele. Era algo dourado.

Pegs bufou e caiu nas quatro pastas arranhando o chão, as patas inquietas, as asas se mexendo com raiva, os olhos brilhantes e irritados, mas logo ele se virou para mim e baixou a cabeça, encostou o focinho no meu rosto e me ajudou a levantar.

Agarrei-me a sua crina, me puxando para cima enquanto ele levantava o pescoço, me coloquei de pé, ainda com dor e mancando. Peg bufou no meu rosto.

—É hoje eu mato esse maldito cavalo. —rugiu ficando em pé, apertou a espada na mão e começou a avançar... Bem começou, por que um trovão soou altíssimo e dois raios caíram no caminho do deus que rangeu os dentes. —Arranje outro cavalo voador, papai, por que esse não passa de hoje.

Um raio atingiu a mão de Ares que deixou cair à espada.

—Acho que não, Ares. Zeus ama mais esse pégaso do que qualquer um dos filhos. —Riu Apolo se afastando da filha de Demeter. O deus colocou a mão na calça jeans desbotada de marca, com um sorriso de canto que quase cegou a todos quando o brilho do Sol cintilou neles, tão brancos e retilíneos... Er, enfim.

O loiro parou do meu lado e me virou para si, colocando ambas as mãos cálidas na minha cintura. Pude sentir meus ossos voltando o lugar e as feridas cicatrizando, e eu me prendi nos olhos azuis brilhante. Ele sorriu de canto.

—Vive se metendo em confusão, hein gracinha? —Dei de ombros, sentindo os pêlos dos meus braços se arrepiarem.

—A graça da vida é essa. —Ele riu e assentiu.

—Você não se parece com Asclépio... Você é minha neta, não é? —franzi as sobrancelhas. Como meu avô podia ser tão gato?— Também não gosto disso, mas Ash não largaria do meu pé se...

—Okey! Não precisa entrar em detalhes, até por que, estou ficando com um filho seu. —Ele levantou uma sobrancelha e enxergou o olhar desconfortável de Will no meio da multidão que se formara. Ri com aquilo. Eu estava ficando com o filho do meu avô, meu tio, sendo que o meu avô era o deus da perfeição por quem eu tinha uma queda.

Podia ficar mais estranho? Achei, ao lado de Guilherme, Seth me olhando com uma mistura de preocupação e surpresa. Claro que sim. Tudo comigo pode ficar mais estranho.  Apolo deu um passo para trás e piscou para mim, vendo que meus amigos se aproximavam.

O deus–sol observou Miguel e Nathy me ajudarem a ficar de pé, me largando de Pegasus.

—Ela está melhor, mas precisa descansar. Até logo gracinha, se livrou de mais uma.

Depois o meu querido avô junto com o cara que tentara me matar e tinha quase conseguido, subiram em seus devidos automóveis. Ares praguejou, dizendo que não ficaria assim, que eu morreria antes do final daquele ano, tirou sarro de Pegs, dizendo que ele tinha deixado o Olímpo por uma fedelha que já estava literalmente morta.

Eu sabia disso. Pegasus havia se rebelado contra as ordens dos olimpianos para me salvar, tinha deixado seu antigo dono, que por acaso era o meu bisavô que estava dando minha cabeça a premio, e que já não gostava de mim por sua cavalaria imortal preferia ficar com uma garota que só sabia se meter confusão a ele, o Senhor do Olímpo.

Não queria ter colocado Peg em perigo, quer dizer, ele era o único que estava comigo desde que... Desde que Blythe se fora, e não me deixara desde então. Sempre ali, sempre do meu lado não importasse o que acontecesse. Respirei fundo observando nuvens de chuva começar a cobrir o cobrir o Acampamento.

—Consegue ficar em pé? —Indagou Nathy ajeitando meu braço por cima do seu ombro. Balancei a cabeça e tentei ficar de pé, minhas pernas estavam um pouco moles, não sabia por que ainda não tinha me curado, por que me sentia fraca agora.

—Ressuscitar exigiu demais de você, querida. Seus poderes não estão na sua melhor forma. —Asclépio caminhou na minha direção, e me tirou de meus amigos me apertando no peito por um segundo depois abaixou os olhos para mim acariciando meus cabelos.

—Ah... Droga, minhas pernas estão bambas. —Reclamei e meu pai soltou uma pequena risada, seus olhos brilhavam com um carinho paterno que atraiu muitos olhares. Lembrei que meu pai era mais próximo de mim que os outros, meu pai divino era presente, me visitava e se preocupava com meu bem estar, diferente dos outros.

Talvez Seth não estivesse tão certo. Ash não podia resgatar o que passou, isso era verdade, mas podia ficar por perto como estava fazendo agora, isso era... Importante para mim. É, acho que era isso. Tudo ficaria mais difícil de Ash não estivesse tão perto, se não fosse tão esforçado a tentar se aproximar de mim. Além de Lika, Asclépio era o que e ligava mais a Blythe e minha mãe.

Papai assentiu e tocou com o polegar onde o deus da guerra havia me dado um soco, o lugar formigou, mas logo não estava doendo tanto, assim como minhas outras feridas, somente minhas pernas e meu estomago vazio, que naquele momento rugiu.

—Com fome agora? —Indagou Lika sorrindo para mim. Dei de ombros e alguns riram daquilo.

—Talvez um pouco. —Respirei fundo e comecei caminhei para onde Luke estava, apoiado em Rachel calado e com dificuldade para respirar, mas seus olhos não saiam de Annabeth Chase, os olhos estavam cheios de culpa. Meus amigos ficaram ali conversando enquanto meu pai me seguiu, alguns passos atrás.

—Por que não vai falar com ela? —Perguntei chegando mais perto, o loiro olhou para baixo depois para mim.

—Tenho certeza que ela não quer me ver. —ele apertou os olhos e tremeu os ombros, meu pai se aproximou e o colocou de pé. —Droga, ainda não consigo andar direito.

Papai tocou sua testa, parecendo saber tudo que se passava com o garoto só com aquele simples toque..

—Você tem que descansar rapaz. Sua alma ainda não voltou completamente, espere até se sentir melhor. Está sentindo um enjôo e dor de cabeça, não? —Luke assentiu— É normal, a alma demora a se reabilitar no corpo, se descansar e ficar parado será melhor e mais rápido.

Castellan assentiu e esticou a coluna apoiado ainda em Rachel que tinha um sorriso nos lábios, talvez tudo estivesse dando certo como ela preverá, mas aquilo em deixou um pouco curiosa. Será que ela saia disso tudo e outra coisa, onde Ash estava no meio dessa confusão?

Rany apareceu do meu lado, abriu a boca para falar alguma coisa, mas encontrou o olhar do garoto que tinha voltado à vida. Ambos ficaram calados se encarando, hipnotizados um pelo outro. Bom, aquilo era a coisa mais normal que acontecia hoje então deixei de lado e empurrei o ombro de Crowfford.

—Por que não ajuda Rachel a levar ele de volta a casa grande? —A loira nem me respondeu, somente se aproximou e passou o braço de Luke pelo ombro e começou a levá-lo de volta a grande casa de telhado azul. Fechei os olhos e gemi quando senti meu estomago roncar outra vez.

—Eles me prenderam. —levantei os olhos para Ash. Ele me olhou, os olhos verdes cheios de preocupação— Perdão, minha pequena. Eu estava lá quando deram a ordem para matá-la, tentei impedir, lutei, mas Hefesto me prendeu, não me deixaram interferir. — Fiquei calada, e olhei para baixo, mas senti seu olhar no meu rosto.

—Peço perdão por ter falhado com você. —Franzi o cenho.

—Está se desculpando por quê? A culpa não é sua nem minha, lembra? A Maldição, culpa de Hera. —Um trovão cortou o céu e Ash me abriu um sorriso de alivio e de um carinho tão grande que senti meu rosto queimar, e ficou pior quando ele me abraçou.

—Obrigada, Sury. Não sabes como é impor...

—Importante, é, é. Okey, agora me larga, tudo bem? — empurrei seu peito, virando o rosto apara longe, constrangida. Asclépio riu e me bagunçou os cabelos. —Ash... E agora? O que acontece? —Seu rosto ficou sombrio de repente, de um jeito que eu não me lembrava de ver.

—Deve está acontecendo uma audiência na Sala dos Tronos. Pegasus abandonou o Olímpo quando interferiu em uma ordem direta de Zeus. Não sei o que pode acontecer, o senhor do Olímpo... Bem como disse meu pai, ele ama mais seu cavalo que qualquer um de nós.

—Mas ele não pode ferir o Peg, pode?! —Quase gritei. Papai balançou a cabeça para os lados, os cabelos negros e sedosos balançando um pouco na brisa leve do Acampamento.

—Poder pode, mas duvido que o faça. Ele tem muito apreço por ele. Hera tinha constantes brigas com Zeus quando Pegasus estava lá, o senhor dos céus passava mais tempo na pista de corrida do Olímpo do que de fato com a esposa, de qualquer forma, esse pégaso é mais especial que isso. Tem uma longa historia, não é algo que possa ser descartado a qualquer hora. Por hora, acho que as coisas ficaram quietas,  até eles se resolverem lá em cima.

Nessa hora, Pegs passou a cabeça por cima do meu ombro, sorri e lhe acariciei o focinho ele bufou carinhosamente. Meu pai sorriu também e lhe acariciou as orelhas.

—És importante, para minha filha, Pegasus. —ele relinchou algo em resposta, Ash sorriu para mim e me beijou a testa se afastando para ir embora. Suspirei e beijei o maxilar de Peg que empurrou minhas costas. Virei-me para meus amigos que conversavam, a preocupação tinha sumido, é agora eles riam e pareciam zoar com os filhos de Thanatos que estavam jogados no chão.

—Família... —sorri— Gosto disso.  —Caminhei até eles e pulei nas costas de Guilherme, me prendendo em seu pescoço, ele riu e passou os braços por baixo dos meus joelhos, me sustentando em sua costa larga e musculosa.

—Então, está viva por quanto tempo? —Indagou Miguel. Estiquei-me nas costas do grandão e olhei para ele que sorria para mim, mas também notei que ele estava de mãos trançadas com Nathy. A filha de Ares tinha um sorriso discreto na boca enquanto conversava com Púlox.

—Por uns três dias, eu acho. —Dei de ombros, Miguel revirou os olhos e Nathy riu daquilo. Conversamos por pouco tempo, meia hora mais ou menos, Ouvimos os cascos de Quíron se aproximando, sorria um pouco, mas também parecia preocupado.

Abaixou seu olhar para mim.

—Derrotou o deus da guerra, criança.

—Eu não, quem derrotou foi Peg. —Sorri ainda nas costas do filho de Hefesto. Pegasus apareceu com Lika não dorso, ambos riam... Quer dizer, eu sabia que Pegs estava rindo, ele não ria ou sorria de verdade, mas podia sentir que el estava feliz apesar de tudo.

O cavalo bufou e Quíron levantou as sobrancelhas, parecendo impressionado.

—Ele deixou o Olímpo por sua causa, Sury. Pegasus a ama. —Disse o centauro, surpreso. Sorri e estiquei a mão para o pégaso, que encostou o focinho na minha palma.

—E eu o amo. —suspiro— Bom, e agora? Já sei o porquê de todos não falavam de Cronos, o por que do receio de eu conseguir ressuscitar. Falta mais alguma coisa? —Eu estava brincando. Não esperava uma resposta, na verdade, não queria uma resposta, eu já tinha fiado perto da morte o suficiente, mas de qualquer jeito, Quíron tinha algo a dizer.

—A profecia. Você não conhece a profecia. —Claro, tinha isso também. Não sabia o quê o Oráculo tinha falado de mim.

—Claro, claro. E quando eu vou saber dessa profecia? —Indaguei olhando de canto para meus amigos que olhavam para os lados, incomodados com o fato de terem mentido para mim, mas eu mesma não ligava tanto para isso. Devia uma a Seth, na verdade, devia minha família a ele. Achei seu olhar, estava parado entre Viollet e Will, piscou para mim e estourou uma bola de chiclete, as mãos nos bolsos.

Estava feliz, bem pelo menos por enquanto. Quíron gesticulou com a cabeça para que nos os seguíssemos.

—Venham, todos vocês. Para a casa grande.

—Para quê? —Indagou Púlox, Vineyard lhe deu uma tapa na nuca.

—Vamos escutar e profecia, seu tapado. — Seguimos o centauro, cada um pensando no que poderia vir aseguir.

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Notas finais do capítulo

Então? Estão gostando? Bem eu queria me desculpar pela demora em responder os seus lindos comentários, mas saibam que eles são muito importantes para mim Okey?
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Mas tenho que ir para escola agora, estão respondo mais tarde. Ah! Também estava dando uma mexida na minha conta aqui no Nyah! e vi que tenho "18" LEITORES! Sabem o que é isso? Tem dezoito pessoas acompanhando minha fic!
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Gente obrigada, a vocês que comentam, LINDAS E LINDOS e aos meus queridos Leitores Fantasminhas, valeu pro lê tá, Gasparzinho?
Se puder, dar um review eu agradeceria muito okey fantasminha camarada?
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De qualquer forma, espero que tenham gostado. Comentem.
Estou aberta a puxões de orelha e ideias para historia.
Beiijos.
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