Draco Malfoy e os Pavões Albinos escrita por Helena Forneck


Capítulo 1
Capítulo 1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/157865/chapter/1

A família Malfoy era uma família bruxa muito tradicional. Todos os bruxos que entendiam alguma coisa de história da magia sabiam muito bem que eles eram importantes. E, mesmo no mundo dos bruxos, a importância e o poder vinham com uma coisa só: o dinheiro.

E o dinheiro dá direito a certas extravagâncias...

Draco Malfoy era apenas um garotinho de queixo pontudo e cabelo loiro platinado quando, numa tarde chuvosa de outono seu pai voltou do trabalho com uma surpresa pra ele.

“Draco!” Disse Lúcio Malfoy saindo das chamas esverdeadas que estavam na lareira da mansão. “Acabo de comprar uma coisa incrível pra nós!”

O garoto ficou imaginando o que poderia ser. Primeiro, pensou em uma varinha, porque, afinal de contas, era uma coisa realmente incrível. Mas a idéia teve de ser descartada, porque qualquer bruxo sabia que as varinhas só eram confiadas ás crianças no verão antes do ingresso na escola de magia.

Depois ele pensou numa coruja, que não era tão incrível quanto uma varinha, mas ainda assim era um presente bom. Além de serem bonitas e misteriosas, elas ainda tinham a função de mandar cartas. Se bem que isso faria muita diferença, porque crianças de cinco anos não sabem escrever.

“O que é papai?” O pequeno Draco perguntou quando suas idéias mirabolantes já estavam esgotadas.

“Pavões!” Lúcio Malfoy anunciou, com um sorriso gigantesco estampado na cara. “Pavões brancos como a neve, meu filho. Ficarão tão bonitos no nosso jardim. Já posso até ver o prazer no rosto da sua mãe, ao ver aquelas aves exóticas todos os dias, enfeitando nossa bela casa.”

Draco, que nunca fora uma criança boba, na hora percebeu que o presente não era para ele e que era muito menos incrível do que uma coruja. Na verdade, um sapo verde e gosmento talvez fosse mais divertido do que pavões brancos como a neve.

“Eles chegam em uma semana!” O pai disse sentando em sua poltrona, sentindo-se o rei do mundo.

**

Na semana seguinte, o pequeno Draco estava brincando no jardim com sua vassoura em miniatura, mais rápida e moderna do que a Nimbus 1900, que saira naquele ano, e mais aerodinâmica do que a Comet 180, o mais novo lançamento, quando chegou na frente do portão da mansão um veículo peculiar.

Parecia uma carroça, mas era inteiramente feita de metal e na frente, ao invés de cavalos ou unicórnios treinados, havia um compartimento alto com janelas, alavancas e botões. Quando a carroça parou completamente, o homem que estava conduzindo apertou um botão redondo que girava, fazendo que as rodas imitassem seu sentido, e o veículo fez um barulho ensurdecedor.

Draco sentiu antipatia imediata em relação aquela coisa. Era feia e barulhenta, igual a um aluno da grifinória!

Então, de dentro da cabine estranha saíram dois homens gordos, peludos e suados. Eles abriram o compartimento traseiro do veículo, que era um paralelepípedo gigante e tiraram de lá pavões!

Os pavões que foram encomendados na semana anterior. Aves espalhafatosas brancas como a neve.

Então Draco entendeu porque seu pai estava tão animado com a aquisição daqueles seres alados na semana anteiror. ELES ERAM TÃÃÃÃO FOFINHOS!!!!

O garotinho, em sua ânsia de fazer amizade com seus novos amigos descendentes de répteis, portadores de ossos pneumáticos e sacos aéreos, saiu correndo pelo jardim, jogou sua mini vassoura de colecionador na grama e ficou escondido atrás de um arbusto esperando o momento certo para se revelar e começar a brincar de pique esconde com os animaizinhos.

Foi então que, sentindo o cheiro doce dos bolinhos de abóbora que o menino escondera nos bolsos e estava devorando avidamente no momento, um dos pavões se aproximou do esconderijo do jovem Malfoy e, por acidente, mordeu seu dedo.

Foi aí que, pela primeira vez na vida, Draco Malfoy disse a frase, que depois se tornaria seu bordão:

 - Meu pai vai ficar sabendo disso!

Alguns bruxos acreditam que o pobre pavão que bicou o Draquinho foi vendido, outros que ele virou jantar de natal e ainda há uma corrente de estudiosos que acredita que ele se juntou à Ordem da Fênix.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

AVISO: NENHUM PAVÃO FOI MACHUCADO DURANTE A PRODUÇÃO DESSA FAN FICTION.

READ&REVIEW.