Problema G escrita por Mari Rosier


Capítulo 1
Problema G: missão Rose Weasley.


Notas iniciais do capítulo

Hey pipocas!
Essa ideia surgiu na minha cabeça do meio do nada e resolvi colocá-la em prática.
O Albus tem cerca de nove ou dez anos nessa one, e o Hugo uns oito.
Desculpem a capa, queridos leitores. É que o fotoshop que eu geralmente uso para fazer as capas deu pau então tive que usar o photoscape.
O Albus e o Hugo são muito mais novos do que os caras da capa, então imaginem eles uns dez anos mais novos.
É, então é isso.
Espero que gostem.
~Enjoy~



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Julho de 2014, casa da família Weasley

Intitulado pela sociedade secreta Oguh, o problema G tomava prioridades. Mais conhecido como garotas, essa era uma das coisas que mais me atormentava. Mais particularmente falando, Rose Jean e Lily Luna.

-Fuinha, a passagem está livre! – falou Albus pelo seu walkie talkie.

Fuinha era o meu cod-nome. Sabe, assim não seríamos descobertos tão cedo. O do Albus era Florzinha.

-Eu sei sua anta! – falei. – Estou ao seu lado escutando e vendo tudo, Florzinha.

-Ah, eu já falei que não é Florzinha – replicou Albus. – É Tanque de Guerra.

-Ah, como quiser – resmunguei. – Mas anda, entra aí.

E apontei para a porta do quarto de Rose.

-Por que eu? – Albus perguntou indignado. – Você é que é o irmão dela; a casa é sua; você é que é a fuinha...

-E você é que é o tanque de guerra! Ou as suas minas acabaram?

-Ah, ok. Tudo bem, tudo bem...

E Albus esgueirou-se pelo carpete entrando no quarto de Rose muito silenciosamente. Depois fui eu, e quando finalmente chegamos ao nosso santuário, fechamos a porta.

-Pegou a varinha do seu pai? – perguntou-me Albus quando reparou que estávamos completamente sozinhos ali.

Encostei a mão no meu bolso que estava volumoso devido á varinha de meu pai. Puxei-a e comecei a brincar com ela nos dedos.

-Claro – sorri.

-Ótimo, então vamos começar com isso logo.

Começamos a remexer nas coisas da Rose. A varinha era só uma precaução caso a minha irmã aparecesse por ali e resolvesse nos bater: eu seria mais rápido e lançaria um feitiço estuporante que a jogaria na parede inconsciente.

-Achei algo, cara! – exclamou Albus aproximando-se de mim com um pequeno objeto nas mãos. – O que será isso?

O peguei. O objeto era cilíndrico, como um copo, e dentro dele havia uma substância pastosa num tom de rosa-bebê enjoativo. No rótulo estava escrito: Frutas vermelhas; hidratante corporal 24h, peles secas.

-Que diabos é um hidratante corporal? – perguntou-me Albus. – Deve ser algo perigoso, ah, se deve.

-Vindo do quarto da Rose tudo é perigoso, Tanque de Guerra – afirmei. – Acho melhor guardá-lo. Vamos procurar mais coisas.

E meti o tal hidratante numa bolsa que carregava pendurada ao meu pescoço.

Continuamos vasculhando o quarto de Rose até Albus berrar.

-ARREEEEEEEEE!

Alarme vermelho. Na nossa sociedade secreta nós temos códigos, como por exemplo, um sussurro era sinal positivo, o polegar erguido para cima significava que deveríamos esperar mais e etc., e, por fim, o grito, berro ou volume sonoro muito alto significava sinal vermelho, que vem a ser fuja agora ou fuja agora.

Ergui a varinha de meu pai num gesto instantâneo olhando ao redor.

-Joaninha?! – berrei e girei os olhos no quarto procurando por Albus.

-Não é Joaninha, merda! – ele gritou quando o avistei parado ao lado do guarda roupa, e com a voz assombrada, apontou para uma peça de roupa estendida em sua mão esquerda. – Olha isso!

Me aproximei e fiz uma careta.

-ECA!

-Ah, vá! – guinchou meu primo estendo a calcinha cor de rosa para mim. – Pega isso, Hugo! É da sua irmã!

E arremessou a calcinha na minha direção. Dei um pulo para trás.

-Eu é que não vou pegar nisso aqui! – e apontei para a peça. – Não mesmo!

-Aaaaah, e tem mais!

Albus começou a jogar as calcinhas de Rose pelo quarto inteiro. Fugia de cada uma delas, dando pulos e mais pulos para trás até que bati na escrivaninha.

-Aaaaaaaaaah! – urrei de dor. Bati com tudo bem na quina, e, para completar, chutei o pé de ferro da cama de Rose e saí pulando de dor com uma perna só.

E Albus não estava pior. Saíra pulando entre as calcinhas espalhadas pelo chão até que escorregou em uma delas e bateu com a cara bem em cima de uma.

-Ah, merda... – falou ele com o nariz encostado em uma. – Espero que esta não esteja suja.

Pulando e urrando de dor como os olhos semicerrados, não conseguia ver o que estava á minha frente, devido ás lágrimas que se formavam e embaçavam a minha vista.

-ARREEEEEEEEE! – berrei novamente. Havia tropeçado em ninguém mais ninguém menos do que Albus e estava estatelado em cima do corpo dele.

-O que está acontecendo aqui? – alguém perguntou abrindo a porta. – Ah, não! Mãããe!

Uma Rose furiosa havia entrado no quarto e visto suas dezenas de roupas intimas espalhadas pelo carpete e eu e Albus jogados no chão feito dois hipogrifos mortos. E eu não havia conseguido lançar o feitiço estuporante nela porque a varinha havia voado para cima do guarda roupa do outro lado do quarto.

-Rose, mas o que – O que vocês estão fazendo aqui? – perguntou mamãe furiosa entrando no quarto atrás de Rose, que, gaguejando a todo o momento, não conseguia dizer nada coerente.

-Eles... Mãe... Quarto... Calcinhas... – ela dizia e ia assim por diante.

-Ronald suba aqui agora! – gritou mamãe fuzilando a mim e a Albus com o olhar. – E você mocinho – apontou para mim – levante daí agora mesmo. E você – apontou para Albus – não pense que vai escapar não, entendido?

Eu e Albus nos levantamos e concordamos com a cabeça fitando nossos pés.

-O... que... aconteceu... Mione? – ofegou meu pai aparecendo á porta do quarto de Rose. – Não achei a varinha.

-Não está vendo, Ron? – mamãe falou sarcástica. – Todas as calcinhas da sua filha estão... Estão por aí!

Agora papai ofegava ao mesmo tempo em que olhava abismado para as figuras minha e de Albus envergonhados no meio de tantas calcinhas com babadinhos cor de rosa (não que eu tenha reparado, mas é que... É, eu não reparei) no centro do quarto.

-Fora – ordenou entre dentes. – Agora.

Curto e grosso. E assim fomos, saímos dali com as bochechas coradas tamanha a nossa vergonha e quando passamos por uma Rose que ainda gaguejava freneticamente, não pude me conter e soltei um risinho.

.

-O que diabos vocês estavam fazendo? – ralhou meu pai na sala de nossa casa. Eu e Albus dividíamos o sofá ainda fitando nossos sapatos. – Entrarem no quarto de Rose escondidos e... E mexerem nas coisas... Ahn... Intimas dela daquele jeito! Vocês não sentem vergonha?

-Ron? – alguém perguntou saindo da lareira. Levantei o rosto e vi o tio Harry. – O que aconteceu? Hermione me mandou uma coruja e...

-O que aconteceu? E você ainda se dá ao trabalho de perguntar, Harry...

-Ok, ok – meu tio falou e olhou para Albus. – Albus, depois você se entende com a Gina.

Albus apenas deu de ombros.

-A Hermione decide o que fazer com esse pestinha – falou meu pai e apontou para mim. – Mas então, Harry, ficou sabendo da derrota das Harpyes?

-Pois é, cara – confirmou Harry. – Gina está meio grilada com tudo isso...

Olhei para Albus que confirmou com a cabeça e, no mesmo momento, escorregamos pelo sofá e rastejamos sem produzir ruído algum até a cozinha. Quando já tínhamos a mais absoluta certeza de que ninguém havia nos visto, abrimos a porta e nos esgueiramos até o jardim.

Olhei furtivamente para cima e vi dois vultos arrumando algo num quarto que supus ser de Rose.

-É o seguinte, Florzinha - falei para Albus. – Eu vou primeiro até a sede da Oguh e quando eu fizer sinal negativo com o polegar, vai você.

-É Tanque de Guerra! – replicou novamente Albu e rolei os olhos. – Ah, ok, ok.

Andei sorrateiro até uma árvore muito alta que estava nos fins do jardim de casa, e a escalei. Quase no topo, havia uma casinha que papai construíra para mim e que agora era a sede da Oguh. Fiz o sinal e Albus, também muito sorrateiro e discreto, chegou até mim.

-Então, Fuinha – começou entrando na Oguh -, checaremos agora ou deixaremos para depois?

-Agora – sussurrei e tirei o cilindro de dentro da bolsa. – Tem um cheiro enjoativo.

-Verdade.

Apertei uma bolinha que estava no topo do cilindro e o liquido pastoso rosa-irritante jorrou bem na minha cara. Tinha um gosto horrível, era amargo e não tinha gosto de frutas vermelhas.

-Putz, Hugo – falou Albus com uma careta. – Seu rosto está cor de rosa.

Passei as costas da mão em cima dos meus olhos e tentei abri-los, mas quando o fiz, começou a arder muito.

-ARRE! – guinchei. – TÁ ARDENDO MEU MÉRLIN, TÁ ARDENDO!

E comecei a passar as costas das mãos novamente por toda a minha extensão facial e não parava de arder.

-HUGO! – Albus berrou. – PÁRA DE PASSAR A MÃO, SUA JAMANTA!

-POR QUÊ?

-PORQUE AINDA TEM ESSE TROÇO COR DE ROSA NELA E SÓ VAI ARDER MAIS, Ô CABEÇÃO.

E não é que aquilo fazia sentido? Parei de esfregar os olhos e limpei-os com a barra da minha blusa.

-Que gosto tem?

-Ah, sei lá – respondi desnorteado. – É meio amargo, azedo... Não tem gosto de frutas vermelhas, não mesmo!

-Onde estão aqueles patinhos de borracha?

Uma voz gritou lá de baixo e espiei por cima da janelinha lisos cabelos ruivos se misturarem á cheios cabelos castanhos.

-Não sei, Gina, mas nós vamos achá-los!- falou mamãe ao lado de tia Gina.

-Ah, se vamos!

-É, Albus – falei para ele. – Parece que teremos que passar a noite aqui... De novo.

Fim


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Notas finais do capítulo

Entããããããão, o que acharam?
Eu pensei em uma continuação pra essa one, mas não sei. O que acham?
Vocês gostaram? Eu sei, fiz o Hugo um mandão e o Albus um capacho dele. Me diverti escrevendo.
O hospital St. Mungus adverte: mandar um review para essa pobre autora de fanfics não irá fazer você parar em um dos nossos setores para acidentes mais perigosos. Isso é verdade.
Então, qualquer review é bem vindo.
Bejim :*