Zoom Into Me escrita por HinaKaulitz


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Sugiro que escute a música do Tokio Hotel Zoom into me durante a leitura. A música embala essa trama a partir do momento que a garota começa a cantar, sugiro apertar o play assim que ela chegar ao piano.
Beijos, divirtam-se, emocionem-se e deixem reviews rs'
HinaKaulitz

música=> http://www.4shared.com/audio/27JW3YaR/Zoom_Into_Me.htm



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(Zoom into me by HinaKaulitz)

Eu não conseguia dormir. O sono simplesmente se foi. Isso era normal quando eu estava chateada ou quando algo me perturbava. E era assim que eu me sentia perturbada, irritada e confusa.

Levantei da cama e calcei os chinelos. Fazia frio nesta noite. Logo me arrependi de sair de minha cama confortável e aquecedora. Mas eu não conseguia dormir...

Apesar de protestarem, minhas pernas começaram a se mexer, andar. Cozinha? Não, eu não estava com fome. Então aonde? Não sei, deixei minhas pernas me levarem.

E elas me levaram. Parei na sala de música. Graças a Zeus alguém teve a idéia de por um cômodo musical aqui no santuário. Athena o fez. E me chamou para ensiná-la a tocar e cantar. 

Engraçado, não? Por que a grande Deusa veio recorrer a mim, uma humilde musicista? Claro, já éramos amigas, mas Saori era Athena. Deveria contar com os melhores para isso não? Mas não era assim que ela pensava. De qualquer forma, sinto-me honrada.

Entrei na sala já me dirigindo ao piano. Senti que precisava cantar algo para relaxar. E também para tentar esconder o que sentia por ele.

O santuário não me fazia bem por isso, pela proximidade. Mas eu não pude e não queria recusar a oferta de Saori Kido. Mesmo sabendo os males que aquilo me causaria.

Acomodada no instrumento, comecei a tocar. Eu precisava de uma música para aliviar a tensão. Escolhi no automático. Meus dedos pareciam já saber do que eu precisava e se adiantaram, com leveza, pelo teclado do piano. Não pude evitar cantar junto.

- ‘Is there anybody out there walking alone? ,

Is there anybody out there

Out in the cold? … ’

Cantava enquanto meus dedos deslizavam com precisão.

-‘One heartbeat lost in the crowd,

Is there anybody shouting

When no one can hear?

Is there anybody drowning

Pulled down by the fear?

I feel you, don’t look away

Zoom into me…’ - meus olhos umedeceram.

-‘Zoom into me...

I know you’re scared.

When you can’t breathe I’ll be there

Zoom into me…’ –  Lágrimas rolaram pela minha corada tez.

Aquela música tinha tanto a ver... Era como se eu estivesse falando comigo mesma, com um lado meu assustado e triste. Um lado apaixonado e desiludido, porém persistente. Uma parte que se encantava com o platônico. E com ele.

-‘ Just open your jaded eyes

Zoom into me... Zoom into me…

I know you’re scared,

When you can’t breathe I’ll be there,

Zoom into me…

Came closer… And closer...’ –  eu estava chorando.

Chorando por alguém que, provavelmente, nem faz idéia do que sinto. E do porque eu choro.

-‘Zoom into me... Zoom into me...

When the world cuts your soul into pieces

And you start to bleed…

When you can’t breathe I’ll be there

Zoom into me…’

Eu estava sufocada. Essa devoção a ele me deixava tão claustrofóbica com minha própria mente. E eu nem tinha como fugir desta tortura, estava no território dele, no santuário, perto demais.

-‘Zoom into me.’ – finalizei para logo em seguida cair em prantos. E eu continuaria a chorar se aplausos não tivessem irrompido o silêncio.

-Cantou muito bem – afirmou o cavaleiro enquanto ainda aplaudia.

Minha mente trabalhava rapidamente, avaliando a probabilidade de ser real. Eu mentia para mim mesma ao desejar que não fosse. Ele se aproximava.

-E tocou bem – acrescentou.

-Obrigada – minha voz murmurou falha, me entregando.

-Está chorando? – preocupou-se.

-Apenas emocionada – apressei-me para me recompor.

-Entendo. Com essa música, também, não é para menos. Não é Mabelle?

Ouvi-lo pronunciar meu nome me arrepiou. O evidente sotaque francês me deixava em êxtase. E não pude disfarçar meu torpor.

-Sim. Impossível não sentir algo, seja a música que for... – respondi temerosa. Ele notara minha reação?

-É. Mas, esta, em especial parece música de apaixonado – refletiu em voz alta.

‘Por favor, não ligue os pontos!Por favor, não ligue os pontos!’ choramingava mentalmente.

-Está gostando de alguém? – concluiu.

Prendi a respiração.

-É do santuário? – indagou curioso.

Suspirei tentando disfarçar o pânico que se instalava em mim.

-Por que da pergunta? – rebati sem pensar pegando-o de surpresa. Ele deu um meio sorriso e desviou o olhar, fazendo mistério. Só depois disso notei a ausente distância entre nós.

-Eu só queria saber o que você sentiria – encarou-me – com isso – sua face se aproximou selando nossos lábios.

O beijo, inicialmente terno, foi aquecendo e se tornando urgente. Quando o ar nos faltou, pude perceber nossos corpos agarrados amassando as roupas e minha boca respondendo:

-Ótima – ele sorriu.

-Mabelle – sussurrou tocando sua testa na minha – Pare de fugir, por favor. O que você sente?

-Camus, eu... – corei. Não conseguiria dizer de imediato. Ele riu.

-Tudo bem, sem pressa. M’a Cherry – falou.

Parece que ele já sabe o efeito que o seu sotaque causa em mim. Que ele causa. Mas agora, eu só quero saber o que aquele cavaleiro me causará.

I’ll be there, Zoom into me...

Fim 


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Notas finais do capítulo

Mereço review?



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