Once Upon Two Times escrita por biancarr


Capítulo 2
It has happened


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, fiz isso ás três da manhã então não sei se a ortografia está boa...



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POV ROSE

 Eu cheguei ao pátio, cheio de alunos conversando animadamente, era tão interessante como o humor das pessoas mudava de acordo com clima do momento. Fiquei na ponta dos pés procurando pela cabeleira loira e bagunçada de Scorpius. Ele havia mudado tanto, mas isso não me impedia de gostar dele, eu sabia que era só uma questão de tempo até que ele se tocasse e parasse de andar com aquelas pessoas. Eu o avistei andando ao lado de mais três pessoas, perto da fonte de água no centro do pátio. Corri até ele.

- Scorpius – chamei, pois ele estava de costas.

Ele se virou e arregalou os olhos extremamente azuis para mim hesitantemente, às vezes aquilo me assustava. Em um movimento imperceptível, Sorpius balançou a cabeça negativamente para mim enquanto me aproximava. Eu sorri para ele e continuei me aproximando.

- Ei, Scorp eu estava pensando... - comecei, mas os amigos de Scorpius se viraram começaram a me encarar intimidadoramente, minha voz falhou meu sorriso sumiu. Eu odiava aqueles garotos, com todas as minhas forças.

- O que você quer Weasley? - falou Scorpius, arrogante.

- Weasley? Ganhei um novo apelido agora? Mas eu gostava do antigo... - falei voltando a sorrir para Scorpius... A expressão dele se suavizou e quase vi um sorriso torto nos seus lábios.

- SCORPIUS - um dos amigos dele chamou - Termine com isso logo e vamos embora!

Eu revirei os olhos e ele voltou a me encarar com a expressão dura e murmurou arrogantemente:

- O que você quer?

- Nossa! Por que esse mau-humor todo? - perguntei.

- É que eu detesto quando gente estranha vem falar comigo - Scorpius disse isso alto, muito alto, quase gritando, eu arregalei os olhos, surpresa. Seus amigos começaram a rir lá atrás e alguns alunos dos pátios nos olhavam agora.

- Scorpius, o que está havendo com você? - perguntei baixinho.

- Weasley, você não tem coisas melhores para fazer não?! É claro que não. Desculpa-me, mas eu tenho - Ele disse secamente, os amigos dele riram mais alto e alguns alunos murmuravam "Que otária" ou "Ai, meu Deus" eu pisquei meio desorientada.

- Nós conversamos depois - eu murmurei - Quando você parar de agir como um idiota.

- Ah! Weasley, por que você não vai procurar um dos seus priminhos metidos a besta ou conversar com fantasmas - ele falou, eu sentia a minha garganta se fechando e meus olhos se enchendo de lágrimas - É só isso que você faz, não é mesmo?! Não estou a fim de falar com gente esquisita hoje!

Aquelas palavras foram o ápice da situação para mim. Eu não acreditava no que tinha ouvido e muito menos de quem tinha ouvido. Não pude impedir que uma lágrima escorresse dos meus olhos, eu logo a limpei com a manga do suéter e me virei para ir embora, eu ouvia os amigos de Scorpius rindo e várias pessoas cochichando. Comecei a andar, mas parei me virei instantaneamente e gritei para a figura loira que se afastava:

- Você é mais covarde do que eu pensei, Malfoy.

Scorpius virou-se para mim nesse momento, mas uma garota de cabelo chanel e negro o puxou pelo braço e eles foram para fora do pátio.

Eu corri, não queria ir para meu quarto, não perderia aquele lindo dia de sol por conta de uma briga idiota com um garoto estúpido. Decidi ir ao lago. Eu fui caminhando em volta do lago resmungando sozinha e de vez enquanto deixava um palavrão escapar bem alto. Avistei Alvo com uma garota loira do outro lado do lago e caminhei até lá, quando cheguei, a garota estava se despedindo e indo embora. Eu esperei ela sair e me joguei na grama ao lado de Alvo.

- E aí? - falou ele sorridente, eu virei o rosto para ele com a pior cara que pude fazer e o sorriso dele sumiu - O que aconteceu?

- Acabei de ser chamada de estranha em uma briga pública ridícula com a pessoa mais covarde e estúpida da face da terra - Eu disparei a falar - Para melhorar a minha situação eu tinha Hienas e metade de Hogwarts como platéia...

-Foi o Scor...? – Ele começou.

- Shhh... - eu o interrompi - Mas sabe o que eu realmente não entendo? Ontem ele veio todo maravilhoso para cima de mim, perguntando se eu queria ir ao Três Vassouras com ele hoje. Como eu sou uma boboca eu aceitei. Eu estava toda feliz indo perguntar para ele que horas  nós iríamos e ele vem todo arrogante me chamando de ‘Weasley’ e...

- Mas é isso que você é... – começou Alvo de novo.

- Quieto Alvo – eu o interrompi novamente – Sabe o pior de tudo eu achei que ele estava votando a ser o Scorpius de antes, achei que finalmente ele estava voltando a si e logo, logo deixaria de andar com aqueles panacas, que ele chama de amigos. Bem, eu estava errada de novo e isso me frustra. Não costumo me enganar com as pessoas...

- Mas você...

- Shhh... E no fundo eu sei que tudo isso é encenação, ele não é assim Al, eu sei, só está tentando ser alguém que ele não é. Alguém que as pessoas querem que ele seja. Ah pelo amor de Deus, eu odeio bipolaridade.

Eu gritei de raiva jogando a cabeça para trás depois olhei para Alvo, ele estava com uma expressão engraçada no rosto. Olhava-me como se eu fosse alguma fugitiva do St. Mungus. Revidei com meu olhar ameaçador e disse:

- Você não vai falar nada?

- E eu posso? – ele disse indignado, eu abracei meus joelhos e comecei a encarar o lago – Olha, Rosie, eu acho que você devia repetir tudo o que acabou de dizer, mas para o Scorpius.

 Eu suspirei. Ele tinha razão, mas eu não iria me desculpar com Scorpius eu não havia feito nada. Eu olhei para Alvo e sorri.

- Obrigada – falei, ele sorriu e assentiu com a cabeça.

 Ficamos alguns minutos em silêncio, observando o lago e os alunos aprontando envolta dele, vi Tiago na outra margem do rio com Fred e Roxanne; vi meu irmão aprontando com alguns colegas a nossa esquerda. Por fim me lembrei da garota loira com quem Alvo conversava antes de eu chegar.

- Então – comecei, fazendo Alvo voltar sua atenção para mim – quem era aquela garota loira que estava com você?

- Ah... – Percebi Alvo corando e piscando freneticamente, sempre fazia isso quando estava envergonhado – É a Chloe.

- O QUÊ? – Falei arregalando os olhos e fazendo algumas pessoas nos olharem – Chloe Wilson, do sexto ano?

- É – ele disse sorrindo – Eu a ajudei com uns Explosivins fugitivos e começamos a conversar. Ela estava me chamando para ir à Casa de Chá da Madame Puddifoot em Hogsmeade hoje.

- Verdade? – perguntei, ele assentiu – Uau! Nós rimos.

- Então você não vai com a gente hoje? – perguntei, ele balançou a cabeça.

Ficamos ali em silêncio por um bom tempo, eu adorava Alvo por isso, ele sabia exatamente a hora de se calar, sabe quando precisamos ou não ouvir alguém falando. Uma hora depois nós fomos nos arrumar para ir a Hogsmeade. Encontrei-me com Brooke, na sala comunal da Corvinal, contei sobre minha discussão com Scorpius e ela falou “ele vem pedir desculpas, acredite”. Depois quando estávamos a caminho do pátio, nos encontramos com Tiago, Roxanne e Fred no fim do corredor do segundo andar. Nós cinco fomos para o pátio esperar a autorização da Diretora McGonagall para poder sair. O passeio foi divertido, fomos as Zonkos, á Doce Mel, tomamos cerveja amanteigada no Três Vassouras (encontrei Scorpius e a garota de cabelos negros e chanel lá) e passamos na frente da Casa de Chá da Madame Puddifoot, consegui ver Alvo e Chloe conversando em uma mesa perto da janela. Quando voltamos já era noite eu estava muito cansada, por isso me despedi dos meus primos e fui para o quarto, Brooke iria depois. Eu cheguei à sala da Corvinal, já havia vários alunos lá, havia esfriado então a maioria estava envolto em um cobertor ou sentados no tapeta á frente da lareira. Cumprimentei algumas pessoas e subi para o quarto, coloquei meu pijama, peguei meu exemplar de Antologia de Feitiços do Século XVIII e me deitei na cama. Uns dez minutos depois, Brooke entrou no quarto gritando meu nome e assustando nossas colegas de quarto.

- Rosie, Rosie – Ela gritou indo sentar-se na sua cama, ao lado da minha.

- O que foi? – falei sem tirar a atenção do meu livro, já estava acostumada com esse jeito maluco de Brooke.

- Então – ela começou – tem um sonserino loiro muito gato chamando você lá embaixo!

- O QUÊ? – eu falei, abaixando meu livro instantaneamente. Eu hesitei, não sabia se queria falar com Scorpius agora, pensei por um minuto e cogitei a voltar para meu livro, mas Brooke falou:

- Ele disse que não sai de lá até você ir falar com ele – Brooke falou. Ela me olhava como quem diz “O que você está esperando? Vai logo sua lerda”. Eu bufei.

- Eu não vou! – falei, colocando o livro na frente do rosto.

- Ah, pelas barbas de Merlin, Rosie – Brooke se levantou e me puxou pelo braço fazendo me levantar também

– Vamos, pare com essa frescura – ela pegou o me jogou meu casaco e me levou até a porta.

- Eu não quero ir Brooke, não quero – insisti. Ela continuou a me empurrar pela sala comunal.

- Você vai sim – ela praticamente me jogou para fora da sala e bateu a porta atrás dela.

Eu resfoleguei e me virei. Scorpius estava lá, com as mãos nos bolsos e me observando de cabeça baixa. Quase senti pena dele e o perdoei sem que ao menos ele abrisse a boca, mas ei, eu sou orgulhosa demais para me redimir assim tão fácil. Cruzei os braços e balancei os cabelos.

- O que você quer? – falei secamente.

- Pedir desculpas – ele murmurou e me olhou com aqueles grandes olhos azuis e quase dei o braço a torcer de novo. Continuei o olhando com ar de superioridade.

- Simples assim – falei.

- Eu espero – ele falou, eu suspirei e continuei a encará-lo

- Você me magoou, Scorpius – falei – não sei se a idéia de amizade que vocês têm na Sonserina é outra, mas caso você não saiba isso não se faz com amigos.

- Eu sei Rose, eu sei disso – ele continuou – É que, é difícil para mim. Eles esperam que eu seja assim e eu acabo cedendo à maioria.

- Não precisa ser assim, Scorpius – falei alteando a voz – Você sabe muito bem que a casa que você foi mandado, não define quem você é. Pelas barbas de Merlin, quantas vezes eu tenho que te lembrar de Snape?! Diga-me qualquer coisa, me dê qualquer desculpa... Menos essa!

- Rosie, me escuta – ele falou colocando as mãos nos meus ombros – eu não sei por que fiz aquilo, nunca em um milhão de anos eu pensei em magoar você. Você é a única amiga de verdade que eu tenho e eu não posso te perder Rose. Por favor, me perdoa, eu preciso de você, Rose, preciso que você me lembre todos os dias como eu sou estúpido e insensível. Eu só não posso me permitir continuar sentindo o que eu estou sentindo agora!

- E o que você está sentindo? – eu perguntei, e ele tirou as mãos dos meus ombros.

- Eu não sei – ele falou – é uma coisa revirando no meu estomago, eu sinto uma angustia... Um frio!

- Um frio? – eu olhei interrogativamente.

- É... Tipo isso! – ele engoliu seco e continuou me olhar, esperando que eu desse o veredicto.

- Eu vou... vou pensar um pouco – falei, por fim – Não sei se vale à pena, não sei se posso confiar em você se me troca por coisas tão bobas como expectativas alheias e reputação.

Ele levantou a cabeça e me olhou tristemente. Tudo bem, eu tinha pegado pesado dessa vez, mas o que eu vou fazer?! Era a mais pura verdade.

- Tudo bem, então – ele murmurou – Eu vou... vou para meu dormitório agora. Eu concordei, tentando me conter. Ele se virou e começou a caminhar para as masmorras, antes que ele virasse o corredor, eu o chamei de volta:

- SCORPIUS – eu gritei, fui até ele e fiz o olhar mais ameaçador que pude – Nunca, nunca mais ouse fazer uma coisa dessas, está me ouvindo! – Ele abriu um enorme sorriso – você me deixa maluca...

- Eu... Obrigado, Rose – ele falou – não vou te decepcionar de novo, acredite.

- Assim espero – falei – Agora pode ir embora. Ele sorriu de novo e se virou para ir embora.

- Scorpius – chamei, ele se virou.

- O quê? – ele disse e eu corri até ele e o abracei.  Senti o cheiro de menta dos seus cabelos loiros, ele ficou atônito por alguns segundos, mas logo correspondeu o abraço. Eu me desvencilhei de seus braços, com lágrimas nos olhos.

- Já disse para você ir embora - eu falei com voz de choro. Ele riu e se virou para ir novamente. -

Scorpius – eu o chamei pela última vez.

- Fala? – ele se virou, mas continuou andando de costas.

- Boa noite – eu falei.

- Boa noite, Rosie – ele me deu um último sorriso, virou-se e se foi.

Eu me virei e voltei para meu dormitório, sorrindo.


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Notas finais do capítulo

mereço reviwes? HAHA espero que tenham gostado
XOXO



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