Butterfly

Ontem,

Sentado na varanda esperando a lua nascer, eu vi algo completamente fora do comum.

Uma linda borboleta com suas asas azuis turquesas, que davam um ar de rebeldia no pequeno animal, pousava em um cravo, velho, quase ao fim de sua vida.

“Ontem eu fui pro jardim

Segui uma adorável borboleta”

Oh, querida isso me lembrou tanto nós dois.

Você, bela e livre. E eu fechado somente no meu mundo, esperando cada lua cheia chegar angustiadamente para a minha transformação, cansado por tudo que eu já passei.

“Sinto seu cheiro em minha mão por dias

Eu não consigo lavar seu perfume”

Eu percebi que simplesmente não posso mais continuar com isso.

Eu não posso aprisionar você, uma linda borboleta ao meu lado.

Não posso ser egoísta ao ponto de lhe tirar a liberdade.

“Talvez eu possa viver com isso

Talvez eu precise de fantasia

Viver perseguindo a borboleta”

Então suavemente a exótica borboleta, vai embora, deixando para trás aquele velho cravo que teve sua vida marcada por esse encontro.

“Sinto muito pelo que fiz

Eu fiz o que meu corpo me disse

Eu não quis te fazer mal ”

É assim que eu me despeço de você minha doce e bela Tonks.

Não quero fazer você sofrer, e eu sei que se você estiver ao meu lado isso acontecerá.

“Eu te disse que voltaria

Quando o pardal fizesse seu ninho

Mas eu nunca voltarei”

Prefiro vê-la sorrindo, sendo livre como a borboleta que só precisa se preocupar em voar.

Me desculpe.

“Sinto muito.”