My Dreams, My Secrets escrita por letter


Capítulo 6
Six


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura o/



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    Eu não queria acreditar nisso. Eu me recusava a acreditar nisso. Dentro de mim se travara uma interminável batalha entre a minha razão e os meus sentimentos. De ora em ora um falava mais alto que o outro. Os fatos eram incontestáveis. Uma poção do sono não permitia que quem a tomasse sonhasse, além do fato de que Lorde Voldemort era conhecido por influenciar as pessoas á fazerem diversas coisas para si, ele quase me levara a acabar com minha vida – e essa não era a primeira vez –, e a principal prova de que o que Dumbledore e Snape me disseram era verdade, era que eu nunca conseguiria imaginar algo tão divinamente perfeito come Tom era. 

    No fim fui obrigada a aceitar que era verdade, que o Lorde me usara. Mas para que? Eu não tinha mais nenhuma finalidade para servi-lo agora. Do que adiantara ele brincar com meus sentimentos e com minha vida mais uma vez? Eu não era e nunca nem de longe fui uma ameaça para ele, então novamente eu pergunto: Por quê?

    - Menina tola – praguejou Severo – Ele é o Lorde das Trevas, não consigo nem se quer acreditar que você pensou que mesmo em sonhos ele poderia sentir algo por você – cuspiu – Ele apenas queria afetar seu precioso Potter, desconcertar ele através de um estrago feito por você. Agora tente esconder esses malditos sonhos antes que eu vomite se vê-los novamente – Legiminência! – e sem conseguir impedir que Snape acessasse minhas memórias, o vi ver os meus mais profundos segredos. O vi penetrar ao mais fundo em meu coração, e com vergonha, o vi zombar de meus sonhos.

    Caminhei a pesados passos de volta ao dormitório. A raiva era tanta que fizera lágrimas de ódio subirem aos meus olhos, mas eu lutaria contra elas, não permitiria que uma lágrima que seja se derramasse por causa dele. Ódio de Voldemort, odeio de Snape, e principalmente, ódio de mim. Snape estava certo, e isso me causava maior ódio. Fui tola, como pude acreditar e me deixar levar por malditos sonhos?

     Abri com violência a porta causando um estrondo no quarto, e antes que eu pudesse me jogar na cama e enterrar minha cara em meu travesseiro e gritar até a raiva passar, deparei com Harry sentado nela, ele antes fitava o vidro de leite de papoula, e agora, ele me fitava. Em seu olhar eu via tristeza, cansaço e desapontamento.

    - Você não precisa disso – murmurou ele indicando com um aceno de cabeça o vidro de leite de papoula.

    - Eu não... Eu não sei o que eu estava fazendo – confessei me arrastando e me jogando ao seu lado – Eu pensava que...

     - Não precisa explicar – me interrompeu ele – Apenas... Não faça isso, seja qual for o motivo.

      - Não vou fazer – prometi, me forçando a sorrir.

      Harry em todos esses anos que se passou nunca mais tocara no assunto, no fundo eu sabia que ele não esquecera. E eu muito menos. Algumas vezes me pego perguntando o que aconteceria se Colin não tivesse entrado em meu quarto na hora certa. Estaria eu em uma dimenssão alternativa, eternamente ao lado do Tom que criei em meu coração, não o que plataram em minha cabeça?

      A noite eu fecho meus olhos, e as vezes me vejo novamente com meus quinze anos, escondida ao fundo da Câmera Secreta ao lado de Tom, esse, eu sabia, eram sonhos verdadeiros. Não conversávamos muito, apenas nos fitávamos e muitas vezes os acontecimentos não faziam sentido algum, por isso eu sabia, eram verdadeiros sonhos.

     Nunca contei a Harry nem ninguém sobre o que se passava em minha mente naquela época, ou mesmo agora. Tom Riddle era e sempre seria o meu mais secreto e profundo segredo. Em minha mente, Tom Riddle nunca fora Lorde Voldemort, em minha mente, Tom Riddle sempre fora simplesmente Tom, o meu Tom.

    - Faz tempo, Minha Senhora – cumprimentou Tom, com um belo sorriso estapando nos lábios. Eu me apegava a esses sonhos com todas as minhas forças, eu não me permetia pensar em tal coisa quando estava acordada, mas dormindo, eu queria estar sempre ao lado de Riddle. E sempre seria assim. Os anos se passariam, eu envelheceria cada vez mais, e ao fim do dia, estaria eu, com Tom ao meu lado, falando como eu cresci, me chamando de Minha Senhora.

     - Por que você sempre me chama de Minha Senhora?

     - Sou um Lorde, e você eternamente será minha Lady. Minha Senhora.

      Apesar de que nos sonhos entramos num mundo inteiramente nosso, da pior maneira descobrir que não vale a pena sonhar e se esquecer de viver. 


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Notas finais do capítulo

E aqui se acaba outra fiction, ou short fiction melhor dizendo. Primeiro, foi super legal escrever ela, uma idéia louca e desvairada que no fim deu no que deu. O mais legal foi ver que vocês gostaram, e desde o primeiro capitulo me deram apoio para continuar, e até escrever mais. Recebi lindos reviews e maravilhosas recomendações e agradeço a cada um que leu, muito obrigada, de coração por tudo. Não sei se era o final que esperavam, não ficou tão bom quanto eu queria, mas espero que tenham gostado de ler assim como eu gostei de escrever, novamente obrigada por tudo. Nos vemos em outra fic. Beijos e mais beijos. ((Tom meu divo, I love you *o*))