Like The Pain escrita por Other Doll


Capítulo 9
A Historia que eu Não Conhecia


Notas iniciais do capítulo

Hello pessoas o/ como estão???
Sorry sorry pela demora, o cap já estava pronto, mas ai eu fiquei sem net ): pois eh ..
o cap ñ ficou tão bom quanto eu esperava (obvio, nada fica tão bom quanto eu espero)
aeh mudei o nome, na verdade o nome era pra ser mudado desde o 2° cap.. mas eu sempre me esquece T-T acontece...
but
ñ enrolarei muito por hoje
boa leitura ^--^



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Naquele lugar tão calmo e silencioso que eu tinha encontrado para me afundar nos meus pensamentos naquela manhã quente, tinha acabado de ser tomado por um caos quase inexistente, parecia que eu finalmente havia dado inicio ao meu apocalipse particular. Mas diferente daquilo em que fui obrigado a acreditar por toda minha vida, de alguma forma, eu sabia que pelo menos pra mim, naquele momento, não haveria salvação.

Os olhos apreensivos daquela garota a minha frente, a expressão de surpresa e culpa que ela estampava ser tão ignorantemente perfeita, era totalmente apropriada naquele momento. Se Joon tinha um segredo, seja lá qual fosse ele e as razões que teve pra não ter contado, apenas fazia parecer que eu era um idiota ingênuo. Quem sabe fosse exatamente isso que eu fosse o que doía era pensar que todos sabiam disso.

Eu sabia que parte daquele mistério ate que fazia sentido, eu era culpado de certa forma, não importando quanto eu queria culpar Joon por isso, afinal eu nunca me interessei o suficiente, nem o mínimo possível, para sequer perguntar a aquele homem com que eu tão agradavelmente dividia meu apartamento, sobre nada.

Vi a garota quase que desesperada a minha frente se levantar de seu lugar, ela estava com um sorriso nervoso nos lábios quando puxou a bolsa e disse _ Eu... Eu acho que já tenho que ir..._ Os olhos dela procuravam por algo, como se quisesse achar as palavras adequadas para me dizer_ Foi um prazer finalmente conhecê-lo Bang ChulYeon _ Ela fez um pequena reverencia, estava realmente pronta pra ir.

Antes que ela pudesse se afastar o suficiente com os poucos passos que havia dado, segurei-a pelo pulso calmamente. Decidi que aquele pequeno e tão insignificante gesto seria meu pedido silencioso para que não fosse, para que pelo menos um pouco pudesse esclarecer o que estava acontecendo. Ela não olhava pra mim, a respiração dela tinha aumentado a velocidade, estava gelada, mesmo que de leve, suas mãos tremiam. Ou quem sabe fosse as minhas.

_Eu... eu nem devia estar aqui... eu realmente não... _Sua voz apreensiva, saia apressada e sem nenhum sentido em particular.

_Tudo bem... _ Por aquele momento, eu me permaneceria calmo, que escolha eu tinha? Havia uma garota na minha frente que parecia querer chorar a qualquer momento, e definitivamente não iria querer uma garota chorando por minha culpa no meio da calma biblioteca que ate pouco tempo atrás eu parecia gostar.

Ela virou em minha direção lentamente, ate que fosse possível que seus olhos cruzassem com os meus_ Joon nem sabe que estou aqui... Se ele souber, ele irá...

_Não se preocupe_ A interrompi, antes que ate mesmo eu me convencesse de que era melhor deixá-la ir _ De mim ele não ouvirá nada... Sua intenção de me procurar foi boa..._ eu soltei o pulso, sentindo finamente a respiração dela normalizar_ Mas... eu realmente desejo saber o que está acontecendo agora.

Era relutante, não parecia haver nada nela que quisesse me ajudar a entender o que se passava com Joon, mesmo que eu a encarasse com a expressão mais pedinte e digna de pena que poderia expressar, por alguma razão, eu sabia que aquilo não dependia somente dela, porque era uma coisa que envolvia completamente outra pessoa, e o problema era exatamente esse.

Mesmo estando parada em minha frente, ela não olhava em meus olhos, na verdade, mesmo estando a poucos passos de mim, parecia que queria fugir, e eu não a culpei por isso. Mas eu não desistiria de saber o que estava acontecendo, nem que se passasse um ano ou dois, eu ficaria ali, esperando um esclarecimento daquela garota.

Os olhos dela por poucos segundos se encontraram com os meus apenas de relance, mas seja lá o que ela tivesse visto no meu rosto, funcionou, ela voltou ao seu ponto inicial, sentando novamente em seu lugar, apenas esperando que eu fizesse o mesmo. A relutância que antes nela apenas existia já tinha começado a se tornar algo assustador. A cada segundo de espera, eu me tornava mais apreensivo com seja lá o que fosse dizer. 

Estava sentada com as mãos sobre o colo, olhava a mesa a sua frente, mas não desviaria o olhar pra mim com certeza, a garota respirou fundo algumas vezes, e eu inconscientemente fiz a mesma coisa. Ela já estava pronta para me dizer, e eu apenas queria escutar, raciocinar, entender, e rezar para que não fosse nada tão grave.

_conheço o Joon desde que éramos crianças, e ele sempre um foi um garoto agitado e brincalhão,sempre sorrindo, era isso que sempre fez as pessoas gostarem tanto dele, e mesmo com muitos anos depois de chagarmos ao médio, a personalidade dele nunca havia mudado, isso pelo menos ate descobrirmos aquilo.

Ele sempre teve uma vida complicada, isso desde seu nascimento foi algo que ele não podia simplesmente ignorar, não sei se você sabe, mas, o pai de Joon é um homem muito rico e querendo ou não muito ocupado também, dono de um dos maiores resorts da coréia, é um homem cheio de afazeres e negócios, que quase nunca está em casa. Mas mesmo não significa que não se preocupe com seu filho.

O que sei sobre a vida dele antes de nos conhecermos, foi apenas o que ele me contou. Eles moravam na frança quando Joon era só um bebe. Ele o pai e a mãe, mas isso não pode durar muito. A mãe de Joon sofreu de depressão pós-parto, se fosse apenas depressão tudo bem, mas ela tinha algumas tendências que não eram muito boas. depois que Joon nasceu, ouviu-se dizer que ela apenas ficou trancada no quarto chorando por dias, ela não queria vê-lo, não queria tocá-lo. Todos falaram que era apenas depressão, e que logo logo aquilo passaria, mas a realidade é que pra ela, ele não teria nem nascido.

Mesmo com os remédios, terapias, conversas com analistas e psicólogos, ela não melhorou, na verdade, parecia que tudo só havia se tornado pior, a cada dia que passava, parecia que seu ódio por ele era mais evidente e ela não se importava mais em esconder, não era algo que podia simplesmente evitar.

Soube que no ápice daquilo, por alguma razão ela tentou matar Joon quando ele era um bebe, e aquilo foi assustador pra todos, por sorte, ela nunca conseguiu nada, chegaram a pedir que as babas sempre estivesse com ele, que nunca deixasse de observá-lo para que sua mãe não pudesse fazer nada de ruim. Aquilo pra eles devia ser um pesadelo.

Então por isso o pai dele resolveu vir para coréia, tirar seu filho daquele lugar levá-lo pra onde de alguma forma fosse seguro, afastá-lo da mãe ate que ela estivesse boa seria uma opção mais que razoável. No entanto, ela não parecia se importar, nem sequer olhou pra Joon uma ultima vez antes de seu pai trazê-lo pra Seul. Depois de um ano, os pais dele já estavam com os papeis do divorcio assinados.

Joon cresceu sabendo de tudo que aconteceu que sua mãe não o quis, que nunca sequer nem se importou, o que você pensaria se fosse uma criança e estivesse nessa situação? Provavelmente se sentiria triste, irritado... Mas Joon nunca conseguiu culpar a mãe por isso, ao contrario, sempre se culpou. Provavelmente ele pensava que o problema fosse dele...

O pai dele nunca exigiu muito, nunca o encheu de obrigações, nunca exercia poder forçado, era um homem calmo acima de tudo. Mas ainda sentia a pressão de alguma forma, era filho único, tudo que era do seu pai quando morresse seria dele, acho que isso era pesado também.  

Possamos realmente bons tempos juntos, eu o Joon ssi e o SeungHo... Éramos bem mais que amigos, eu sempre pensei que o que tínhamos não pudesse ser tocado, quebrado, nem mesmo destruído da maneira que foi. A confiança que tínhamos um pelo outro devia ser eterna... Mas acho que a vida não é como a gente deseja... principalmente depois daquilo.

Faltava uma semana para nossa formatura, quando depois de um jogo de basquete na escola Joon teve que ser levado ao hospital. Ele tinha caído no jogo, o que é muito normal, mas alguém ser levado ao hospital por causa disso, era realmente preocupante. Tinha sido só uma queda onde havia batido a cabeça de leve no chão, ele se levantou e disse que estava tudo bem, mas depois de um tempo o nariz dele começou a sangrar, e antes que pudessem fazer alguma coisa, ele desmaiou.

Todos ficaram preocupados e apreensivos, mas SeungHo repetia

Não é nada demais... esse bastardo é o ultimo com quem aconteceria algo nesse mundo

E eu pensava que quem sabe SeungHo tivesse razão, Joon sempre foi tão forte, apenas um desmaio por falta de oxigênio no cérebro e que logo tudo ficaria bem... eu realmente me apeguei a essa idéia.

fizeram vários exames, tiraram raio-x de tudo, tomografias, exames de sangue... tudo. E não entendíamos o por que. Joon apenas ficava indo de uma sala a outra, repetindo que tantos exames eram perda de tempo já que ele era um espécime completamente saudável. Mas nem pro um segundo ele se recusou a fazer nada do que os médicos pediam se hoje paro pra pensar, quem sabe Joon de alguma forma já soubesse.

Uma semana depois os resultados dos exames sairiam, ele pediu que o acompanhássemos, ele não demonstrava, mas não parecia calmo, e porque estaria?  não era o típico Joon irritante e agitado com que estávamos acostumados... e nunca mais seria.

Depois da cerimônia de formatura da escola, fomos direto pro hospital. Ele de imediato foi recebido pelo medico, que pediu para que eu e SeungHo esperássemos na sala de espera. Não sei quanto tempo já havia se passado, mas demorou tanto e a cada segundo que passava tudo parecia piorar. Logo os pensamentos pessimistas vieram, evitar dar prioridade pra eles enquanto eu esperava era impossível. Às vezes eu olhava pra SeungHo que estava sentado ao meu lado, naquele momento eu sabia que ele não poderia me ajudar muito.

Vimos então, finalmente Joon sair do consultório, eu o olhei como se aquela fosse a primeira vez que o tivesse visto. Juro que esperava por uma expressão apreensiva, talvez ate que estivesse assustado, mas ele apenas caminhou em nossa direção, nos encarou com olhos despreocupados e sorriu. eu sabia... exatamente naquele momento... o que estava bem ali, meu maior temor veio em forma de cordeiro. Estava estampado no sorriso dele, que nada ficaria bem.

Joon não nos contou nada, nem naquela noite, nem no dia seguinte, o que soubemos foi o que o pai dele nos disse, sabíamos porque Joon não falou, nos também não perguntamos, eu e SeungHo decidimos que ele falaria quando estivesse preparado, mas quem sabe fosse essa nossa desculpa porque de alguma forma também estávamos com medo do que podia ser.

Acredite ou não, rezávamos pelo melhor, por mais que nos já estivéssemos nos preparando para o pior também. As palavras do senhor Lee foram claras, sem rodeios, apenas o mais direto possível para que pra nos, não restasse à menor duvida.

Um tumor... E acho que não tínhamos mesmo que ouvir mais nada.

Apenas entender aquilo, apenas... Eu não conseguia compreender. Procurei desesperadamente no rosto daquele homem a minha frente um sinal de que estivesse mentindo, mas porque ele mentiria? Não me restava outra opção a não ser aceitar.

Vi os olhos dela ficarem vermelhos. O que ela tinha dito... apenas aquela palavra... Tumor porque rodava tão facilmente pela minha cabeça? Porque eu não conseguia não acreditar?

Senti uma palpitação, senti-me aos poucos sufocar, meus olhos começaram a arder, minhas mãos tremiam e um milhão de outras coisas que não vale a pena lembrar. Minha cabeça tão concentrada, tudo a minha volta parecia estar rodando, borrado como se eu estivesse tendo algum tipo de sonho... Um pesadelo talvez.

Era impossível não era? ... Como... como ele? ... Joon não...

Minha mente não sabia mais o que fazia, estava tudo adormecido... distante, como se fosse aquela a maneira que meu interior já anestesiado encontrou de me poupar. Acho que conhecia muito bem como isso funcionava, por algum acaso, a vida gostava de me ver sofrer, o mundo parecia que achava graça em me ver desabar.

_Isso... não é verdade... não é?

De alguma forma, por alguma razão, bem lá dentro em algum lugar que desconheço, eu sabia que aquela garota a minha frente não teria razão para mentir... Então eu me pergunto, por que eu não podia simplesmente desistir e aceitar? 

_ chulyeon eu...

_É mentira_ Eu a encarei_ Não é verdade... porque está mentindo? _ O que eu esperava? Que ela voltasse atrás e retirasse tudo que disse ate agora? _ Porque você esta...? _ Ofegava... Minha garganta encharcada pelo peso e pela tal dor que se formou sem eu ao menos perceber _ Não..._ finalmente senti a primeira gota escorrer... e depois daquela, eu não podia mais evitar.

As tais lagrimas que todos pareciam conhecer tão bem, tinham outro sabor agora. Por que eu, que sempre me apeguei apenas ao meu próprio mundinho, parecia realmente me importar tanto com aquele homem, com aquele ser, sem nenhuma razão maior?

Não importava naquele momento, ser forte, colocar a minha armadura, polir minha mascara e fingir que não ligo isso não importava... não era real, era tudo uma mentira, minha mente naquele momento realmente se apegou aquela idéia... Uma mentira?  Eu não tinha mais no que me apoiar.

_ChulYeon... Eu sinto muito_ Ela estava sendo sincera, mas ela sentia muito pelo o que? _ Eu não deveria ter contado, eu não...

_Não é mentira? _ Não... realmente não era_ Isso não... _Eu desisti de terminar a frase. O ar abafado saia da minha garganta, eu tapava minha boca, mas era inúteis, os barulhos que saiam fortes de meus pulmões pareciam estar carregados de sensações as quais nunca havia nem imaginado que existiam.  Eu a olhei mais uma vez, meu apelo... minha dor...  reuni todas as forças sóbrias e não atingidas do meu corpo, apenas para aquela frase.

_Ele... Joon vai ficar bem não vai?

Ela desviou mais uma vez o olhar dos meus, naquele instante eu já parecia saber que não era tudo, a expressão dela foi apenas o começo.

_Ele vai fazer uma cirurgia daqui a um mês... Vai pra nova York fazer isso.

_Então ele vai melhorar certo?... Ele vai ficar bom depois disso não é?

Ela pressionou seus lábios um contra o outro, enquanto ela se mantinha forte, eu deveria ter apenas esperança de que ela apenas dissesse que tudo ficaria bem, que não havia com que se preocupar.  Mas ela balançou a cabeça negativamente.

_Não sabemos _ Encarava a mesa, como se procurasse uma saída, não havia saída_ Você não sabe? As chances de que alguém com um tumor no cérebro saia da cirurgia sem nenhuma seqüelas são quase inexistentes... ChulYeon, durante esses anos todos, Joon passou por tratamentos, radioterapias, quimioterapias... e nada ajudou muito... Ele disse que queria viver como uma pessoa normal ate o último dia que pudesse... então ele continuou freqüentando a faculdade arranjou um emprego, saiu de casa... apaixonou-se..._ Os olhos que estampava eram apreensivos... pesarosos, sua voz tremia_ chulyeon... Mesmo que ele não volte, ele foi feliz.

E não podia mais escutá-la, eu procurei um culpado, deveria existir um culpado, alguém pra quem eu pudesse apontar e odiar por estar fazendo isso.  Mas não era culpa de ninguém... quem sabe talvez, fosse culpa minha de alguma forma.

Doía... Doía tanto... tanto... e eu nem sabia o porque.

~~o~~

Naquele momento meu corpo ágil sem minha concepção, apenas percebi o que estava fazendo depois que já tinha saído da biblioteca e deixado aquela garota pra trás. Admitindo ou não eu estava fugindo, mesmo sabendo que não adiantaria nada o lugar que eu estivesse de qualquer forma.

Provavelmente andei sem um rumo especifico por horas, minhas pernas já doíam, mas eu não me importava muito com isso, meus olhos coçavam, ardiam, apenas era incomodo se fosse comparar com a tal sensação que ate então era desconhecida pra mim, essa que brotava em meu peito. Meu telefone tocou algumas vezes, mas nem me importei de saber quem era, eu apenas queria pensar, e nem isso estava conseguindo.

Quando me dei conta já estava atravessando aquele corredor familiar, depositando meus dois dedos em uma batida sobre a porta de madeira escura que eu já estava tão bem acostumado. Não demorou dois segundos para eu ouvir do outro lado um Já estou indo, e logo ver o rosto do dono daquele apartamento 408 que eu conhecia tão bem.

_Miru... o que você ta fazendo aqui?

Apenas permaneci o observando por um momento ou dois, um rosto que realmente me acalmava, era isso que eu estava procurando no momento. Eu apenas adentrei o apartamento mesmo sem ouvir um convite ou uma permição, nunca precisei disso em relação a nada que tivesse haver com meu Porto seguro, e eu precisava dele agora.

Sentia os olhos dele me acompanhando a cada passo falho que eu dava, provavelmente já tinha percebido que eu não estava em meu estado natural, provavelmente já estava pronto para me apanhar do chão quando meu corpo já não tivesse mais forças pra se manter de pé. Afinal, parecia que CheonDung de alguma forma servia pra isso.

Observei um pouco a sala dele com os olhos que já não podiam se mantiver abertos. A televisão ligada, uma xícara de chá em cima da mesa... era tudo tão calmo, assim como eu desejava e precisava que fosse. Aliviei-me um pouco em um grande suspiro que veio deus sabe lá de onde. Virei-me lentamente pra ele, ate que finalmente pudesse ver aquele rosto meigo e apreensivo que já não podia mais esconder uma obvia preocupação.

Ele estava a poucos passos a minha frente e era visível que já sabia que eu não estava bem, ele sempre sabia, mesmo sem nenhuma palavra. Senti a mão quente dele passar sobre minha cabeça, apenas fechei os olhos sentido o conforto que eu tanto necessitava. Logo em seguida os braços acolhedores dele me rodearam, me acalmaram, me fizeram sentir finalmente em casa, e quanto eu precisava disso.  Eu tinha razão, minhas pernas não suportariam mais tanto o peso do meu corpo. Não demorou muito pra que eu me encontrasse sentado no chão frio daquela sala de estar.

CheonDung não me disse uma palavra sequer, apenas permaneceu abraçado a mim, em um silencio quase absoluto, enquanto a única coisa que ouvimos naquele lugar era o som, que saia da minha garganta,abafado pelo seu ombro. Eu não entendia se é que havia algo pra entender, quando foi que comecei a gostar tanto do ChangSun para me importar? Mais do que isso, quando foi que esse sentimento saiu tanto do meu controle a ponto de doer assim à possibilidade de perdê-lo pra sempre?

Apenas sentia os braços daquele meu amado amigo me acolherem e me confortarem cada vez mais, a mão que ele tão gentilmente usava para acariciar meus cabelos, como se fizesse um pedido silencioso para que eu me acalmasse. Eu me permiti depositar tudo que eu tinha, tudo daquilo que havia abafado por orgulho e seja lá mais o que, no ombro magro e tão necessário pra mim.

As minha voz não foi silenciada em meio ao desespero, queria apenas que essa dor desaparecesse tão rápido quanto veio e da mesma intensidade que me preencheu que se afastasse. Em pensamento achei um culpado, aquilo que eu tanto procurava para apontar e odiar, e ao mesmo tempo sabia que aquele culpado não poderia ser odiado, por ser minha ultima opção.

Enquanto percebia o fluxo que se formava em meus olhos cada vez maior, pude perceber também que nem mesmo o calor fornecido por aquele abraço que eu tanto apreciava não afastavam o frio que ainda era predominante no fundo no meus estomago.

Quem sabe eu já soubesse e apenas não desejasse aceitar, que não seria nos braços de CheonDung que eu encontraria o que estava faltando. Sim... eu me permitiria chorar, por hoje, ou quando o dia de amanhã chegasse, me permitiria à tristeza e a dor que no momento eu tentava inutilmente afastar... Sim... eu me permitiria sofrer e o que mais estivesse por vir, porque uma parte de mim naquela época, a partir daquele dia começou a ser mudada, a se esvair... a morrer. Junto com a parte daquele que logo teria o mesmo final.

..


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Notas finais do capítulo

Então?? ... ñ me matem pq assassinato é crime u_u'
tentarei ñ demorar muito pra postar a partir de agora, já q a fic ta chegando ao seu final /:
Na minha cabeça, inicialmente a fic só teria 10 caps, mas se estenderá um pouco mais q isso... mas mesmo assim será menos de 15 ):
anyway, ate lá ainda terá muito chão neh (;
reveiws??? bons ou ruins serão sempre bem vindos ^ç^