Eu havia acabado de sair do banho quando ele chegou. Desci as escadas e fui até a porta. Quando eu a abri, vi Draco com uma jaqueta preta e uma calça da mesma cor e duas sacolas de papel na mão.

– Eu estou virando um trouxa - ele disse sorrindo com o canto da boca.

– Literalmente - eu disse dando passagem ele.

– Sua sem graça - ele disse, tentando me beijar, mas eu virei o rosto bem na hora. - Ok então - ele disse, com as mãos para o alto como se estivesse se rendendo – Aliás. bonito pijama.

Eu olhei para mim mesma. Eu vestia um pijama preto e branco com desenhos de hipogrifos e uma pantufa de coelho, branca.

– Hum, obrigada, eu acho – falei, fechando a porta.

Fui até onde Draco estava tirando a jaqueta.

– Eu trouxe comida chinesa.

– Eu havia pedido italiana.

– Desde quando eu obedeço alguém? - ele murmurou, se aproximando. Eu fiquei parada enquanto ele se aproximava. Draco parou a pouco mais de vinte centímetros do meu rosto. Coloquei a mão em seu pescoço.

– Sempre sonserino – disse, rindo, enquanto ele me puxava para um beijo. Não durou muito, foi simples como um beijo de boas-vindas ou algo do tipo. - Vamos comer?

– O quê? - ele perguntou, com um sorriso malicioso.

– Comida, sua besta - eu disse dando meia volta e indo para a cozinha.

Draco veio atrás de mim.

– Vinho? Suco? Água?

– Tem vodka?

– Lamento, mas não.

– Então eu quero vinho – respondeu, tirando as coisas da sacola.

Peguei duas taças de vinho e a garrafa. Voltei a mesa e me sentei.

– Hum...

– O quê? – perguntei.

– Nada, só estava me perguntando algumas coisas - ele disse me mexendo na comida.

– O quê, por exemplo?

– Pode soar estranho, mas… - ele parou de mexer na comida e olhou diretamente para mim - Com quem foi o seu primeiro beijo?

– Quer saber mesmo? - ele assentiu - Victor. E o seu?

– Uma garota da corvinal, acho que o nome era Luise. - ele voltou a brincar com a comida - Com quem perdeu a virgindade?

– Simas Finnigan – respondi, tomando um gole de vinho.

– Ah, fala sério. Podia ser qualquer um, e você escolhe o Simas? Quando foi?

– 5º ano.

– Onde?

– Dormitório femi… Ah, isso não importa - eu disse comendo um pouco – E você?

– Com uma lufa, ela estava super bêbada, eu fui ajudá-la e aconteceu – falou.

– Quando foi isso?

– Final do 3º ano.

– Meu Mérlin, você já era safado desde criança.

– Fazer o quê? É a vida - ele disse, tomando vinho – Então, quem foi o melhor parceiro sexual que já teve?

– Hum… Victor.

– Mas ele… quando foi isso?

– No dia do casamento do irmão de Ronald, no ano da guerra-final.

– Depois eu é que sou o safado.

– E você?

– Você.

– Eu?

– Qual é, digamos que as pessoas não me satisfazem com tanta facilidade igual a você. - ele falou, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

– Vou encarar isso como um elogio.

– Será o único que receberá- ele disse, tomando mais do vinho que estava na taça.

Eu olhei para ele. Draco parecia tão… experiente. Ri, eu estava agindo como uma idiota.

– Então, o seu marido não vem pra casa hoje?

– Não sei – respondi, dando de ombros - Se vier, ainda é cedo para isso.

– Então podemos nos divertir um pouco? - Draco indagou, com um sorriso malicioso.

– Uia, vem quente que eu estou fervendo - eu disse passando a língua pelos lábios.

Draco levantou da cadeira e caminhou ate onde eu estava.

– Foi você que pediu - ele disse chegando perto o suficiente para eu sentir o seu hálito: uma mistura de vinho com menta. Ele se aproximou mais de mim, colocou a mão no meu pescoço e me puxou para um beijo. Não foi um beijo. Nós literalmente nos comemos enquanto nos beijávamos.

Enlacei a cintura de Draco com as pernas e ele começou a andar, saímos da cozinha e subimos as escadas. Draco me prensou contra a parede do corredor e eu tirei a camiseta dele. Passei a mão pelo tórax dele, que era musculoso e bem definido - coisa que eu não encontrava em Ronald.

Draco tirou a minha blusa do pijama, me deixando nua da cintura pra cima. Tirei as minhas pantufas aos chutes. Ele segurou um dos meus seios com a mão e começou a massageá-los.

[N/A: caramba isso é nojento de imaginar, mas vamos continuar… continue a tran&$@ continue a tran…]

Puxei os fios de cabelo da nuca de Draco. Ele intensificou o beijo e me prensou ainda mais contra a parede. As minhas costas arderam pela força contra a parede. Me afastei dele por um segundo, Draco percebeu, e aliviou um pouco a força que fazia.

Ele começou a andar pelo corredor comigo em seu colo. Ele abriu a porta do meu quarto e caminhou até a cama. Draco me jogou na cama, tirou a calça e eu fiz o mesmo, ficando somente de calcinha. Ele subiu na cama, e, consequentemente, sobre mim. Draco voltou a me beijar.

Depois de alguns segundos, ele se livrou da minha calcinha e da cueca dele - nesse ponto, eu já estava completamente molhada. Draco não esperou para me penetrar. Diferente das vezes que eu fizera 'amor' com Ronald, Draco não mostrou medo ao me penetrar, ele foi rápido, não se preocupou com nada, não temeu nada, já Ronald… ele era um medroso, não tinha coragem de tomar para si a sua própria mulher.

Eu ri e passei a mão no peito dele. Os movimentos de vai e vem eram ritmados, nem vagarosos, nem rápidos, era como se ele estivesse me torturando. Eu queria logo atingir o meu clímax, mas ele não permitia, e isso era angustiante. Passei minhas mãos nas costas de Draco e ele riu.

O meu pé direito estava começando a adormecer. Era agora. Mais alguns segundos. A dormência subiu para a perna e atingiu o meu outro pé. Cravei as unhas nas costas de Draco e senti todo o meu corpo ficar dormente. Depois, a melhor sensação do mundo me atingiu. Orgasmo. Na verdade, um orgasmo múltiplo. Joguei a cabeça pra trás no travesseiro e fechei os olhos. Senti Draco cair sobre mim, fazendo nossos corpos suados grudarem. Ele rodou para o meu lado e ficou deitado na cama.

Eu olhei para ele. O cabelo estava grudado na testa e a pele estava vermelha. Desviei o olhar e olhei para o teto. Sem me conter comecei a rir, como uma histérica, eu ri.

– O que foi? - Draco perguntou se apoiando no cotovelo.

– O idiota do meu marido está sendo traído na própria cama – respondi, olhando-o.

– Hum… Devo me sentir culpado? - ele se deitou na cama novamente.

– Não – falei, me colocando em cima de Draco - Lembra que eu disse que a minha melhor transa havia sido com o Victor?

– Sim.

– Acho que terei de mudar a minha resposta – argumentei, olhando-o bem nos olhos - Para alguém chamado Draco Malfoy… conhece?

– Talvez, mas você tem certeza? Quer dizer, é uma categoria muito importante, não pode ser qualquer um.

– Ah, tenho certeza sim, ele não é qualquer um - eu sorri e Draco me pegou e rodou na cama, fazendo-me ficar abaixo dele. Ele sorriu e me beijou. Acariciei seu rosto - Você tem que ir embora.

– Você quer que eu vá?

– Não…

– Mas?

– O Ronald vai chegar logo, e digamos que não será muito legal se ele encontrar… você aqui.

– Você tem razão - ele disso sorrindo amarelo.

– Eu sempre tenho razão.

– Metida.

– Sei que você me ama – falei, ironicamente, mas Draco me olhou nos olhos com certa tristeza, como se ele não quisesse aquilo, como se as minhas palavras fossem verdadeiras – Desculpa, eu não…

– Tudo bem, eu preciso ir - ele disse, se levantando e procurando pelas roupas que estavam jogadas no chão. Antes de sair do quarto, murmurou: - Boa noite.

– Boa noite – desejei, com a voz fraca.

Alguns segundos, depois eu ouvi a porta da frente batendo. Fiquei parada pensando no que havia feito. Estúpida.

Isso o que você é Hermione Granger. Estúpida.

Eu me levantei e vesti a minha roupa. Voltei para a cama e adormeci. Não me lembro que horas eram quando a porta do meu quarto abriu e Ronald entrou. Não lembro nada depois disso. Caí em sono profundo.