Simples assim escrita por Ness Malfoy


Capítulo 14
Capítulo final


Notas iniciais do capítulo

Olá galera! Bom demorei e não foi porque eu quis... bom fiquei em recuperação bimestre passado e tive que estudar muito esse, mas mesmo assim fiquei em uma, então só pude escrever depois que terminei tudo... e como já estou de férias agora pude terminar de vez a fic.
Bom... agradeço lá em baixo...
Caso queiram ouçam a Powerless do Linkin Park e a You found Me do The Fray, as partes Draco e Patrick são com a 1ª e as Dramione com a 2ª... boa leitura!!



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Era noite. As estrelas brilhavam ocupando o lugar da lua que estava ausente naquela noite. Cheguei perto do vidro e minha respiração embaçou-o, por impulso fiz um D e um H na vidraça, parecia-me que tudo podia se realizar, mas eu fundo eu sabia que nada daria certo!

Ouvi a porta ranger e ser aberta cuidadosamente.

- Eu sabia que viria, você sempre vem. – disse, sem virar para a pessoa que havia adentrado a sala.

- Não pense que mandas em mim, nunca me submeterei a você - ele falou, mantendo a postura. Mesmo não olhando, eu sabia que ele a mantinha, era normal dele.

- Eu não mando, mas você não consegue viver sem mim – murmurei, e me virei para vê-lo.

Ele ficou em silêncio e depois de algum tempo apenas retrucou: - Você também não! Depende de mim!

- Isso é verdade, não devo negar – concordei, cruzando os braços.

- Por que me chamou aqui? - ele perguntou, se aproximando.

- Ambos sabemos que amanhã, talvez, seja o último dia que teremos de paz. Após esse dia, tudo seja a base de guerra, não nos veremos mais. - eu disse, olhando para o chão.

Não conseguia falar isso na cara dele, eu não tinha coragem. Parecia que, se eu não o olhasse, seria mais fácil de compreender que estávamos a beira de a guerra. Guerra que poderia acabar com as nossas vidas. Tanto ele quanto eu poderíamos morrer, embora lutássemos em lados opostos na mesma guerra. Mesmo que conseguíssemos sobreviver, seria pouco provável que pudéssemos ficar juntos depois do fim.

- Não podemos mudar isso - ele falou, tocando as minhas costas.

Virei para ele e perguntei: - Por que tudo tem que ser tão difícil para nós?

Desde o começo tudo fora mais do que difícil para nós, nunca aceitaram o nosso relacionamento, eu perdera o nosso bebê, haviam armado para que não ficássemos juntos, tudo conspirava contra o nosso amor. Tudo.

- Não sei, meu amor, mas eu sei que cada luta valeu a pena. - ele respondeu, me abraçando. Encostei minha cabeça em seu peito e fechei os olhos. Fiquei por um tempo ouvindo seus batimentos. Talvez fosse a última vez que eu os ouvisse assim tão perto.

—••—

- Você tem que entender que não podemos matá-lo. Somente assustá-lo.  - eu já havia falado aquilo umas vinte vezes, mas a cada segundo eu sentia a necessidade de falar isso. Eu não queria que Patrick passasse pelo mesmo que eu passei, que sofresse o que eu sofri com o meu pai.

Patrick, agora, conhecia toda a história da mãe. Conhecia tudo, desde o dia em que eu a conhecera, no primeiro ano de Hogwarts, até o dia em que Gina veio a minha casa dizer que ela estava morta , conhecia o sofrimento dela. Infelizmente, isso era preciso, eu não unha certeza se queria fazer isso. Embora Hermione tivesse sofrido, ela não iria querer isso. 

Como você sabe? Ela está morta. Pensei.

 Eu não sabia o que fazer.

—••—

Ele me beijou. Uma onda de emoções passou por mim. Foram de alegria a tristeza. De ódio a ternura. De desespero a paz. Tudo. Era isso o que ele significava para mim, tudo.

Abri os olhos e vi os seus olhos acinzentados a me encarar.

- Eu te amo - eu disse e o beijei novamente.

Diferente do beijo anterior, esse foi cheio de luxuria e desejo. Ele me empurrou até a parede e apertou as mãos ao redor de minha cintura, passei as mãos por trás de seu pescoço e o puxei para mais perto. O beijo ficou quente e logo comecei a tirar o suéter dele. Por um momento, nós nos separamos e eu vi seu tórax definido, marcado pela blusa branca.

Ele sorriu quando viu que eu encarava seu peito, ri e o puxei novamente para mais um beijo. Ele me prensou contra a parede e eu passei minhas pernas entorno de sua cintura. Tirei meus sapatos aos chutes e ele tirou minha blusa.

Continuamos nos beijando e ele me levou para um sofá que estava ali, no qual eu não havia notado. Ele deitou sobre e eu lutei contra os botões de sua camisa, na tentativa de tirá-la. Quando consegui, ele se separou de mim e riu, ri junto a ele e voltamos a nos beijar.

Passei a mão em seu braço e senti a textura áspera de sua marca. Por um momento, atingi a lucidez e lembrei de quem ele era. Draco Malfoy, comensal da morte, rico, metido, esnobe, arrogante, lindo, sonserino. Eu o empurrei e levantei do sofá rapidamente.

- Eu não entendo – eu falei, indo de um lado para o outro. – Você não precisava ter escolhido isso, não precisava. Você poderia ter sido feliz, comigo, você não precisava ter feito isso, não precisava, tudo seria mais simples, se... fossemos aliados e não inimigos, por quê? Eu não entendo isso... – não pude terminar de falar.

- O que você faria? – ele perguntou, seco.

- Eu rejeitaria, não aceitaria.

- E deixaria todos os que você ama morrerem por sua culpa? Você faria isso? – ele indagou e esperou que eu respondesse, mas eu não encontrava palavras, não sabia o que falar – Não, você não faria isso. Coloque-se no meu lugar, Hermione. Era a vida dos meus pais que estavam em risco, eles morreriam por minha causa se eu não aceitasse. Acredite, eu não fiz porque eu quis. Essa marca é uma das coisas mais vergonhosas que eu já fiz, mas não tinha escolha, eu precisava fazer. Tente entender. Se fosse por você eu também teria escolhido isso, eu não deixaria que você sofresse. Infelizmente, agora lutamos de lados opostos, mas eu faria o mesmo por você. A ideia de ver você morta é algo que me traz agonia, algo que eu não queria. – ele se aproximou de mim e pegou as minhas mãos. – Sabe o que eu queria? Queria poder envelhecer ao seu lado, ver os nossos netos correndo pela casa, ver os seus cabelos brancos, eu queria morrer ao seu lado, mas agora talvez nem  isso eu possa fazer. – ele voltou a se sentar.

Eu o olhei e vi nele o que nunca havia visto antes, um menino indefeso. Sempre o vira como um homem sem medos, que fazia o que era preciso para ter o que quisesse. Agora ele não passava de um simples menino.

—••—

Nós estávamos em frente ao ministério, esperando-o. Estava frio, mas isso não era novidade, em Londres, dos 365 dias do ano, 300 eram frios. Olhei para Patrick, ele estava olhando fixamente para a saída do ministério, seria hoje.

- Tudo bem? – perguntei, colocando a mão no ombro de Patrick.

- Melhor impossível – ele disse, sem ao menos me olhar.

Suspirei, eu queria que isso acabasse logo. Olhei para frente novamente e vi uma cabeça ruiva no meio da multidão, conclui que era ele.

- É ele – Patrick afirmou antes mesmo que eu abrisse a boca.

—••—

Eu andei novamente até ele e me ajoelhei na sua frente.

- Não, eu não deixaria que eles morressem por minha causa. Desculpe-me. É complicado entender os seus motivos quando... – respirei fundo. -... não se sabe o que passa na sua cabeça,– coloquei a mão no seu peito. – e no seu coração. – eu olhei em seus olhos e lembrei por tudo o que havíamos passado para ficarmos juntos. Cada luta, cada vitória. Cada perda, cada ganho. Tudo. Todo o meu amor, estava no fundo dos olhos dele e eu sabia que sempre estaria. – Eu te amo.

Ele me puxou para perto e me beijou. Foi como um beijo de despedida, como se fosse o último de nossas vidas, como se não houvesse futuro, só o ali e o agora.

Ele me levantou e colocou-me no sofá novamente, mas sem parar de me beijar. Ele deitou sobre mim e continuou a me beijar, nos separamos por um milésimo de segundos para recuperar o fôlego e voltamos a nos beijar. Draco tirou minha saia me deixando somente de calcinha e sutiã.

—••—

Nós o seguimos pelas ruas, mantendo uma distancia segura, afinal não queríamos que ele desconfiasse caso visse seu inimigo com seu filho. O seguimos por quase dez minutos até que ele parou perto de um beco e de lá surgiu uma moça... mas pelo jeito com que se vestia podia se deduzir que fosse uma prostituta. A blusa colada rosa berrante, contrastava com a saia que media menos de um palmo vermelha, igualmente colada. A bota branca que vinha até o joelho e o cabelo loiro escorrido com a raiz escura a entregavam, com certeza era uma prostituta. Não sei o porquê eu esperava que ele iria mudar depois da morte de Hermione. Senti raiva. Senti vontade de ir até ele e acabar com ele ali mesmo, e fazer com que ele se arrependesse por ter feito o que fez com Hermione e o que continuava a fazer, provando que não tinha respeito algum, se quer pela memória dela.

 - Pai – Patrick me chamou, deixei de lado meus pensamentos e vi que Ronald havia tomado o rumo de casa, junto a prostituta. Ele iria se arrepender disso!

—••—

Draco tirou a calça e começou a beijar o meu pescoço, foi descendo até a minha barriga e em seguido tirou meu sutiã. Acariciou meus seios o que me fez soltar um gemido baixo. Draco sorriu e começou a traçar uma linha de beijos desde os meus seios até os meus pés e voltando novamente pra a minha barriga. Gemi novamente e comecei a ficar nervosa, eu queria que ele acabasse com a minha tortura, que entrasse em mim logo. Apertei o sofá que estava sob o meu corpo, pude jurar que minhas unhas perfuraram o tecido.

Draco percebeu o quanto eu já estava angustiada com aquela espera e se livrou de minha calcinha e de sua cueca, mas ele não parou de me torturar.

Ele desceu até a minha virilha e começou a depositar leves beijos em minha pele. Joguei meu pescoço para trás e fechei os olhos. Ele riu, beijou minha feminilidade e começou a passar a língua por entre as dobras. Eu já estava a ponto de surtar, mas senti algo diferente. Meu corpo inteiro começou a tremer e logo me senti molhada.

Draco pareceu satisfeito consigo mesmo e sem avisar me penetrou rapidamente. Gemi, mas foi uma mistura de dor e prazer.

—••—

Ele entrou em casa, juntamente a prostituta. Creio que, devido a sua necessidade de comer alguém, ele não percebeu que havia deixado a porta aberta. Patrick se esquivou por entre a porta, após meia hora, e sumiu dentro da casa, ele tinha todas as instruções. Ele sabia o que fazer. Passou-se alguns minutos até que eu ouvi um grito, entrei na casa e vi Ronald Weasley no início da escada com uma pequena poça de sangue sob ele.

- O... que... você... fez? – ele perguntou com dificuldade.

- O que você fez com ela? Matou-a e deixou-a agonizando.

- Eu... o que?

- Você a matou, mas ela continuou viva. – eu disse, com raiva.

- Eu a ama... – ele tentou dizer, mas eu o impedi pisando em suas costelas, a queda devia ter as quebrado. Ele gritou de dor.

- Não diga que você a amava! – eu pisei ainda mais em suas costelas.

—••—

Draco continuou com estocadas rápidas, mas não liguei para a dor que isso proporcionava. Eu sabia que essa seria a última noite em que ficaríamos juntos, que poderíamos fazer amor de verdade.

Fechei os olhos novamente e senti quando ele gozou dentro de mim e, ao mesmo tempo, fui inundada por uma onde de prazer que me fez gritar.

Draco caiu sobre mim e eu dei espaço para que ele deitasse ao meu lado.

- Eu te amo – eu disse, passando a mão nos cabelos dele.

- Eu também te amo – ele falou e beijou a minha testa.

—••—

Eu pisei novamente em suas costelas e ouvi um estralo. Ele começou a ofegar ainda mais.

- Ela te amou e você a tratou feito uma vadia qualquer! Você não merecia o amor dela, seu filho da puta desgraçado!

Patrick desceu as escadas e se pôs ao meu lado. A poça de sangue em torno de Ronald Weasley aumentou e cerca de cinco minutos depois ele morreu.

—••—

Acordei assustada e me sentei na cama. Olhei para o lado e vi Draco Malfoy dormindo perfeitamente feito um anjo, como sempre fora, eu havia tomado a minha decisão.

- Draco, acorda – eu disse, balançando-o.

- O que foi? – ele perguntou, sonolento.

- Eu tomei minha decisão – afirmei, olhando-o. – Eu escolho você.

Draco se sentou na cama e me olhou profundamente. Ele me beijou. O beijo que me fez ter certeza do que eu havia feito, que eu havia feito a escolha certa o escolhendo. Fez-me ver o quão idiota eu fui pro acreditar que um dia Ronald Weasley iria mudar e iria me amar. Eu amava Draco e nunca tive duvida disso. Eu o escolhi.

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HEY explicaçõezinhas! (Pra quem não entendeu o final)

No capítulo 5/6, a Mione está na casa do Draco e ela tem um sonho, mas volta a dormir, a partir daí começa o segundo sonho, e a fic termina com ela acordando do sonho e tendo noção de que tudo aquilo aconteceria se ela escolhesse o Ronald e ela percebe o quão idiota é por ainda ter dúvida. Daí ela escolhe o Draco e desiste do Ronald. O que acontece depois? Sei lá a fic acaba aqui!


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Notas finais do capítulo

Boa gente realmente quero agradecer a todas que acompanharam a fic até aqui, comentando ou não, muito obrigado vocês foram a razão pela qual eu continuei a fic, porque se fosse por mim eu teria acabado no primeiro capítulo mesmo!
Queria agradecer a minha beta linda e maravilhosa a LolaPotter22! Ela me ajudou muito com a fic e me aguentou também :P
Bom... agora o futuro. Eu tenho dois projetos em mente e um no papel!
Em mente:
- uma dramione, onde a Mione comete automutilação e o Draco começa a ajuda-lá.
- a história da irmã desconhecido do Draco, vai ter Dramione no meio, mas não vai ser o foco principal, vai ser quase inteira UA.
No papel:
- uma dramione UA, que se passa na Idade Média... essa eu vou escrever com a beta da SA, a Lola... tá ficando bem legal!!
Bom é isso... espero que leiam as outras quando eu postar e... obrigada mais um vez!
Bejos (beijos, em espanhol), Ness