A Deusa Perdida escrita por mari mara


Capítulo 18
O Simba não é tão bonitinho assim na vida real


Notas iniciais do capítulo

OKAY
EU SOU IRRESPONSÁVEL
KASJHFAKSJFHAKSJFHAKSJHF
Don't kill me Ç-Ç
E desculpe nao ter respondido alguns reviews, eu sempre posto depois de responder...
Bem, I hope you enjoy this chapter! *u*



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POV Hannah

Às vezes eu penso que minha vida já é tão bizarra que nada mais estranho pode acontecer. Mas naaao, tudo que é ruim pode piorar. Acredite em mim, pode sim.

– Help, I need somebody. Help! Not just anybody, help! I need somebody HEEEEEEELP – Eu cantava, porque definitivamente eu esperava alguém pra me tirar daquele manicômio.

Primeiro, QUE TIPO DE PESSOA TRAVA UMA LUTA EM PLENO CAMPO DE MILHO?! HEIN?? ~le se acalma~ Enfim, os dois exércitos, de esqueletos (que tooop *O*) e nerds lutavam. Ossos e óculos voavam para tudo quanto é lado, quando ouvimos um grito estridente.

– SEGUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUURA PEÃO!!!!!!!!!!!!!
Aquela foi a cena mais bizarra que eu já presenciei. Um garoto ruivo gritava loucamente enquanto tentava controlar um trator enorme, que estava desgovernado. Se não fosse tão trágico, eu teria até rido (N/Muke: Mentira, ela riu sim – N/Nico: É, ela tava rindo porque você estava perdendo u-ú – N/Rachel: Quantas vezes eu vou ter que te dizer! O Muke que— N/Nico: Rachel, ninguém quer saber, ok?) . Rachel puxou Muke, e eu empurrei Nico para o lado a fim de não serem esmagados. Infelizmente, os exércitos não tiveram tanta sorte, é. O trator saiu levando esqueleto e nerd e companhia (N/A: Estou imaginando a cena. LOL), saindo desembestado... Ei, isso me lembra: Sabia que existe uma banda em Natal chamada Jumento Desembestado? KAPOSKAPOSKA É VERDADE!

Espere, onde eu estava? Ah, sim. Desembestado. Ok.

O trator saiu desgovernado, arrastando tudo, e o garoto ruivo caiu de cara nos campos de milho. Murmurei um ‘de nada por ter te salvado, Nico!’ e fui correndo até ele. O garoto era ruivo, queimado de sol (devido ao trabalho na lavoura, creio eu) e devia ter cerca de oito ou nove anos.

– Ei – O cutuquei – Ei, garoto. Você está legal?

– Ãhnnz – Ele resmungou alguma coisa, desmaiado.

– Ô MULEKE! – Deu um tapa na cara dele, sou tão carinhosa com as pessoas – ACORDA!

– Hummm – Ele abriu os olhos devagar, eram verdes. Quando me viu, os arregalou – VISH MARIA! Ocê é garota dus Bitols? Que qui ocê tá fazendo aquí?
Sweet Jesus, o que é isso? Um marciano? O-O

– Hm, se você quer dizer garota dos ‘Bitols’ porque eu estava cantando ‘Help!’, sim, sou eu. Agora resta saber quem é você, e por que saiu andando por aí atropelando as pessoas.

– Ieu? Eu não... AI MEU SÃO BENEDITO! Eu machuquei ocês?

– Não. Mas quase. Parabéns. A propósito, meu nome é Hannah. E o seu?
Quando ele ia abrir a boca para falar, Annabeth veio correndo e se ajoelhou ao meu lado, perguntando ao garoto:

– Meus deuses! Você está bem?
Ele olhou para Annie, e era como se, se... Como se ele estivesse vendo o céu depois de passar pelo purgatório. Que lindo, eu sou um purgatório. Legal, hein. Wait, what? Ah, digamos que ele olhou para ela vislumbrado, literalmente babando.

– Você está bem? – Ela perguntou novamente, preocupada.

– Ô, lasquera. Nunca estive miór.
Aiai. Homens. São todos iguais.

– Quem é ele? – Nico se ajoelhou ao meu lado.

– Não sei. Quem seria você, pirralho? – Perguntei, dando outro tapa na cabeça dele. Annabeth me repreendeu com o olhar.

– Uai, eu sô eu. Quem mais eu seria?

– Ela quis dizer qual é o seu nome – Explicou Annie.

– Ah, intonces ela divia dizê de um jeito mais civilizardo.
Eu estava quase empurrando ele civilizadamente encosta abaixo.

– Meu nome é Orchard. Muito prazê – Ele fez uma reverência – Mas pode mi chamar de Orchinho. E você, pomar das minha fazenda, quem seria?
Nico e eu estávamos, tipo, ‘não ria, não ria’.

– Hm, sou Annabeth. Essa é Hannah, e ele é Nico.

– Ah, o minino branquelo.
Penadinho fuzilou ele com os olhos.

– Olá.
Fala sério, ele não é ‘branquelo’. Pálido, ou branco, talvez. Ok, muito branco. Você entendeu. E mais uma coisa, só eu posso o chamar de branquelo.

Espere, eu realmente pensei isso? Vish.

– O que houve com seu trator, para sair descontrolado daquele jeito?

– Num sei não. Ele só saiu e... – Ele se desesperou – AI MEU JESUIS! Cade meu trator?

– Explodiu.

– Hannah! – Fala sério, a Annie não deixa eu me divertir – Bem, depois que você caiu, ele sumiu de vista...

– Meu avô vai me matar! – Ele gritou, quase chorando.

– Talvez você devesse primeiro falar com sua mãe. Mães são mais compreensivas.

– Eu num moro com minha mainha. Nunca nem a conheci, na verdade. Meu paizim diz que ela não pôde ficar.
Annabeth e Nico se entreolharam. Eu só fiquei lá boiando, como sempre.

– Eu suspeitava – Murmurou a filha de Atena – Era coincidência demais.

– O quê? – Perguntei.

– A profecia. ’’Atrás da Clave vós sete irão’’. Somos seis. Falta um meio sangue.

– E vocês acham que... Fala sério.

– Mas faz sentido – Ela se virou para OrchinhoCAHAM, Orchard – Você já pensou ter alguma... Habilidade especial?
Ele pensou por um tempo.

– Sô muito bom cas plantação, bom de arado. E bem rápido pra abrir as porteira.

– ‘Toda vez que eu viajava pela Estrada de Ouro Fiiino de longe eu avistava a figura de um menino, que corria abrir a porteira e depois vinha me pedindo: ‘Toque o berrante seu moço que é pra eu ficar ouvindo’’’.
Orchard me olhou, franzindo a testa.

– Minina dus Bitols? Ocê bebeu? – Depois continuou – Barsicarmente, é isso. Ah, e sou muito sardável.
Nico rangeu os dentes.

– Maldita Deméter.
Até que fazia sentido, afinal ele era um garotinho bem caipira. No pouco tempo que passei no Acampamento, percebi que as crianças de Deméter tinham uma tendência ao country. Na verdade, até tenho minhas suspeitas de que a Taylor Swift seja filha dela.

Annabeth foi discutir o caso com Rachel, e eu já ia me intrometer no papo quando Nico me empurrou até a sombra do trailer.

– Acho melhor nós já irmos – Minha cara devia ser de ‘wtf’’ porque ele explicou, bem devagar – Sua Clave. Acho melhor irmos até ela agora, adiantarmos o expediente. Tantos semideuses assim atraem montros. Muitos monstros. Quando decidirmos partir, pode ser tarde demais – O jeito sombrio com que ele falou ‘tarde demais’ me deixou um pouco assustada, então assenti.

– Mas como vamos voltar? Outra viagem nas sombras?

– Não, não posso fazer duas em um só dia. Desmaiaria por uma semana. Afinal, com grandes poderes vem uma grande necessidade de tirar um cochilo - Ele riu, como uma piada interna. Adivinha quem ficou com cara de retardada? Parabéns, mil dólares pra você que falou ‘Hannah!’

– Mas de qualquer forma - Ele continuou – Percy e Annie me conhecem a muito tempo. Vão atrás da gente, sabem onde está a Clave.

– Tem certeza?

– Claro. Você não confia em mim?

– Não é que eu não confie. Só não quero correr o risco de ficar presa em uma cidadezinha no meio do nada com ninguém para conversar a não ser você.

– Ia ser uma experiência traumatizante.

– Exatamente.

– Você me mataria nos dez minutos de conversa.

– Ei! – Protestei, fingindo indignação – Não estou te matando agora, estou?

– Ainda não se passaram dez minutos – Ele pegou minha mão.

– Detalhes, detalhes – Eu ri

– Onde esta a Clave, dessa vez?
Me lembrei da pista, que Muke jogou pela janela (Vou matar esse garoto). Runaways... Joan Jett... Ai meu Deus, onde diabos a Joan Jett nasceu? PENSE HANNAH, PENSE!

– É Wynnewood, Pensilvânia - Me lembrei, por fim.

Dei uma última olhada no grupo, que mal havia reparado em nosso sumiço. Apenas Muke olhou distraidamente em nossa direção, e quando nos viu de mãos dadas, franziu a testa, pedindo explicações. Mostrei a língua para ele, depois me deixei levar pelas sombras.

POV Nico

Wynnewood realmente era uma cidade minúscula. Estávamos numa pequena praça, com imóveis ao redor, e uma estação de trem. Mas depois de estar nos campos de Deméter, tenho um novo conceito de ‘roça’.

Engoli em seco. Deméter. Que ótimo, agora não só vou ter de ouvir sermões sobre a importância do cereal no Mundo Inferior, mas também na missão. Linda sogra com lindos filhos que meu pai foi arranjar, é.

– Acho que devemos perguntar a alguém – A fala de Hannah me tirou de meus pensamentos odiosos sobre a deusa do cereal – Quero dizer, sobre onde a Joan costumava ficar aqui. A porcaria da Clave da Felicidade deve estar em algum desses lugares – Ela disse, dando de ombros.

Perguntamos a algumas pessoas, e descobrimos que a Joan Jett foi embora de Wynnewood com nove anos. Droga. Eu já estava deduzindo que estávamos no lugar errado, quando Atena resolveu me ajudar.

– Ela foi embora daqui cedo, certo? Então devemos ir ao lugar que a levou até onde ela fez sucesso.
Hannah me olhou com cara de paisagem.

– Pode dizer de forma que eu entenda?

– A estação de trem, anta. Se daqui ela foi pra sei lá onde e ficou famosa, a estação deve ser o lugar certo.

– Talvez. Mas na falta de um lugar, vai lá mesmo u-ú – Ela me empurrou até lá.

Coincidentemente, não havia ninguém na estação. Como nada na vida de um semideus é coincidência, fiquei ressabiado, a procura de monstros. Mas bem, a estação era pequena comparada às de Nova York (óbvio), mas grande se levarmos em conta que teríamos de fuçar tudo pra achar algo de dois centímetros.

– Bem, mãos a obra.
Ficamos meia hora procurando, em todos os locais possíveis. Bancos, cadeiras, frestas, enfim, mas nada da bendita da Clave.

– Merda! – Ela bateu o pé no chão de indignação – Não acredito que a gente veio parar nesse fim de mundo e nada da tungstênia da minha Clave!

– Tungstênia? – Eu não era o garoto mais estudioso de minha sala, mas podia jurar que já havia escutado esse nome em algum lugar – Tungstênio não é um tipo de metal?

– É sim – Hannah piscou.

– ENTÃO PORQUE VOCÊ USA COMO XINGAMENTO, CARAMBA?

– Ah, o nome é legalzinho. Vai dizer que não parece que estou te xingando quando falo ‘Nico, seu tungstênio!’ – O pior é que parecia mesmo – É que nem bulustruco. Parece inofensivo, mas pode ter significados por trás u-u

– Quais seriam os significados obscuros dos seus xingamentos?
Ela deu um sorriso maligno.

– Você não vai querer saber
Eu ia responder algo como ‘eu sou chamado de bulustruco todos os dias, mereço saber o que é’, quando houve um tremor de terra, como se algo muito pesado estivesse pulando, por perto.

– O que seria isso? – Hannah franziu a testa – Uma tropa de choque? Lutadores de sumô?

E então escutamos o rugido.

***

Depois de ouvir os relatos da luta de Percy, eu pedia aos deuses, titãs, monstros, semideuses, qualquer pessoa, para nunca encontrar o Leão de Neméia.

Infelizmente, não tive tanta sorte.

– Uooou, gatinho, fica parado aí gatinho.

– Hannah, isso é um leão, não um gatinho.

– Mufasa, fica quieto aí Mufasa!

– HANNAH!

– Fala sério, quer que eu o chame de quê? Scar? Simba, Nala?

A ignorei e desferi um golpe contra o monstro quando ele tentou nos atacar com as garras. Preferia não saber o estrago que unhas de meio metro podiam fazer na minha cara.

– Esquece o Rei Leão e corre! Sai e mande uma mensagem de Íris para Percy.

– O quê? Não! – Ela pegou no meu braço – Não vou deixar você com um tribufu gigante, Senhor di Angelo - O Leão rugiu, acho que ele não gosta muito de ser chamado de ‘tribufu’. Seja lá o que isso signifique – OH MUFASA, você podia escovar os dentes de vez em quando, né?

– Então tá, ao invés de reclamar – Desviei das garras do animal – Faça o favor de pegar sua—Vi que o prendedor não estava em seu cabelo – Por favor, não me diga que você esqueceu a espada em casa.

– Eu? Esquecer? Claro que n— Ela levou a mão na cabeça – MASOQUE, eu estava com esse negócio hoje!
Lei de Murphy: Se seu dia está ruim, acredite, ele ainda pode piorar.

– Fique longe dele, então – Desferi outro golpe, mas a porcaria da pele blindada da porcaria do tribufu repelia tudo – Desarmada, é alvo fácil.

– Mas—

– FIQUE LONGE!
Antes que Hannah pudesse protestar, eu a empurrei para o lado. Acho que eu coloquei um pouco de força demais, porque ela caiu de costas na parede. Me virei para conferir se ela estava bem.

– Não olhe pra mim! – Ela gritou – Estou bem, não se distraia comigo.
Pois justamente nesse meio segundo que me distraí, o Leão pulou. Tive a sorte de me esquivar, mas ainda foi tarde demais. Senti as presas rasparem em meu rosto. Caí para trás, e com o impacto, a espada voou, parando do outro lado do mundo.

Enquanto o monstro avançava, Hannah arregalou os olhos e correu. Me perguntei o que Hades ela ia fazer, mas só me dei conta quando era tarde para impedi-la. Ela pulou em cima dos bancos, depois pulou direto em cima da juba do monstro.

Isso aí, ela pulou em cima do monstro. O pior lugar da lista ‘onde ficar quando estiver numa batalha contra um monstro gigante fedorento’, depois de ‘frente dos caninos’, que era onde eu me encontrava.

As vezes eu me pergunto se ela é mesmo a deusa da tecnologia, porque eu achava que pessoas que criam computadores e companhia deviam ser inteligentes. Só um palpite.

– O que você tem na cabeça? – Gritei, pois o Leão se esquecera de mim – O pêlo dele é impenetrável, você vai acabar caindo daí.

– Eu não tinha pensado nisso – Hannah disse enquanto tentava se segurar no monstro, que começou a agir como um touro mecânico para se livrar dela. Então soou mais como ‘e-eu não ti-ti-tinha pensa-aa-do ni-i-i-ssooo’
Não havia nada que eu pudesse fazer; pensei em invocar alguns esqueletos, mas era impossível: Eu estava acabado, não teria energia para nada.

Ela mal terminou de me responder, quando não conseguiu mais se segurar, tamanha a força do monstro. Hannah foi arremessada pelos ares, e bateu na parede. Só que dessa vez a queda foi feia, e ela não se levantou. Eu não sabia se era impressão minha ou realidade, mas parecia ter uma poça de sangue se formando ao redor dela.

Fui correndo em sua direção, me esquecendo do animal mortífero atrás de mim. Me ajoelhei e a chamei.

– Anda, Han. Acorda, vai. Responde Hannah, responde! – A sacudi pelos ombros, mas ela continuava inconsciente. Reparei que o sangue não era imaginação minha.

Uma pata gigante me empurrou, e fui lançado alguns metros adiante. Para ter certeza de que sua presa não iria fugir (Fugir pra que, eu me pergunto, se minha espada estava caída do outro lado do mundo?), ele prendeu meus braços. ‘’É o fim’’, pensei. Que jeito honroso de morrer. Desarmado, decaptado por um leão gigante e fedorento com sua amiga apagada tendo uma hemorragia bem na frente do seu nariz. Isso que é partir dessa pra melhor com estilo.

Bem, pelo menos terei uma história para contar ao meu pai.

O monstro rugiu, só para deixar claro quem é que manda, quandoo me dei conta de que esse era seu pontro fraco: A boca. O único local onde é possível mata-lo.

E então, as flechas prateadas acertaram sua guela.


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Notas finais do capítulo

TCHAN TCHAN TCHAN TCHAN
Sou chata, eu sei kkkkkkkkkkkkk
Vou ser mais responsável dessa vez *-*
Okay?
Campanha faça uma autora irresponsável e mala feliz, mande um review ou recomende que ela vai ter um infarto do coração e vai te idolatrar para sempre!
HUEHUEUEH MASOQ
*Músicas:
Help! - The Beatles
Menino da Porteira - Sérgio Reis kkkkkkkkkkkk
''TODA VEZ QUE EU VIAJAAVA LÁ PELA ESTRADA DE OURO FIINO''
/levatjolada
Okay then.