P.O.V. Justin

Vou esperar Felicia deitado no sofá, acho que ela vai demorar, ou não, vou atender a campainha que tocou e vejo-a lá parada, Felicia é a típica garota bonita e gostosa, mas ela não é a Sofia.

- Então Justin o que vamos fazer? – OMG! Eu não acredito que ela pensou que eu ia fazer isso com ela! É melhor ela tirar esse sorriso da cara, devia ter ligado para outra pessoa, estou ficando com medo dela com esse sorriso malicioso e toda hora arrumando o decote, que era bem grande.

- Com certeza não vamos fazer isso que você está pensando! – Estou incrédulo! Ela ficou com uma cara de não acredito que vim até aqui para nada. Não obriguei ninguém a vir, ela ta aqui porque quis e também não posso fazer nada se sou muito gato, ta exagerei!

- Fala sério Jus! – Olha a intimidade haha – Eu sei que você não me chamou aqui para ficarmos vendo filme... – Ela chegou mais perto, passando a mão pelo meu peito, tentando me seduzir #Fail. O que eu faço com essa guria? – EU sei que você me quer!

Opa! Essa guria se acha demais. Que cena, eu um guri de 17 anos rejeitando uma gostosa, o amor muda a gente hein?

- Felicia, desculpa, eu não devia ter te chamado aqui, você entendeu tudo errado, eu só liguei para você porque dos meus amigos você é a mais irresponsável ao ponto de faltar à aula. – Não adiantou ela continua se aproximando e ainda com aquele sorriso nos lábios. Felicia definitivamente me agarrou, dava um beijo feroz, que não era ruim, mas também não era bom, não sei o que vem de tão bom nessa guria.

Empurrei-a, tentando não machucá-la, infelizmente como ela não entendeu talvez eu tenha que partir para a ignorância, espero não ter que chegar a esse ponto.

- Você não está me entendendo, eu gosto de você como AMIGA, eu gosto de outra pessoa. – Abaixei corando, ela é a primeira pessoa, a saber, que eu gosto de alguém, além de mim e da Sofia. – Eu não vou te falar quem é, porque isso não te interessa, o que importa para você é que você não é ela.

- Olha jus eu vou embora depois desse fora, se precisar é só me chamar, que eu venho correndo gatinho. – Vadia! Com certeza ela é isso. Olhei o relógio, a aula já deve estar acabando, vou fazer uma surpresa para a Sofia. Merda, eu me esqueci que to sem carro, vou pegar um ônibus até a casa dela e espero ela chegar, perfeito.

Cheguei a casa dela e nem um sinal de vida, sentei nos degraus em frente à porta e esperei. Ela ta demorando será que ela não vem para casa, vou esperar pelo menos mais 20min, eu devi ter mandado um mensagem ou algo assim, agora já era. Ouvi som de passos e levantei a cabeça, Sofia parecia triste, o que será que houve?

- Oi, o que você ta fazendo aqui? Pensei que estivesse com a Felicia. – Ela disse o nome com certo nojo, fazendo uma careta engraçada, eu não segurei e ri, ela ta com ciúmes que coisa fofa.

- Ei! Vamos deixar isso para lá, acredita que eu a chamei para assistir um filme lá em casa, já que eu ia faltar a aula e ela é a pessoa mais irresponsável que eu conheço ao ponto de aceitar o pedido, mas ela entendeu tudo errado... – Que vergonha, é meio constrangedor falar que a garota queria fazer aquilo contigo para a pessoa que você gosta.

- Ok, melhor parar por ai! Não quero nem saber o que aquela lá queria fazer. Vem, vamos entrar! – A mão dela continuava pequena em comparação com a minha, ela me puxou para dentro de casa. – O que você quer fazer?

- Sei lá que tal você me contar como foi o seu dia e o porquê dessa carinha triste? – Ela assentiu com uma carinha meio desanimada, vou ter que botar meus poderes de palhaço em pratica.

P.O.V. Sofia

O puxei para o sofá fazendo com que se sentasse e comecei  o falatório, lhe contei desde a conversa com a Felicia até a caminhada para casa, obvio que não deixei de fora o fato de eu estar me sentindo culpada por magoar o David.

- Não fica assim, ela vai achar a pessoa certa para ele, assim como eu te achei. – Ele sorriu amarelo, e eu, bom, acho que o melhor modo para me descrever é estatua. Ele já tinha dito que me amava, mas eu não achei que fosse tão sério, estou pensando que eu devo começar a acreditar.

- Justin, por favor, vá com calma! – Eu sei que sinto algo por ele, mas não sei exatamente o que é, quero descobrir isso com calma. – Eu não sei o que sinto por você, entende? Está tudo muito confuso.

- Tudo bem, tudo bem.