Primavera escrita por Jules


Capítulo 35
Sintomas


Notas iniciais do capítulo

Estremeci com o som que me seguia escada abaixo - o som de um coração morto sendo forçado a bater.



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- Nossa! Eu estive pensando... – lembrei enquanto Taylor e eu assistíamos TV – Qual vai ser o nome do bebê?

Taylor me encarou.

- Eu não tinha pensado nisso.

- Nem eu – eu ri.

De repente nós éramos o centro das atenções. A sala estava cheia – Renesmee, Jacob e Aaron passavam a metade do tempo na casa dos meus pais –, eu gostava, era a minha família e era reconfortante ter todos por perto.

- Se for menino – Taylor começou envergonhado – Bom, tem um nome que eu gosto muito.

- Qual? – Perguntei curiosa.

- Ian O’shea.

- Mas O’shea é um sobrenome, não é?

- Não sei – ele admitiu dando de ombros – eu acho que combina.

Eu sorri. Ian O’shea Black era um lindo nome. Combinaria com o menininho de minha mente e Taylor gostava do nome, então...

- Ian O’shea Black – sussurrei – É lindo mesmo.

Taylor sorriu para mim, suas bochechas estavam cor de rosa. Eu adorava ver Taylor corando, além de ser engraçado era adorável. Um homem daquele tamanho ser tímido era lindo demais.

- E se for menina? – Ele perguntou.

Nós pensamos por um longo minuto.

- Eu gosto de Carol Anne – declarei.

- Carol Anne, volte para a luz, Carol Anne – minha mãe brincou da cozinha.

- Rá-ra. É um nome bonito.

- É mesmo – ela concordou – eu não disse que não era.

- Carol Anne Black – Taylor murmurou – É lindo mesmo.

- Foi mais fácil decidir os nomes do que eu pensei que seria.

Ele riu de minha frase enrolada.

- Jules, o jantar está pronto. Quer que eu leve para você? – Meu pai perguntou da cozinha.

- Na verdade, eu não estou com fome – eu disse e todos que estavam na sala me encararam assustados.

Eu não estava me sentindo bem, na realidade. Era uma sensação estranha, o meu estômago estava embrulhado. Eu me sentia enjoada mas faminta ao mesmo tempo. Não sei bem o que estava acontecendo comigo.

- Você está se sentindo bem, Jules? – Taylor perguntou preocupado.

- Só estou um pouco enjoada – tentei acalmá-lo sorrindo – Mas, hã, gostaria de um pouco de suco.

Meu pai – que também ficou preocupado – me deu um copo cheio de suco de laranja. Quando estendi a mão para pegá-lo, meu braço e minha mão tremiam violentamente. Eu não estava com raiva nem nada parecido, o tremor não se devia ao meu lobo. Eu fiquei encarando meu próprio braço enquanto tomava todo o suco de uma vez só.

Ultimamente eu sempre estava com muita, muita sede. Mesmo quando eu tomava água, suco ou qualquer outro líquido a minha garganta continuava a arder e minha boca continuava seca.

- Bom – disse Jacob dando um tapinha na perna de Nessie – Nós já vamos pessoal. Amanhã nós voltamos – ele deu um sorriso amarelo em minha direção.

- Tchau Jules – disse Aaron me dando um beijo na bochecha. Aaron não desgrudava de mim. Nessie acha que tem alguma coisa a ver com o fato de que ele nunca viu uma mulher grávida e agora ele está fascinado. Ele cuida de mim tanto quanto meu pai ou Jacob.

- Tchau Aaron – eu sorri.

- Amanhã eu volto para tirar mais fotos de vocês, tudo bem? – Nessie brincou enquanto me abraçava levemente – Tchau Jules, boa noite.

- Boa noite Nessie. Tchau Jake.

Eles desapareceram pela porta.

Eu estava cansada – eu sempre estava cansada. Apesar de não ter comido nada eu fui até a cozinha e jantei com eles. Eu só tomava suco, não conseguia nem pensar em comer.

Quando o jantar acabou, Taylor me olhou impressionado.

- Jules, você tomou todo o suco. – ele disse me olhando preocupado.

- É sério? – Perguntei sonolenta – Nossa. O pior de tudo é que eu ainda estou com sede.

Taylor e Luis trocaram um olhar preocupado.

- Quando eu estava esperando a Jules – minha mãe disse preocupada –, eu tomava muito liquido também. Lembra Luis? Você tinha que comprar suco para mim quase todo dia.

- É mesmo... Mas ainda sim... – minha mãe arregalou os olhos e cutucou o braço de meu pai que parou de falar imediatamente.

- Ah Jules! Eu comprei uma coisa para você – minha mãe disse me ajudando a levantar e me levou para o quarto. – É uma coisa que vai ter ajudar a dormir, eu espero.

Ela me deu uma caixa rosa - bebê com um laço fúcsia fechando a caixa. Eu puxei um lado do laço e ele se desfez.

- Ah mãe! Não precisava! É lindo mesmo – eu sorri.

Era um pijama de algodão rosa – o mesmo rosa da caixa. Ele era bordado em alguns pontos, no pescoço e na barra do short.

- Que bom que você gostou Jules – ela sorriu. – Agora você precisa descansar.

Eu coloquei o pijama e deitei na cama. Minha mãe estendeu o cobertor em cima de mim e segundos depois eu adormeci.


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