Primavera escrita por Jules


Capítulo 18
Noiva




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O tempo voou. Eu e Taylor já fomos despedidos do nosso emprego de professores – um dos alunos nos encontrou e presumiu que estávamos namorando. É claro que no outro dia a escola inteira já sabia da notícia inclusive o diretor. Um dia desses, Taylor apareceu com uma idéia, hã, esquisita.

- Eu quero conhecer seus pais. – ele me disse.

- Hã?

- É isso mesmo. Eu estou namorando com você há muito tempo – quer dizer, há alguns meses, mas você entendeu – eu quero conhecer seus pais.

- Você sabe que eles moram no Brasil não é?

- Eu já te disse que eu já morei no Brasil?

- Não.

- Ah tá! Mas eu morei.

Ele tirou duas passagens de avião do bolso e balançou-as.

- Se você quer nós podemos ir.

- Pode ser semana que vem?

- Pode.

Ele sorriu.

- Ponha uma roupa leve. Quero te levar a um lugar.

O dia estava quente como raramente acontecia. Estava perto do pôr-do-sol e céu começava a assumir tons de rosa. Fui até o meu quarto e coloquei um vestido de algodão rose, com alcinhas. Eu e Taylor não éramos o tipo de casal que saia toda noite e tinha encontros românticos. O nosso passeio preferido era deitar no jardim e ficar olhando as estrelas. Nos últimos meses absolutamente nada de importante aconteceu. Taylor ainda mora com Billy, eu moro aqui. Renesmee, Aaron e Jacob estão muito bem juntamente com os Cullen e não temos nenhum motivo aparente para se preocupar. Pelo menos eu acho que não.

Desci as escadas e ele me esperava na porta.

- Vai me dizer aonde nós vamos?

Ele ficou em silencio e eu franzi o cenho.

- O.K então – sussurrei.

Eu realmente espero que ele não esteja fazendo nenhum tipo de surpresa ou querendo me levar a um lugar chique. Eu estava parecendo uma mendiga e não queria ir a lugares com muita gente. Taylor olhava fixamente para mim enquanto abria a porta do carro e ia para o banco do motorista.

Quando ele entrou no carro ele sorriu e era o sorriso mais lindo que eu já vi.

Ele estava indo a La Push. Perguntei-me se ele estava me levando à praia ou qualquer coisa assim. Tenho certeza que hoje qualquer lugar da cidade estaria lotado.

Pelo menos era o que eu pensava.

Quando chegamos a praia ela estava deserta. O céu em tons de rosa e vermelho refletiam na água. Era tão lindo! Taylor abraçou minha cintura e começamos a andar pela areia.

- Você está linda – ele sussurrou em minha orelha.

Eu corei e ele riu.

- Você nunca vai parar de ficar corada? – ele perguntou roçando os lábios em minha bochecha.

- Talvez. Você não gosta?

- Eu acho que é uma das coisas mais lindas em você.

Eu sorri.

Quando tínhamos andado por quase um quilometro Taylor parou de andar. Eu estava tão concentrada nele que nem percebi que havia algo diferente na praia, eu só vi quando uma música linda de piano começou a tocar. Taylor pegou em minha mão e colocou-a em seu ombro. Segurou minha cintura e nós começamos a dançar. Eu olhava para ele sem entender a felicidade por trás de seu sorriso.

- Que música linda. – suspirei.

- Sabe qual é o nome? Sorriso da Juliet.

Eu sorri.

Nós continuamos a dançar por um tempo. Nós apenas sorriamos um para o outro. Eu não fazia idéia do que Taylor estava tentando fazer, mas achava que seria algo importante. A melodia parou e em seu lugar a minha música preferida começou a tocar. Eu suspirei assustada e ele sorriu. Ele pegou em minha mão e a beijou. Começou a se abaixar lentamente e...

Ah meu Deus! Não acredito! Nossa, nossa, nossa!

Minha boca até se abriu de surpresa.

Ele tirou uma caixinha em formato de urso do bolso – há muito tempo quando nós estávamos no centro da cidade comprando algumas coisas eu tinha visto aquela caixinha e fiquei apaixonada nela -, ele estava de joelhos levantou a caixinha na minha direção. Eu ia chorar, é sério. Era a coisa mais linda que eu já tinha visto. O sorriso no seu rosto era tão lindo, tão alegre, tão ensolarado! Ele estava tão feliz só por que iria me pedir em casamento e isso era demais para mim.

- Juliet Sophie Campbell você aceita ser minha para sempre? – ele perguntou com brilho no olhar.

Eu sorri com os olhos cheios de lágrimas.

- Só se você aceitar ser meu para sempre.

Ele sorriu e abriu a caixinha. O anel era lindo. Tinha pequenas pedrinhas de brilhante fazendo uma fileira por todo o anel de ouro. Ele colocou o anel em meu dedo e o beijou, se levantou e me abraçou me levantando no ar.

- Eu te amo – ele disse.

- Eu te amo, Tay.

Ele me beijou mas esse beijo foi diferente. Ele não estava sendo cuidadoso como costumava ser. Suas mãos eram fortes em minha cintura e sua boca se mexia de formas estranhas para mim. Seus lábios desconcertantemente macios eram ardentes nos meus. Eu agarrava seu cabelo o puxando para mais perto, passei a mão por seus ombros largos e fortes enquanto ele me apertava apertado demais em seu corpo mas no entanto não fosse apertado o suficiente para mim.

Eu nunca tive dúvidas mas agora a certeza era clara. Taylor era a única coisa a qual eu estaria disposta a morrer para proteger, o homem que eu mais amei no mundo e o único que eu vou amar para sempre.

Nós nos lembramos que tínhamos platéia e os pianistas que estavam lá começaram a bater palmas e sorrir.


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